terça-feira, abril 08, 2008

IMPARCIALIDADE DO JUIZ, ARISTÓTELES, GIORDANO BRUNO, MORGAN FORSTER, MICHELANGELO ANTONIONI, ZIMBO TRIO, ANA LAGO DE LUZ & MUITO MAIS!!!!



IMPARCIALIDADE DO JUIZTendo em vista que o ordenamento jurídico é composto por uma série de regras e princípios que norteiam e fundamentam sua expressão, no caso da processualística tais regramentos e princípios são nomeados pela teoria geral do processo. Nesta teoria encontram-se indicados os princípios informativos basilares, tais como o do devido processo legal, da isonomia ou da igualdade, do contraditório e da ampla defesa, do duplo grau de jurisdição, da boa-fé e lealdade processual, da verdade real e da livre apreciação das provas, da persuasão racional do juiz e da motivação das decisões judiciais, inquisitivo ou dispositivo, e, finalmente, da imparcialidade do juiz, objeto do presente estudo. Tais princípios se articulam e interagem formando o enredamento processualístico. E, em conformidade com a doutrina majoritária, possuem os princípios, por si só, importância inquestionável para obtenção da mais clara compreensão da sistemática e para a nítida interpretação de todo composto normativo dos institutos jurídicos. Neste sentido, apreende-se a partir de José Afonso da Silva, que os princípios são os fundamentos que alicerçam determinada ordem jurídica, podendo estar expressos na ordem jurídica positiva ou implícitos segundo uma dedução lógica, importando em diretrizes para o elaborador, aplicador e intérprete das normas. Neste caso, segundo este autor, os princípios são ordenações que irradiam e imantam os sistemas de normas. A respeito deste assunto, Celso Antonio Bandeira de Mello observa que o princípio exprime a noção de mandamento nuclear de um sistema, tratando, portanto, sua natureza das proposições ideais, nas quais todo o ordenamento vai buscar validade e legitimidade. Diante disso, assevera o autor em questão, se considera que os princípios são mais importantes que as normas. Com efeito, atualmente, uma norma ou uma interpretação jurídica que não encontra fundamento ou respaldo nos princípios, certamente estará fadada à invalidade ou ao desprezo. No caso do princípio da imparcialidade do juiz, este se encontra relacionado com os demais princípios, notadamente o princípio da isonomia, do contraditório e da ampla defesa, da boa-fé processual, da verdade real e da livre apreciação das provas, da motivação das decisões judiciais, do devido processo legal, dentre outros já mencionados. As discussões acerca deste princípio têm levado doutrinadores e estudiosos a questionar a significação da expressão imparcialidade mediante a sua relação com a neutralidade e a impessoalidade no contexto jurídico das acepções. Por esta razão se justifica este trabalho. É neste sentido, que o presente estudo pretende abordar o princípio da imparcialidade do juiz, a relação deste com a neutralidade e impessoalidade, o seu significado jurídico e as peculiaridades de tal principio com fundamento na lógica, na doutrina e na interpretação do seu fundamento embasado evidentemente no aspecto formal do sistema científico e jurídico. Metodologicamente, realizou-se tal pesquisa de natureza descritiva e bibliográfica, com base nas fontes disponíveis na doutrina e jurisprudência, realizada a partir do embasamento teórico encontrado nos mais diversos autores, tais como: Erich Bernart Castilhos, Antonio Carlos de Araújo Cintra, Ada Pellegrini Grinover, Candido Dinamarco, Luiz Flavio Gomes, Maria da Gloria Colucci, Vicente Miranda, Gerson Pistori, Ana Cristina Brenner, dentre outros debatedores da temática estudada. O PRINCÍPIO DA IMPARCIALIDADE DO JUIZ: Está previsto no art. 95 da Constituição Federal vigente que: Art. 95 - Os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do Art. 93, VIII; III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Alterado pela EC-000.019-1998). Parágrafo único - Aos juízes é vedado: I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III - dedicar-se à atividade político-partidária. IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Acrescentado pela EC-000.045-2004) V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Observa-se, portanto, que pela Carta Magna, os juízes gozam de determinadas garantias constitucionais da irredutibilidade, inamovibilidade e vitaliciedade, e são vedados de outras determinadas atividades elencadas no artigo constitucional, visando, tão somente, de forma determinante a independência e atendimento do princípio da imparcialidade do juiz. Entende-se, portanto, que a imparcialidade do magistrado é tratada como uma garantia evidenciada por um outro princípio, o do processo legal que envolve a destinação de garantia do cidadão. Notadamente tal condição é fundamental tendo em vista que o magistrado representa o Estado e, evidentemente, funciona como aplicador da lei ao caso visando a solução do conflito de interesses. Neste sentido, observa Vicente Miranda, Maria da Gloria Colucci et al e Ana Cristina Brenner, a característica fundamental da atividade processual, com relação às partes, está na parcialidade entre elas pela prevalência dos interesses e na imparcialidade daquele que, por não tomar partido e se tornar revestido da representação do equilíbrio e da autoridade relacionada ao processo, não se influencia pelas conduções solicitadas pelos interesses confrontados e vai julgar o conflito. Vicente Miranda, neste caso, assinala que ao juiz, como órgão estatal da jurisdição, são atribuídos poderes processuais necessários para o correto desempenho de sua função essencial. O poder é a possibilidade de querer coercitivamente e de agir coercitivamente de que é titular o Estado. Defende, pois o autor, que o Estado exerce a jurisdição por meio do processo e que este é o instrumento de realização e efetivação da Justiça estatal. Tem aquele o interesse geral, impessoal e público do processo se desenvolver de forma regular, rápida e justa a fim de que alcance seus fins precípuos. Assim, entende-se com base nos estudos realizados dos autores ora revisados, que a imparcialidade do juiz é um pressuposto para que a relação processual se instaure validamente. Notadamente quando, ao se observar os tribunais de exceção, estes contrapõem-se ao juiz natural, pré-instituido pela Constituição e por lei, a partir do art. 5º, XXXVII e LIII, determinando que: .”Art. 5º (...) XXXVII: não haverá juízo ou tribunal de exceção”. E: “Art. 5º. (...) LIII: ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente".  