quinta-feira, dezembro 31, 2015

MONTALE, TUTAMEIA DE GUIMARÃES ROSA, BLANCHOT & MARIA MISS


VAMOS APRUMAR A CONVERSA? FELIZ ANO NOVO TODO ANO (Ouvindo Koln Concert, de Keith Jarret) Quando me sentei para escrever esse texto, zilhões de coisas me passavam pela cabeça. Coisas de mim, do que passei, do que fiz, aprendi, sonhei, desejei, perdi, relevei. Entretanto, logo que comecei a redigir fui divagando por devaneios que poderiam ter sido possíveis e não foram, sonhos que vingaram, pesadelos reais, errâncias, tropeços. Ao invés disso, a emoção tomou conta porque fui contemplado pelo amanhecer irradiando pra mim um outro sentido pra vida. Quão linda é a alvorada que mostrava pra mim poder a vida ser tão maravilhosa quanto e que podemos, com essa lição, construir um mundo melhor para todos nós: o Sol nasce para todos. Que importa o não alcançado ou do que não fiz por merecer, se me vejo sortudo por tudo que amealhei ou deixei escapar entre os dedos; ou se na luta fui pouco ou nada, se me tenho por flor que não serve pra cheirar, ou valia qualquer além do que tenho no coração e nas mãos pra dar. Tenho comigo que posso ir além do que já fui e mais adiante. Não importam as punhaladas, puxadas de tapetes, escanteamentos se já vi de tudo e ainda não é nada perto do que tenho por ver e sentir. Decepções, enganos, frustrações, são tão lá menores que jamais obstam a caminhada adiante, seguindo os raios do Sol nessa manhã revelada. E seguirei meio dia até o entardecer para outro lindíssimo espetáculo imperdível glorificando o meu dia. Onde eu estava ontem e anteontem e outros dias atrás que não vi tudo isso? Pois é, se passa batido, contudo, nunca é tarde para aprender a lição do dia para viver a noite com todas as reflexões profundas que nos fazem melhores que as mesquinharias inócuas, engodos e patifarias inúteis e desprezíveis, alimentando nosso solipsismo, ou melhor, o umbigocentrismo e a premente necessidade de sermos felizes a qualquer custo e forma, até em detrimento dos outros. Esse ensinamento me diz que está em mim, em você, em todo mundo o poder de sermos melhores do que somos. Tenhamos ou não a compreensão de sermos Deus em manifestação, no mínimo, tenhamos a consciência de que temos o poder de sermos aquilo que queremos ser no real de ser o ideal. E isso é mais que privilégio, é um degrau para que sejamos realmente seres humanos e não aqueles que precisam de grifes, posses, ideologias, fantasias e tudo para mostrar o que não é, na incapacidade de encarar o espelho da verdade e na escolha da mentira de sermos os racionais menores que o nosso animal de estimação, ou que uma cobra que nos ameaça morder, ou uma barata que nos causa asco e nos amedronta. Sim, estou falando com você. Na verdade, estou falando comigo mesmo que também sou eu e você, dialogando com o que podemos ver de diferente num aprendizado mútuo e até indagando da dificuldade de viver e ser feliz por nossa pura inabilidade de administrar nossos sentimentos ou pela incapacidade de incluir os outros nos nossos planos para aquisição dessa felicidade. Tenho pra mim que os sentimentos que batem aqui dentro de mim, também se passam talqualzinho em você e em todo mundo. É possível visualizar quantos sonhos e emoções se passam em cada um de nós. A bem dizer, a vida é bela e não seria nada se apenas eu sozinho pudesse desfrutá-la. Preciso, precisamos de mais gente para viver e juntos alcançar os objetivos que almejamos e, principalmente, porque podemos edificar um mundo melhor para todos nós. Basta que o EU seja NÓS e todos juntos UM. Da minha parte, farei um 2016 com o meu sorriso, elegendo-o o meu ano do sorriso. Vamos sorrir juntos? Feliz Ano Novo! 

DITOS & DESDITOS - O que importa não é dizer, é redizer e, nesse redizer, dizer a cada vez ainda uma primeira vez. Pensamento do escritor, ensaísta, romancista e crítico literário Maurice Blanchot (1907-2003). Veja mais aqui, aqui e aqui.

