MULHERES
INSPIRADORAS – UMA: DA FILOSOFIA AO
ANARCOFEMINISMO – A biografia da filósofa, anarcofeminista, sufragista e
editora britânica, Dora Marsden (1882-
1960) é digna de nota. Ela apareceu primeiramente com a frase: A vida é festa e conflito: esse é o seu sabor... Ciente
desses conflitos, passou a observar a relação humana: Nossa briga com as coisas em geral é difícil
de expressar em palavras pela razão exata de que a maior parte de nossa briga é
contra palavras – contra “pensamentos”. É uma briga com a cultura humana, com
os tipos de rótulos colocados nas coisas – ou melhor, nas atividades da vida... Em
suas reflexões detectou imediatamente o umbigocentrismo que já dava sinais de
eclosão: O centro do Universo está no
desejo do indivíduo, e o Universo para o indivíduo não tem significado além de
suas satisfações individuais, um meio para um fim... Depois de muitas
apreciações sobre a realidade humana chegou a conclusão de que: O universo para nós é dividido em “Nós
mesmos” e os “Outros”. Os Outros estão todos misturados com o resto; como um
piquenique de retorno de feriado bancário, eles estão todos ligados em uma
fileira. É impossível dizer onde um começa e o outro termina. Consequentemente,
é impossível diferenciar... O tempo passou e continuamos enfrentando os
mesmo problemas. DUAS: A VIDA NO MUNDO DAS IMAGENS – Já
a cineasta e fotógrafa inglesa Sam Taylor-Johnson tornou sua visão mais aguda: Acredito que a vida é curta, que se perde muito tempo
guardando rancores, e gosto de seguir em frente... Não menos contundente ela
encontra o seu lugar no tempo e no espaço: Eu
entendo o que é passar por um trauma emocional, recuar e entrar no mundo da sua
imaginação. Eu entendo como a arte e a música podem ser um lugar seguro em um
mundo de reinvenção... Avança mais sabendo distinguir acima de
estereótipos: Pessoas apaixonadas não
enxergam gênero, cor ou religião. Ou idade. É sobre a outra pessoa, aquela que
você ama e que te ama. Você não pensa neles em termos de um rótulo. Você apenas
vai com o seu coração... E com o coração alinhado com a razão ela arremata:
Eu queria me tornar um artista porque
isso significava possibilidades infinitas. A arte foi uma forma de me
reinventar... Bola pra frente. TRÊS: DE GUERRA & MORTES – Não menor foi
a atuação da médica e sufragista neerlandesa, Aletta Jacobs (1854-1929),
ao enfrentar todo tipo de adversidade familiar, religiosa e social. Não foi à
toa que ela iniciou seu ativismo assinalando: As mulheres não se sentem preparadas para a guerra como os homens. Elas
são as mães da raça. Os homens pensam em resultados financeiros, as mulheres
pensam em luto e dor... Ao publicar o seu livro Memories: My Life as an International Leader
in Health, Suffrage, and Peace (1924 – The
Feminist Press, 1996), ela considerou: Pensando em tudo isso,
percebi que os homens não apenas faziam leis, mas também tinham o poder de
reservar para si todos os privilégios e perpetuar a subordinação das mulheres. Eu sabia que isso tinha que mudar... O tempo passou, as coisas
continuam bastante complicadas, mas o exemplo destas mulheres merecem aplausos!
E vamos aprumar a conversa. Veja mais aqui.
DITOS &
DESDITOS - Todo o poder provém duma disciplina e corrompe-se a partir do momento em
que se descuram os constrangimentos. Não existem esforços inúteis, Sísifo
ganhava músculos... O artista que abdica do privilégio da criação deliberada
para favorecer e captar sublimes inspirações não consegue senão criar o
acidental… Pensamento do sociólogo, crítico literário e 1ensaísta
francês Roger Caillois (1913-1978). Veja mais aqui e aqui.
