segunda-feira, fevereiro 24, 2025

JENNY ODELL, SALOMÉ ESPER, KATARINA FROSTENSON & APOCALIPSE LÍRICO

 

 Imagem: Acervo ArtLAM.

Ao som dos álbuns Refúgio (2000), Duas Madrugadas (2005), Eyn Okan (2011), Andata e Ritorno (2014), Retalhos do Brasil (2019) e Noites e dias (2022), da pianista, compositora, arranjadora e diretora musical, Christianne Neves, que é Mestre em Música pela Unicamp e integrou a Orquestra Heartbreakers e Havana Brasil.

 

Textículo capitular a contar hestórias nos dedos... - Ao Sol celebrei as mulheres: o canto da alma! Porque todo dia o mar é só o mar, o rio é só o rio e entre o prazer e o tédio sorrio surpreso com o sátiro dionisíaco, que teima invadir minha solidão, com piadas de pegar borboleta, queimar o arroz, plantar bananeira, dar o dedo, bater rebote, dribles de corpo, firulas, bundacanascas & escárnio às risadagens. O que havia de mim os dedos contavam coisas duma devoção esburacada por um bicho de não sei quantas cabeças, uma manhã a mais a renovar esperança. Tivesse eu tão perto e os longínquos sonhos arrefeceriam a cada passada. Dissesse o tanto que calei esborraria o peito e nada mais resistiria ao aceno ignorado. Se não soubesse o que vi e ouvi tudo seria obscuro. Só desci do morro da solitude porque não tinha nada mais para dizer: pétalas se aquietavam diante de uma mente parva, a flor fenecia com a aspereza dos que odeiam. Só havia o naufrágio do erro, o palimpsesto da treva. Documentos soterravam vivos duas vezes e a voz de fome inaudível antes que o dia esganasse a noite, quando ela, por vingança, escurecia para que tudo fedesse à guerra. Só sei que sobrevivo aos uivos de júbilos à miséria. E há muito ninguém mais sorriu, caíram de medo nos lábios trêmulos nada luzidios, ao que se deu e tomou até esmorecido feito e desfeito: ninguém viu as dores dos meus dias. Talvez uma hestória & duas outras coisas nada mais valessem para nem caberem em lugar algum na passagem das horas desencontradas. Ouvi o canto da luz eterna, o vento murmurava nas marés, como quem falava de amor e palavras de destino. Pudesse eu acaso vários versos também cantar quanto vivi e valeu quem soubesse onde o abrigo das mãos espalmadas. Quanto mais sentia, menos entendia e era bom: amar é ter alguém que não tenha mesmo nada pra dar. Isso, sim. Até mais ver.

 

Margaret Mead: Nunca duvide que um pequeno grupo de indivíduos comprometidos e pensativos pode mudar o mundo. Na verdade, é a única coisa que já mudou... Veja mais aqui, aqui, aqui & aqui.

Agneta Pleijel: Nós somos ficção. Nós nos construímos a partir de palavras... Eu resgatei detritos do passado, não podia usá-lo por muito tempo, ninguém quer isso... Veja mais aqui, aqui & aqui.

Ann Leckie: Unidade, pensei, implica a possibilidade de desunião. Começos implicam e requerem finais... Veja mais aqui, aqui & aqui.

 

DOIS POEMAS

Imagem: Acervo ArtLAM.

POSIÇÃO - Olha, lá está ela, a grande morta, no pálido \ brilho claro de um prado pantanoso muito próximo \ de uma cana. Virado e brilhando na lama. Dele \ cadáver, formigas caminham por ele melancolicamente \ na luz, a loira cacheada, e atormenta a carne \ abertamente. Olhe bem lá dentro, a fissura é deslumbrante. \ Sobre seu cadáver, onde tantos pensamentos brincavam, \ tecidos tensos e testas descansadas. Laranja \ cinza opaco da grama. É uma parte elevada do mundo \ à força com a testa contra o chão, com a carne estriada \ através das barras pálidas dos juncos. \ A testa dele cai sobre o corpo dela \ afundando em sua carne. Na lama da loira silenciosa. \ Nunca. Nunca, embora quase entorpecido, ele pensa: talvez \ Eu sou aquele que vive enterrado lá embaixo. O que ele vê e vivencia \ na perna dele: sobre meu cadáver eu sou aquele que \ está lá fora.

GARGANTA DE ECO - O osso vermelho, \ o recife do pescoço, \ onde ele fica? \ cortando e afiando \ sua serra \ Voz, que tipo de animal você é \ debaixo da pedra \ cinco braças \ de profundidade, o coral.