Isto quer dizer, portanto, que princípio assegura que ninguém pode ser privado do julgamento por juiz independente e imparcial, indicado pelas normas constitucionais e legais, uma vez que a Constituição Federal vigente proíbe os chamados tribunais de exceção, instituído para o julgamento de determinadas pessoas ou de crimes de determinada natureza, sem previsão constitucional. Assim, o órgão jurisdicional deve preexistir aos fatos e ao litígio, e não ser criado especialmente para aquele fato já ocorrido. Em síntese, os tribunais de exceção não são instrumentos do Estado democrático de Direito, pois impedem que os jurisdicionado conheçam, previamente, os órgãos e as autoridades investidos de poder para julgamento, bem como possibilita a formação de juízos imparciais conforme a vontade e interesses do poder dominante que institui o juízo não natural. Sob esta observação, evidencia-se o entendimento de que o principio do juízo natural apresenta um duplo significado que segundo Erich Bernart Castilhos, o primeiro é aquele que consagra a norma de que só é juiz o órgão investido de jurisdição; no segundo impede a criação de tribunais ad hoc e de exceção, para o julgamento de causas penais ou civis. A garantia, segundo o autor mencionado, desdobra-se em três conceitos: só são órgão jurisdicionais os instituídos pela Constituição; ninguém pode ser julgado por órgão constituído após a ocorrência do fato; entre os juizes re-constituidos vigora uma ordem taxativa de competências que exclui qualquer alternativa deferida à discricionariedade de quem quer que seja. Manifesta-se Luiz Flávio Gomes sob a observação de que o juiz conta com garantias especiais da vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos justamente para ser imparcial. E salienta que havendo dúvida sobre a parcialidade do juiz, cabe exceção de suspeição. Cabe também exceção no caso de impedimento ou de incompatibilidade. Considera Nelson Néri Junior que a imparcialidade do juiz é ao mesmo tempo princípio processual e direito subjetivo, admitindo que é de direito porque o Estado não permite, em regra, a autotutela dos interesses, sendo dever seu velar pela lei e dirimir a lide, desde que provocado pela parte prejudicada, cabendo-lhe a imparcialidade na decisão. Observa-se, com base em Antonio Carlos de Araújo Cintra, Candido Dinamarco e Ada Grinover, que o caráter da imparcialidade se deve à sua inseparabilidade do órgão da jurisdição, tendo em vista que o magistrado se coloca entre as partes no litígio e, também, acima delas para dirimir e decidir pela justiça. Mencionam os autores epigrafados que a imparcialidade do juiz é pressuposto para que a relação processual se instaure validamente. É nesse sentido que se diz que o órgão jurisdicional dever ser subjetivamente capaz.  Ou seja, de acordo com tais autores, a imparcialidade do juiz é uma garantia de justiça para as partes. Por isso têm elas o direito de exigir um juiz imparcial: e o estado, que reservou para si o exercício da função jurisdicional, tem o correspondente dever de agir com imparcialidade na solução das causas que lhe são submetidas. Prosseguindo a abordagem analítica, encontra-se que, sob a ótica de Rodolfo Pamplona Filho, a imparcialidade do juiz é vista como uma exigência fundamental para a realização do devido processo legal, e ela é garantida através da segurança do princípio do contraditório, que é uma das garantias processuais básicas do Estado de Direito, sendo assegurado constitucionalmente, conforme se infere da literalidade do art. 5º, LV, da Constituição Federal de 1988, que dispõe "aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes". Desta forma, defende o autor supra citado que a imparcialidade nada mais é do que uma regra técnica de observância de algumas garantias processuais, muitas, inclusive, com fonte constitucional. No que tange a essa observância constitucional tal garantia,  no entendimento de Antônio Carlos de Araújo Cintra, Ada Pellegrini Grinover e Cândido Rangel Dinamarco, observa-se que o princípio do contraditório também indica a atuação de uma garantia fundamental de justiça: absolutamente inseparável da distribuição da justiça organizada, o princípio da audiência bilateral encontra expressão no brocardo romano audiatur et altera pars. Neste sentido, os autores enfatizam que o princípio do contraditório é tão intimamente ligado ao exercício do poder, sempre influente sobre a esfera jurídica das pessoas, que a doutrina moderna o considera inerente mesmo à própria noção de processo. Por esta razão, entendem eles que o juiz, por força de seu dever de imparcialidade, coloca-se entre as partes, mas equidistante delas: ouvindo uma, não pode deixar de ouvir a outra; somente assim se dará a ambas a possibilidade de expor suas razões, de apresentar suas provas, de influir sobre o convencimento do juiz. Somente pela soma da parcialidade das partes, uma representando a tese e a outra, a antítese, o juiz pode corporificar a síntese, em um processo dialético. É por isso que foi dito que as partes, em relação ao juiz, não têm papel de antagonistas, mas sim de colaboradores necessários: cada um dos contendores age no processo tendo em vista o próprio interesse, mas a ação combinada dos dois serve à justiça na eliminação do conflito ou controvérsia que os envolve. Isto quer dizer que, para eles, a garantia do contraditório pode ser considerada, portanto, a medida da imparcialidade do juiz. E isto leva a entender que, segundo os mesmos autores, o caráter de imparcialidade é inseparável do órgão da jurisdição e que é nesse sentido que se diz que o órgão jurisdicional deve ser subjetivamente capaz. Fica claro, portanto, com base na consideração dos autores especificados, que o caráter da imparcialidade é inseparável do órgão da jurisdição por ser a maior garantida dos cidadãos contra o arbítrio e a impunidade, e a demonstração clara que o Judiciário não faz distinção de classe social, cor ou qualquer outra, como previsto na própria Carta Política. No entendimento expresso por Marcus Orione Gonçalves Correia, ele entende que