ALGUÉM FALOU: Olha, eu
acredito que todos os totalitarismos são desastrosos, sejam eles de direita ou
de esquerda, e coloco todos no mesmo saco... Admito que também acreditava que o futuro do Ocidente poderia depender
da Nova Ordem. Para muitos, a democracia foi decepcionante e a Nova Ordem
trouxe uma nova esperança. Diante de tudo o que aconteceu, foi naturalmente um
grande erro ter podido acreditar nisso... Minha ingenuidade naquela época beirava a tolice, poderíamos dizer até
burrice... Pensamento do escritor, desenhista e ilustrador Hergé (Georges Prosper Remi – 1907-1983).
PROSTITUTA - [...] você sabe
muito bem que não vou querer esse homem porque só quero o que não posso ter, como
você por exemplo, te quero porque nunca terei você, é simples e sem saída, é
desesperadamente lógico, o desejo que só conhece a realidade a si mesma, e você
vê que eu mereço a morte por essa teimosia de rato que não sabe voltar atrás,
por essa implacabilidade de besta cega que vai acabar morrendo por ter ido
longe demais, você vai ver , vou morrer desse compromisso que não quero fazer,
e pena de todos os homens sãos e equilibrados que vão me amar e pena de mim
principalmente que vai amar os outros, todos acabamos morrendo de discordância
de nossos amores. [...] E é com a cabeça entre os joelhos que amei todos os
homens da minha vida, assim amo meu psicanalista, que não vê meu corpo se
mexendo no sofá quando estou enjoada de repetir minha mãe que vermifuga e meu
pai que vem, quando quero sentar e mostrar a ele que não sou apenas uma voz e
que um único golpe de minhas garras pode dizer tanto quanto dez anos de
tagarelice sobre o que se esconde por trás das palavras. que as marcas que eles
deixam não são melhores do que a raiva de uma criança chorando pelo seio da
mãe, e além disso, quem sabe se ele está dormindo com a cabeça entre as mãos e
sonhando comigo nua em um banheiro, quem sabe se ele não está se masturbando
silenciosamente para dar um pouco de vida às minhas narrativas, é algo que
nunca saberei, algo que não tenho o direito de ouvir, e se eu soubesse o que
aconteceria, o que aconteceria se eu o surpreendesse com a mão presa nas calças
e coloquei o pau dele na minha boca, quanto tempo de vida nos restaria se eu
movesse minha boca de baixo para cima e da direita para a esquerda, quanto
tempo faltava para ele gozar, antes do fim do mundo e do raio impressionante,
bom, isso também não sei, e talvez fosse melhor se acontecesse, afinal, talvez
eu esteja morrendo por nada acontecer entre nós e pelo fato de que teremos que
repetir a cena de meus pais no banheiro, finalmente coloquei ações onde só
havia minhas lágrimas, talvez fosse melhor er nos enfrentarmos e falarmos de
amor, nos confrontarmos na água do banho e acariciarmos o que cair em nossas
mãos, seria melhor se pudéssemos ser clientes e prostitutas pelo espaço de um
momento, pela duração de uma sessão ser o único quem paga e a mulher que se
entrega, os papéis teriam que mudar no tempo que leva para ele fechar os livros
e se tornar um homem em meus braços, mas isso nunca vai acontecer, uma última
vez, não pode acontecer desde essas coisas nunca ocorrem quando você é eu,
quando você está chamando a vida do lado da morte [...] Sim, a vida cruzou-me, não sonhei,
estes homens, milhares, na minha cama, na minha boca, não inventei nada do seu
esperma em mim, na minha cara, nos meus olhos, já vi de tudo e ainda continua,
todos os dias ou quase, pedaços de homens, seus rabos só, pedaços de rabos que
se excitam por não sei porque porque não sou eu eles são duros, nunca foi meu,
é minha puta, o fato de eu estar aqui pra isso, chupar, chupar de novo, esses
pintos que escorregam um no outro como se eu fosse esvaziar sem volta, tirar
deles de uma vez por todas o que eles tem a dizer, e então de qualquer maneira
não tenho nada a ver com esses desabafos, pode ser outra pessoa, nem mesmo uma
prostituta, mas uma boneca de ar, um fragmento de imagem cristalizada, o ponto
de fuga de uma boca que se abre sobre eles enquanto se divertem com a ideia de
que eles têm do que os faz gozar, enquanto eles entram em pânico nos lençóis
fazendo isso parecer há uma cara careta, mamilos endurecidos, uma boceta
encharcada e retorcida, enquanto eles tentam acreditar que esses pedaços de
mulher são destinados a eles e que são os únicos que sabem fazê-los falar, os
únicos que podem fazer eles se dobram sob o desejo que eles têm de vê-los se
curvarem. [...] Trechos extraídos da obra Putain
(Contemporary French Fiction, 2002), da
escritora canadense Nelly Arcan (1973-2009).