Poemas da escritora e dramaturga sueca Katarina Frostenson. Veja mais aqui.

 

A SEGUNDA VENDA – [...] Se houve dor em perder o que era seu, doeu em dobro perder o que se ganhou, o carinho conquistado, o abraço conquistado, a confiança conquistada. Para onde vai esse esforço quando é o outro quem desiste primeiro? Para onde vai a coragem que permitiu sair de si mesmo, forçando cada milímetro para chegar ao outro que habitava o mundo com facilidade? Para onde vão aqueles que ficam? [...] Deus estava lá, só que deformado e assustador, doloroso e zombeteiro, talvez por isso mais presente e real do que antes, agachado naquele quarto que começava a escurecer, olhando com desdém e olhos brilhantes, pronto para saltar com suas patas traseiras de lagosta, para usar seu poder ilógico em outras pessoas infelizes. [...] Minha mãe sempre diz que Deus nos dá o que podemos suportar, mas não acredito que isso seja verdade. Nós perseveramos porque eles nos ajudam. Você não pode nem ser feliz sozinho. [...]. Trechos extraídos da obra La segunda venida de Hilda Bustamante (Sigilo, 2023), da escritora argentina Salomé Esper.

 

NÃO FAZER NADA - […] O que significa construir mundos digitais enquanto o mundo real está desmoronando diante de nossos olhos? […] Nossa própria ideia de produtividade é baseada na ideia de produzir algo novo, enquanto não tendemos a ver manutenção e cuidado como produtivos da mesma forma. [...] Extrapolando isso para o reino dos estranhos, me preocupo que, se deixarmos que nossas interações na vida real sejam controladas por nossas bolhas de filtro e identidades de marca, também corremos o risco de nunca sermos surpreendidos, desafiados ou mudados — nunca ver nada fora de nós mesmos, incluindo nossos próprios privilégios. [...] Nós vivenciamos as externalidades da economia da atenção em pequenas gotas, então tendemos a descrevê-las com palavras de leve perplexidade como "irritante" ou "distraidor". Mas essa é uma grave interpretação errônea de sua natureza. No curto prazo, as distrações podem nos impedir de fazer as coisas que queremos fazer. No longo prazo, no entanto, elas podem se acumular e nos impedir de viver as vidas que queremos viver ou, pior ainda, minar nossas capacidades de reflexão e autorregulação, tornando mais difícil, nas palavras de Harry Frankfurt, "querer o que queremos querer". Portanto, há profundas implicações éticas espreitando aqui para a liberdade, o bem-estar e até mesmo a integridade do eu. [...] Minha experiência é aquilo que concordo em atender. Somente aqueles itens que percebo moldam minha mente — sem interesse seletivo, a experiência é um caos total. [...] Numa situação em que cada momento de vigília se tornou o tempo em que ganhamos a vida, e quando submetemos até o nosso lazer à avaliação numérica através de gostos no Facebook e Instagram, verificando constantemente o seu desempenho como se verifica uma ação, monitorizando o desenvolvimento contínuo da nossa marca pessoal, o tempo torna-se um recurso económico que já não podemos justificar gastar em “nada” [...] No final das contas, defendo uma visão do eu e da identidade que é o oposto da marca pessoal: algo instável e mutável, determinado por interações com outras pessoas e com diferentes tipos de lugares. [...].Trechos extraídos da obra How to Do Nothing: Resisting the Attention Economy (Melville House, 2019), da artista, escritora e educadora multidisciplinar estadunidense Jenny Odell.

 

APOCALIPSE LÍRICO, DE VCA.

A linguagem é uma descoberta diária \ algo que move a alma (imobilizada \ pela usura sucessiva dos dias prósperos \ e das noites morta e lúcidas) \ e invento o mundo. É o centro \ do dínamo, a máquina transformadora \ o que há de transcendente neles é a poesia [...].

Trecho do poema Introdução a mim, extraído do livro Apocalipse lírico (CriaArt, 2025), do poeta e advogado Vital Corrêa de Araújo. Veja mais aqui, aqui, aqui & aqui.

 

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segunda-feira, fevereiro 17, 2025

JEANNETTE ARMSTRONG, ANA SOFÍA GONZÁLEZ, REBECCA GOLDSTEIN & BIARRITZZZ

 

 Imagem: Acervo ArtLAM.

Ao som do álbum O tempo, a distância e a contradança (Zabumba Records, 2004), da premiada compositora, pianista e pesquisadora Ana Fridman, que é professora Livre Docente no Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, coordenadora do curso de Licenciatura em Música e atual coordenadora do Curso de Especialização Arte na Educação: Teoria e Pratica.

