
Imagem: A arte do pintor russo
Konstantin Razumov.
Curtindo Inori
à Prostituta Sagrada (1993
- Tratore, 2009), da compositora, pianista e escritora Jocy de Oliveira. Veja mais aqui.
EPÍGRAFE: DESDE ANTANHO PARA APRUMAR A CONVERSA - Faz-se bastante conveniente trazer o pensamento de Marcus Túllius Cícero (106-43 a.C.), o maior dos oradores e pensadores políticos romanos: “Quando, numa cidade, dizem alguns filósofos, um ou muitos ambiciosos podem elevar-se, mediante a riqueza ou o poderio, nascem os privilégios de seu orgulho despótico, e seu jugo arrogante se impõe à multidão covarde e débil. Mas quando o povo sabe, ao contrário, manter suas prerrogativas, não é possível a esses encontrar mais glória, prosperidade e liberdade, porque então o povo permanece árbitro das leis, dos juízes, da paz, da guerra, dos tratados, da vida e da fortuna de todos e de cada um; então, e só então, é a coisa pública coisa do povo”. Veja mais aqui e aqui.

FAMÍLIA: MODELO
EUDEMONISTA
– No livro Curso de Direito de Família
(Juruá, 2000), de José Lamartine Corrêa de Oliveira e Francisco José Ferreira
Muniz, encontro que: A família
transforma-se no sentido de que se acentuam as relações de sentimentos entre
membros do grupo: valorizam-se as funções afetivas da família que se torna
refugio privilegiado das pessoas contra a agitação da vida nas grandes cidades
e das pressões econômicas e sociais. É o fenômeno social da família conjugal,
ou nuclear ou de procriação, onde o que mais conta, portanto, é a intensidade
das relações pessoais de seus membros. Diz-se por isso que é uma comunidade de
afeto e entreajuda. Tem-se, pois, que o modelo de estrutura familiar
consagrado pela Constituição Federal de 1988 é chamado de eudemonista, ou
nuclear, baseado na ideia de núcleo da célula-mater, a saber, filhos e pais,
destoando do modelo oitocentista que englobava todos os ascendentes vivos,
colaterais e, em alguns casos, até mesmo os criados domésticos. Veja mais aqui
e aqui.
CARNEIROS DE
PANÚRGIO –
Os carneiros de Panúrgio aparecem numa passagem do Pantaguel, de Rabelais, um dos pseudônimos do jornalista e
romancista pornógrafo português Alfredo Gallis (1859-1910), contando que
Panúrgio ia num navio cheio de carneiros e, sem dizer palavra, atirou à água um
deles, que balia e assim chamava a atenção dos demais. Logo, os outros, balindo
com igual entonação, começaram em fila a saltar a amurada e se atirar na água,
seguindo o companheiro. Era impossível detê-los. Porque o natural dos carneiros
é seguirem todos o primeiro, a qualquer parte onde vá. Aplica-se muito o
episódio à política, em que não raro há Panúrgios que habilmente encaminham a carneirada
no sentido dos seus desejos. Veja mais aqui e aqui.
HAICAIS – Entre os poemas do poeta, artista plástico e ator
catarinense Tchello D´Barros,
destaco os seguintes haicais: I – o rio leva o galho / passeando de carona /
vai um passarinho. II – luz do sol na
teia / pequenina tecelã / tece fios de ouro. III – violetas azuis / esta tarde não passou / em brancas nuvens. IV – brilha o sol no orvalho / porque chorou essa
bromélia? / lágrimas do céu V – floração
do ipê / borboletas amarelas / dançando ao vento. Veja mais aqui, aqui e
aqui.
VASSAH, A DAMA
DE FERRO – Em
2001, tive oportunidade de assistir no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, à
montagem da peça teatral Vassah, a Dama de Ferro, do escritor e dramaturgo russo Máximo
Gorki (1868-1936), com direção de Alexandre de Mello, contando a história
da ganancia suicida das elites russas às vésperas da revolução que acabaria com
este mundo de riqueza e prepotência. Vassah é a mulher dura que herdou uma
companhia de navegação e trata funcionários e parentes como objetos. O destaque
é para a atriz, diretora, escritora, dramaturga e produtora gaúcha Ítala
Nandi. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e
aqui.
INTIMIDADE – O premiado filme Intimidade (2001), do realizador francês
Patrice Chéreau, é baseado
na obra do anglo-paquistanês Hanif Kureish e conta a história de um casal que
tenta viver uma relação exclusivamente voltada para o sexo, em encontros
semanais. Um dia, a mulher não aparece e a trama toma outros rumos. Esse casal
que vive uma relação passional e encontram-se todas as tardes de quarta-feira
por um único motivo: sexo. Fazem sempre o mesmo ritual: despem-se, fazem amor,
vestem-se e partem sem dizer uma só palavra. Sentem-se sempre um pouco
embaraçados, mas nada têm a dizer um ao outro e também nada sabem sobre a vida
de cada um. Um dia, ele decide conhecer melhor sua parceira. Segue-a e descobre
que ela é uma atriz, casada e com um filho. O seu marido é um simpático
taxista, com quem ele faz amizade. Ao saber do fato, ela desaparece, mas ele não
se conforma e parte no seu encalço. O destaque do filme vai para a atriz
neozelandesa Kerry Fox. Veja mais aqui.
IMAGEM DO DIA
Todo dia é dia
da atriz neozelandesa Kerry Fox
Veja mais Lima
Barreto, Dario Fo, Cibercultura, Luigi
Pirandello, Bigas Luna, Ana Terra, Paul Simon e Art Garfunkel, Rui Carruço, Consuelo de Paula, Tracey Moffatt, Aitana
Sánchez, Juareiz Correya & Regine Limaverde aqui e aqui.
CRÔNICA
DE AMOR POR ELA