DOIS POEMAS – SONETO: Eu careço de música que flua
\ Por meus dedos inquietos e sensíveis, \ Por meus lábios trêmulos, irascíveis,
\Com melodia, lenta, clara e crua. \ Ah, a doce ginga que continua, \ De alguma
canção que afaste o desgosto, \ Uma canção como água no meu rosto, \ Que me
molhe inteira, lavada e nua! \ Há um feitiço que vem da melodia: \ Magia do
sossego, respirar \ Calmo, que mergulha no fim do dia \ Pela mansidão profunda
do mar, \ E flutua pra sempre no abandono, \ No regaço do ritmo e do sono. UMA ARTE: A arte da perda é fácil ter; \ por tanta
coisa cheia de intenção de ser perdida não dá pra sofrer. \ Perca algo todo
dia. \ Perder chaves aceite, junto com a aflição. \ A arte da perda é fácil
ter.\ Treine perder muito sem se deter: \ lugares, e nomes, a comichão de
viajar. \ Nada fará sofrer. \ Perdi jóias da mamãe. \ E dizer que perdi casas
que amei de paixão. \ A arte da perda é fácil ter. \ Perdi duas cidades. \ E o
prazer de um continente na palma da mão. \ Sinto falta mas não dá pra sofrer. \-
Até perder você (a voz, o ser que eu amo) não devia mentir. \ Não, a arte da
perda se pode ter embora pareça (diga!) sofrer. Poema
da escritora estadunidense Elizabeth Bishop (1911-1979). Veja mais aqui,
aqui, aqui e aqui.
A VIOLÊNCIA DO MUNDO – é um livro que reúne as idéias de Jean Baudrillard e Edgar Morin, numa tradução de Leneide Duarte-Plon. Inicialmente o livro traz uma entrevista concedida por Edgar Morin para a tradutora. Em seguida, Maati Kabbal comenta acerca da violência do mundo. Logo após vem o texto de Jean Baudrillard: A violência mundial, onde ele assinala que “A hipótese terrorista é que o sistema se suicide como resposta ao desafio da morte e do suicídio (...) o que é insuportável é muito menos a infelicidade, o sofrimento ou a miséria do que a potencia e sua arrogância. O que é insuportável e inaceitável é a emergência dessa recente potência mundial”. E de Edgar Morin os textos: Introdução à conferência, No cerne da crise planetária e Debate, onde ele assinala que “Pela primeira vez na história do homem, graças à ciência e à técnica, pode-se aniquilar irremediavelmente toda a humanidade. A biosfera também está ameaçada de degradação: os perigos são os frutos do nosso progresso”. Segundo Maati Kabbal, o livro coloca em discussão o momento da violência depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova York. A reflexão deles, segundo o jornalista e escritor, sobre a hecatombe ocorrida contrasta fortemente com aquela que foi sumariamente formatada de forma redutora por pseudo-especialistas ou pensadores autoproclamados do Islã, do islamismo e do terrorismo.Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.
FONTE:
BAUDRILLARD, Jean; MORIN, Edgar. A violencia do mundo. Rio de Janeiro: Anima, 2004.
