Ouvindo Elizeth interpreta Vinícius, a Divina Elizeth Cardoso (1920-1990)
ALEXANDER
LURIA – O neuropsicólogo russo e especialista em
psicologia do desenvolvimento, Alexander Romanovich Luria (1902-1977), foi um
dos fundadores da psicologia cultural-histórica juntamente com Vygotsky e
Leontiev, e que possuiu uma produção cientifica que se estende por mais de
trezentos trabalhos publicados e trinta livros, entre eles A afasia traumática (1947), Funções
corticais superiores do homem (1962) e Questões
básicas de neurolinguistica (1975). Na sua obra póstuma Pensamento e linguagem: as últimas conferências
de Luria, destacamos: “A atividade
vital humana caracteriza-se pelo trabalho social e este, mediante a divisão de
suas funções, origina novas formas de comportamento, independentes dos motivos
biológicos elementares. A conduta já não está determina por objetivos
instintivos diretos. Desde um ponto de vista biológico, não nenhum sentido em
atirar sementes na terra em lugar de comê-las,, em espantar a presa ao invés de
capturá-la diretamente ou afiar uma pedra se não se tem em conta que essas
ações serão incluídas em uma atividade social complexa. O trabalho social e a
divisão do trabalho provocam a aparição de motivos sociais de comportamento. É
precisamente em relação com todos esses fatores que no homem criam-se novos
motivos complexos para a ação e se constituem essas formas de
atividadepsicquica especificas do homem. Nestas os motivos iniciais e os
objetivos originam determinadas ações e essas ações se levam a cabo por meio de
correspondentes operações especiais”. Veja mais aqui.
A FAMÍLIA, DE JACQUES LACAN - A família surge-nos como um grupo natural de
indivíduos unidos por uma dupla relação biológica: por um lado a geração, que
dá as componentes do grupo; por outro as condições de meio que postula o
desenvolvimento dos jovens e que mantêm o grupo, enquanto os adultos geradores asseguram
essa função. Nas espécies animais, esta função dá lugar a comportamentos
instintivos, muitas vezes bastante complexos. Foi preciso renunciar a fazer
derivar das relações familiares assim definidas os outros fenômenos sociais
observados nos animais. Estes últimos aparecem pelo contrário tão distintos dos
instintos familiares que os investigadores mais recentes relacionam-nos com um
instinto original, dito de interatração. A espécie humana caracteriza-se por um
desenvolvimento singular das relações sociais, que sustêm capacidades
excepcionais de comunicação mental, e correlativamente por uma economia
paradoxal dos instintos que aí se mostram essencialmente susceptíveis de
conversão e de inversão não tendo efeito isolável senão de modo esporádico. São
assim permitidos comportamentos adaptativos duma variedade infinita. A sua
conservação e o seu progresso, por dependerem da sua comunicação, são antes de
tudo obra coletiva e constituem a cultura; ela introduz uma nova dimensão na
realidade social e na vida psíquica. Esta dimensão especifica a família humana
tal como todos os fenômenos sociais no homem. Se, com efeito, a família humana
permite observar, nas primeiras fases das funções maternais, por exemplo,
alguns traços de comportamento instintivo, identificáveis aos da família
biológica, basta refletir no que o sentimento da paternidade deve aos
postulados espirituais que marcaram o seu desenvolvimento, para compreender que
neste domínio as instâncias culturais dominam as naturais, ao ponto de não se
poder ter como paradoxais os casos em Será esta estrutura cultural da família
humana inteiramente acessível aos métodos da psicologia concreta: observação e
análise? Sem dúvida estes métodos bastam para pôr em evidência alguns traços
essenciais, tal como a estrutura hierárquica da família, e bastam para
reconhecer nela o órgão privilegiado desta coação do adulto sobre a criança,
coação à qual o homem deve uma etapa original e as bases arcaicas da sua
formação moral [...].