quando se fala em imparcialidade, que as partes estejam eqüidistantes do juiz. Por esta razão, também fica entendido que essa eqüidistância, por sua vez, somente ocorrerá se o juiz trouxer, para perto de si, na mesma proporção da outra, a parte menos favorecida na relação que se iniciou. Atenta o autor referenciado que, a princípio, por força das vantagens de uma das partes, esta semelhança de distância é inexistente. Portanto, parcial será o juiz que, quedando-se inerte, não promover diligências no sentido de trazer a parte mais frágil na relação jurídico-processual para próximo de si, preservando, assim, a conhecida eqüidistância. Com relação à distinção existente entre os princípios da imparcialidade e da impessoalidade, Suzana Oliveira Carmo anota que a partir da máxima de que o devido processo legal inexiste sem o Princípio da Imparcialidade do juiz, porque no processo há uma relação jurídica interpessoal, inicialmente, de dois sujeitos e, entre eles, há uma pretensão resistida que será exposta a um terceiro, que é o juiz, a quem incumbe o papel de Estado pacificador, que aplicando, via de regra, o direito positivo, soluciona o conflito. Neste caso, o juiz é o único que possui a posição de representatividade estatal, razão pela qual, está imbuído de poder, poder de julgo, de mando e imperatividade no cumprimento de sua decisão, conseqüentemente, passível de efetivar a vontade do Estado. Neste caso, entende-se conforme as idéias da autora assinalada que o Estado-juiz é impessoal, e segue a um interesse próprio, que é o de fazer cumprir sua função social de pacificador e na atribuição constitucional de solucionador de conflitos sociais. A autora em questão observa, portanto, a partir disso, que é preciso considerar que, o juiz embora tenha uma imparcialidade comprometida com a finalidade estatal, ele não é parte litigante no processo, não age por iniciativa própria. Isto quer dizer que, noutras palavras, está detido pelo cumprimento do princípio dispositivo, pelo qual o processo começa e é provido por medidas de impulso advindo das partes em conflito, e nunca diante de atos promovidos pelo poder judicante, por causa da inércia da jurisdição, e ao mesmo passo, o ônus e o direito formativo cabente às partes. E finaliza ela, então, dizendo que a impessoalidade é ausente de preferências e tendências, enquanto a imparcialidade é impossível de existir pura em essência, pois, é uma abstração, se considerar que haja sempre a defesa de um interesse, ainda que seja, o interesse estatal de realização do bem comum, sob medida do justo. No que concerne à distinção entre imparcialidade e neutralidade, Rodolfo Pamplona Filho entende que a neutralidade pressupõe, do ponto de vista científico, o não envolvimento do cientista com o objeto de sua ciência, o que é, em nosso entender, algo de uma impossibilidade palpitante. Isto porque, em qualquer atividade do conhecimento humano, haverá sempre, no mínimo, uma escolha, nem que seja no que diz respeito ao próprio objeto de pesquisa. Desta forma, quem exige e impõe uma neutralidade, ao contrário do que se pensa, não está de forma alguma sendo neutro, pois aquele que propugna pela neutralidade acaba tomando uma posição. E, para o autor citado, o juiz não é neutro porque é impossível para qualquer ser humano conseguir abstrair totalmente os seus traumas, complexos, paixões e crenças, sejam ideológicas, filosóficas ou espirituais, no desempenho de suas atividades cotidianas. No caso da imparcialidade, entende José Carlos Barbosa Moreira, que o juiz conduzir o processo sem inclinar a balança, ao longo do itinerário, para qualquer das partes, concedendo a uma delas, por exemplo, oportunidades mais amplas de expor e sustentar suas razões e de apresentar as provas de que disponha. Defende, ainda, no seu ponto de vista que o magistrado zeloso não pode deixar de interessar que o processo leve a desfecho justo, que saia vitorioso aquele que tem melhor direito. Para Cristiane Soares, entretanto, o princípio da imparcialidade do magistrado está ligado, conforme já mencionado anteriormente, à sua própria capacidade subjetiva, tratando-se de um pressuposto de validez da relação processual. Por esta razão, segundo a autora pré-falada, deve o julgador se resguardar psicologicamente, evitando ligar-se intimamente à causa sub judice, e quando isso ocorrer deverá declarar-se impedido ou suspeito, conforme previsto no art. 112, do CPP, e visando garantir essa imparcialidade, é que a Constituição estipulou garantias previstas no art. 95 e, também, prescreveu vedações previstas no anteriormente visto art. 95, parágrafo único, aos magistrados. Por fim, se torna apropriada a anotação feita por Ana Cristina Brenner de que a idéia de dever o processo permanecer neutro, indiferente à condição peculiar dos litigantes, não mais se sustenta, contrastando, por assim, dizer, com o reconhecimento, hoje pacífico, da insuficiência da igualdade formal. Nessa perspectiva, o novo processo, insurgente,  “deve buscar a superação do mito da neutralidade do juiz e do seu apoliticismo, institucionalizando-se uma magistratura socialmente comprometida e socialmente controlada, mediadora confiável tanto para a solução dos conflitos individuais como dos conflitos sociais. Vê-se, portanto, que a imparcialidade do juiz é uma condição primária para que o magistrado possa exercer sua efetiva função no complexo processual. Mediante isso, fica claro que a imparcialidade do juiz é uma garantia de justiça para as partes, tem em vista que estas possuem o direito de exigir um juiz imparcial, atendendo, portanto, ao fato de que o Estado reservou para si o exercício da função jurisdicional, tendo o correspondente dever de agir com imparcialidade na solução das causas que lhe são submetidas. Ou seja, concluindo com base nos autores consultados, que só a jurisdição subtraída de influências estranhas pode configurar uma justiça que dê a cada um o que é seu. Somente através da garantia de um juiz imparcial, o processo pode representar um instrumento não apenas técnico, mas ético também, para a solução das lides. Veja mais aqui.
REFERÊNCIAS
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THEODORO JÚNIOR, Humberto. A impossibilidade da penhora do capital de giro. Jus Navigandi, Teresina, ano 6, n. 56, abr. 2002.