 

Caminheiro às idas & voltas... - Quando fui longe o que fiz da solidão, muito distante, beirava quase fim e a minha melhor versão, às vezes nem isso, com o calor aos não sei quantos altos graus. O tempo era uma navalha na carne, a longitude e o inalcançável. O coração dançava, a contradança. O que se alardeava não sei onde e era sempre recorrente, perto nem enxergava: fiquei calado e prestei muita atenção. Se era o ápice da confusão, a urgência se fazia iminente, com farmácias pra todo lado. Mesmo porque as ideias nunca foram tão claras: agora pode duvidar de tudo! E não é só escolher entre o privilégio e a tragédia, os passos e o imprevisível: é preciso viver. Quase nem me perguntava, porque havia muito mais que ruina, desamparo e porque-não: o tempo mastigava os doces anos de nem lembrar direito e cada lírio provava que se foram de fato, sabe lá Deus o que restou de nós. O certo é que fui e, talvez, um dia volte e o mundo não esteja tão saqueado, enfermo pelos desacertos de álibis perfeitos. Há algo de errado por todo lugar, fazendo o grosso de lírica da desgraça: a vida pelas voçorocas na poeira do estado de calamidade, aos espirros de indignação, diante da tosse da soberba. Previno-me, lua de verão aos olhos e versos pra ninguém. Os planetas se alinham e sou muitos, apenas um me bastaria. Qual nada. O que sei é que preciso viver, apesar de tudo: no que faço está a minha alma. Até mais ver.

 

Judith Butler: Eu não acho que temos que ter uma relação pessoal com uma vida perdida para entender que algo terrível aconteceu, especialmente no contexto da guerra... Veja mais aqui.

Helen Fielding: Ame todos, confie em alguns, não faça mal a ninguém... Veja mais aqui e aqui.

Toni Morrison: Se você se render ao ar, poderá montá-lo... Veja mais aqui, aqui & aqui.

 

POEMAS DE TRÊS VERSOS

Imagem: Acervo ArtLAM.

Linha Final \ Lá está aquela linha traçada novamente no oeste \ a linha da fronteira desta vez oferecendo um cachimbo \ não pela paz apenas um pedaço \ do cachimbo sim, aquela linha uma longa linha de armas \ desenhadas novamente alinhar ajoelhar \ acenar sim só não cruzar esta linha \ nas areias estas linhas nos bolsos de revestimento de alcatrão \ esta linha de regra em algum lugar fazendo linhas \ e linhas para cheirar cortar \ aquela linha cruzar aquela linha cruzar \ aquela linha duas vezes uh o fim da linha Linha da Costa \ A linha acinzentada do horizonte caiu longe da escuridão da mistura oceano-céu \ e o horizonte cheio de pássaros desliza para o crepúsculo varrendo asas \ dobram-se fortemente contra o vermelho-alaranjado do ar espesso \ e manchado fortemente longe das asas abertas do albatroz morto \ na costa bicos presos em gritos perpétuos ossos abertos para o céu sujo \ seios em decomposição cheios de plástico colorido, \ vidro e alumínio \ Linhas do Rosto Terra aberta \ aberta para veados para alces \ aberta para aqueles que têm o onde e o com e o todo temporada \ aberta todas as estações o tempo todo linhas desenhadas linhas cruzadas \ Eu tenho linhas na minha testa ao redor da minha boca entre meus olhos de olhar \ e olhar para longe \ Eu tenho que apagar essas linhas.

Poema da escritora, educadora, artista e ativista canadense Jeannette Armstrong (Jeannette Christine Armstrong), nascida na reserva indígena Penticton, no Vale Okanagan da Colúmbia Britânica, autora dos livros de poemas:

Breath Tracks (1991), Slash (1985) e Whispering in Shadows (2000), entre outras obras.

 

AS CONSEQUÊNCIAS DOS ATOS - Se tivéssemos consciência das possíveis consequências dos nossos atos, não sairíamos da cama... Pensamento da escritora, professora e arquiteta mexicana, Ana Sofía González, autora da obra No matarás (Alfaguara, 2023), na qual ela expressa: [...] "—Vicky, chega mais perto, vou te contar um segredo: o inferno não existe, são os pais", ele sussurrou em seu ouvido e caiu na gargalhada. [...]. Na obra ela conta a história de Alejandra, uma adolescente frívola, mora em um bairro de classe alta. Sua vida é afetada pelo abandono de sua mãe e pela dureza de um pai severo. Ela é muito próxima de Vicky, sua babá, que para ela é parte da família, e que sofre de epilepsia, razão pela qual ela quase nunca sai dos limites da casa. Uma tarde, suas vidas mudam completamente quando Juan Pablo, o lavador de carros, tenta estuprar Vicky.

