sexta-feira, janeiro 25, 2013

CONNIE PALMEN, MARJANE SATRAPI, FRANCES BURNETT, NAIM FRASHËRI & TODO DIA É DIA DA MULHER

 

É pra ela que a vida brilha tanto e eu faço o meu canto pra lhe dar...

 


A FILHA DO BUCHO DE ZEDERINAQue barriga é essa, Zederina? Sei não, mãe. Tem coisa! Tem não, pai, menstruei esse mês já. A barriga cresce a cada, não tem cara de lombriga não. Só cresce, mulher, essa menina tá embuchada. Tô não, pai. Tá não, véio, ela tá de boi. Então que bucho é esse se não for pra parir, hem? Sei não, pai. Eu sei, Jesus me contou num sonho: você tá prenha e será menina! Deus-me-livre! Cruz-credo, véio. Como é que pode, se todo mês o sangreiro desce? Pode escrever: vai ser menina! Então foi aquele valeiro safado! Ô mãe!... Ela tá mentindo, quando ela some arriando os quartos toda fuviando pras bandas daquele enrolão. Tô não, pai. Quero ver mesmo se tá boi, menina! Chegue, venha ver, mãe, olhaqui. Como é que pode: isso é bucho duns sete meses, ora! O sangue desce todo mês, pai. Vamos levar ela pro médico na cidade. Precisa não, vou agora no atendimento lá do grupo. Vá lá, vá!

E aí doutor? A senhora está grávida de oito meses, vai dar à luz mês que vem. Como é que pode? Vá pra enfermagem fazer o pré-natal e se preparar pro parto, semana que vem quero vê-la aqui.

Embuchou, Zeferida? E apois, seu Zé, e nem sabia! Ocente, se for menino tu me dá? Dou, mas pai disse que sonhou que era menina. Então dê pro meu irmão que ele tá precisado. Será que seu Coca quer mesmo? Quero sim, mas só se for menina. Acertado pra um ou pro outro.

Pronto, mãe, pai: uma notícia ruim e outra boa. Conte logo a ruim! Tô prenha mesmo! Num disse. E a boa, se avie! Se for menino, vai pro seu Zé; se for menina, pro seu Coca. Endoidou, foi? Nada pai, problema resolvido.

Chama a parteira aí, véi! Aonde é que aqui tem parteira, mulher? Chama a véia vizinha, homem! Já chegou só com o zoadeiro. Vixe! Que foi? Tá laçada. E agora? Vai dar trabalho. Simbora, mulher, deixa de conversa!

Pronto, a menina escapuliu! Então me dê que a mãe dela tá doida e vai ganhar o olho da rua depois do resguardo! Me dê, mãe! Vá-se pro meio do mundo com aquele valeiro safado, aqui você não fica nem mais um segundo, só emprenhou pra desmoralizar a família! Foi não, pai! Suma daqui senão lhe quebro no pau e jogo no meio do rio pra morrer longe afogada! Arrede, filha, nunca mais quero ver a sua cara, deixa que a menina a gente cuida. Mas, mãe.. Sai-te daqui, já!

Quarenta anos se passaram e estava sozinha até ontem, meus avós morreram e nada mais restava. Não tive encontrado minha mãe, não sei o que seria de mim. Pelo menos ela ronca ali inocente no sofá sem saber nem que sou sua filha...

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo, aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS - Os homens sabem muito sobre o mundo e pouco sobre si mesmos. Coração e cérebro pertencem um ao outro. O sentimento é sensível e o pensamento é sensível. Muitas vezes, o acaso é mais sábio do que a nossa vontade. Devemos enfrentar nossos monstros, domar os lobos, buscar e matar o Minotauro nos labirintos de nossas almas, pois se não o fizermos, eles nos matarão. Por que tão poucas pessoas entendem que o desprezo dos outros, a condenação de quem você ama, na verdade fortalece o seu amor? Eu podia ler o desânimo com a minha escolha nos olhos de todos ao meu redor. Pensamento da escritora holandesa Connie Palmen.

