MEIA NOVE – Ela achega-se requerente e dissoluta, palpitante e seminua. O seu
perfume me inebria e flagro o seu olhar manhoso a denunciar o cio. Encosta os
seus lábios aos meus, um beijo e todo afago, arrepiando-se ofegante com as minhas
mãos a deslizarem seu dorso, alcançar-lhe as ancas voluptuosas prontas pro
prazer. As suas mãos acariciam-me a face enquanto move seu ventre esfregando-se
ao meu sexo protuberante. Levanto a sua saia e o seu sexo quente bafeja faminto
encostado ao meu. Movo-lhe até o sofá, sentamos quase desnudos e corro os dedos
por baixo da blusa até os seus seios nus e hirtos a encher-me a palma espalmada
carinhosamente. Roço-lhe a pele eriçada e arranco a blusa para, em seguida,
alisar suas coxas embaixo da saia e tocar-lhe o sexo úmido embaixo da calcinha.
Faço-a deitar-se a beijar-lhe as faces, mordo seus ombros, lambidas nos seus
seios, beijos no seu umbigo, a demover a saia e a calcinha para deixá-la
completamente nua, entregue às minhas investidas. Enquanto isso, ela quase
desfalecida toca meu pênis por cima da calça, desatacando-a e descendo o zíper
para apertá-lo por cima da cueca e cravar suas unhas para arrancá-lo duro a
puxá-lo até os lábios para beijinhos contidos e arrepiantes. Sobre as suas
coxas lambo-as até o clitóris e meus dedos se insinuam a acariciar sua vagina e
ânus. A sua língua contorna a glande e ensaia com os lábios abocanhá-lo lenta e
calmamente. Um dos meus dedos se atreve a mergulhar no poço ensopado de seu
prazer, para um outro enfiar-se delicadamente medonho no cu. Ela suspira deliciosamente
e agita o quadril para que eu enfie mais nos seus orifícios, fazendo com que
minhas lambidas sejam mais intensas e profundas na sua vulva. Sinto meu membro
inteiro na sua boca, engolido até a garganta em sua fome ofegante de felatriz,
eu mais firme na cunilingua passeio com a chupada e o toque a tatear tímida e
consequentemente em ritmos de tira e bota, entra e sai, vai e volta na sua
intimidade enlouquecida. Ela transpira inquieta e eu mais ousado a chupá-la de
forma a exaltá-la em abocanhar insana e selvagemente até à garganta, agarrada
ao meu tronco na chupada de babar me aprontando pro gozo aos seus zis orgasmos.
Vamos até as últimas instâncias e no ápice de nossa libidinosa chupação,
derramo na sua abóbada palatina a seiva inteira jorrada das profundezas do
desejo explodido, enquanto ela eletrizada descarrega seus estertores de
múltiplos e extremos prazeres. © Luiz
Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.
PENSAMENTO DO DIA – A poesia é função da alma e não
de atributos das paisagens. Pensamento do
escritor Alcântara Machado (1901-1937). Veja mais aqui.
AS MULHERES - [...] Bela é a visão de uma
mulher, contagiante ao toque e mortífera a sua posse... um mal necessário, uma
tentação natural... um mal da natureza, retratado em cores enganosas... mentirosa
por natureza... como [as mulheres] são mais frágeis tanto mental como
facialmente, não admira sejam enfeitiçadas pela bruxaria [mais do que os
homens]... uma mulher é mais carnal do que um homem... toda bruxaria provém da
luxúria carnal, que nas mulheres é insaciável. [...]. Conclusões de conversa
entre dois teólogos dominicanos, com sua grande experiência de inquisidores do
papa, extraído da obra Uma
história natural do amor (Bertrand Brasil, 1997), da escritora e
naturalista estadunidense Diane Ackerman.
Veja mais aqui.