 

O CONSUMISMO & A SOCIEDADE - Nossa sociedade está recorrendo cada vez mais ao consumismo desenfreado e à autopromoção da mídia social como uma forma de as pessoas sentirem que suas vidas importam - meios egocêntricos de anestesiar as questões de importância. A cultura recaiu de volta às respostas autoengrandecedoras e glorificadoras que os atenienses presumiram, o que fez Sócrates reclamar deles até que ele ficou tão irritante que o mataram... Todo mundo está lutando para refinar suas visões em oposição às outras pessoas. E essa é uma das coisas mais importantes que a filosofia realmente tem a nos ensinar: você tem que expor suas visões e trazê-las à mesa com as pessoas - com quem você discorda muito... O pensamento filosófico que não violenta a mente estabelecida não é pensamento filosófico... Respostas? Esqueça as respostas. O espetáculo está todo nas perguntas... Matemática... música... noites estreladas... Essas são maneiras seculares de alcançar a transcendência, de se sentir elevado a uma grande perspectiva. É uma sensação de estar impressionado com a existência que quase oblitera o eu. Pessoas religiosas pensam nisso como uma experiência essencialmente religiosa, mas não é. É uma experiência essencialmente humana... Pensar é a alma falando consigo mesma... Pensamento da filósofa e escritora estadunidense Rebecca Goldstein, autora de obras como Plato at the Googleplex: Why Philosophy Won't Go Away (2014), Betraying Spinoza: The Renegade Jew Who Gave Us Modernity (2006), Properties of Light: A Novel of Love, Betrayal, and Quantum Physics (2000) e The Mind-Body Problem (1983), entre outros. Veja mais aqui e aqui.

 

BIARRITZZZ

Biarritz é avatarônimo de Beatriz Rodrigues, uma artista que utiliza as mídias de forma sofisticada para tratar de questões como corpo, instituição, Estado, raça, gênero, consumo e identidade. Ela produziu o vídeo Pátria, que foi exibido na mostra Entremoveres, no Museu da Abolição, em Recife — em parceria com a Vampiras Veganas. Veja mais aqui.

 

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segunda-feira, fevereiro 10, 2025

TERESA CÁRDENAS, LOUISA LAWSON, MARIE CORELLI & ARMANDO LÔBO

 

 Imagem: Acervo ArtLAM.

Ao som do álbum Nascentes (Recorded in Berlin, 2020), da flautista, saxofonista, compositora e arranjadora Mariana Zwarg: Quando nasci, meu pai já tocava com ele (Hermeto), e a minha música é muito ligada à estética da música universal... São muitas lembranças. Foram muitos anos frequentando os ensaios, viajando junto e convivendo.

 

Se houver fim será sempre recomeço... - A ribalta é o amanhecer diferente de outros raiares de dias nublados ou fulgurantes, mesmo que se pareçam iguais de ontens, quando abri o olho à ventania da vida. Ao sair da cama nem sabia direito o que se tinha pra fazer, só depois de algum tempo, caiu a ficha abrindo a porta aos umbrais e limiares, pés no mundo. Voo e você vai, caminhos opostos – sem que saibamos sequer quando e pra onde. Onde estou muita gente à espera e o tempo passa, isolados pelas calçadas. Consequências de decisões tomadas no fôlego do instante e a vida pelo avesso, de pernas pro ar, como quem fez um gol contra e correu pra torcida, sem saber a razão para tanta hostilidade: o que se fez brincadeira foi levada a sério. É aí que sou levado a indagar a razão pela qual saí da cama e botei o pé fora de casa: a culpa de não ter escolhido as outras opções, por que não, tarde demais: os esfíncteres à desventura, como quem procura e não sabe o quê e nunca encontra o que supostamente deseja, ou botando tudo a perder com a flatulência inesperada, malditos borborigmos! Aí bate aquela sensação horrível do fracasso de Beckett, parecendo mais perdido estrangeiro de Camus, no passeio a cruzar com os rinocerontes encarnados de Ionesco pelas ruas. Entre riscos e desafios, as ínfimas futilidades para que seu coração não esmague nem mate: o ressentimento é o cúmulo da mediocridade. Mas o passado cobra seu preço, a corrupção é nossa, decadente! Somos todos tristonhos disfarçando risadas para brincar de viver. Aí é melhor puxar uma conversa com a barata invasora e sentir a moral escrava do subsolo, enquanto ouve-se o estrondo dos que se deixaram levar pela dança dos redemoinhos, com seus múltiplos disfarces de dores ocultas. Confesso: só queria escrever meu livro, como quem descobre o roteiro da própria vida enfrentando meus vazios com seus fantasmas insones, quase estoico conhecedor catando palavras entre algaravias. Sei: é preciso estar louco para enxergar o óbvio. Espírito livre pergunto e não preciso de respostas, o resto é silêncio. Existir é muito pouco: há muito mais! Até mais ver.