 

ALGUÉM FALOU: Vais conhecer muitos idiotas na vida. Se te magoarem, lembra-te que é porque são estúpidos. Assim, não vais reagir à sua crueldade, porque não há nada pior do que ser amargo e vingativo. mantem sempre a tua dignidade e sê verdadeira. De qualquer forma, é a covardia de gente como você que dá chance a ditadores se instalarem! Pensamento da escritora, roteirista e cineasta iraniana Marjane Satrapi. Veja mais aqui e aqui.

 

UMA PRINCESINHA - [...] Ela diz que não tem nada a ver com sua aparência ou com o que você tem. Tem a ver apenas com o que você pensa e o que você faz [...] Ela não se importava muito com outras meninas, mas se tivesse muitos livros poderia se consolar. [...] Tudo é uma história - Você é uma história -Eu sou uma história. [...] Eu sou uma princesa. Todas as garotas são. Mesmo que vivam em minúsculos sótãos antigos. Mesmo que se vistam com trapos, mesmo que não sejam bonitos, nem inteligentes, nem jovens. Elas ainda são princesas [...] Talvez aprender as coisas rapidamente não seja tudo. Ser gentil vale muito para outras pessoas... Muitas pessoas inteligentes fizeram mal e foram perversas. [...]. Trechos extraídos da obra A Little Princessa (HarperCollins, 1998), da escritora estadunidense Frances Hodgson Burnett (1849-1924). Veja mais aqui e aqui.

 

DOIS POEMASPOESIA: Poesia,/ como você encontrou o seu caminho para mim? / Minha mãe não conhece muito bem o albanês, / escreve suas cartas como Aragón, sem ponto nem vírgula; / Em sua juventude, meu pai navegou sob outros céus. / No entanto, você chegou / andando no paralelepípedo da minha pacata / cidade de pedra; / timidamente você bateu na porta da casa de / três andares / no número 16. PAI: Uma noite ele entrou bêbado, / sentado perto do fogo, jogou fora / o boné velho, tirou / o jornal do bolso. / Nada dizia por que ele havia bebido. / Mamãe disse: "Uau, quem sabe." / Alguém havia criticado / os versos do filho mais velho no jornal. / No bar cheio de barulho e fumaça / mostraram-lhe o recorte do jornal, / alguém disse: "Foda-se a poesia do seu filho." / Ninguém jamais se / interessou pelos versos do filho. / Naquela noite foi a primeira vez, / na fumaça espessa do bar estreito. Poemas do escritor albanês Naim Frashëri (1846-1900).

 


TODO DIA É DIA DA MULHER – Trata-se de uma campanha de valorização e reconhecimento do papel desempenhado pela mulher na sociedade, bem como de combate à violência contra a mulher, não se restringindo apenas ao dia 08 de março - Dia Internacional da Mulher -, muito menos ao 30 de abril - Dia Nacional da Mulher. Envolve, portanto, uma série de entrevistas e homenagens a todas as mulheres, sejam elas famosas celebridades, sejam elas anônimas ou profissionais do dia a dia igualmente meritórias de aplausos.  Veja mais detalhes aqui aqui.






Nada merece mais a nossa gratidão que o ventre materno, seja ela simples dona de casa alagoana ou uma resignada do mosteiro de Argenteuil.

Decerto todos nós passamos pelo canal de parturição, nós, vivos ou mortos, já viajamos nove meses na aeronave do ventre, dependentes da ternura materna até termos a consciência do oxigênio e da vida.

Nada seria interessante se não fosse o poder da concepção que elas carregam no ventre, seja ela secretária executiva de Natal ou trabalhadora de Orange.

Nada é mais admirável que a fecundação quando tudo se faz de prazer atravessando a zona pelúcida para gerar filhos da vida, adubados pelo carinho e a ternura da maternidade, seja de uma simples balconista de Terezina ou aquela de Guaratinguetá de Di Cavalcanti.

Admirável é a sua anatomia, o seu design belo de recipiente do amor e do prazer, seja ela gueixa de Kioto, Aprés le l bain de Degas ou vendedoras de frutas da Martinica. Ou mesmo a de Unamuno no banho, ou costureira do mercado de Abi Djan.

Que seja amada como uma simples rendeira de Aracati, ou mestiça do Gabão; ou tuaregue do Níger; ou ticoqueira da cana-de-açúcar.

