Curtindo Sinfonietta (1926) do compositor tcheco Leoš
Janáček (1854-1928),
Wiener Philharmoniker, regente: Sir
Charles Mackerras
FRANZ KAFKA –
Quando li o romance inacabado O processo,
do escritor tcheco Franz Kafka (1993 – 1924), me senti atraído pelo enredo
fascinante sobre a condição humana. A trama acontece quando o bancário Josef K
é retirado de sua vida normal para ser preso e julgado por um crime que
desconhece e nem lhe é explicado, sendo, por fim, condenado por um tribunal
misterioso. O fascínio kafkiano da sua obra está caracterizado pelo realismo
sóbrio e sereno com que conta as coisas mais extraordinárias. Um fato curioso é
que ele jamais se considerou artista nem sua obra como literária, mas como
documentos de uma luta sem vitória possível para defender sua integridade
pessoal e moral num universo hostil à condição humana. Durante toda vida
transcorreu como ilustre desconhecido, obtendo repercussão inesperada depois da
sua morte. Tanto que seu último desejo foi de queimar todos os seus manuscritos
inéditos. Da obra anoto o curioso que ainda hoje vemos
ocorrer: “[...] O
senhor está a portar-se pior do que uma criança. Que é que o senhor quer? Julga
que pode terminar rapidamente com o seu enorme processo, o seu maldito
processo, só por se pôr a discutir conosco, que não passamos de guardas, questões
de documentos de identificação e de mandados de captura? Nós somos apenas
funcionários subalternos, que pouco ou nada percebem de documentos de
identificação e que, neste caso, não têm outra missão a não ser a de vigiá-lo
dez horas por dia. É para isso que nos pagam. No entanto, ainda somos capazes
de compreender que as altas autoridades, ao serviço das quais estamos, antes de
darem uma ordem de prisão, tiram minuciosas informações acerca da pessoa a ser
detida e dos motivos da detenção. Assim, não há possibilidades de engano. As
nossas autoridades, até onde eu conheço, e os meus conhecimentos não vão além
das categorias mais baixas, não são daquelas que andam atrás das culpas das
pessoas, mas, como diz a Lei, são forçadas pelos delitos a enviarem-nos a nós,
os guardas. É assim a Lei. Como poderá haver enganos? [...]
os chefes para quem
trabalhamos, antes de ordenarem uma prisão como esta, devem estar devidamente
informados das razões que a motivam e da pessoa do preso. Não pode assim haver
qualquer engano”. Veja mais
aqui.
IBYS MACEIOH
– O meu amigo violonista, cantor e compositor alagoano, Ibys Maceioh, é uma das
figuras mais talentosas e respeitáveis do cenário musical brasileiro. Na
estrada há mais de 30 anos, esse excelente músico vem delineando sua trajetória
de norte a sul do país, levando sua música, seus parceiros e sua mensagem
fraterna. Hoje é aniversário dele. Daqui, parabéns, mermão! Sucesso procê.
Confira nossa homenagem aqui.
KARYME HASS – A trajetória da cantora e compositora paranaense
Karyme Hass é composta de três álbuns: estreou com Tempo de gritar, Faces e
fases (2003), Amor solene (2008), e Barra de saia (2012). Ela já foi indicada
como melhor álbum de engenharia de gravação por seu Barra de saia ao Latin Grammy Awards 2013, teve música incluída
como tema de novela e já gravou com grandes músicos, incluindo os elogios do
maestro Burt Bacharach pela versão que ela fez duma música dele. Dona duma voz
inconfundivelmente bela, Karyme trilha consciente e determinada o seu caminho
rumo ao sucesso. Daqui nossos parabéns, feliz aniversário. Confira nossa
homenagem pra ela aqui.
Veja mais sobre:
Simulacros, Roberto Remiz & Nina
Kozoriz aqui.
E mais:
Bernardo Guimarães, Nina Simone &
Darel Valença Lins aqui.
António Damásio, Pierre-Jean de Béranger
& Marcia Lailin aqui.
Descartes & Margarethe Von Trotta aqui.
Coelho Neto & Logoterapia aqui.
A poesia de Wystan Hugh Auden, a
literatura de Stanislaw Ponte Preta & Anaïs Nin, A música de Francisco
Manuel da Silva, A pintura de Alberti Leon Battista, Maria de Medeiros &
Luli Coutinho aqui.
Hypatia & Ágora, o filme aqui.
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arrebenta, a covardia fica de plantão aqui.
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de Doro, Erasmo de Roterdam, O peido & a Educação, Fernando Fiorese, A
primavera de Ginsberg, Graciliano Ramos & Alagoas aqui.
A balsa da Medusa aqui.
Meu ensino de Jacques Lacan & Disco
Friends aqui.
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Reflexões de metido em camisa de onze
varas, Ralph Waldo Emerson, Síndrome de Klüver-Bucy, Isaac Newton, Viviane
Mosé, Carl Gustav Jung & Sabina Spielrein, Cloltilde de Vaux & Auguste
Comte aqui.
Remexendo as catracas do quengo e
queimando as pestanas com coisas, coisitas e coisões, Débora Massmann,
Boaventura de Souza Santos, Terêncio, O Fausto de Goethe, Ética, Saúde no
Brasil & Big Shit Bôbras aqui.
A música de Nando Lauria aqui.
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Kierkegaard, Tribo Ik, Adriano Nunes & Do individualismo possessivo ao
umbigocentrismo da futilidade aqui.
Pobreza aqui.
Paulo Leminski, Mestre Eckhart, Moisés
Maimônides, Píndaro, A oniomania & o Shopaholic, Gilton Della Cella
& Programa Tataritaritatá aqui.
A explosão do prazer no Recife, Educação,
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CRÔNICA DE AMOR POR ELA
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