 

Judy Blume: Qualquer um que diga: “Minha infância foi completamente feliz” é uma pessoa que não está se lembrando da verdade... Veja mais aqui.

Sarojini Naidu: A vida é uma peregrinação de aprendizado, uma viagem de descoberta... Veja mais aqui & aqui.

Eleanor Farjeon: O amor não tem ápice, assim como as estrelas não têm número e o mar não tem descanso... Veja mais aqui & aqui.

 

O AMOR DE UMA MULHER

Imagem: Acervo ArtLAM.

Não me importava com quais eram suas falhas, \ Suas faltas eu não queria ver.\ Eu só sabia que te amava muito,\ E pensava que eras fiel a mim.\ Eu evitava em meio à multidão ocupada da vida,\ Aqueles que te difamavam.\ Pois, oh, doía a um coração confiante\ Ouvir homens culparem preguiçosamente.\ Eu não daria ouvidos quando amigos intrometidos\ Sussurrassem algo sobre ti.\ Eu achava que ninguém tão aparentemente verdadeiro\ Poderia ser um traidor.\ E então eles não sabiam do teu tom\ De amor e carinho carinhoso\ Que moveria minha alma responsiva\ Com sua grande ternura.\ Nem como meu coração faminto e dolorido\ Ansiava pela palavra gentil ou sorriso\ Que fez meus pensamentos, desanimados,\ Da minha vida triste enganarem.\ Eles não sabiam, e nem os mortais saberão,\ Tudo o que tu foste para mim.\ Mas eu te perdoo porque\ uma vez foste fiel a mim.

Poema da escritora, sufragista e feminista australiana Louisa Lawson (Louisa Albury – 1848-1920). Veja mais aqui, aqui & aqui.

 

CACHORRO VELHO - […] O velho não temia o Inferno: tinha vivido nele desde sempre. [...] Não parecia nada do outro mundo, embora, com os brancos, nunca se soubesse. Um dia eles podiam lhe dar a liberdade e, no outro, mandar matar você. Isso era certo. [...]. Trechos extraídos da obra Awon Baba (Pallas, 2022), da escritora cubana Teresa Cárdenas, que a respeito do livro ela própria comenta: No princípio, o universo era todo branco... Até o dia em que que alguém o puxou por uma ponta e o virou, como uma página. Foi o que descobri em meus novos escritos. São contos do início dos tempos, nos quais volto para além da minha ancestralidade e recrio o mundo, reviro os mitos africanos e os demais... Fomos arrancados da África, mesclados, não temos árvore genealógica. Leio muita história colonial atrás de pequenas coisas, pratos que comiam, o que faziam à noite quando o amo permitia. Mas o importante, mesmo, vem de uma força que não está na pesquisa nem no que ouvi de minha mãe. É algo sensorial, até espiritual, ditado pelo coração, através dos símbolos que recebemos e que nele palpitam... O pior tipo de escravidão, hoje, dispensa algemas e cativeiros: é a que impomos a nós mesmos. Eu hoje sou livre em meu país, e vivo do que escrevo. Veja mais aqui, aqui & aqui.

 

COLEÇÃO DE DELFOS - [...] Meu objetivo ao longo de tudo é deixar os fatos falarem por si mesmos. Se eles parecem estranhos, irreais, até mesmo impossíveis, só posso dizer que as coisas do mundo invisível devem sempre parecer assim para aqueles cujos pensamentos e desejos estão centrados somente nesta vida. [...] Lá, os sublimes e inalcançáveis ​​mistérios do Universo são regateados por pobres mentes finitas que não podem chamar suas vidas de suas. Lá, nação guerreia contra nação, credo contra credo, alma contra alma. Ai, planeta predestinado! Quão cedo tu serás extinto, e teu lugar não te conhecerá mais! [...] Vivemos em uma era de investigação universal, logo, de ceticismo universal. As profecias do poeta, os sonhos do filósofo e cientista, estão sendo realizados diariamente — coisas antes consideradas meros contos de fadas se tornaram fatos — ainda assim, apesar das maravilhas do aprendizado e da ciência que são realizadas a cada hora entre nós, a atitude da humanidade é de descrença. “Não há Deus!”, grita um teórico; “ou se houver, não posso obter prova de Sua existência!” “Não há Criador!”, exclama outro. “O Universo é simplesmente uma junção de átomos.” “Não pode haver imortalidade”, afirma um terceiro. “Somos apenas pó, e ao pó retornaremos.” “O que é chamado pelos idealistas de ALMA”, argumenta outro, “é simplesmente o princípio vital composto de calor e ar, que escapa do corpo na morte e se mistura novamente com seu elemento nativo. Uma vela quando acesa emite chama; apague a luz, a chama desaparece — onde? Não seria loucura afirmar que a chama é imortal? No entanto, a alma, ou princípio vital da existência humana, nada mais é do que a chama de uma vela. [...]. Trechos extraídos da obra Delphi Collected Works of Marie Corelli (Delphi Classics, 2017), da escritora inglesa da Era Vitoriana, Marie Corelli (Isabella Mary Mills, Minnie Mackay, ou ainda, Caroline Cody - 1855-1924). Veja mais aquí.