Que seja amiga mesmo como camponesa nordestina ou do milharal do Haiti. Ou mesmo uma cachorrona sexy, maluca pauleira, fatal miss ou sedutora perversa.

Que seja malandra, dócil ou abestada, ou quitandeiras do Recife, prostitutas de Brasília ou a executante de alaúde de Caravaggio.

Sempre serão belas mesmo que seja uma simples jovem turca, ou esquimó da Groenlândia ou, mesmo, a Garota de Ipanema.

Sempre serão exuberantes mesmo na simplicidade daquela das colinas de Chittagong em Bangladesh ou aquela lavadeira de Portinari. Ou nativa birmanesa ou aquela marabá de Rodolfo Amoedo. Ou mesmo a colhedora de chá do Ceilão ou uma linda índia Kamayurá. Ou, ainda, Le bain au serail de Theodore Chasseriau.

Pode ser uma humilde tecelã de seda em Bali ou operária de qualquer montadora de São Bernardo do Campo. Ou a nômade Fars, ou humilde verdureira da feira de Caruaru.

Pode ser uma dedicada vendedora de cosméticos de Aracaju ou Nu à contre jour de Bonnard. Ou uma Diana de Lee Falk, ou a Danae de Rembrand.

Pode ser uma teimosa da vida ou Fleurs de la prairie de Maillol ou humilde enfermeira de um hospital de João Pessoa.

Pode ser uma adolescente eterna sonhadora ou a estudante de Anita Malfati ou uma nativa das ilhas Trobriand, ou a Vênus Anaduomene de Ingres ou As Artes de Van Gogh.

Que seja musa dos escritores, poetas e compositores ou mesmo uma perdida nas veredas da vida, ou Vairumati de Gaugin, Vênus de Brozino ou a que carda lã no Nepal.

Seja a Bovary de Balzac ou a dedicada submersa entre marido e filhos. Ou a Nu de Modigliani ou uma passageira de Olinda; seja a mãe de Almada Negreiros, ou de Gorki, ou Valentina de Guiido Crepax.

Seja ela Velta, ou Lôra Burra, a Vênus de Urbino de Ticiano ou Léda Atomique de Salvador Dali; ou femme de frisant de Toulouse-Lautrec; ou uma da cadeira de David Lingare.

Mas também que seja ela Safo, louca, aguerrida ou desgarrada. Que seja uma sumidade intelectual ou muçulmana de Oman, mestiça de Cuenca, mulata do Rio de Janeiro ou mesmo estabanada andrógina da noite na paulicéia desvairada.

Seja mesmo o que for: a “Mulher” de Geraldinho Azevedo & Neila Tavares, ou mesmo “Todas elas juntas num só ser” de Lenine & Carlos Rennó, ou tantas outras grandes e anônimas mulheres deste planeta, aqui só gratidão. Obrigado por existirem. Esta a minha homenagem, MULHER


TODO DIA É DIA DA MULHER – Participam da campanha Todo dia é dia da mulher famosas, anônimas, esportistas, professoras, turistas, pesquisadoras, radialistas, profissionais liberais, artistas, empresárias, jornalistas, autônomas, ilustres, ambulantes, intelectuais, mães e jovens, para todas a nossa homenagem. Veja mais detalhes  aqui e aqui.

Com vocês, a mulher:


















































































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terça-feira, janeiro 22, 2013

EMMA LAZARUS, CHAPLIN, CASTAÑEDA, MUNCH, GESTALT DE PERLS & LITERÓTICA

Imagem: The Fairy Feller's Master-Stroke (1855-1864), do pintor inglês da era vitoriana, Richard Dadd (1817-1886).

