TRÂMITE DA SOLIDÃO - MINHA VOZ: Minha
voz é a coragem de amar no ultraje dos desencontros. E eu sou navio com rota
esquecida e naufrágios muitos. Quando minha voz é torrente de dor no exagero
sombrio de uma canção, não é nada, é tempestade que passou e deixou danos. Quando
minha voz é a coragem de amar, não é a sombra de um vendaval, é a sujeição de
um eterno pavio que aceso nunca apagará. BODAS DE SANGUE: Eu me
disse sim, me disse assim, me disse sim mais de mil vezes no meu sacrário que
não se pode ultrajar. Noutra hora, ainda os demônios da noite no tempo e todos
os dias no pêndulo e as batidas do meu coração, a repugnância pela maledicência
e o meu cordão umbilical no ninho das enfermidades da boceta de Pandora. Oh
não! Estou pro que der e sucederá. E tantas vezes fui ao encontro do amor,
padecendo à custa de avassaladora paixão. Tantas vezes desfalcado pelo amor,
vento algum recusará que me faz falta e até maltrata o bem-querer e o
querer-bem. Tantas vezes fui ao encontro do amor e por isso sete vezes perdoei
para poder fugir duma prisão pelo sortilégio do amor, setenta vezes ousei amar
e busquei uma meizinha do estrume de Jauaraicica para me curar de paixão
profunda e proibida, setecentas vezes amei com um pensamento vivo de que tudo
transcende este universo absoluto, sete mil vezes amarei para que exista a paz
de Isaías em nosso estado e lugar. O amor me deu e só o amor levará tudo na
vontade de viver errante por todos os continentes, na minha eterna gratidão à
habitação dos vivos e dos mortos. © Luiz Alberto Machado. Direitos
reservados. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.
DITOS & DESDITOS - Você não pode seguir a estrada
de outra pessoa. É o seu sonho; é a sua vida. Você não precisa ouvir de outras
pessoas o que fazer de si mesmo. Você decide... O amor pode ser lindo, estranho, poderoso. Pode ser cego para o que o resto do mundo vê, percebendo
algo completamente diferente. Pode até ser transformador... Pensamento da escritora e roteirista estadunidense Linda
Woolverton.
ALGUÉM FALOU: Uma mulher pode ser capaz
de se tornar tudo o que ela sonha, sem competir com os homens, e até dar mais
do que qualquer um imagina... Ela pode ser firme e manter o doce, ela pode ser
grande e manter a menina, ela pode ser uma dama e ser travessa na cama...
Pensamento da cantora e compositora panamenha Erika Ender.
A CANA PENSANTE - [...] Essas ações selecionadas adquiriram uma complacência mortal e ingrata,
que as fez considerar essas oportunidades como suas realizações e menosprezar
as realizações de todos os outros, a menos que fossem igualmente confundidas
com oportunidades; e que fizeram pior do que isso, abolindo todos os padrões de
suas mentes, exceto o que eles mesmos eram e faziam. [...] Um era gentil, de uma generosidade que
dificilmente poderia ser esgotada, para velhas governantas e jardineiros, que
podiam ser confiados para agradecer com a devida abjeção; um desempenhava
funções públicas, pelas quais era pago integralmente por deferência; uma era
casta, recusando-se a fugir do marido com outros homens que, na maioria das
vezes, não pediam e que, de qualquer forma, não tinham nada melhor a oferecer
do que a própria casa. Não conhecendo dificuldades, a pessoa não tinha coragem;
conhecendo nenhum critério além das próprias realizações, não tinha gosto. [...] Ela
estava realmente sofrendo com aquela depressão, que estranhamente assume a
forma de um sentimento de culpa, que vem daqueles que se encontram sozinhos na
sobriedade entre os alcoolizados [...]. Trechos
extraídos da obra The
Thinking Reed (Penguin,
1985), da escritora inglesa Rebecca West (pseudônimo de Cecily - Isabel
Fairfield = 1892-1983), que na obra The Fountain Overflows (Virago Press, 2011) expressou: [...] Você deve sempre acreditar que a vida é tão
extraordinária quanto a música diz que é. [...] e é atribuída a ela a
frase: Se existe um Deus, não acho que
Ele exigiria que alguém se curvasse ou se levantasse diante Dele. Muitas vezes
tenho a suspeita de que Deus ainda está tentando resolver as coisas e ainda não
terminou. Veja mais aqui, aqui e aqui.
SONETO
Por que me descobriste no abandono
Com que tortura me arrancaste um
beijo
Por que me incendiaste de desejo
Quando eu estava bem, morta de sono
Com que mentira abriste meu segredo
De que romance antigo me roubaste
Com que raio de luz me iluminaste
Quando eu estava bem, morta de medo
Por que não me deixaste adormecida
E me indicaste o mar com que navio
E me deixaste só, com que saída
Por que desceste ao meu porão sombrio
Com que direito me ensinaste a vida
Quando eu estava bem, morta de frio.
PRIMEIRO POEMA DE AMOR PRA ELA
TRÊS POEMAS DEVASSOS DE AMOR POR ELA
A PONTE ENTRE O AMOR E A PAIXÃO
PARÊNTESIS LUXURIOSOS – EROS & TANATOS
PARÊNTESIS LUXURIOSOS – MEU NAVIO A SORTE INVENTA...
A CHEGADA DELA INCENDIANDO A PAIXÃO