 

ÓPERA ARTISTA DA FOME, DE ARMANDO LÔBO

Estreou neste final de semana, no Teatro Hermilo Borba Filho, em Recife – PE, a ópera Artista da Fome, do premiado cantor, compositor, arranjador, instrumentista, poeta e professor Armando Lôbo, no projeto Ópera do Claustro, juntamente com a ópera Desachados e Perdidos, de Victor Luiz e a instalação visual do artista Marcelo Coutinho. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.

 

ITINERARTE – COLETIVO ARTEVISTA MULTIDESBRAVADOR

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segunda-feira, fevereiro 03, 2025

TUNGA, ALICE WALKER, JOHAN ROCKSTRÖM, ÅSNE SEIERSTAD & SETÍGONO

 

Ao som do álbum Pacífico (YB Music, 2022), da flautista, clarinetista, arranjadora e compositora, Aline Gonçalves, que é bacharel em flauta pela UniRio, licencianda em música pela UFRJ e pós-graduada em Educação Musical pelo Conservatório Brasileiro de Música. Ela integrou o Camerata Brasilis, criou a Escritas Musicais de Mulheres Brasileira (EMMBRA) e participou da fundação do Coletivo Essa Mulher.

 

Setígonos no toitiço & na caixa do espinhaço... - Já fiz os meus, uns 3 em 23. Aí revisei, corrigi, ajeitei e agora ficaram tinindo! Acho que vou cometer uns 4 pra fechar a conta. Gostei. É muito legal. Aí você pode, então, perguntar que escambau da rotônica é esse tal de setígono!?! Pra começo de conversa pode ser néstogas! Não é conversa mole nem mijando fora do caco: dá no mesmo! Ora, ora! Reitere: que raio de coisa é essa, meu? E um triz passou de relance, vupt! Ah, então vou fincar pé pra sapecar abelhudice esmerada. Como assim? Meta bronca! Lá vai: é que pode ser a representação dos Amesha Spentas do Zaratustra, ou os escorpiões da guarda pessoal de Ísis. Nossa! Hum-hum. Afiando o chute e o pé na jaca: pode fazer referência ao símbolo da vida eterna de Osíris, ou sobre os sábios da Grécia. Como é que é? Tô enrolando não, veja: também as causas aristotélicas das ações humanas, as paixões de Descartes, as propriedades da matéria, o Plano de Fano, até mesmo a progressão geométrica do papiro de Ahmes ou Rhind! O quê? Sim, claro! Ou o desafio do puzzle do simples de Will Shortz ou, ainda, o manifesto das artes de Ricciotto Canudo! Não? Sim! Pode representar o Universo, ou a Perfeição Sagrada, os princípios teosóficos humanos, as pontes de Konigsbertg, as ilhas do Arquipélago dos Açores, as pétalas de uma rosa do deserto de Cristata ou de Tripla, ou mesmo as cabeças da Hidra de Lerna! Danou-se! Ih! Aí arreio a lenha na maior cipoada: pode guardar referência com as virtudes, os ofícios, a semana, as maravilhas do mundo, os mares, as cores do arco-íris, as notas musicais, os chakras metafísicos, as glândulas endócrinas, os hormônios, os verdadeiros sentidos, ou os anos de perdão para quem rouba ladrão! Vixe! Ou mesmo as cabeças do bicho, os pés da fuga, o quarto número primo, as chaves que fecham, os palmos abaixo da terra, a conta dos domingos pro carnaval ou da mentira, as pedras da mão! Sai pra lá!... Evidentemente como os anões da Branca de Neve, as vidas dos gatos, os fantasmas da torre, a bota das léguas, ou mesmo pintar o número ou dar aqueles pulinhos da sorte! Né, não? Era só o que faltava! Agora deu! Fui fundo, num foi? Nada. Pois é. Aí, você ainda não sabe: levei na lata um volume com teorizações feitas por Admmauro Gommes, José Durán y Durán e Cícero Felipe, mais Sylvia Beltrão, Caio Vitor Lima, Romilda Andrade, Pamella Emanuella Gomes de Lima, Wilson Santos, Kevelly Kassandra, Neilton Lins, Libene Tenório, João Constantino Gomes Ferreira, e que parece lançado nacionalmente online com Pedro Henrique, Aparecida Villas Bôas, Davi Motta, Tony Antunes, Adriano Sales, Zé Ripe e Inaldo Soares, juntando tudo pra Primeira Antologia de Setígonos, reunindo mais: Chirles Oliveira, Hanna da Hora, Carlos Onkowe, Patuska Quokka, Ivon das Aldeias, Rosa Custódia, Aureliano Gomes Simões, Renato Lemos Chagas, Adeilsonpoetapinto, Lorde Égamo, Adailton Lima e Noi Soul. Eita pau! Gente como a praga! O negócio é sério! E eu? Ah, cometi uma arte setigonal usando pigmentos naturais com acrílica num canson. Foi, ficou legal! Afora isso, dos que fiz pro que ainda vou fazer, na torcida aos aplausos pela festa geral de fevereiro & vamos aprumar a conversa! Até mais ver!