A TEORIA DA PERSONALIDADE DE GORDON ALLPORTE - Gordon Allport (1897-1967)
nasceu em Montezuma, Indiana, caçula de quatro filhos. Seu pai que estudava
Medicina, estava numa situação difícil contrabandeando drogas do Canadá para
Baltimore, tendo de fugir da polícia e retornar para sua cidade para abrir uma
clinica particular. A mãe era uma devotada religiosa que dominava a família,
severa, com forte senso do que é certo ou errado, rigorosa em seus ideais
morais. Ainda criança, Allport se isolou de outras crianças fora da família,
inventando o seu próprio circulo de atividades, pois que não se dava bem com
seus irmãos que não gostavam dele, esforçando-se para ser o centro das atenções
com seus poucos amigos. Foi daí que ele propôs a sua teoria da personalidade
baseada no fato de que os ecologicamente saudáveis não são afetados por eventos
da infância. A partir das suas condições de isolamento e rejeição na infância,
ele desenvolveu sentimentos de inferioridade compensando com luta para se
sobressair, buscando a identidade resultante desse sentimento. Na idade adulta,
ele continuou a se sentir inferior em relação ao seu irmão mais velho, com
cujas realizações tentava rivalizar, vez que ele obteve Ph.D em Psicologia e
tornou-se um famoso profissional, tornando-o a sombra de seu irmão. Para
afirmar sua individualidade, ele afirmava seus interesses eram independentes
dos sentimento na infância, formalizando a ideia com o conceito de autonomia
funcional. Formou-se e se encontrou com Freud num momento constrangedor de
silencio e sob a nomeação de que ele possuía uma personalidade compulsiva. Abalado
com esse fato, o encontro foi traumático, passando a dar mais atenção ao
consciente ou às motivações visíveis. A PERSONALIDADE – Para Allport, a
personalidade é uma organização dinâmica, dentro do individuo, dos sistemas
psicofísicos que determinam comportamento e pensamentos característicos. Essa
organização dinâmica sinaliza que a personalidade estando sempre mudando e
crescendo, esse crescimento é organizado e não aleatorio. Na questão
psicofísica, a personalidade é composta de mente e corpo atuando juntos como
uma unidade. Todas as facetas da personalidade ativam ou orientam
comportamentos e ideais específicas, significando que tudo o que se pensa e faz
é característico ou típico da pessoa e que cada pessoa é diferente. HEREDITARIEDADE
E AMBIENTE – Enfatizando a singularidade da personalidade, ele afirma que a
hereditariedade fornece a matéria prima da personalidade, como o físico, a
inteligência e o temperamento, podendo ser moldada, ampliada ou limitada pelas
condições do ambiente, demonstrando a importância da genética e aprendizagem. E
que essa dotação genética é responsável pela maior parte da singularidade e
interage com o ambiente social. Com isso ele considerava que a personalidade
pode ser distinta ou descontinua. E que existem duas personalidades: uma para a
infância e outra para a idade adulta. A personalidade adulta não é limitada
pelas experiências da infância. Ao enfatizar o consciente e não o inconsciente,
o presente e o futuro, e não o passado, reconheceu a singularidade da personalidade
optando por estudar a personalidade normal. TRAÇO DE PERSONALIDADE – São reais
e existem em cada ser humano, não são constructos teóricos criados para
explicar comportamentos. Os traçados determinam ou causam o comportamento. Os
traços podem ser demonstrados empiricamente. São inter-relacionados e variam de
acordo com a situação. Enfim, traços são características diferenciadas que