Imagem: Woman, do pintor italiano Gino Severini (1883-1966). Veja mais aqui.

Curtindo o álbum Decisão (Som Livre, 2006), do trio instrumental Zimbo Trio, formado por Amilton Godoi (piano), Luis Chaves (contrabaixo) e Rubinho Barsotti (bateria) + os sopros de Cyro Pereira. Veja mais aqui.

EPÍGRAFENão é irrazoável acreditar que alguma parte do mundo seja destiotuida de uma vida anímica, sensação e estrutura orgânica. Deste Todo infinito, pleno de beleza e esplendor; dos imensos mundos que giram acima de nós, às poeiras reluzentes de estrelas além de nós, chegamos à conclusão de que existem infindáveis criaturas, uma imensa multidão, que, cada uma em seu grau, reflete a esplêndida sabedoria e excelência da beleza divina, frase atribuída ao filósofo, escritor e teólogo Giordano Bruno (1568-1610), condenado à morte na fogueira pela Inquisição romana com a acusação de heresia ao defender erros teológicos. Veja mais aqui.

ÉTICA A NICÔMACO – No Livro I da obra “Ética a Nicômaco”, o filósofo grego Aristóteles procura demonstra o fim e objetivo das coisas, notadamente nas relações entre o indivíduo e o Estado sob a ótica da ciência política, considerando o estudante, a espécie de tratamento a ser esperado e o propósito da investigação. Inicialmente chama atenção para a educação, mencionando que: “[...] a fim de ouvir inteligentemente as preleções sobre o que é nobre e justo, e em geral sobre temas de ciência política, é preciso ter sido educado nos bons hábitos. [...] e o homem que foi bem educado já possui esses pontos de partida ou pode adquiri-los com facilidade”(p.51). Com isso, ele aborda que os homens vulgares se debruçam no sentido da felicidade com prazer levando a vida de gozos, semelhantes aos escravos e submetidos aos ganhos e à bestialidade, observando que: “[...] o prazer é um estado da alma, e para cada homem é agradável aquilo que ele ama [...] na maioria dos homens os prazeres estão em conflito uns com os outros porque são aprazíveis por natureza” (p. 58). Com isso ele distingue os três tipos principais de vida: para o prazer, para a política e para contemplação. E assinala que: “[...] as pessoas de grande refinamento e índole ativa identificam a felicidade com a honra; pois a honra é, em suma, a finalidade da vida política” (p. 32). Por outro lado, considera que: “Quanto à vida consagrada ao ganho, é uma vida forçada, e a riqueza não é evidentemente o bem que procuramos: é algo de útil, nada mais, e ambicionado ao interesse de outra coisa”, (p.32). Chama, pois, Aristóteles, atenção para o bem e para a verdade, à honra, à sabedoria, à bondade, considerando o bem como “[...] aquilo em cujo interesse se fazem todas as outras coisas” (p. 34). No que concerne à felicidade, Aristóteles assina que: [...] É ela procurada sempre por si mesma e nunca com vistas em outra coisa, ao passo que à honra, ao prazer, à razão e a todas as virtudes nós de fato escolhemos por si mesmos [...] mas também os escolhemos no interesse da felicidade, pensando que a posse deles nos tornará felizes. A felicidade, todavia, ninguém a escolhe tendo em vista alguns destes, nem, em geral, qualquer coisa que não seja ela própria [...] e como tal entendemos a felicidade, considerando-a, além disso, a mais desejável de todas as coisas, sem contá-la como um bem entre outros [...] A felicidade é, portanto, algo absoluto e auto-suficiente, sendo também a finalidade da ação” (p.55). No entanto, ao considerar a crença de que “[..] o homem feliz vive bem e age bem; pois definimos a felicidade como uma espécie de boa vida e boa ação [..] Com efeito, alguns identificam a felicidade com a virtude, outros com a sabedoria prática, outros com espécie de sabedoria filosófica, outros com estas, ou uma dessas, acompanhadas ou não de prazer; e outros ainda também incluem a prosperidade exterior” (p. 57), Aristóteles admite que a: “A felicidade é, pois, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisas do mundo, e esses atributos não se acham separados” (p.58). Mas que ela advém da virtude, mencionando que: “as ações virtuosas devem ser aprazíveis em si mesmas. Mas são, além disso, boas e nobres, e possuem no mais alto grada cada um destes atributos” (p.58). Ou seja, é a felicidade uma atividade virtuosa da alma, mesmo admitindo que ninguém deverá ser considerado feliz enquanto viver porque será preciso ver o fim, considerando que: “[...] o que constitui a felicidade ou o seu contrário são as