 

LITERÓTICA: A NATA DO PRAZER - Quando enfim flagrei sua presença, jamais poderia imaginar que perderia por completo a noção de tudo. Estava completamente extasiado com a grandiosa beleza que emanava da fogueira ardente de seu corpo, de seus olhos de mar revolto, de sua boca sedutora, do seu jeito mais que divino e maravilhoso, ali, à mão-tenente. Nossa, como irradiava onímoda, pojante, escorreita, máxima potranca ao meu dispor de ginete bem-aventurado. Graças à vida, eis que ela, édule de antemão, sorria a mais linda feição fagueira. E tudo isso me levava por um redemoinho agitado que eu abdicava de qualquer salvação. Tomei pé ao possuí-la abrasada e colada ao meu corpo para que eu pudesse exalar a odora maravilha de sua manifestação, enquanto beijava seus olhos de céu, suas faces de maçã, sua boca de sedução. Nessa hora, o mundo e o tempo se perderam de mim e de nós. Eu só sentia a saudade morrer de velha e o desejo emergir indomavelmente. De tão extasiado, não pude conter a exagerada ereção que se insinuava no meu membro dilatado e saliente ao contato de suas coxas. Eu ardia de prazer e seu corpo me eletrocutava na mais das fantásticas sensações ruidosas. Beijos estalavam incólumes. E de tão alvoroçado sequer percebi que encurralado pelo seu domínio, era conduzido por um percurso jamais saboreado. Eu só sabia de estar ao seu lado. Nem de longe percebi que transcorríamos longo trajeto até chegarmos onde definitivamente nos fazíamos só para o amor. Eu estava febril, juro, loucamente febril e só ansiava amar com todo afinco de minha loucura apaixonada. Estávamos, finalmente, a sós num quarto de hotel. Ali, a penumbra permitia que pudéssemos nos fitar efígie dada, nos vasculhar, nos acercar de nós, tomar de nós a ciência de tudo que somos e que podíamos nos fartar na mais libertina das vontades. O escuro não escondia de todo a sua beleza. E eu devaneava agarrado como quem se entrega definitivamente a tudo aquilo que mais e sempre desejava. Senti o seu domínio ao arrancar-me a camisa, a demover as vestes, a me jogar com brusquidão na cama e a se deitar por cima de mim como quem está disposta a me sufocar com a maior avalanche de prazer. Tudo muito desordenado, muito intuitivo. Queríamos e queríamos tudo. Até que aos poucos desnudados com displicência, é que pude deparar sua nudez santa e cristalina. Jamais poderia prever o tamanho cósmico de sua entrega. Eu verdadeiramente estava entregue, me batizando com o seu suor delicioso, me crismando com o seu desejo demoníaco e incontrolável, me salvando com a sua sacralização pecaminosa. Não havia como nem desejaria jamais me desvencilhar de tal circunstância. Eu caía de cabeça no seu feitiço solaçoso. Daí o ritual. Senti-lhe os mamilos duros dos seios roçarem meu tronco numa dança sensual de arrepiar-me a alma. Depois seus ductos expressivos saíram passeando pelo meu ventre, onde tomei uma dose generosa de vida. Seguiu alada pelas minhas coxas de pêlos eriçados, pelas minhas pernas trêmulas e pelos meus pés esquentados pela louca roçada. Senti o toque de sua mão exímia no meu calcanhar, meus dedos, solado, tornozelo. Foi fundo na magia quando pude perceber seus lábios tocarem minhas pernas, sua língua viajando pelo meu joelho, contornando minhas coxas, alisando-me o ventre num ziguezague pra lá de extasiante. Cheguei ao zênite quando sua mão tocou leve o meu macho cajado iluminado e o fez mais voraz e rijo com a carícia táctil de sua condução, enlevando-me iniciado na sua maestria. Atravessei sua mística cerimônia, quando fez esfregar minha dura turturina mais que tomada de tesão, por seu rosto, lábios e pele sedosa. Embeveci quando fez uns carinhos cervicais, espremendo majestosamente meu louco membro desajuizado ao pescoço, lado a lado, até deixá-lo em riste ao queixo e beijá-lo com um beijo terno e mágico. Como sucumbi a esses beijos. Fui ao Nirvana e pude contemplar a maior beleza da vida quando chegou a lamber meu dardo túmido com o veludo de sua língua abissal. Agitei-me com sua libação como se chupasse bíbula o real manjar dos deuses. Ah! E como a vida me pareceu ringente e eu mergulhando na catarse oriforme do gozo pleno. Aí, soltei as amarras, capitoso, deixei-me levar pela sua abalizada sucção e ejaculei o meu elixir para cajila de nossa esfomeada carência. Ah, quanta maravilha sedenta onde sou sua caça em particular temporada. Levou-me aos extremos até a última gota da minha satisfação plena. Não satisfeita, ainda, saiu-me lambendo como cadela no cio, até alcançar-me os lábios e nos beijarmos até a ressurreição dos nossos mais infinitos prazeres. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS - Uma verdade científica não se impõe por convencer os que a ela se opõem e por levá-los a verem com clareza, mas sim, antes, porque os opositores acabam morrendo e surge uma nova geração que aceita a verdade nova. Pensamento do físico alemão e ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1918, Max Planck (1959-1947). Veja mais aqui.