ESSES LOPESMá gente, de má paz; deles, quero distantes léguas. Mesmo de meus filhos, os três. Livre, por velha nem revogada não me dou, idade é a qualidade. Amo um homem, ele vive de admirar meus bons préstimos, boca cheia d’água. Meu gosto agora é ser feliz, em uso, no sofrer e no regalo. Quero falar alto. Lopes nenhum me venha, que às destadas escorraço. Para três, o que passei, foi arremedando e esquecendo. Ainda achei o fundo do meu coração. A maior prenda, que há, é ser virgem. Mas, primeiro, os outros obram a história da gente. Eu era menina, me via vestida de flores. Só que o que mais cedo reponta é a pobreza. Me valia ter pai e mãe, sendo órfã de dinheiro? Mocinha fiquei, sem da inocência me destruir, tirava junto cantigas de roda e modinhas de sentimento. Eu queria me chamar Maria Miss, repromovo meu nome, de Flausina. Deus me deu esta pintinha preta na algura do queixo – linda eu era até a remirar minha cara na famela dos porcos, na lavagem. E veio aquele, Lopes, chapéu grandão, aba desabada. Nenhum presta; mas esse, Zé, o pior, rompete sedutor. Me olhava: aí eu espiava e enxergada, no ter de me estremecer. A cavalo ele passava, por frente de casa, meu pai e minha mãe saudavam, soturnos de outro jeito. Esses Lopes, raça, vieram de uma ribeira, tudo adquiriam ou tomavam. Não fosse Deus, e até hoje mandavam aqui, donos. A gente tem é de ser miúda, mansa, feito botão de flor. Mãe e pai não deram para punir por mim. Aos pedacinhos, me alembro. Mal com dilato para chorar, eu queriaenxoval, ao menos, feito as outras, ilusão de noivado. Tive algum? Cortesias nem igreja. O homem me pegou, com quentes mãos e curtos braços, me levou para uma casa, para a cama dele. Mais aprendi lição de ter juízo. Calei muitos prantos. Aguente aquele caso corporal. Fiz que quis: saquei malinas lábias. Por sopro do demo, se vê, uns homens caçam é mesmo isso, que inventam. Esses Lopes! – com eles, nenhum capim, nenhum leite. Falei, quando dinheiro me deu, afetando ser bondoso: - “Eu tinha três vinténs, agora tenho quatro...” Contentado ele ficou, não sabia que eu estava abrindo e medindo. Para me vigiar, botou uma preta magra em casa, Si-Ana. Entendi? A que eu tinha de engambelar, por arte de contas; e à qual chamei de madrinha e comadre. Regi de alisar por fora a vida. Deitada é que eu achava o somenos do mundo, camisolas do demônio. Ninguém põe ideia nesses casos: de se estar noite inteira em canto de catre, com o volume do outro cercando a gente, rombudo, o cheiro, o ressonar, qualquer um é alheios abusos. A gente, eu, delicada moça, cativa assim, com o abafo daquele, sempre rente, no escuro. Daninhagem, o homem parindo os ocultos pensamentos, como um dia come o outro, sei as perversidades que côncava? Aquilo tange as canduras de noiva, pega feito doença, para a gente em espirito se transpassa. Tão certo como eu hoje estou o que nunca fui. Eu ficava espremida mais pequena, na parede minha unha riscava rezas, o querer outras larguras. Tracei as letras. Carecia de ter o bem ler e escrever, conforme escondida. Isso principiei – minha ajuda em jornais de embrulhar e mais com as crianças de escola. E dê-cá dinheiro. O que podendo dele tudo eu para mim regrava. Mealhava. Fazia portar escrituras. Sem acautelar, ele me enriquecia. Mais, enfim que o filho dele nasceu, agora já tinha em mim a confiança toda, quase. Mandou embora a preta Si-Ana, quando levantei o falso alegado: que ela alcovitava