O
RAPTO DE PROSÉRPINA/PERSÉFONE
– Imagem: escultura O rapto de Prosérpina
(1621-1522 – Galleria Borghese, Roma), do artista do Barroco italiano, Gian Lorenzo Bernini (1598-1680) - Na
mitologia latina Prosérpina; na mitologia grega Perséfone, a rainha do submundo
(também relacionada com a deusa lusita Atégina). A filha de Júpiter e Ceres
(Deméter, deusa das colheitas entre os gregos), estava colhendo flores quando
foi raptada por Plutão (Hades entre os gregos), que a fez sua esposa, encantado
com a sua beleza. Desesperada com o sumiço, sua mãe destruiu todas as
plantações, arrando o mundo ao caos e à fome, exigindo que o deus devolvesse
sua filha. Como ardil do deus, convencionou-se que a esposa passaria uma parte
do ano que compreende o inverno e o outono no submundo, enquanto que na outra
metade vai pra companhia da mãe, durante o verão e a primavera. Na data de hoje
dá-se a culminância do Festival de Prosérpina entre os romanos. Veja mais aqui,
aqui, aqui e aqui.
Imagem: Venere e Cupido (1570), do pintor histórico e retratista italiano Alessandro Allori – também conhecido como Alessandro Bronzino (1535-1607).
Curtindo Poesie (2011), com a seleção orquestral e operística do compositor e maestro do Romantismo alemão, Richard Strauss (1864-1949), pela soprano dramático alemã Diana Damrau com a Münchner Philharmoniker, liderada por Christian Thielemann.
VAMOS APRUMAR A CONVERSA? PROGRAMA BRINCARTE DO NITOLINO – Hoje é dia do programa Brincarte do Nitolino antecipando as comemorações de amanhã do Dia Mundial da Criança e aniversário da adoção da Declaração dos Direitos da Criança. Como sempre, o programa será realizado a partir das 10hs, no blog do Projeto MCLAM, com a apresentação pra lá de simpática de Isis Corrêa Naves. Na programação muitas atrações: Turma da Mônica, Banda Nova Estação Recife, Os Três Lobinhos, Farell Oliveira, Clarice Pacheco, Meimei Corrêa, Larissa Manoela, Sandra Fayad, Bita & Os Animais, Bob Zoom, Danny Pink, Eliana, Leandro & Leonardo & muita música, muita poesia, histórias e brincadeiras pra garotada. Para conferir online e ao vivo clique aqui ou aqui.
EVOLUÇÃO
E SENTIDO DO TEATRO – No
livro Evolução e sentido do teatro
(Zahar, 1964), do educador, professor e crítico de teatro e mitologia Francis Fergusson (1904-1986), destaco
o trecho A sensibilidade histriônica: a
percepção mimética da ação: [...] Sei
que a maior parte da teoria contemporânea – seja de arte ou de conhecimento ou
de psicologia – não dá margem ao conceito de ação ou de imitação da ação.
Provavelmente é o seu realismo primitivo que é inaceitável, tanto para os que
querem reduzir todo o conhecimento a fatos e conceitos abstratos como para os
que tentam manter o absolutismo da arte. As objeções dos semânticos à
epistemologia de Aristóteles baseada no nous, ou inteligência aperceptiva, não
são muito convincentes, mas representam um hábito mental contemporâneo
importante e resistente. Aristóteles não é tão desavisado como pensam; o que
ele tem, que eles não tem não é a credulidade ingênua, mas o reconhecimento de
que percebemos coisas e pessoas antes da doutrinação, como ele diz. A
sensibilidade histriônica, a percepção da ação, é uma dessas tomadas de
consciências primitivas diretas. As teorias contemporâneas de arte que omitem
ou rejeitam o conceito da imitação da ação resultam mais inquietantes do que as
teorias pseudocientíficas, devido à compreensão que nos possibilitam da obra real
do artista em nosso tempo. Elas nos lembram como é difícil – depois de
trezentos anos de racionalismo e idealismo, com os tipos tradicionais de
comportamento perdidos ou desacreditados, como torna-se difícil ver qualquer
ação que não seja a nossa própria. Eliot, por exemplo, provavelmente o mais
realizado poeta vivo, não parece achar a fórmula aristotélica válida ou útil.
