segunda-feira, maio 11, 2015

JANET MOCK, MARILYN STRATHERN, FOUCAULT, LEONTIEV, QUINTANA, OSMAN LINS & ABOUL-QACEM ECHEBBI


ADQUIRA JÁ - Para adquirir os livros Nitolino no Reino Encantado de Todas as Coisas (R$ 25,00 frete incluso) e O lobisomem zonzo (R$ 25,00 frete incluso), basta enviar os valores da aquisição desejada pela chave pix luizalbertomachado@gmail.com ou por meio de depósito no Banco do Brasil Ag. 3332-4 c/c 9051-4 e envie mail com o comprovante, seu nome e endereço para luizalbertomachado@gmail.com que será entregue em qualquer lugar do Brasil.

LIVROS INFANTÍS BRINCARTE DO NITOLINO – As publicações do Nitolino fazem parte do projeto Brincarte do Nitolino que incluem livros, apresentações teatrais, cursos, recreações educativas, contações de histórias e outras atividades desenvolvidas em escolas, bienais, feiras literárias, instituições e eventos. Veja detalhes aqui.


CORDEL TATARITARITATÁ – O cordel Tataritaritatá integra o projeto de mesmo nome que começou como blog e virou siteblog, transformou-se em folheto de cordel, programa radiofônico, zine, show musical, palestras, oficina, curso e atividades diversas a partir da literatura de cordel e suas articulações com as práticas educacionais e temas transversais com as dimensões jurídicas nas esferas da ética, cidadania, respeito à diferença, inclusão e meio ambiente, tornando-se bandeira da participação no processo de construção de um país melhor para todos. Maiores detalhes aqui.

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GOLPE INESCAPÁVEL - O sapo coaxava, o cavalo relinchava, o gato miava e Hermelinaldo nasceu com um par de testículos proeminentes: Esse tem colhões! Era o pai chamando atenção do xodó da mãe. Ele nem engatinhou: se arrastava sobre as gônadas masculinas para lá e para cá. Iê! Aí, um dia, no quintal da casa dos avós, ao se amostrar, atrepou-se no pé de caju frondoso, escorregou e espremeu os cachos. Ui! Doeu. E muito. O cachorro latia, abelha zumbia, o boi mugia e no selim da bicicleta: magoou, espremido. Ó. O burro zurrava, o porco grunhia, o papagaio palrava e no escorrego saiu deslizando e resvalou: arranhões em carne viva. Eita, porra! Ovelhas baliam, passarinhos chilreavam, o grilo cantava e ele não se sentava: encolhonava com as pernas cruzadas feito Buda. Hummmmm... A galinha cacarejava, o peru grugulejava e foi crescendo e até se envaidecia: Tenho colhão, porra! Com o tempo os bagos aumentavam e o pênis encolhia: Cadê meu pau? Sumia-se na pentelheira de virar um pitoco ínfimo: Lasquei-me! Nada, era só esfregá-lo, taí sua punheta. U-hu! Aí começou a sonhar recorrentemente com coisas desconexas: diante de um trio - um egípcio, um hebreu e um hindu, queriam testemunhar com juramentos e promessas esmagando os seus quibas! Tá doido! Acordou alvoroçado e mal cochilava: era ximbra no buraco, bola na caçapa, chute pra gol, via estrelas e desmaiava. Escapava de quina de mesa, de tiro de revólver, bola chutada, joelhada de astuta, tudo acertava seus possuídos. Quando não se acidentava de deixar os seus troços lá pendurados num tronco. Ou pesadelo de uma noite de torção testicular. Será um alerta? Ameaças de golpe de romper o saco? A insegurança, os temores, sensibilidade ao toque, inchaço, que será? Hérnia, epididimite, varicocele, prostatite, orquite, hidrocele, oxe! Ambos atrofiaram de vez, trauma testicular. Como assim? Não adiantava aplicação de compressa gelada. Rancolho! Bota essa boca pra lá! Capado! Sai-te! Desprotegido, teve náuseas, vomitou e, por fim, desmaiou. Teve uma parada cardíaca reflexa. Parece que foi uma ruptura nos cachos. Eita! Foi submetido a uma orquiectomia. Agora, sim! Um criptorquídico na foto 3 por 4! Acordou na maior aflição, todo moído. Estava deveras demolido com dor dilacerante, esfacelado, inutilizado: sujeito castrado, era uma vez testosterona. Via-se lesionado, nem o pitoco servia mais: Que utilidade tem isso? Se já era inútil, agora estava monórquido, quase nem falava mais, só gesticulando e ninguém entendia. Pra ele estava condenado pela Lei de Murphy, escapar o quanto podia e, pra piorar, até ouviu da mulher: “Você não mora mais aqui”. Foi o fim: o que restava, agora descolhonado, serventia nenhuma. Só se via fazendo careta, os olhos apertados, lábios de lua minguante pra baixo, beiço inferior saliente, todo emborcado, andando penço, as mãos cruzadas sobre a púbis, guardando o que nem mais existia, sabe-se lá, cauteloso, precavido: Prevenido vale por 10! E veja mais aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS - Somos todos parte de um coletivo maior que procura criar um mundo mais bonito e justo... Se quisermos iluminar as pessoas ou dar-lhes novos pensamentos e ideias, temos que estar dispostos a fazer o trabalho de educá-las... Devemos ter a audácia de aumentar a frequência de nossas verdades... Como uma ativista que usa a narrativa para combater o estigma, eu sempre fui inflexível que contamos nossas próprias histórias... Eu nasci indignada. Eu nasci sem, sabendo que meu povo não foi contado, não estava incluído, não centrado. Eu lutei através de escolas de baixo recursos, comunidades e projetos habitacionais... Pensamento da escritora, jornalista e ativista estadunidense Janet Mock. Veja mais aqui & aqui.