eu cedesse vezes carnais a outro, Lopes igual – que da vida logo desapareceu, em sistema de não-se-sabe. Dito: meio se escuta, dobro se entende. Virei cria de cobra. Na cachaça, botava sementes da cabaceira-preta, dosezinhas; no café, cipó timbó e saia-branca. Só para arrefecer aquela desatada vontade, nem confirmo que seja crime. Com o tingui-capeta, um homem se esmera, abranda. Estava já amarelinho, feito ovo que ema acabou de pôr. Sem muito custo, morreu. Minha vida foi muito fatal. Varri casa, joguei o cisco para a rua, depois do enterro. E os Lopes me davam sossego? Dois deles, tesos, me requerendo, o primo e o irmão do falecido. Mexi em vão por me soltar, dessas minhas pintadas feras. Nicão, um, mau me emprazou: — “Despois da missa de mês, me espera…” Mas o Sertório, senhor, o outro, ouro e punhal em mão, inda antes do sétimo dia já entrava por mim a dentro em casa. Padeci com jeito. E o governo da vida? Anos, que me foram, de gentil sujeição, custoso que nem guardar chuva em cabaça, picar fininho a couve. Tanto na bramosia os dois tendo ciúme. Tinham de ter, autorizei. Nicão a casa rodeava. Ao Sertório dei mesmo dois filhos? Total, o quanto que era dele, cobrei, passando ligeiro já para minhas posses; até honra. Experimentei finuras novas — somente em jardim de mim, sozinha. Tomei ar de mais donzela. Sorria debruçada em janela, no bico do beiço, negociável; justiçosa. Até que aquela ideia endurecesse. Eu já sabia que ele era Lopes, desatinado, fogoso, água de ferver fora de panela. Vi foi ele sair, fulo de fulo, revestido de raiva, com os bolsos cheios de calúnias. Ao outro eu tinha enviado os recados, embebidos em doçuras. Ri muito útil ultimamente. Se enfrentaram, bom contra bom, meus relâmpagos, a tiros e ferros. Nicão morreu sem demora. O Sertório durou, uns dias. Inconsolável chorei, conforme os costumes certos, por a piedade de todos: pobre, duas e meio três vezes viúva. Na beira do meu terreiro. Mas um, mais, porém, ainda me sobrou. Sorocabano Lopes, velhoco, o das fortes propriedades. Me viu e me botou na cabeça. Aceitei, de boa graça, ele era o aflitinho dos consolos. Eu impondo: — “De hoje por diante, só muito casada!” Ele, por fervor, concordou — com o que, para homem nessa idade inferior, é abotoar botão na casa errada. E, este, bem demais e melhor tratei, seu desejo efetuado. Por isso, andei quebrando metade da cabeça: dava a ele gordas, temperadas comidas, e sem descanso agradadas horas — o sujeito chupado de amores, de chuchurro. Tudo o que é bom faz mal e bem. Quem morreu mais foi ele. Daí, tudo tanto herdei, até que com nenhum enjoo. Entanto que enfim, agora, desforrada. O povo ruim terminou, aqueles. Meus filhos, Lopes, também, provi de dinheiro, para longe daqui viajarem gado. Deixo de porfias, com o amor que achei. Duvido, discordo de quem não goste. Amo, mesmo. Que podia ser mãe dele, menos me falem, sou de me constar em folhinhas e datas? Que em meu corpo ele não mexa fácil. Mas que, por bem de mim, me venham filhos, outros, modernos e acomodados. Quero o bom-bocado que não fiz, quero gente sensível. De que me adianta estar remediada e entendida, se não dou conta de questão das saudades? Eu, um dia, fui já muito menininha… Todo o mundo vive para ter alguma serventia. Lopes, não! — desses me arrenego. Conto extraído da obra Tutameia (José Olympio, 1976), do escritor, médico e diplomata João Guimarães Rosa (1908-1967). Veja mais aqui.