 

ALGUÉM FALOU: Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontram todos os segredos, inclusive os da felicidade... Pensamento do ator e cineasta inglês Charlie Chaplin (1889-1977). Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

 

DON JUAN - [...] Qualquer caminho é apenas um caminho e não constitui insulto algum - para si mesmo ou para os outros - abandoná-lo quando assim ordena o seu coração. [...] Olhe cada caminho com cuidado e atenção. Tente-o tantas vezes quantas julgar necessárias. Então, faça a si mesmo e apenas a si mesmo uma pergunta: possui esse caminho um coração? Em caso afirmativo, o caminho é bom. Caso contrário, esse caminho não possui importância alguma [...]. Trechos extraídos da obra Las enseñanzas de don Juan Matus - Una forma Yaqui de conocimiento (Fondo de Cultura Económica, 1974), do escritor e antropólogo estadunidense Carlos Castañeda (1925-1998). Veja mais aqui e aqui.

  

TRÊS POEMASECOS: Nascida tardiamente e com alma de mulher, não ouso esperar, / O frescor do ancião jaz, o poder / Da paixão viril e moderna pousará Nos / lábios de minha Musa, nem posso lidar / (Quem velado e encoberto pela feminilidade deve tatear) / Com o mundo guerreiros de armas fortes e recitam / os perigos, feridas e triunfos da luta; / Vibrando a lira de cordas completas em todo o seu alcance. / Mas se você alguma vez em alguma caverna no fundo do lago / O'erbrow por rochas, uma voz selvagem cortejou e ouviu, / Respondendo de uma vez do céu e da terra e da onda, / Emprestando música élfica à sua palavra mais dura, / Não interprete mal esses ecos que pertencem / A um apaixonado pela solidão e pela música. VÊNUS DO LOUVRE: No longo corredor ela brilha como uma estrela, / A mãe do Amor nascida da espuma, paralisada na pedra, / Ainda assim, imortal, respirando. / A mão brutal do tempo mutilou, mas não conseguiu estragar. / Quando pela primeira vez a feiticeira encantada de longe / Deslumbrou meus olhos, Eu não a vi sozinha, / Serenamente posicionada em seu trono adorado pelo mundo, / Como quando ela guiou uma vez seu carro puxado por pombas, - / Mas a seus pés um judeu pálido e mortal, / Seu adorador de vida, chorou adeus ao amor. / Aqui Heine chorou! Aqui ainda ele chora de novo, / Nem nunca sua sombra se erguerá ou se moverá, / Enquanto lamenta um coração ardente, um cérebro-poeta, / Pelas dores da Hélade desaparecida e da dor hebraica. TRABALHAR: No entanto, a vida não é uma visão nem uma oração, / mas um trabalho obstinado; ela não pode fugir de sua tarefa. / Depois da primeira compaixão, ninguém poupará / Sua porção e sua obra realizada, para pedir. / Ela implora por descanso - ela virá em breve / Quando, descansando à beira da estrada, ela for forte. / Não, pois a multidão apressada de transeuntes a / esmagará com seu fluxo contínuo. / Muito deve ser feito antes que a breve luz morra; / Ela pode não demorar, absorta no sonho vão. / Com mãos trêmulas não usadas e pés vacilantes, / Ela cambaleia adiante, sua sorte designada a cumprir. / Mas quando ela preenche seus dias com deveres cumpridos, / Estranho vigor vem, ela recupera a saúde. / Novos objetivos, novos interesses surgem a cada novo sol, / E a vida ainda vale para sua riqueza ilimitada./ Tudo o que parecia difícil e cansativo agora se mostra pequeno, / E nada pode amedrontá-la - ela tem força para tudo. Poemas da poeta estadunidense Emma Lazarus (1887-1849). Veja mais aqui e aqui.