atividades virtuosas ou viciosas” (p. 60). E que no mundo dos homens, para Aristóteles “[...] ninguém louva a felicidade como louva a justiça, mas antes a chama de bem-aventurada, como algo mais divino e melhor” (p.62). Daí considera que “Já que a felicidade é uma atividade da alma conforme à virtude perfeita [...] Mas a virtude que devemos estudar é, fora de qualquer dúvida, a virtude humana; porque humano era o bem e humana a felicidade que buscávamos. Por virtude humana entendemos não a do corpo, mas a da alma; e também à felicidade chamamos uma atividade de alma” (p. 63). E que a virtude, segundo Aristóteles: “A virtude também se divide em espécies [...] algumas virtudes são intelectuais e outras morais; entre as primeiras temos a sabedoria filosófica, a compreensão, a sabedoria prática; e entre as segundas, por exemplo, a liberalidade e a temperança”. (p. 64). Mediante o exposto, vê-se que Aristóteles conduz seus argumentos na discussão entre a felicidade e alma, as coisas dos prazeres e as virtudes, os opostos evidenciados entre o justo e o injusto, considerando “ser a função do homem uma certa espécie de vida, e esta vida uma atividade ou ações da alma que implicam um princípio racional [...] a função de um bom homem é uma boa e nobre realização das mesmas [...] o bem do homem nos aparece como uma virtude da alma em consonância com a virtude, e, se há mais de uma virtude, com a melhor e mais completa” (p.56). É nesta condução que o autor defende que o homem é um ser social porque, para ele, “O homem nasceu para a cidadania” (p. 55). Já no Livro V da obra “Ética à Nicômaco”, o filósofo grego Aristóteles aborda as questões atinentes à justiça, o justo, o injusto, o igual, o eqüitativo, o desigual, o proporcional e o diferente. Começa, pois, discutindo acerca do conceito de justiça, quando há o entendimento de que “[...] todos os homens entendem por justiça aquela disposição de caráter que torna as pessoas propensas a fazer o que é justo, que as faz agir justamente e desejar o que é justo; e do mesmo modo, por injustiça se entende a disposição que as leva a agira injustamente e a desejar o que é injusto” (p. 121). Neste sentido, observa Aristóteles que “[...] o homem sem lei, assim como o ganancioso e ímprobo, são considerados injustos de forma que tanto o respeitador da lei como o honesto serão evidentemente justos. O justo é, portanto, o respeitador da lei e o proboe, e o injusto é o homem sem lei e ímprobo”, (p.121). Apreende-se com isso que o justo é o respeitador da lei e o injusto o transgressor desta. Isto porque Aristóteles assinala que: “Visto que o homem injusto é ganancioso, deve ter algo que ver com bens – não todos os bens, mas aqueles que dizem respeito a prosperidade e a adversidade, e que tomados em absoluto são sempre bons, mas nem sempre o são para uma pessoa determinada”. (p. 121/122). No que concerne ao justo, Aristóteles exprime as idéias de que este representa: “[...] chamamos justos aqueles atos que tendem a produzir e a preservar, para a sociedade política, a felicidade e os elementos que a compõem. E a lei nos ordena praticar tantos os atos de um homem bravo [...] quanto os de um homem temperante [...] e os de um homem calmo [...] e do mesmo modo com respeito a outras virtudes e formas de maldade, prescrevendo certos atos e condenando outros; e a lei bem elaborada faz essas coisas retamente, enquanto as leis concebidas às pressas as fazem menos bem”. (p. 122). Com base nisso, conceitua Aristóteles que: “Essa forma de justiça é, portanto, uma virtude completa, porém não em absoluto e sim em relação ao nosso próximo. Por isso a justiça é muitas vezes considerada a maior das virtudes [...] E ela é a virtude completa no pleno sentido do termo, por ser o exercício atual da virtude completa. É completa porque aquele que a possui pode exercer sua virtude não só sobre si mesmo, mas também sobre o seu próximo, já que muitos homens são capazes de exercer virtude em seus assuntos privados, porém não em suas relações com os outros”. (p. 122). Apreende-se, com isso, que justiça se relaciona com virtude, o que fica claro na exposição aristotélica de que: “Por essa mesma razão se diz que somente a justiça, entre todas as virtudes, é o bem de um outro, visto que se relaciona com o nosso próximo, fazendo o que é vantajoso a um outro, seja um governante, seja um associado”. (p. 122). Comparando-se justiça e injustiça, Aristóteles assim se expressa: “Portanto, a justiça neste sentido não é uma parte da virtude, mas a virtude inteira; nem é seu contrário, a injustiça, uma parte do vício, mas o vício inteiro”. (p. 123). E acrescenta a proporção na relação entre o que é atinente à justiça e à injustiça, assinalando que: “Com efeito, a justiça que distribui posses comuns está sempre de acordo com a proporção [...] e a injustiça uma espécie de desigualdade. [...] Portanto, sendo esta espécie de injustiça uma desigualdade, o juiz procura igualá-la [...] mas o juiz procurá igualá-los por meio da pena, tomando uma parte do ganho do acusado [...] Por conseguinte, a justiça corretiva será o intermediário entre a perda e o ganho”. (p. 126). Com isso, apresenta que onde há justiça, há proporcionalidade; do contrário, na injustiça, há desigualdade. Melhor dizendo, como Aristóteles mesmo se expressa: “[...] justiça é aquilo em virtude do qual se diz que o homem justo pratica, por escolha própria, o que é justo, e que distribui, seja entre si mesmo e um outro, seja entre dois outros, não de maneira a dar mais do que convém a si mesmo e menos ao seu próximo, mas da maneira a dar o que é igual de acordo com a proporção; e da mesma forma quando se trata de distribuir entre duas outras pessoas. A injustiça, por outro lado, guarda uma relação semelhante para com o injusto, que é excesso e deficiência, contrários à proporção, do útil ou do nocivo. Por esta razão a injustiça é excesso e deficiência, isto é, porque produz tais coisas [...] Na ação injusta, ter demasiado pouco é ser vítima de injustiça, e ter demais é agir injustamente”. (p. 129). Neste aspecto, Aristóteles deixa claro que: “[...] a justiça existe apenas entre homens cujas relações mútuas são governadas pela lei; e a lei existe para os homens entre os quais há injustiça, pois a justiça legal é a discriminação do justo e do injusto. E havendo injustiça entre os homens, também há ações injustas [...] e estas consistem em atribuir demasiado a si próprio as coisas boas em si, e demasiado pouco das coisas más em si”. (p.130). E visando equilibrar as relações entre os homens, é que surge a justiça por meio da figura do magistrado que, segundo Aristóteles, significa que: “[...] o magistrado é um protetor da justiça e, por conseguinte, também da igualdade. E, visto supor-se que ele não possua mais do que a sua parte, se é justo [...], ele deve, portanto, ser recompensado, e sua recompensa é a honra e o privilégio; mas aqueles que não se contentam com essas coisas tornam-se tiranos” (p.130). Chamando atenção para a honra e o privilégio no sentido de realizar o equilíbrio das relações entre os homens, Aristóteles apresenta uma outra figura que não se contenta com tais coisas, ou seja, o tirano que, em sua insatisfação e por almejar sempre mais, provoca injustiça que é o mesmo que desequilíbrio das relações humanas. Desta forma, Aristóteles chama atenção para o fato de que: “Da justiça política, uma parte é natural e outra parte legal; natural, aquela que tem a mesma força onde quer que seja e não existe em razão de pensarem os homens deste ou daquele modo; legal, a que de início é indiferente, mas deixa de sê-lo depois que foi estabelecida”. (p. 131). Isto quer dizer, portanto, que o que é natural o é por si só contemplando tudo e todas as coisas. Já o que é legal, visa o equilíbrio das relações humanas. Por isso o autor menciona que existe que: “Há, por conseguinte, três espécies de dano nas transações entre um homem e outro. Os que são infligidos por ignorância são enganos quando a pessoa atingida pelo ato, o próprio ato, o instrumento ou o fim a ser alcançado são diferentes do que o agente supõe: ou o agente pensou que não ia atingir ninguém, ou que não ia atingir com determinado objeto, ou a determinada pessoa, ou com o resultado que lhe parecia provável”. (p.132/133). Ao se constatar o dano, busca-se pelo sentido da justiça, repará-lo, ou seja, re-equilibrar a relação que foi usurpada por ação danosa. Ao se fazer isto, busca-se a justiça. E Aristóteles conclui que:“[...] Donde se conclui que a justiça é algo essencialmente humano”.(p. 136). Mediante o exposto, vê-se quão importante é observar os ensinamentos professados pelo filósofo grego, trazendo à baila as questões atinentes ao justo e o injusto, a justiça e a injustiça, bem como as implicações de se evidenciar ponderações frutos da meditação e análise da realidade. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