MARIA MISS – Peça teatral baseada no conto Esse Lopes (Tutameia – José Olympio, 1976), de João Guimarães Rosa, adaptada por Evill Rebouças, contando a história de Flausina que, em menina, essa sertaneja sensível, ligeira e sonhadora, teve a virgindade negociada pelos pais e foi destinada a conviver com quatro irmãos e um primo da família Lopes. O destaque da peça fica por conta da atriz Tania Castello.

POEMAS - DEPOIS DA CHUVA: Sobre a areia molhada surgem ideogramas / de pés de galinha. Olho para trás / mas não vejo nem santuário nem asilo de aves. / Terá passado um ganso cansado, ou talvez manco. / Não saberia decifrar aquela linguagem / ainda que fosse chinês. Uma simples aragem / a apagará. Não é verdade / que a Natureza seja muda. Fala ao deus-dará / e a única esperança é que não se ocupe / muito da gente. DIVINDADES INCÓGNITAS: Dizem / que de divindades terrestres entre nós / se encontram cada vez menos. / Muitas pessoas duvidam / de sua existência nesta terra. / Dizem / que neste mundo ou no de cima existe uma só ou nenhuma; / crêem / que os sábios antigos eram todos uns loucos, / escravos de sortilégios se diziam / que algum incógnito / os visitava. / Eu digo / que imortais invisíveis / aos outros ou talvez inconscientes / de seus privilégios, / divindades em jeans e com suas mochilas, / sacerdotisas em gabardine e sandálias, / pitonisas de ar absorto à fumação de um fogo de pinhões, / numinosas visões não irreais, tangíveis, / intocadas, / vi muitas vezes / mas sempre tarde demais se tentava / desmascará-las. / Dizem / que os deuses não descem neste mundo, / que o criador não cai de pára-quedas, / que o fundador não funda porque ninguém / jamais o fundou ou fundiu / e que nós não somos mais do que os desastres / de seu nulificante magistério; contudo / se uma divindade, mesmo de ínfimo grau, / alguma vez me roçou / o arrepio que senti me disse tudo e no entanto / faltava-me reconhecê-la e o não existente / ser se esvanecia. EPIGRAMA: Sbarbaro, menino inspirado, dobra multicores / papéis e extrai barquinhos que confia à lama / movediça de um regato; olha-os indo embora. / Sê precavido por ele, cavalheiro que passas: / com a tua bengala alcança a delicada flotilha, / que não se perca; e chegue a um portinho de pedras. QUASE UM DEVANEIO: Renasce o dia, pressinto-o / no alvor de prata gasta / pelos muros: / Uma luz frouxa listra as janelas fechadas. / Retorna o acontecimento do sol / mas sem as vozes difusas, / os estrépitos habituais. / Por quê? Penso em um dia enfeitiçado / e da ronda das horas sempre iguais / me desforro. Transbordará a força / que em mim crescia, inconsciente mago, / há tanto tempo. Então me assomarei à janela, / farei sumir as altas casas, as alamedas vazias. / Terei diante de mim uma paisagem de neve intacta / mas suave como se numa tapeçaria. / Deslizará no céu flocoso um raio tardio. / Prenhes de luzes invisíveis selvas e colinas / me farão o elogio dos alegres regressos. / Lerei feliz os negros / sinais dos ramos contra o branco / como um alfabeto essencial. / Todo o passado de uma só vez / se fará presente. / Som algum turbará / essa alegria solitária. / Riscará o ar / ou pousará numa estaca / alguma pega. A FELICIDADE: Ontem senti que o inverno me havia / reservado uma alegre surpresa. / Revelavas meus pensamentos em voz alta. / — E se a vida fosse um mistério vão? / — Fica em teu exílio, não sejas cruel / para com aquele vago sentido de esperança / que é tudo que nos resta. Coisa diversa / é a felicidade. Existe, talvez, / mas não a conhecemos. NUMA CARTA NÃO ESCRITA: Por um formigueiro de auroras, por uns poucos / arames em que se prende / a lá da vida e se enrola / em horas, anos, hoje os golfinhos aos pares / cabriolam com as crias? Oh que eu não ouça / nada de ti, que eu fuja ao fulgor / da tua fronte. É diferente na terra. / Desaparecer não sei, nem tornar a olhar; tarda / a fornalha vermelha / da noite, a tarde se faz longa, / a súplica é suplício e não ainda / entre as rochas que afloram te chegou / a garrafa do mar. A onda vazia / quebra-se contra o cabo em Finisterra. DOR DE VIVER: Eu muitas vezes encontrei a dor: ao vivo / era o rio agonizante e atormentado; / a chama se contorcendo na pira; / cabelos na estrada, inúteis, quebrados. / Prazer eu não sabia. Apenas o milagre / que a indiferença divina funciona: / a estátua ergue-se entre a sonolência / Tórrido, com a nuvem e a pipa. QUASE UMA FANTASIA: Amanhece de novo, eu sinto / pelo alvorecer da velha / Prata nas paredes: / as janelas fechadas estão cheias de um brilho fraco. / O advento do sol retorna / mas sem as vozes vagas, / os acidentes normais. / Por quê? Eu penso em um dia encantado / e as justas de horas também iguais / Eu desisto. / Ele vai transbordar a força que me inflamou, / Mágico inconsciente, de muito tempo. / Agora vou aparecer, vou destruir casas altas, / detritos da estrada. / Eu terei diante de mim um lugar de neve limpa / mais leve como a paisagem de uma tapeçaria. / Ele vai deslizar um flash lento / entre o algodão do céu. / Selvas e colinas cheias de luz invisível / eles me elogiarão pelos retornos festivos. / Fico feliz que vou ler no branco / os signos negros dos galhos / como um alfabeto essencial. / Todo o passado aparecerá de repente na frente. / Nenhuma alegria solitária perturbará qualquer som. / Ele vai cruzar o ar por ficar em uma estaca / Algum pau de março. Poemas do poeta, prosador, jornalista e tradutor italiano Eugenio Montale (1896-1981), Prêmio Nobel de 1975. Veja mais aqui.