Sugere então que o proposito do poeta é encontrar equivalentes objetivos para
seus sentimentos. A expressão equivalentes objetivos parece enfatizar o famoso
classicismo de Eliot. Entretanto, ela não se refere às visões do poeta, mas ao
poema que ele está fazendo; e leva a supor que é apenas um sentimento o que o
poeta deve transmitir. Assim, a fórmula está mais perto da noção romântica de
arte como expressão de sentimento ou paixão, do que da doutrina de imitação. A
ênfase no poema e sua forma, até à exclusão do que ele representa, reconhece
apenas um dos instintos que Aristóteles considerava as raízes da poesia em
geral, o instinto para a harmonia e o ritmo. Talvez essa ênfase na
característica diferenciadora da arte – o que a separa de outras percepções de
ação – seja necessária para reafirmar a existência da arte. Talvez seja
estratégia pobre para um poeta preocupar-se, no momento da composição, com a
verdade em qualquer sentido, exceto a verdade para com seus sentimentos. E pode
ser que, em nossa época perturbada, o poeta tenha apenas uma inspiração
patética; e que se não se agarrar à univocidade da paixão divinatória esteja em
perigo de não ter mais nada com que trabalhar. Poesia, diz Aristóteles, como
reconhecendo as limitações de sua própria teoria, implica ou um dom feliz da
natureza ou um esforço enlouquecedor. No primeiro caso, o homem pode tomar a
forma de qualquer personagem; no segundo, se desprende de seu próprio ser. Tais
considerações recordam-nos o mistério do ato criador em qualquer arte;
recordam-nos nossa dependência dos mestres, e a dependência dele da cultura
circundante. Entretanto, a noção do drama como imitação da ação é possível para
nós e muito valiosa. De certa forma nós temos realmente percepção direta da
vida mutável da psique antes de qualquer doutrinação; antes mesmo de imitá-la
por meio de palavras ou sons musicais. Quando percebemos diretamente a ação que
o artista pretende, podemos compreender a objetividade de uma visão,s eja como
for que ele tenha chegado a ela; e em consequência a própria forma de sua arte.
Só assim pode alguém captar as analogias entre representar e escrever para
teatro, entre várias formas de drama e entre o drama e outras artes. Veja
mais aqui e aqui.
LE
MEILLEUR DE LA VIE – A
comédia Le Meilleur de la vie (1985),
realizado pelo diretor, roteirista e ator francês Reinaud Victor (1946-1991), conta
a história de dois amantes que brigam por sua condição econômica: ela rica,
alegre, sensível e independente, ele pobre, possessivo, violento e introvertido.
Eles se casam, têm um filho e divergem das amizades e do estilo de vida
diferente de cada um, tomando a vida deles guinada inesperada. O destaque da
película vai para a premiadíssima atriz e diretora francesa Sandrine Bonnaire. Veja mais aqui.
IMAGEM DO DIA
Charge do caricaturista, cartunista e
jornalista francês Charb – Stéphane
Charbonnier (1967-2015), assassinado no massacre do jornal satírico francês
Charlie Hebdo, no qual era diretor, extraída do livro Marx, manual de instruções (Boitempo, 2013) do filósofo, professor
e dirigente da Quarta Internacional, Daniel Bensaid (1946-2010).
Veja mais sobre:
Vamos aprumar a conversa: Psicologia
escolar, Ensaios das
obras escolhidas de Walter Benjamin, Felicidade clandestina de Clarice
Lispector, Folhas da relva de Walt Whitman, A cantora careca de Eugène Ionesco,
a pintura de Siron Franco, a música de Enya, o cinema de Nathaniel Hawthorne
& Demi Moore aqui.
E mais:
Pocotós & outras bufas, A comissão da verdade do Fecamepa &
Vera indignada: será a Carolina Dickman? aqui.
Big shit bôbras: a profissão golpista do
marido da Marcela,
História Universal da Infâmia de Jorge Luis Borges, Mundo das imagens
eletrônicas de Guido e Teresa Aristarco, a música de Fredrika Brillembourg, a arte de Siron Franco &
Miguelanxo Prado aqui.
Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres
de Clarice Lispector & Todo dia é dia da mulher aqui.
Janeiro: o êxtase da vida & Todo dia é dia da mulher aqui.
Cleópatra & Todo dia é dia da mulher aqui.
Gersoca: dos dias, a mulher, O mundo de Albert Einstein, Sentido de
amor de Viktor Frankl, A virgem esquimó de Mark Twain, a música de Gilberto
Gil, a poesia de Alfredo Rossetti, a pintura de Henri Matisse, o cinema de
Milos Forman, o mangá de Naoki Urasawa, Kátia Velo, a arte de Rita Guedes &
Natalie Portman aqui.
Chiquinha Gonzaga & Todo dia é dia da
mulher aqui.
O presumível coração da América de Nélida Piñon & Todo dia é dia da mulher aqui.
Samira, a ruivinha sardenta, A vida de Pi de Yann Martel, Relação
pornográfica de Philippe Blasband, Segunda interatividade de Diana Domingues, a
música de Cristina Braga, Os provérbios de Hernani Donato, a pintura de August Macke & He Jiaying., o
cinema de Tom Tykwer & Franka Potente, a arte de
Christiane Antuña, Susie Cysneiros/Boi Bumbarte & a poesia de Ana Bailune aqui.
Nefertiti & Todo dia é dia da mulher aqui.
O amor & Crônica de amor por ela, Cultura pós-moderna & global de
Lucia Santaella, A bem-amada de Thomas Hardy, a música de Brahms & Marin
Alsop, a poesia de Virgilio & Rabindranath Tagore, A commedia dell’arte,
o cinema de Wong Kar-Wai & Maggie
Cheung, a pintura de Antonio Rocco, a arte de Corina Chirila & Lenilda Luna aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra:
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.