regem o comportamento e são medidos num continuum, estando sujeitos a
influencias sociais, ambientais e culturais. Esses traços podem ser
individuais, que são peculiares da pessoa e definem o seu caráter; e os comuns,
que são compartilhados por uma serie de indivíduos, como os membros de uma
cultura. DISPOSIÇÕES PESSOAIS – São traços peculiares à pessoa, o contrário dos
traços compartilhados por uma série de pessoas. Um traço cardinal é tão
penetrante e influente que afeta que todos os aspectos da vida, mais difundidos
e poderosos. Os traços centrais são aqueles temas que melhor descrevem o
comportamento humano, como agressividade, autopiedade e cinismo. Esses traços
são uma serie de traços especiais que descreve o comportamento de uma pessoa. Os
traços secundários são menos importantes que uma pessoa pode apresentar tênue
ou inconscientemente. O comportamento expressivo é um comportamento espontâneo
e aparentemente sem proposito, geralmente exibido sem se estar ciente disso. O
comportamento instrumental é aquele conscientemente planejado pelas
necessidades de uma dada situação e elaborado para uma certa finalidade,
geralmente para provocar mudanças no ambiente. HÁBITOS E ATITUDES – Os hábitos
são respostas especificas e inflexíveis a determinados estímulos. Vários
hábitos podem se combinar para formar um traço. As atitudes são semelhantes aos
traços, mas elas tem objetos de referencia especificos e envolvem avaliações
positivas ou negativas, levando as pessoas a gostar ou odiar, aceitar ou
rejeitar, ser a favor ou contra, entre outras. MOTIVAÇÃO – Considerou Allport
que é o estado atual da pessoa que é importante, uma vez que planos e
interações conscientes que são processos cognitivos são um aspecto vital para a
personalidade. As intenções deliberadas são uma parte essencial da
personalidade: o que se quer e aqui que se luta são chaves para entender-se o
comportamento. A autonomia funcional dos motivos: os motivos dos adultos
maduros e emocionalmente saudáveis traz a ideia de que os motivos no adulto
normal e maduro são independentes das experiências da infância nas quais eles
originalmente surgiram. A autonomia funcional perservativa: é o nível mais
elementar, está voltada para comportamentos como vícios e ações físicas
repetitivas como formas costumeiras de executar tarefas diárias. Assim,
trata-se do grau de autonomia funcional relacionada a comportamentos de nível
inferior ou rotineiros. A autonomia funcional do proprium: é fundamental para a
compreensão da motivação adulta, uma vez é derivada do proprium que é o ego ou
o self, sendo, portanto, o grau de autonomia funcional associado aos valores, o
que se gosta de fazer e o que se faz bem. O proprium inclui os aspectos da
personalidade que são distintos e próprios da vida emocional. Esses aspectos
são peculiares a cada um e unem as atitudes, percepções e intenções. O
funcionamento autônomo é um processo de organização que mantem o senso de self
e determina a forma como se percebe o mundo, o que se lembra das experiências e
a direção que se toma na vida. Esses processos perceptivos e cognitivos são
seletivos, selecionam apenas os motivais que são relevantes aos interesses e
valores da massa de estímulos existente no ambiente. Esse processo de
organização é regido por três princípios: organização do nível de energia,
domínio e competência, e padronização autônoma. A organização do nível de
energia explica a aquisição dos novos motivos que surgem de uma necessidade
para ajudar a consumir o excesso de energia que poderia ser expressa de formas
destrutivas ou prejudiciais.