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quarta-feira, dezembro 30, 2015

MANGUABA, CAMÕES, CASCUDO, BENTEVI, RESNAIS, BRIZZI, TRAPIÁ, VIVIANI DUARTE & MUITO MAIS!!!

VAMOS APRUMAR A CONVERSA? VIVA MANGUABA - Quando cheguei em Maceió no ano de 1994, conheci o parceiramigo Marcos Alexandre Martins Palmeira que, entre outras coisas, me presenteou com a contemplação do Alto do Cruzeiro, na Chã do Pilar, da panorâmica inenarravelmente maravilhosa da Lagoa Manguaba. O impacto que me provocou a visualização de toda extensão desse lindo complexo lagunar, da sua nascente em Pilar até a sua foz na Praia do Francês, em Marechal Deodoro, fez com que esse recurso natural passasse a compor as maravilhas que o meu coração jamais teria visto e sentido. Trata-se, portanto, da maior laguna do estado alagoano, com 42 quilômetros quadrados de extensão e formada dos estuários dos rios Paraíba do Meio e Sumaúma, e que passou a compor o cenário predileto das minhas incursões de lazer e arte. Por conta disso, participei efetivamente com a comunidade e multidão de turistas das várias edições do Festival do Bagre, fato que me levou a encampar, por iniciativa o citado parceiramigo, o projeto de Marketing Societal denominado de Folia Caeté, que contou com parceria do artista plástico Rollandry Silvério. Por causa desse projeto compus diversos frevos, entre eles o Manguaba, em homenagem às comunidades banhadas por esse fantástico recurso hídrico. Com esse projeto pude aprofundar meus estudos acerca das localidades alagoanas, culminando com a publicação do meu livro infantil Alvoradinha – Calango Verde do Mato Bom, em 2001 e, em seguida, escrever o livro Alvoradinha na Manguaba, este ainda inédito. Por consequência, dividi meu trabalho em duas frentes: com o espetáculo infanto-juvenil Nitolino no Reino Encantado de Todas as Coisas; e o show poético-musical Tataritaritatá – Vamos aprumar a conversa! Em ambos, eu fecho as apresentações com a execução do frevo Manguaba, deixando a mensagem e a minha homenagem à lagoa e suas comunidades. Deu-se, então, mais uma parceria com o amigo Palmeira, desta vez, com o projeto CDL Criança que proporcionou levar o meu trabalho artístico para diversas escolas e instituições de Pilar, São Miguel dos Campos e outras cidades da região. É quando recebo o convite do escritoramigo e secretário de cultura de Marechal Deodoro, Carlito Lima, para participar da 1ª edição da Festa Literária de Marechal Deodoro, especificamente na sua Flimarzinha, quando tive oportunidade de me apresentar em cada escola do Município. Um fato curioso aconteceu durante essas apresentações. Como eu fechava a minha contação e cantação de história com o frevo Manguaba, o meu personagem Nitolino, findava por perguntar onde ficava a referida lagoa para fechar a história e descobrir o reino encantado de todas as coisas, ao passo que ninguém, entre a garotada, sabia onde ficava. Deixei a mensagem no ar. Na 2ª edição da Flimar, a Flimarzinha aconteceu na orla lagunar e eu ganhei uma tenda que tinha a lagoa por cenário. Sempre que se aproximava o final de cada apresentação, eu repetia a pergunta acerca da localidade da lagoa em referência, ocorrendo o mesmo silêncio anterior: ninguém entre a garotada sabia. Foi quando na 3ª edição da Flimarzinha, o frevo não só ganhou vida como passou a ser o ponto alto das minhas apresentações, quando a garotada passou a participar festejando comigo o nosso encontro com a lagoa, ocasião em que criei a história do Bagre Zé & Zé Bagre, fato que me levou a participar das seguintes edições, inclusive, a deste ano em novembro passado. Durante todo esse tempo, a lagoa sofreu todo tipo de atentado oriundo do deságue do esgoto sanitário das áreas urbanizadas do entorno, da pesca predatória, do despacho de lixo e outras ações nefastas produzidas por tipo intervenção humana às suas águas agora poluídas, com grande concentração de coliformes fecais, provocando o desaparecimento de muitos peixes, entre eles tilápias e, inclusive, do seu maior símbolo o bagre, afora colocar em risco a saúde de todas as comunidades e do público turista. Por essa razão, começou-se uma movimentação envolvendo artistas, executivos, instituições de classe e comunidades, para a realização de um evento denominado Viva Manguaba, ocasião em que será apresentado o projeto de pesquisa, estágio e extensão voltado para a contribuição da arte – Literatura, Música, Teatro e Pintura – para a Psicologia Ambiental, Educação Ambiental e Direito Ambiental nas comunidades da Lagoa Manguaba, e com o objetivo de realizar intervenções acadêmicas e artísticas de recuperação, preservação e manutenção da lagoa. O movimento está crescente e, oxalá, a gente possa realizar alguma ação efetiva para chamar a atenção para essa importante lagoa. E vamos aprumar a conversa aqui e aqui.

PICADINHO
Imagem: Reclining nude, do artista plástico Larry Vincent Garrison (1923 – 2007). Veja mais aqui.


Curtindo o álbum internacional Brizzi do Brasil (Amiata Records, 2004), do compositor italiano Aldo Brizzi.

EPÍGRAFEQueira-me bem que não custa dinheiro!, frase recolhida do livro Locuções tradicionais no Brasil (EdUFPE, 1970), do escritor e folclorista Luís da Câmara Cascudo (1899-1986), como sendo uma frase muita antiga que tornou-se comum e vulgar, sendo utilizada pelo do poeta lusitano, poeta Luís de Camões (1524-1580), nos versos 433-434, de sua obra Eufatriões: - Não lhe negues teu querer, por te não custa dinheiro. Veja mais aqui, aqui e aqui.

A LITERATURA & A LITERATURA POPULAR - No livro Literatura oral no Brasil (Itatiaia, 1984), do escritor e folclorista brasileiro Luís da Câmara Cascudo (1898-1986), encontro que: [...] A literatura que chamamos oficial, pela sua obediência aos ritos modernos ou antigos de escolas ou de predileções individuais, expressa uma ação refletida e puramente intelectual. A sua irmão mais velha, a outra, bem velha e popular, age falando, cantando, representando, dançando no meio do povo, nos terreiros das fazendas, nos pátios das igrejas nas noites de novena, nas festas tradicionais do ciclo do gado, nos bailes do fim das safras de açúcar, nas salinas, festas dos padroeiros, potirum, ajudas, bebidas nos barracões amazônicos, espera de Missa do Galo; ao ar livre, solta, álacre, sacudida, ao alcance de todas as criticas de uma assistência que entende, letra e música, todas as gradações e mudanças do folguedo. Ninguém deduzirá como o povo conhece a sua literatura e defende as características imutáveis dos seus gêneros. É como um estranho e misterioso cânon para cujo conhecimento não fomos iniciados. Iniciação que é uma longa capitalização de contatos seculares com o espírito da própria manifestação da cultura coletiva. Veja mais aqui e aqui.