 

Maruja Torres: A maioria das pessoas tende a repensar sua trajetória de vida todo dia 1º de janeiro, mas essa vestimenta treme com o bom tempo... Veja mais aqui & aqui.

Tawakel Karman: Paz não significa apenas acabar com as guerras, mas também acabar com a opressão e a injustiça... Veja mais aqui & aqui.

Amy Lowell: O ódio é como bicos de abutres vorazes descendo sobre um lugar de crânios... O estigma da estranheza é o preço que um mundo míope sempre cobra da genialidade... Veja mais aqui, aqui & aqui.

 

DOIS POEMAS

Imagem: Acervo ArtLAM.

DESEJO - Meu desejo \ é sempre o mesmo; onde quer que a Vida \ me deposite: \ quero enfiar meu dedo do pé \ e logo meu corpo inteiro \ na água. \ Quero sacudir uma vassoura grossa \ e varrer folhas secas, \ flores machucadas, \ insetos mortos \ e poeira. \ Quero cultivar \ algo. \ Parece impossível que o desejo \ às vezes possa se transformar em devoção; \ mas isso aconteceu. \ E é assim que sobrevivi: \ como o buraco \ que cuidei cuidadosamente \ no jardim do meu coração \ criou um coração \ para preenchê-lo.

ELA - Ela é quem \ vai notar \ que o primeiro boca-de-leão \ da primavera \ está \ florescendo; \ Ela é quem \ vai contar a piada mais \ engraçada \ e \ complicada. Ela é quem vai te surpreender \ ao saber a diferença entre nabos e couve; \ e entre biscoitos e scones. \ Ela é quem sabe onde te levar para dançar \ ou onde a comida e a decoração \ do restaurante não podem ser perdidas. \ Ela é quem é santa. \ Ela é quem se reserva o direito \ de se vestir como uma vagabunda. \ Ela é quem te leva para fazer compras; \ Ela é quem sabe onde as melhores roupas são compradas baratas. \ Ela é quem aquece sua casa com sua fragrância; \ aquela que traz música, magia e alegria. \ Ela é quem fala a verdade do seu coração. \ Ela é quem está na cabeceira do casamento, \ funerais ou divórcio de todas as melhores pessoas \ que você ama profundamente. \ Ela é quem tem coragem. \ Ela é quem fala sua mente brilhante; \ Ela é quem encoraja jovens e velhos a fazerem o mesmo. \ Ela é a que está na linha de piquete, na barricada, \ na prisão, na cadeia; \ Ela é a que está lá. \ Se eles vierem atrás de mim \ e eu estiver na casa dela, \ sei que ela vai me esconder. \ Se eu contar a ela onde escondi meu coração, \ ela vai ficar.

Poemas da premiada escritora e ativista estadunidense Alice Walker. Veja mais aqui, aqui, aqui & aqui.