HOWARDS END – O livro Howards End (Globo, 2006), do escritor britânico Edward Morgan Forster (1879-1970), conta a covivência e a tensão entre duas famílias, os Wilcox, ingleses típicos preocupados com os movimentos de expansão do império britânico, e as Schlegel, irmãs idealistas de origem alemã. Da obra destaco o trecho: [...] Vocè, eu e os Wilcox ficamos em cima do dinheiro como se fosse sobre ilhas. Ele é tão firme sob nossos pés que esquecemos até de sua existência. É só quando vemos alguém vacilante perto de nós que noos damos conta de tudo que uma renda independente possibilita [...]. Veja mais aqui.

FOI SÓ ESPERA – Entre os poemas de Ana Lago de Luz, pseudônimo da escritora, professora e blogueira Ana Paula Pujol, destaco o seu poema Foi só espera: Somente esperando pescador ansiosa chegar / Para a margem do rio atravessar calmamente / Enfin, a embarcação definitiva ao mar levar / O doce sabor esperava do antigo vinho / Das suas palavras ao vento contadas / Para preencher outra vida, o novo ninho / Não esperava o cruel vento levar seu véu! / No seu peito continuou guardado o anel! Veja mais dela aqui, aqui e aqui.

UMA NOITE DE OUTONO ANTES DA PAZ – Em 2006 tive oportunidade de assistir no Viga Espaço Cênico, em São Paulo, à montagem da peça Uma noite de outono antes da paz, de Eduardo Semerijan, com a Cia. de Teatro O Labirinto, coontando a história que se passa em um jardim propositadamente artificial, quando quatro desconhecidos unidos por uma corda têm de encarar seus próprios medos. Quando dormem, têm a possibilidade de se libertar de suas amarras, entre o dormir e o acordam, ilustram a morte e a vida, o medo e o perdão. Veja mais aqui.

ZABRISKIE POINT – O filme Zabriskie Point (1970), do cineasta italiano Michelangelo Antonioni (1912-2007), conta uma história de um jovem casal, ela uma secretaria idealista e ele um militante radical, no movimento de contracultura, passando uma mensagem "anti-establishment", participantes de uma discussão de alunos universitários que planejam uma greve a melhor maneira de enfrentar a repressão policial. O destaque do filme fica por conta da atuação da belíssima atriz, dançarna e autora estadunidense Daria Halprin. Veja mais aqui, aqui e aqui.