TRAPIÁ – No livro Trapiá (Francisco Alves, 1961); do escritor Caio Porfírio de Castro Carneiro, encontro a narrativa que leva o título desse tópico a seguir transcrita: Naqueles tempos, era só uma oiticica, dominando o descampado. E bem junto à grota, um velho trapiázeiro. Por ali se cruzavam os caminhos que iam da vila do Coité ao serrote do Machado e da fazenda Taimbé no rumo dos cafundós do sertão. Os cambiteiros arriavam suas cargas debaixo da oiticica e ficavam horas e horas gozando a fresca, pernas espichadas, no bem bom, descansando das caminhadas. Um dia, apareceram uns retirantes, dizem que vindos de Pernambuco, e armaram uma venda ao pé do trapiazeiro. Não demorou muito, chegaram outras famílias, tangids pela grande seca do setenta e sete. Construíram-se casebres, alguns espalhados no descampado. Aquilo tudo era terra muita, vastidão de caatinga sem serventia. Contam os mais antigos que o cangaceiro Neste Amaricio amanheceu um belo dia dependurado do galho de oiticica. Fora enforcado com a correia de cangalha de algum arrieiro. Os feitos de Nestor Amaricio corria mundo. Nem depois de falecido deu sossego aos vivos. Nas noites de temporal, seus gemidos vinham do pé da oiticica, ganhavam lonjura. Então, derrubaram a árvore. O espírito de Nestor Amaricio se aquietou. Ficou só o trapiazeiro dominando a paisagem, ali de junto à grota, no oitão da venda dos pernambucanos. E nas épocas de safra, o chão amanhecia coalhado de trapiás maduros. Até quando durou a vida do trapiazeiro ninguém dá noticia ao certo. A tradição guardou muitas datas. Negra velha Aparecida conta uma estória desconforme: a árvore se encantara. Para o violeiro Zé de Melo, dos Melo do pé da serra, ela fora derrubada a mando do vigário do Coité, para levantar uma capela. A velha capela de São Sebastião, mais tarde transformada em igreja, com o seu cruzeiro, onde os filhos dos cororeis, nas festas do padroeiro, amarravam seus cavalos para banhá-los com cerveja. Assim veio ao mundo a vila do Trapiá. Irmão de Taimbé, irmã de Pitombeira. Viu secas e viu farturas. Perdeu até muito sangue na briga que durou uns pares de anos dos Castros com os senhores das Contendas. E o grito dos comboieiros dentro da noite, tangendo as tropas, acompanha toda a sua estória. Veja mais aqui.

ÁGUA ESBORRA DE AÇUDE – No livro Desmanchando o nordeste em poesia (Bagaço, 1986), do poeta popular Manoel Bentevi, encontro no Livro das Glosas, o mote O açude de bom gosto se arrombou, todo peixe que tinha foi embora: O açude de bom gosto se arrombou todo peixe que tinha foi embora: Com certeza o paredão não aguentou / toda a água que veio na enxurrada. / Quando foi na primeira cabeçada, / o açude de Bom Gosto se arrombou, / toda água da várzea se espalhou, / faz absurdo por aquele mundo afora, / resolveu tudo em menos de uma hora: / arrancou cana, quebrou pau, encheu o rio, / o açude dessa vez ficou vazio; / todo peixe que tinha foi embora. Veja mais aqui e aqui.

TEATRO RENASCENTISTA – Na obra Teatro Vivo (Civita, 1976), organizada por Sábato Magaldi, encontro que: Na Itália, onde uma rica classe de banqueiros e comerciantes havia estabelecido as premissas do desenvolvimento capitalista do Ocidente, a nova cultura artística aflorou mais rapidamente. Assim, já em meados do século XVI, os atores e as companhias se profissionalizaram através da commedia dell’arte – uma forma de teatro popular surgida em oposição á comedia literária e erudita de Ludovico Ariosto (1474-1533), Pietro Aretino (1492-1556) e Nicolau Maquiavel (1469-1527), autores renascentistas que seguiam fielmente o modelo clássico romano estabelecido por Plauto e Terêncio. Veja mais aqui e aqui.

ON CONNAIT LA CHANSON – O filme On connaît la chanson (Amores Parisienses, 1997), do cineasta francês Alain Resnais (1922-2014), conta a história de envolvendo pessoas com díspares interesses que envolve amor, paixões, negócios e relações pessoais. A partir do tema das aparências, Resnais inspirado desta vez pelo autor Inglês Dennis Potter, usou para integrar canções completas no corpo de suas ficções para melhor castigar sociedade britânica, usando trechos de canções interpretadas em reprodução a intervir por associação livre, nos acontecimentos dos seis personagens principais. O destaque vai para a premiadíssima atriz e realizadora francesa Sabine Florence Azéma. Veja mais aqui e aqui.

IMAGEM DO DIA
A arte do ilustrador e artista visual Tomas Spicolli

DEDICATÓRIA
A edição de hoje é dedicada à amiga psicóloga, professora, arterapeuta e curadora Viviani Duarte.

AS PREVISÕES DO DORO PARA 2016
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LEITORA TATARITARITATÁ
 

terça-feira, dezembro 29, 2015

BIG SHIT BÔBRAS, BOCAGE, MACHADO, PICASSO, MILTON, TAUNAY, MAESTRINI, MARIA MARTHA & MUITO MAIS!!!