 

DUAS IRMÃS – [...] ponderou sobre a natureza da guerra. Todos tinham certeza de que tinham direito à terra e os outros deveriam ser forçados a sair. Que eles tinham Deus do seu lado enquanto os outros estavam em conluio com o diabo. Todos acreditavam que possuíam a verdade, e todos pareciam sedentos por sangue. [...]. Trecho extraído da obra Two Sisters: A Father, His Daughters, and Their Journey into the Syrian Jihad (Farrar, Straus and Giroux, 2019), da escritora e jornalista norueguesa Åsne Seierstad, que na sua obra One of Us: The Story of a Massacre in Norway—and Its Aftermath (Farrar, Straus and Giroux, 2016), ela expressou que: […] Queremos ser amados; na falta disso, admirados; na falta disso, temidos; na falta disso, odiados e desprezados. A todo custo, queremos despertar algum tipo de sentimento nos outros. Nossa alma abomina o vácuo. A todo custo, ela anseia por contato. [...] Nossa resposta é mais democracia, mais abertura e mais humanidade. Mas nunca ingenuidade. [...]. Ela também é autora da frase: Não dizer nada significa dar o seu consentimento... Veja mais aqui.

 

QUEBRANDO LIMITES - […] A energia nuclear, por exemplo, já foi vista como uma tecnologia essencial para um futuro limpo, mas agora seu próprio futuro está em dúvida. [...]. Trecho extraído da obra Breaking Boundaries: The Science Behind our Planet (DK, 2021), do cientista sueco Johan Rockström, defendendo que: O valor da biodiversidade é que ela torna nossos ecossistemas mais resilientes, o que é um pré-requisito para sociedades estáveis; sua destruição arbitrária é semelhante a incendiar nosso bote salva-vidas. Para reduzir o risco de uma catástrofe ambiental global e evitar reverter o curso do progresso humano, o mundo deve dobrar urgentemente a curva das emissões globais dos combustíveis fósseis. Emissões de gases de efeito estufa aquecem o planeta, alterando os ciclos de carbono e água. Um oceano mais quente armazena mais calor, fornecendo mais combustível para furacões. Uma atmosfera mais quente contém mais água, trazendo dilúvios perigosos. O aumento do nível do mar ameaça as zonas costeiras. Fundamentalmente, precisamos de uma mudança mental que reconecte nosso desenvolvimento à biosfera para garantir uma vida boa e segura para todos no futuro. Assim como exigimos que nossos governos abordem os riscos associados ao terrorismo ou às epidemias, devemos colocar uma pressão concertada sobre eles para agir agora para preservar nosso ambiente natural e conter as mudanças climáticas. Proteger o nosso planeta é um imperativo moral. Vivemos em um planeta dominado por humanos, colocando uma pressão sem precedentes sobre os sistemas na Terra. No seu livro Big World, Small Planet: Abundance Within Planetary Boundaries (Yale University Press, 2015), ele expressou que: […] Os líderes políticos reunidos em Copenaghen finalmente reconheceram que a mudança climática não é apenas uma questão ambiental, mas também social e econômica. Conseqüentemente, qualquer solução para o problema do clima enriqueceu também as mudanças fundamentais [...].

 

TUNGANDO A VIDA!

[...] Um artista que se aplica à sua prática, sua personalidade, suas questões mais íntimas, é simplesmente uma em uma longa linhagem de artistas que ele é ou pode se tornar. Poderíamos dizer que ele é apenas um entre a multidão, em meio a uma multidão de pessoas, onde todos podem ser ele, embora com um rosto diferente. [...] Portanto, devemos nos colocar nessa ascensão, o modo de viver em dúvida, questionando o que nos parecem as coisas mais seguras e seguras em nossa existência. A disciplina do artista consiste nesta ascese. Tentar entender como um sim e um não pode viver juntos, ou como Sim E um Sim, a Não E um Não, pode viver juntos. [...] Eu acho que uma pessoa pode viver sem a ideia de arte, sem a ideia de amor, mas não sem arte, e não sem amor. [...] São momentos humanos de viver simbolicamente, ou poeticamente. Viver amorosamente é viver na realização deste universo simbólico. [...] A tarefa do artista é não se especializar e comprometer-se a tentar transformar as coisas de maneira não especializada. [...] No entanto, no fundo da coisa moderna, há um problema sério, o de encontrar o heterogêneo no fundo do poço. E essa pergunta permanece a mesma. Precisamos formular e reformular novas estratégias para encontrar o assunto perdido que é o assunto moderno, que ainda não encontrou um lar. [...].

Trecho da entrevista concedida pelo escultor, desenhista e artista performático Tunga (Antônio José de Barros Carvalho e Mello Mourão – 1952-2016), ao escritor e performer Simon Lane, para a revista Bomb Magazine (Winter 2002 Issue). Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.

 

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