A FAMÍLIA – O ensaio A família, do psicanalista francês
Jacques-Marie Émile Lacan (1901-1981), trata da instituição familiar, a sua
estrutura cultural, coação do adulto sobre a criança, hereditariedade
psicológica, parentesco biológico, a família primitiva, o complexo como fator
concreto da psicologia familiar, definição geral do complexo, o instinto, o
complexo freudiano e a imago, complexo do desmame e este como ablactação, o
desmame e a crise do psiquismo, a imago do seio materno, a forma exteroceptiva,
satisfação proprioceptiva, mal-estar interoceptivo, a imago pré-natal, o
desmame e a prematuração específica do nascimento, o apetite da morte, o laço
domestico, a nostalgia do todo, o complexo da intrusão, o ciúme como arquétipo
dos sentimentos sociais, identificação mental, a imago do semelhante, o sentido
da agressividade primordial, o estádio do espelho, potência segunda da imagem
especular, estrutura narcísica do eu, o drama do ciúme, o eu e o outrem,
condições de fraternidade, complexo de Édipo, esquema e valor objetivo do
complexo, a família segundo Freud, o complexo da castração, o mito parricida
originário, as funções do complexo, maturação da sexualidade, constituição da
realidade e a repressão da sexualidade, os fantasma do desmembramento, origem
materna do super-eu arcaico, originalidade da identificação edipiana, a imago
do pai, o complexo e a relatividade sociológica, matriarcado e patriarcado,
abertura do vínculo social, o homem moderno e a família conjugal, papel de
formação familiar, declínio da imago paterna, os complexos familiares em
patologia, as psicoses de tema familiar, formas delirantes do conhecimento,
funções dos complexos nos delírios, reações e temas familiares, determinismo da
psicose, as nevroses familiares, sintoma nevrótico e drama individual, da
expressão do recalcado à defesa contra a angustica, deformações específicas da
realidade humana, a forma degrada de Édipo, nevroses de Transfert, a histeria,
a nevrose obsessiva, incidência individual das causas familiares, neuroses de
caráter, a nevrose de autopunição, a introversão da personalidade e
esquizonoia, desarmonia do par parental, prevalência do complexo do desmame e a
inversão da sexualidade. Veja mais aqui.
REFERÊNCIA
LACAN, Jacques. A família.
Lisboa: Assírio e Alvin, 1981.
CLEVANE
LOPES – A escritora, psicóloga, ilustradora,
conferencista e consultora Clevane Pessoa de Araújo Lopes é uma das mais
adoráveis pessoas humanas que conheci na rede. Há anos ela solidária, amiga,
parceira. Hoje quero destacar um de seus belos poemar, Ver dor: “minha mão verde verdolenta verdolenga verdetensa verdoreira verdespera esperança
lança sementeira de raízes futuras do que eclodirá. A messe mostrará o
resultante do amor pela floresta primeva pelo templo aberto primitivo da deusa
tríplice dos deuses temperamentais das dríades e hamadríades a zelar pelos
troncos crescentes. Minha mão antes verdíssima, desbota ao sol implacável da
modernidade. ressecada com sulcos quais o da velhíssima Terra, sangra ,
mas quem quer ver dor? Passo pomadas ao compasso dos trinares de pássaros
citadinos. Espero, reinventando a esperança de ver / ter...”. E como hoje é aniversário dela, trago uma
homenagenzinha pra ela aqui.
ANIBAL
BRAGANÇA – Hoje também é aniversário do professor Aníbal
Bragança, do Departamento de
Estudos Culturais e Mídia, do Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS) da
Universidade Federal Fluminense. Ele é graduado em História, mestre e doutor em
Ciências da Comunicação pela USP, e foi o ganhador do Prêmio Jabuti (2011) pela
obra Impresso no Brasil – Dois séuclos de
livros brasileiros EdUnesp/FBN), em parceria com Marcia Abreu, analisando a
produção editorial brasileira desde a instalação da Imprensa Régia,m em 1808,
até então. É um pesquisador do livro, da leitura e da cultura letrada no
Brasil, sendo autor de Livraria Ideal: do
cordel à bibliofilia (Edusp, 2009). Daqui os nossos parabéns de feliz
aniversário!
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