VAMOS APRUMAR A CONVERSA? BIG SHIT BÔBRAS - Bastou ser anunciado o maior evento de todos os tempos no Brasil, o Big Brother – a big shit da televisão brasileira -, para se saber qual assunto será predominante na escola, no hospital, no Congresso, nas Assembleias e Câmaras, no Tribunais e Comarcas, nas delegacias, nos salões de beleza, nas filas dos bancos, nas academias de ginástica e em todas conversas, debates e discursos de todas as instituições públicas e privadas do país. De antemão já se sabe que os intelectuais selecionados servirão de ícones e verdadeiros fabricantes de opiniões, de penteados, de cacoetes, de enriquecimento da língua nacional, dos conhecimentos mais relevantes da pós-modernidade e das condutas mais virtuosas para o engrandecimento da patriamada. Com certeza, baterá todos os recordes de audiência, demonstrando cientificamente a grande máxima do primeiro escriba peró que aqui aportou, de que aqui, em se plantando, tudo dá – jeitinho, manobras, camuflagens e prestidigitações, os símbolos mais nobres da nossa índole. Haverá até concurso para ver qual tipo de intelectual será seguido, copiado e adorado – definindo-se evidentemente quais serão os heróis prediletos e, também, os vilões que serão contemplados com o opróbrio geral -, cultuados tanto pela mídia nacional, como por todas as gentes de todos os quadrantes de Pindorama. Devotados estarão noitedia louvando ou condenando aqueles e aquilo que for feito na alcova, na cozinha, na mesa da sala, na piscina e em todos os cafundós da residência faustosa - mantida à custa de merchandising, propaganda subliminar e pelo verdadeiro desvelo de como atua e funciona a mão invisível -, que acomodará os grandiosos vultos da nossa futura história. Será, sem dúvida, um movimento tão importante que servirá de símbolo pátrio, a exemplo da bandeira, do hino e de todas as insígnias representativas da nação. Será tão devastador que, bastou seu anúncio, já provocou uma verdadeira debandada no que de mais original existe na terrinha boa de Alagoinhanduba: o Big Shit Bôbras (BSB). A primeira baixa foi o desengate do Padre Bidião da sua inseparável beata, baixando a batina e arrastando o chinelo para participar de tal evento, seguido na hora pelo Doro e todos os comparsas que engrossavam a participação de tão singelo espetáculo da paróquia. Sobraram apenas as mulheres que se viram tão escanteadas e de mãos abanando que resolveram, de pronto e com a revolta mais aguda de suas vidas, a criação de uma original e verdadeira greve de sexo para quando os inconfidentes retornarem ao rincão. Já se vê que o negócio está pegando e que, indubitavelmente, vai pegar mais. Enquanto isso, vamos aprumar a conversa aqui e aqui.

PICADINHO
Imagem: a arte da artista visual Julia Broad.


Curtindo a música Qualquer Coisa a Haver Com o Paraíso (Milton Nascimento - Flávio Venturini) com Milton Nascimento & Peter Gabriel e todo o álbum Angelus (1994), em que o Milton reúne além desse convidado outros como Pat MNetheny, John Anderson, Wayne Shorter, James Taylor, Herbie Hancok, entre outros. Veja mais aqui.

EPÍGRAFEQuid legis sine moribus, frase utilizada nas Memórias, do escritor, músico, historiador e sociólogo Alfredo d'Escragnolle Taunay (1843-1899): Constituições magníficas, pactos fundamentais, cheios de rutilantes promessas, mas daí à prática vai um mundo; tudo letra morta... Demais, quid leges sine moribus? [...]. Veja mais aqui.

CULTURA, ARTE & PÓS-MODERNIDADE - No livro Cultura de consumo e pós-modernismo (Nobel, 1995), do sociólogo e editor britânico Mike Featherstone, encontro que: [...] São pessoas fascinadas com a identidade, a apresentação, a aparência, o estilo de vida e a busca incessante de novas experiências [...] Atuando entre a mídia e a vida intelectual, acadêmica e artística, eles promovem e transmitem o estilo de vida dos intelectuais e artistas para um público mais amplo e se aliam a eles, intelectuais e artistas, para converter temas menos nobres, como moda, esporte, musica popular, cultura popular, em campos legítimos de análise intelectual e hierarquias simbólicas que se baseavam em distinções pretensamente nítidas entre alta cultura e cultura de massas, além de contribuir para educar e criar um público maior e mais receptivo para os bens e experiências artísticos e intelectuais. Veja mais aqui.

REFLEXÃO IMORAL – No livro Memórias póstumas de Brás Cubas (1881 - W. M. Jackson Inc, 1938), do escritor Machado de Assis (1839-1908), encontro o trecho que ele fala de uma reflexão imoral: Ocorre-me uma reflexão imoral, que é ao mesmo tempo uma correção de estilo. Cuido haver dito, no capítulo XIV, que Marcela morria de amores pelo Xavier. Não morria, vivia. Viver não é a mesma cousa que morrer; assim o afirmam todos os joalheiros desse mundo, gente muito vista na gramática. Bons joalheiros, que seria do amor se não fossem os vossos dixes e fiados? Um terço ou um quinto do universal comércio dos corações. Esta é a reflexão imoral que eu pretendia fazer, a qual é ainda mais obscura do que imoral, porque não se entende bem o que eu quero dizer. O que eu quero dizer é que a mais bela testa do mundo não fica menos bela, se cingir um diadema de pedras finas; nem menos amada. Marcela, por exemplo, que era bem bonita, Marcela amou-me... [...]. Veja mais aqui e aqui.