Domínio e
competência refere-se ao nível em que se decide satisfazer os motivos. Padronização
autônoma descreve uma luta pela coerência e integração da personalidade. FASES
DE DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE – São identificadas sete fases que
compreendem a infância até a adolescência, denominada de desenvolvimento do
proprium. A fase do eu corporal surge durante os primeiros três anos, quando as
crianças ficam cientes da sua existência e distinguem o seu próprio corpo dos
objetos do ambiente. A fase do Self-Identify ocorre quando as crianças percebem
que sua identidade permanece intacta apesar das várias mudanças que estão
ocorrendo. A fase da autoestima é quando as crianças aprendem a ter orgulho das
suas realizações. A fase de extensão do eu, surge no período entre o quarto e o
sexto ano, quando as crianças passam a reconhecer os objetos e pessoas que
fazem parte do seu mundo. A fase da autoimagem ocorre quando as crianças
elaboram uma imagem real e uma outra idealista de si mesmas e do seu
comportamento e ficam cientes do fato de satisfazerem ou não as expectativas do
pai. A fase do self como uma solução racional é a fase que ocorre durante as
idades de 6 a 12 anos, quando as crianças começam a aplicar a razão e alógica à
solução dos problemas cotidianos. A fase da luta pela autonomia ocorre durante
a adolescência, os jovens começam a traçar metas e planos de longo prazo. Idade
adulta quando os adultos normais e maduros são funcionamento autônomos,
independente dos motivos da infância. Eles funcionam racionalmente no presente
e criam conscientemente os seus próprios estilos de vida. A PERSONALIDADE
ADULTA SAUDÁVEL – O adulto maduro estende o seu senso de self para as pessoas e
as atividades além do self. Relaciona-se carinhosamente com as outras pessoas,
exibindo intimidade, compaixão e tolerância. A autoaceitação do adulto maduro o
ajuda a obter segurança emocional. Tem uma percepção realista da vida,
desenvolve habilidades pessoais e se compromete com algum tipo de trabalho;
conserva um senso de humor e objetivação do self (compreensão ou insight do
próprio self)/ adota uma filosofia de vida unificadora, que é responsável pela
condução da personalidade na direção de metas futuras. CONCLUSÃO – Allport
divergiu da Psicanalise de Freud, não aceitando a teoria de que forças
inconscientes dominavam a personalidade de adultos normais e maduros;
acreditava que pessoas emocionalmente saudáveis agem de forma racional,
consciente, cientes e controlando várias das forças que as motivam. Para ele, o
inconsciente só é importante no comportamento neurótico ou problemático,
alegando que todo ser humano é guiado pelo presente e pela visão do futuro,
ocupado em conduzir sua vida para o futuro. Também se opôs a coletar dados de
pessoas emocionalmente perturbadas, vendo uma clara diferença: a personalidade
anormal age num nível infantil. A única maneira correta de estudar a personalidade
seria coletar dados de adultos emocionalmente saudáveis. Entendia que não há
semelhanças funcionais na personalidade de crianças e adultos, pessoas normais
e anormais ou animais e humanos. Ele dá ênfase na singularidade da
personalidade de acordo com o definido pelos traços de cada pessoa,
particulares e específicos de cada individuo. Veja mais aqui.
REFERÊNCIAS
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Ernest; ATKINSON, Rita; BEM, Daryl; HOEKSENA, Susan. Introdução à Psicologia.
São Paulo: Cengage, 2011.
BOCK, A.M et al.
Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo: Saraiva, 2001
DAVIDOFF, Linda. Introdução à
Psicologia. São Paulo: Pearson Makron
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GAZZANIGA, Michael;
HEATHERTON, Todd. Ciência psicológica: mente, cérebro e comportamento. Porto
Alegre: Artmed, 2005.
LAPLANCHE; Jonh; PONTALIS, J.
B. Vocabulário de psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
MEZAN, Renato. Interfaces da
psicanálise. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2002.
MORRIS, Charles; MAISTO,
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MYERS, David. Psicologia. Rio
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ROUDINESCO, Elisabeth.
Dicionário de psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
SCHULTZ, Duane; SCHULTZ,
Sydney. Historia da psicologia moderna. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
______. Teorias da
personalidade. São Paulo: Cengage Learning, 2014.
ZIMERMAN, David. Vocabulário
contemporâneo de psicanálise. Porto Alegre: Artemd, 2008.
______. Fundamentos
psicanalíticos: teoria, técnica, clínica – uma abordagem didática. Porto
Alegre: Artmed, 2007.
______. Manual de técnica
psicanalítica. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Veja
mais sobre:
Cobiça
na Crônica de amor por ela, Buda, Miguel de Cervantes y Saavedra, Montesquieu, Magda Tagliaferro, Ciro
Alegría, Lucrécio, Charles Robert Leslie, Emerico Imre Toth, Millie Perkins & Jussanam Dejah aqui.
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Émile
Durkheim, Paul Niebanck, Mauro
Cappelletti, Juliette Binoche, Rodolfo Ledel, Samburá, Intrépida Trupe,
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