 

ALGUÉM FALOU: Quando uma medida se torna uma meta, ela deixa de ser uma boa medida... Pensamento da antropóloga e acadêmica britânica Marilyn Strathern, que Partial Connections (Association for Social Anthropology in Oceania, 1991), ela expressou: [...] A certeza em si parece parcial, a informação intermitente. Uma resposta é outra pergunta, uma conexão uma lacuna, uma similaridade uma diferença, e vice-versa [...] Um mundo obcecado com os uns e com as multiplicações e divisões dos uns cria problemas para a conceptualização das relações [...]. Veja mais aqui & aqui.

 

DOUTRINAS EXISTENCIALISTAS – […] O esforço para atingir a perfeição lógica elimina o sentido do real: tende sempre a lançar para a sombra e para o esquecimento o sentido do problema e até o próprio problema que suscitou o sistema. A moldura devora o painel; a dialética suprime o mistério [...]. Trecho extraído da obra As doutrinas existencialistas: de Kierkegaard a Sartre (Tavares Martins, 1957), de filósofo francês Régis Jolivet (1891-1966). Veja mais aqui.

 

AS PALAVRAS & AS COISAS – [...] Solapam secretamente a linguagem, porque impedem de nomear isto e aquilo, porque fracionam os nomes comuns ou os emaranham, porque arruínam de antemão a “sintaxe”, e não somente aquela que constrói as frases — aquela, menos manifesta, que autoriza “manter juntos” (ao lado e em frente umas das outras) as palavras e as coisas [...]. Trecho extraído da obra As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas (Martins Fontes, 1999), do filósofo, historiador, filólogo, teórico social e crítico literário francês Michel Foucault (1926-1984). Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.

 

DESENVOLVIMENTO DO PSIQUISMO – [...] Podemos dizer que cada indivíduo aprende a ser um homem. O que a natureza lhe dá quando nasce não lhe basta para viver em sociedade. É-lhe ainda preciso adquirir o que foi alcançado no decurso do desenvolvimento histórico da sociedade humana. O indivíduo é colocado diante de uma imensidade de riquezas acumuladas ao longo dos séculos por inumeráveis gerações de homens, os únicos seres, no nosso planeta, que são criadores. As gerações humanas morrem e sucedem-se, mas aquilo que criaram passa às gerações seguintes que multiplicam e aperfeiçoam pelo trabalho e pela luta as riquezas que lhes foram transmitidas e passam o testemunho do desenvolvimento da humanidade. [...] Mas é um ideal acessível o do desenvolvimento no homem de todas as suas aptidões humanas? A força deste preconceito profundamente enraizado nos espíritos, segundo o qual o desenvolvimento espiritual do homem tem a sua origem em si mesmo, é tão grande que ela a por o problema ao contrário: não seria a aquisição dos progressos da ciência a condição da formação das aptidões científicas, mas as aptidões científicas que seriam a condição desta aquisição: não será a apropriação da arte a condição do desenvolvimento do talento artístico, mas o talento artístico que condicionará a apropriação da arte. Citam-se em apoio desta teoria fatos que testemunham da aptidão de uns e da incapacidade total de outros para tal ou tal atividade, sem mesmo se interrogam donde vêm estas aptidões; tem-se geralmente a espontaneidade da sua primeira aparição por prova da sua idoneidade. O verdadeiro problema não está, portanto, na aptidão ou inaptidão das pessoas paras se tornarem senhores das aquisições da cultura humana, fazer delas aquisições da sua personalidade e dar-lhe a sua contribuição. O fundo do problema é que cada homem, cada povo tenha a possibilidade prática de tomar o caminho de um desenvolvimento que nada entrave. Tal é o fim para o qual deve tender agora a humanidade virada para o progresso. [...]. Trechos extraídos da obra O desenvolvimento do psiquismo (Livros Horizonte, 1978), do psicólogo russo Alexis Nikolaevich Leontiev (1903-1979). Veja mais aqui & aqui.