NUDEZ - [...] Se a nudez
é uma experiência naturalista, o nu é um conceito de arte. O rosto de um corpo
despido deixa de ser o polo de atração da vida expressiva, ele já não exprime
tudo: perplexo, nosso olhar não sabe onde olhar. Além disso, ameaçada por suas
próprias desordens e profundamente perturbadora, pois anuncia a embriaguez ou a
violência dos prazeres possíveis que o cerimonial da roupa e dos adornos já não
atenua, a nudez é reformulada pelo olhar da arte para se tornar o Nu. Adorno
que aderiria à totalidade um corpo, apresentação melódica da nudez remodelada,
o nu artístico é enfim o corpo seguro de si mesmo e por isso oferecido sem
reservas ao divino prazer da contemplação. [...] O nu suscita uma emoção específica; é como se o nosso próprio corpo de
carne que o percebemos, e as sensações que agitam nosso ser multiplicam,
sublimando-a, a emoção erótica que o nu nos proporciona. [...]. Trecho
extraído da obra A arte da natureza (Papirus, 1991), do filósofo e
crítico de arte francês Michel Ribon. Veja mais aqui.
RELATÓRIO HITE – O livro Relatório Hite sobre sexualidade
masculina, de Shere Hite, aborda assuntos como ser homem, relacionamento com
mulher, intercurso e a definição de sexo, como os homens veem as mulheres e o
sexo, outras formas de sexualidade masculina, violação, sexo pago a mulher e
pornografia, amor e sexo entre homens, a sexualidade dos homens mais velhos,
homens que falam de suas vidas, frustrações e queixas, felação, cunilíngua,
masturbação, prazer físico, ejaculação precoce, entre outros temas. REFERÊNCIA:
HITE, Shere. Relatório Hite sobre sexualidade masculina. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1991.
PANORAMA DAS TERAPIAS FAMILIARES – Os dois volumes do
Panorama das terapias familiares, organizados por Mony Elkaim, abordam temas
como o inicio da terapia familiar, as terapias integracionais, psicanalítica,
abordagens sistêmicas, estrutural, estratégia de terapia familiar, abordagem
trigeracional, coalisões integracionais, conselho conjugal, psicodrama,
psicopedagogia, psicoterapia familiar, abordagem comportamental, experiencial,
discussões, construtivismo, construcionismo social, técnicas narrativas, entre
outros assuntos. Fonte: ELKAIM, Mony (Org.). Panorama das terapias familiares.
São Paulo: Summus, 1998.
PSICOLOGIA SOCIAL – O livro Psicologia social: desdobramento e
aplicações, de Maria de Fatima de Sena Silva e Cassio Adriano Braz de Aquino,
traz questionamentos sobre o ser social, alteridade, trajetória
acadêmico-política, psicologia do trabalho, saúde, psicologia comunitária,
responsabilidade social e ambiental nas empresas, perspectivas psicossocial do
tempo livre, entre outros assuntos. REFERÊNCIA: SILVA, Maria de Fátima; AQUINO,
Cassio. Psicologia social: desdobramento e aplicações. São Paulo: Escrituras,
2004.
PSICOLOGIA SOCIAL PARA AMÉRICA LATINA – O livro Psicologia
social para America Latina: o resgate da psicologia da libertação, organizado
por Raquel S. L. Guzzo e Fernando Lacerda Junior, aborda a realidade
interpelante e o projeto de uma psicologia da libertação, sentido e
necessidade, a teologia da libertação, ética e constituição social, a
psicologia de Martin-Baró ou o imperativo da crítica, psicologia ambiental,
política e comunidade, globalização, pobreza e justiça social, processos de
liberação social, violência política e o conflito armado, psicologia cultural,
entre outros temas. REFERÊNCIA: GUZZO, Raquel; LACERDA JUNIOR, Fernando.
Psicologia social para America Latina: o resgate da psicologia da libertação.
Campinas: Alinea, 2009.
DIÁLOGOS COM A PSICOLOGIA SOCIAL – O livro Diálogos em
Psicologia Social, organizado por Ana Maria Jacó-Vilela e Leny Sato, aborda
temas como ciência, saber e legitimação social, lugar de critica, memória e
afetividade, memória histórica e geracionais, armadilhas e alternativas nos
processos educacionais e na formação de professores, educação não-formal e
juventude, transcendência e violência, direitos humanos, gênero e sexualidade,
historia da formação do psicólogo, infância, adolescência, família, mídia,
poder, violência e política, processos organizativos, comunidade e políticas
sociais, democracia, promoção da saúde, entre outros assuntos. REFERÊNCIA: JACÓ-VILELA,
Ana Maria; SATO, Leny (Orgs). Diálogos em Psicologia Social. Porto Alegre:
Abrapso/Evangraf, 2007.
PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITÁRIA – O livro Psicologia social comunitária: da
solidariedade à autonomia, organizado por Regina Helena de Freitas Campos,
trata de temas como psicologia social comunitária, histórico e fundamento da
psicologia comunitária, comunidade e a desapropriação cientifica de um conceito
antigo quanto a humanidade, relações comunitárias e dominação, a instituição
como via de acesso à comunidade, qualidade de vida e habitação, cultura e
consciência, entre outros assuntos. REFERÊNCIA: CAMPOS, Regina (Org.).
Psicologia social comunitária: da solidariedade à autonomia. Petropolis: Vozes,
2005.
METODO HISTÓRICO-SOCIAL NA PSICOLOGIA SOCIAL – O
livro Método histórico-social na psicologia social, organizado por Angelo
Antonio Abrantes, Nilma Renildes da Silva e Sueli Terezinha Ferreira Martins,
aborda de questões como a dialética conttra a cilada negadora da práxis
psicossocial, os efeitos encatatorios da forma-mercadoria, dialética do
singular-particular-universal, marxismo contemporâneo, capitalismo, o método da
pesquisa materialista histórico e dialético, psicologia socio-histórica e o
fazer científico, pesquisa-ação em psicologia social e saúde, entre outras
abordagens. REFERÊNCIA: ABRANTES, Angelo; SILVA, Nilma; MARTINS, Terezinha
(Orgs). Método histórico-social na psicologia social. Petrópolis: Vozes, 2005.
MUSA DA SEMANA: MARIA ESTHER MACIEL
DESTERRO
Desabitado o corpo
resta a sombra
do anjo sem nome
O reino do longe
é aqui: na terra
insone, onde a pedra
consome a falsa raiz.
ONDE O POEMA
Entre o nervo e o osso
Entre o eco e o oco
Entre o mais e o pouco
Entre a sombra e o corpo
Entre a voz e o sopro
Entre o mesmo e o outro
CONCEITO
Teu corpo:
um porto
que eterniza
meus navios
um parto
que traduz
o meu avesso
a parte
que arremata
meu desejo
AMOR
Na véspera de ti
eu era pouca
e sem
sintaxe
eu era um quase
uma parte
sem outra
um hiato
de mim.
No agora de ti
aconteço
tecida em ponto
cheio
um texto
com entrelinhas
e recheio:
um preciso corpo
um bastante sim
MANUSEIO
Tépidas
essas mãos
que divagam
devagar
por meus relevos
óbvios
e demoram
fundo
no obscuro
ponto
onde o corpo
se abisma
e silencia,
absurdo.
MARIA ESTHER MACIEL - A poeta, ensaísta e professora de Literatura da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Maria Esther Maciel, é mestre em Literatura e doutora em Literatura Comparada pela UFMG, com pós-doutorado em Literatura Comparada pela University of London. Ela publicou os livros “Dos haveres do corpo” (poesia), “As vertigens da lucidez: poesia e crítica em Octavio Paz” (estudo crítico), “Triz” (poesia), “Vôo Transverso: poesia, modernidade e fim do século XX” (ensaios), “A memória das coisas – ensaios de literatura, cinema e artes plásticas” (ensaios) e “O livro de Zenóbia” (ficção), dentre outros. Tem vários artigos, poemas e contos publicados em revistas nacionais e estrangeiras. É pesquisadora do CNPq e desenvolve, atualmente, o projeto de pesquisa “Bestiários Contemporâneos – animais na literatura”. Integra também o projeto internacional "Problematizing Global Knowledge - The New Encyclopaedia Project", do Theory, Culture & Society Centre, da Nottingham Trent University (Inglaterra). Ela também concedeu uma entrevista exclusiva para o Guia de Poesia. E, por fim, é a escolhida para ser a MUSA DA SEMANA. Confira mais aqui e a Entrevista no Guia de Poesia.
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primeira vez no avião, Fernando
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Bôbras: o paredão – quem vai tomar no cu? & Thérése Philosophe aqui.
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Fecamepa:
a independência do Brasil aqui.
CRÔNICA
DE AMOR POR ELA
Leitora
parabenizando o Tataritaritatá.
CANTARAU: VAMOS
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Paz na Terra
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.