TRÊS SONETOS DE AMOR – No livro Sonetos e outros poemas (FTD, 1994), do poeta português Manuel Maria Barbosa l´Hedois du Bocage (1765-1805), destaco inicial um dos seus belos sonetos, o primeiro: Fiei-me nos sorrisos da Ventura, / em mimos feminis. Como fui louco! / Vi raiar o prazer; porém tão pouco / momentâneo relâmpago não dura. / No meio agora desta selva escura, / dentro deste penedo úmido e oco, / pareço, até no tom lúgubre e rouco, / triste sombra a carpir na sepultura. / Que estância para mim tão própria é esta! / Causais-me um doce e fúnebre transporte, / áridos matos, lôbrega floresta! / Ah!, não me roubou tudo a negra Sorte: / inda tenho este abrigo, inda me resta / o pranto, a queixa, a solidão e a morte. O segundo: A teus mimosos pés, meu bem, rendido, / confirmo os votos que a traição manchara; / fumam de novo incensos sobre a ara, / que a vil ingratidão tinha abatido. / De novo sobre as asas de um gemido / te ofr’eço o coração, que te agravara; saudoso torno a ti, qual torna à cara, / perdida pátria o mísero banido. / Renovemos o nó por mim desfeito, / que eu já maldigo o tempo desgraçado / em que a teus olhos não vivi sujeito; / concede-me outra vez o antigo agrado; que mais queres: eu choro, e no meu peito / o punhal do remorso está cravado. Por fim, o terceiro: Os garços olhos, em que Amor brincava, / os rubros lábios, em que Amor se ria, / as longas tranças, de que Amor pendia, / as linda faces, onde Amor brilhava; / as melindrosas mãos, que Amor beijava, / os níveos braços, onde Amor dormia, / foram dados, Armânia, à terra fria, / pelo fatal poder que a tudo agrava. / Segui-te Amor ao tácito jazigo. / Entre as irmãs cobertas de amargura. / E eu que faço (ai de mim!) como os não sigo? / Que há no mundo que ver, se a Formosura, / se Amor, se as Graças, se o prazer contigo / jazem no eterno horror da sepultura? Veja mais aqui e aqui.


AS MALVADAS & ATRAVÉS DA TELA - A trajetória da atriz, cantora e compositora Alessandra Maestrini, começou quando ela passou a integrar a temporada 1997/98 da peça teatral As malvadas, seguindo-se Ó abre alas (1999), Aí vem o dilúvio (1999), Rent (1999/2000), Les misérables (2002), Mamãe não pode saber (2002), A ópera do malandro (2003), O casamento do pequeno burguês (2004), Utopia (2006), A ópera do malandro Em concerto (2007), 7, o musical (2007/2008), Doce deleite (2009) e New York, New York (2011/2013). No cinema ela atuou nos filmes Fica comigo esta noite (2006), O labirinto (2007), Polaroides urbanas (2008), Primeiro ato (2009) e Através da tela (2009). Também tem feito muito sucesso na televisão, na qual atualmente participa do elenco do Toma lá, dá cá. Veja mais aqui.

FICA COMIGO ESTA NOITE – A comédia Fica comigo esta noite (2006), dirigido por João Falcão e baseada na peça homônima de Flávio de Souza, conta a história de um casal de jovens que se conhecem ainda jovem e se casam alguns anos mais trade, atravessando uma crise no casamento. Isso acontece na mesma época em que o marido morre assim, repentinamente, acontecendo o fato de que ele não sair sem se despedir e precisando resolver tudo com ela. Com isso, traz o enredo de uma história de um amor desgastado pelo cotidiano, reavivado na situação limite da morte. O destaque do filme, como não poderia deixar de ser, vai para a atriz Alessandra Maestrini. Veja mais aqui.

IMAGEM DO DIA
 O repouso do escultor (1933), do pintor, escultor, ceramista, cenógrafo, poeta e dramaturgo espanhol Pablo Picasso (1881-1973). Veja mais aqui.

DEDICATÓRIA
A edição de hoje é dedicada à atriz, escritora e roteirista Maria Martha.

AS PREVISÕES DO DORO PARA 2016
Confira as previsões dos signos e as simpatias aqui.

LEITORA TATARITARITATÁ
Imagem: foto de Fox Harvard.
 

KARIMA ZIALI, ANA JAKA, AMIN MAALOUF & JOÃO PERNAMBUCO

  Poemagem – Acervo ArtLAM . Veja mais abaixo & aqui . Ao som de Sonho de magia (1930), do compositor João Pernambuco (1883-1947), ...