O MINISTÉRIO DO TATARITARITATÁ ADVERTE: A DENGUE MATA GENTE! - Gentamiga, o Brasil mesmo sendo uma das maiores economias do mundo com milhões de helicópteros para servirem os 10% dos ricaços que não estão nem aí para quem pintou a zebra da merdaria brasileira, também, além dum estonteante e abissal desnível entre esses 10% ricos e os restantes dos 90% coitados, tem sempre que pipocar não só escândalos políticos, financeiros e de má gestão, também descasos sociais e de saúde pública. Exemplo disso, a DENGUE. E se as autoridades e a população não levarem a sério, o negócio empena de fabricar uma mortandade braba na história inglória do Brasil. Por causa disso, o Tataritaritatá resolveu recolher o que está zanzando, fuxicando, reclamando, alardeando e chamando na grande por aí, a respeito. Isto porque uma penca de coisa já se disse por aí. A exemplo do artigo publicado na Central da Mídia Independente e na Sociedade Médica do Rio, escrito pelo professor de Infectologia Pediátrica da UFRJ, Dr. Edimilson Ramos Migowski de Carvalho, MD. PhD, mencionando que, na verdade, se trata de flavivirus, portanto do mesmo gênero do vírus da hepatite C e da febre amarela, que também são hepatotrópicos, ou seja, afetam o figado. E que o tratamento da Dengue é sintomático, isto é, são utilizados medicamentos apenas para amenizar os sinais e sintomas, e não para combater o vírus. O próprio sistema imunológico acaba com o vírus em alguns dias. Mesmo assim, deve-se fazer repouso, não se agasalhar excessivamente e beber muito líquido para evitar a desidratação proporcionada pela febre e evitar sintomas mais desagradáveis. No caso da forma hemorrágica, é recomendada a aplicação de soro e plasma. Em alguns casos mais graves pode haver a necessidade de transfusão de sangue. Para o médico, baseado nos perfis dos medicamentos e da doença, os medicamentos que poderiam ser utilizados com um pouco mais de segurança seriam a Dipirona (Novalgina®, Dorflex®, Anador® etc.) e o ibuprofeno (Dalsy®, Alivium®). Mas sempre de forma comedida e com orientação médica, isto porque o excesso pode causar hepatite medicamentosa. Hepatite tóxica mata rapidamente, adultos e crianças. Ela pode ser a verdadeira causa de vários óbitos atribuídos ao dengue. Também está circulando na rede uma prevenção por homeopatia para a dengue, noticiada pela Radiobrás, por meio de uma receita desenvolvida por médico brasileiro. A receita circula alegando que não tem efeito colateral, sendo possível o uso inclusive por hipertenso, diabético, grávidas e outras pessoas sem temor, alertando que apenas criança abaixo de 2 anos deve ter acompanhamento médico. Essa é a fórmula: Eupatorium Perfoliatum CH 30, Crotalus Horridus CH 30 e, Phosphorus CH30. Deve ser requisitada numa farmácia homeopática. Outra informação vem de um biólogo pesquisador catarinense que prescreve própolis no tratamento da dengue! Trata-se de Gilvan Barbosa Gama que, por meio da Galeria de Inventores que se encontra na Agência de Inovação da Unicamp, argumenta que a própolis exala na sudorese dois dos seus princípios ativos, a flavona e vitamina B, que repelem os insetos. Segundo ele, a própolis é uma cera produzida pelas abelhas a partir cascas, resinas e botões de flores e sua composição trazem, além das vitaminas do complexo B, C, H e O, também possui em sua composição a Flavonóides, galangia, resinas com bálsamo, cera e pólen. A tintura de Própolis na prevenção aos mosquitos da dengue, deve ser ingerida da seguinte forma: Adultos: de 30 a 40 gotas diluídas em água (ausente de cloro). Um copo a cada 6hs. Crianças: crianças de 0 a 10 anos deverão tomar a metade do peso corporal em gotas diluídas em água sem cloro (quantidade a critério). Uso com a Dengue Instalada (TRATAMENTO RADICAL) Adultos: tomar 7,5ml do extrato de própolis diluído em água (sem cloro). 1/2 copo na crise febril, ou seja, quando a febre se mostrar mais elevada. A partir daí, repetir esta mesma dosagem mais 3 vezes a cada 2hs. Crianças: - crianças de 0 a 3 anos: 1,5 ml do extrato de própolis diluído em água sem cloro (quantidade da água a critério) quando a febre se mostrar mais severa. A partir daí repetir esta mesma dosagem mais 3 vezes a cada 2hs. - crianças de 3 a 6 anos: 3,0 ml do extrato de própolis diluído em água sem cloro (quantidade de água a critério) quando a febre se mostrar mais severa. A partir daí repetir esta mesma dosagem mais 3 vezes a cada 2hs. - crianças de 6 a 10 anos: 5,0ml do extrato de própolis diluído em água sem cloro (quantidade de água a critério) quando a febre se mostrar mais severa. A partir daí repetir esta mesma dosagem mais 3 vezes a cada 2hs. ALERTA: não esquecer de fazer o teste ALÉRGICO para ver se quem vai tomar a própolis não é alérgico a ela. Também docente da Unesp lança site para, por meio da formação de agentes multiplicadores auxiliar a população a combater o mosquito transmissor da dengue: http://www.ibilce.unesp.br/dengue/. Trata-se do projeto Ação Comunitária para o controle do Aedes aegyti, desenvolvido pela professora Hermione Elly Melara de Campos Bicudo - IBILCE-UNESP. Além dessas boas e louváveis iniciativas, queremos, ainda, mencionar que é preciso que as autoridades e políticos brasileiros levem a sério o povo que os elegeu e que paga seus salários, merecendo, assim, tratamento constitucional pautado na dignidade humana e no Estado Democrático de Direito. Vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!!!! Veja mais aqui.



Veja mais sobre:
O Doro no dia do professor, Fernando Pessoa, Nietzsche, The Three Graces, Michel Foucault, Fela Kuti, Denise Fraga, Richard Linklater. John Vanderlyn & Julie Delpy aqui.

E mais:
As trelas do Doro: o desmanttelo da paixonite arrebentadora aqui.
A poesia de Maria Esther Maciel aqui.
Proezas do Biritoaldo: Quando a língua dá no dente do alcagüete, sai de riba que lá vem o enterro voltando aqui.
Fecamepa: enquanto os caras bufam por aumento no governo, aqui embaixo a gente só paga mico, né? Aqui.
Lavando pano & aprumando a conversa aqui.

IMAGEM DO DIA
Todo dia é dia da belíssima atriz, dançarina e autora estadunidense Daria Halprin.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A fotografia de Malcolm Pasley
Veja aqui e aqui.



CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA

Paz na Terra
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
Veja  aqui e aqui.
 

MARIA RAKHMANINOVA, ELENA DE ROO, TATIANA LEVY, ABELARDO DA HORA & ABYA YALA

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Triphase (2008), Empreintes (2010), Yôkaï (2012), Circles (2016), Fables of Shwedagon (2018)...