 

O PROTAGONISMO DA MULHER - [...] Esses cuidados derivam da percepção comercial de que, apesar de quererem ler sobre sexo, muitas mulheres ainda se assustam com o explícito, como os órgãos sexuais sendo citados. Curiosamente, a própria vagina é a menos mencionada, mesmo com as narrações sempre sendo da personagem feminina e em primeira pessoa. Como o objetivo é vender, suaviza-se e simplifica-se a linguagem para atender ao maior número de pessoas possível, sempre se preocupando com a ideia do que é vulgar, segundo o senso comum. [...] Nas reuniões de consolidação de vocabulário, que eram formais ou informais, estavam presentes mulheres de diferentes faixas etárias, pois a intenção era que todas se identificassem com o que estava sendo contado. Livros eróticos têm diversas gírias e o jeito de falar de sexo varia de acordo com a idade. Discutia-se se era melhor usar “excitada”, “molhada”, “úmida” ou “molhadinha” em cenas que descreviam a excitação sexual da mulher e “enfiar”, “meter” ou “penetrar” em cenas onde o homem penetrava a mulher. O objetivo era que se chegasse a um denominador comum que fizesse a cena ser entendida por todas as mulheres presentes, que fosse excitante e também que se aproximasse o máximo possível da fala, como se fosse uma conversa entre amigas. [...] É possível fazer as seguintes relações entre a protagonista do conto de fada e a do romance e da literatura erótica de hoje: a princesa passa a ser uma mulher contemporânea, que trabalha e estuda; o padrão de beleza da personagem feminina permanece o mesmo: mulheres magras, brancas e de cabelo liso; as duas não notam sua beleza. O príncipe, personagem masculino, é o CEO de uma empresa, um magnata poderoso; o cavalo branco vira carros luxuosos; o castelo vira um apartamento com decoração impecável nos Estados Unidos; e a princesa, que era salva de situações de perigo, como engasgar com uma maçã e morrer ou cair em um sono profundo, na literatura erótica, é salva de si mesma, é apresentada à sexualidade e a um novo modo de vida. [...]. Trechos extraídos da obra O protagonismo da mulher na literatura erótica contemporânea (UFRJ, 2015), Paula Fernandes Drummond Francklin. Veja mais aqui.

 

AVALOVORA – [...] Presidem este encontro o signo da escuridão − símile de insciência e do caos− e o signo da confluência: germe do cosmos e evocador da ordenação mental. Terra, espaço, Lua, movimento, Sol e tempo preparam a conjugação da simetria e das trevas [...]. Trecho extraído da obra Avalovara (Companhia das Letras, 1995), do escritor e dramaturgo Osman Lins (1924-1978). Veja mais aqui.


 OS POEMAS - Os poemas são pássaros que chegam \ não se sabe de onde e pousam \ no livro que lês.\ Quando fechas o livro, eles alçam voo\ como de um alçapão.\ Eles não têm pouso\ nem porto\ alimentam-se um instante em cada par de mãos\ e partem. \ E olhas, então, essas tuas mãos vazias, \ no maravilhado espanto de saberes\ que o alimento deles já estava em ti.... Poema do poeta, tradutor e jornalista Mário Quintana (1906-1994). Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.


O CÂNTICO DOS BRAVOS - Sobreviverei apesar das doenças e dos inimigos \ como uma águia no pico mais alto. \ Aproximo-me do sol com desprezo \ e das nuvens, da chuva e de todos os presságios desfavoráveis. \ Ando sonhadoramente pelo mundo dos sentimentos \ enquanto canto. Esta é a natureza dos poetas. Versos do poeta tunisiano Aboul-Qacem Echebbi (1909-1934).

 

CRÔNICA DE AMOR POR ELA

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GLÓRIA STEINEM, MIN JIN LEE, LINDA SUE PARK & LADY TEMPESTADE

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Apimentada (2018) e Nossa Melhor Visão de Mundo (2023), d a compositora, pianista e profes...