 

O GRITO DE MUNCH

Queremos mais do que uma mera fotografia da natureza. Não queremos pintar quadros bonitos que sejam pendurados nas paredes dos salões. Queremos criar, ou pelo menos estabelecer as bases de uma arte que dê algo à humanidade. Um arte que prenda e envolva. Uma arte criada do coração mais íntimo de alguém.

Arte e pensamento do pintor e gravador norueguês Edvard Munch (1863-1944). Veja mais aqui e aqui.

 

GESTALT-TERAPIA – O psiquiatra e psicoterapeuta Fritz Persl (1893-1970), descreveu a Gestalt-terapia como uma terapia existencial, baseada na filosofia existencial e utilizando-se de princípios em geral considerados existencialistas e fenomenológicos. Ele associou-se à maioria dos existencialistas insistindo que o mundo vivencial de um individuo faz de sua situação única. Do mesmo modo, sustentava que o encontro do terapeuta com um paciente constitui um encontro existencial entre duas pessoas, e não uma variante do clássico relacionamento médico-paciente. Nesse contexto, o conceito de intencionalidade é básico tanto para o existencialismo e a fenomenologia quanto para o trabalho de Perls; a mente ou consciência é entendida como inteção. Os sentidos dos atos psíquicos ou intenções devem ser alcançados em seus próprios termos, fenomenologicamente, e em termos de sua própria intenção particular. Dois temas importantes da maior parte do pensamento existencialista são a experiência do nada e a preocupação com a morte e o medo. Também o método fenomenológico de compreender através da descrição é básico no pensamento de Perls, todas as ações implicam escolha, todos os critérios de escolha são eles próprios selecionados. A confiança da fenomenológica na intuição para o conhecimento das essências assemelha-se à confiança de Perls no que ele chama de inteligência ou sabedoria do organismo. Entre os conceitos principais estão o organismo como um todo, ênfase no aqui e agoraa preponderância do como sobre o porquê e conscientização. No que concerne ao todo, além do holismo ao nível intra-orgânico, Perls acentuou a importância do fato de considerar o individuo como parte perene de um campo mais amplo que inclui o organismo e o meio, sugerindo que as pistas para o ritmo de contato e afastamento são ditadas por uma hierarquia de necessidades que são dominantes quando emergem como primeiro plano ou figura contra o fundo da personalidade total. A ênfase no aqui e agora em Perls possui ênfase na importância da autopercepção presente e imediata que um individuo tem do seu meio. No que concerne à preponderância do como sobre o porquê, dá-se pela ênfase na importância da compreensão da experiência de uma maneira descritiva e não causal, na qual estrutura e função são idênticas. Esses três principais conceitos são fundamentais para entendimento da conscientização, que é o ponto central da abordagem terapêutica. O processo de crescimento é um processo de expansão das áureas de autoconsciência; o fator mais importante que inibe o crescimento psicológico é a fuga da conscientização. Em vista disso, Perls acredita plenamente no que ela chama de sabedoria do organismo, considerando o individuo maduro e saudável um individuo auto-apoiado e auto-regulador no cultivo da autoconscientização como sendo dirigido para o reconhecimento da natureza auto-reguladora do organismo humano. Nesse sentido, o principio da hierarquia das necessidades está sempre operando na pessoa. Foi aí que ele desenvolveu a noção de um continuum de consciência como um meio de encorahar esta autoconscientização. Perls definia a saúde e a maturidade psicológicas como sendo a capacidade de emergir do apoio e da regulação ambientais para um auto-apoio e uma auto-regulação. Uma apreciação plena desta hierarquia de necessidades só pode ser realizada através da conscientização que envolve todo o organismo, uma vez que as necessidades são experienciadas por cada parte do organismo e sua hierarquia é estabelecida por meio de sua coordenação. Assim, o ritmo contato/fuga com o meio ambiente é o componente principal do equilíbrio organismico. Para Perls existem quatro tipos de explosões que o individuo pode experienciar ao emergia da camada da morte. Existe a explosão em pesar, que envolve o trabalho com uma perda ou morte que não tinha sido previamente assimilada. Existe a explosão em orgasmo em pessoas sexualmente bloqueadas. Existe a explosão em raiva quando sua expressão foi reprimida. E, por fim, existe a explosão no que Perls chama de joie de vivre – alegria e riso, alegria de viver. Assim, Perls considera a fuga da conscientização e a consequente rigidez da percepção e do comportamento como os maiores obstáculos ao crescimento psicológico. A introjeção ou engolir tuido é o mecanismo pelo qual os indivíduos incorporam padrões, atitudes e modos de agir e pensar que não são deles próprios e que não assimilam ou digerem o suficiente para torna-los seus. A projeção é um mecanismo neurótico que é o oposto da introjeção, uma vez que é a tendência de responsabilizar os outros pelo que se origina no self, envolvendo um repudio de seus próprios impulsos, desejos e comportamento, colocando fora o que pertence ao self. Confluência é um mecanismo neurótico no qual os indivbiduos não experienciam nenhum limite entre eles mesmos e o meio ambiente, tornando possível um ritmo saudável de contato e de fuga, visto que tanto o primeiro quanto o segundo pressupõem um outro, impossibilitando a tolerância das diferenças entre as pessoas.  A retroflexão é o mecanismo neurótico que significa voltar-se de forma ríspida contra, indivíduos retroflexos voltam-se contra si mesmo e, ao invés de dirigir suas energias para mudança e manipulação de seu meio ambiente, dirigem essas energias para si próprios. Dividem-se e tornam-se sujeito e objeto de todas suas ações, são o alvo do seu comportamento. Veja mais aquiaqui, aqui e aqui.

ESCARAFUNCHANDO FRITZ – O livro Escarafunchando Fritz: dentro e fora da lata de lixo (Summus, 1979), de Frederick Perls, é um livro autobiográfico no qual, de maneira irreverente e bem humorada, o autor mostra seu repúdio aos padrões estabelecidos, ao mecionar que: Desta vez vou escrever sobre mim mesmo. Ou melhor, sempre que alguém escreve, escreve sobre si mesmo – mais ou menos. É claro que se pode escrever sobre as assim chamadas observações objetivas, ou sobre conceitos e teoria, mas, de uma maneira ou de outra, o observador é sempre parte dessas observações. Ou, então seleciona o que está observando. Ou obedece as exigências de um professor, e neste caso seu envolvimento poderia ser muito reduzido, mas de certo modo existe. [...]. E fechando o livro ele diz: [...] Escrevi a Lata de Lixo em três meses e depois disso – nada. Tão depressa como veio, a necessidade de escrever secou

EGO, FOME E AGRESSÃO – O livro Ego, fome e agressão: uma revisão da teoria e do método de Freud (Summus, 2002), de Frederick Perls, aborda temas como Holismo e Psicanálise, metabolismo mental, terapia da concentração, pensamento diferencial, abordagem psicológica, o organismos e seu equilíbrio, realidade, a resposta do organismo, defesa, bom e mau, neurose, reorganização organismica, psicanalise clássica, tempo, passado e futuro, passado e presente, instinto de fome, resistências, retrflexão e civilização, alimento mental, introjeção, o complexo de fantoche, o ego como uma função do organismo, a cisão da personalidade, resistências sensomotoras, projeção, o pseudometabolismo do caráter paranoico, complexo de megalomania-rejeição, resistências emocionais, técnica, concentração e neurastenia, concentração no ato de comer, visualização, senso de realidade, silencio interior, primeira pessoa do singular, desfazendo retroflexões, concentração corporal, a assimilação de projeções, desfazendo uma negação, consciência constrangida de si mesmo, o significado da insônia, gagueira, o estado de ansiedade, entre outros assuntos.


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JUDITH BUTLER, EDA AHI, EVA GARCÍA SÁENZ, DAMA DO TEATRO & EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA

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