terça-feira, setembro 30, 2014

JULIA FIEDORCZUK, HANNE ØRSTAVIK, SAM HARRIS, ANIELA JAFFÉ, DOROTHY CANFIELD, MATILDA & LITERÓTICA


ELA DESPREVENIDA – Desprevenida. Assim, desavisada, sem vigilância ou espantalho, descuidada, cantarolando seu solitário afazer. Imperceptível eu conferia todos os seus gestos indefesos remexendo concentrada no seu labor. Assim, por instantes logos e sem alarde eu fui silentemente acompanhando cada detalhe dos seus movimentos, ao mesmo tempo imaginava sua defesa pegando borboleta, seus flancos desguarnecidos de qualquer resistência, sua expressão desligada do mundo. Eu, senhor absoluto, dos pés à cabeça, pronto para invadir seu parque de diversão e me esbaldar faturando alto, quebrando recorde, furtivo, ladinho, suingue de camisa fazendo estrago na sua arrumação e polidez, candidato ao título de maior craque do seu coração, domando seus movimentos, desejos, beijos, abraços, intenções, verdadeiramente encurralada pela minha vil possessão. Não é diferente e submissa entrega o reino dos céus de mão beijada para a minha completa posse misturando lábios, gozo, braços e pernas, até nos perder de nós mesmos e nos encontrarmos um no outro realizado. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aquiaqui.

 


DITOS & DESDITOSO estudante cuidadoso da história descobrirá que o Cristianismo teve muito pouco valor no avanço da civilização, mas fez muito para retardá-la. É calculado a partir de registros históricos que nove milhões de pessoas foram condenadas à morte por bruxaria depois de 1484, ou durante um período de trezentos anos, e esta estimativa não inclui o grande número que foi sacrificado nos séculos anteriores sob a mesma acusação. . A maior parte desta multidão incrível eram mulheres. A igreja e a civilização são antípodas; um significa autoridade, o outro liberdade; um significa conservadorismo, o outro progresso; um significa os direitos de Deus conforme interpretados pelo sacerdócio, o outro os direitos da humanidade conforme interpretados pela humanidade. A civilização avança através do pensamento livre, da liberdade de expressão, de homens livres. Pensamento da ativista abolicionista e livre pensadora estadunidense Matilda Joslyn Gage (1826-1898). Veja mais aqui, aqui e aqui.

 

ALGUÉM FALOU: Se refletissemos, pelo menos uma vez, sobre o que queremos da vida, a mesma quantidade que dedicamos à questão do que fazer com duas semanas de férias, ficaríamos surpresos com nossos falsos padrões e com a procissão sem rumo dos nossos dias ocupados. Pensamento da escritora estadunidense Dorothy Canfield Fisher (1879-1958). Veja mais aqui, aqui e aqui.

 

O HOMEM & SEUS SÍMBOLOS – […] O homem é a única criatura com o poder de controlar o instinto por sua própria vontade, mas também é capaz de suprimi-lo, distorcê-lo e feri-lo - e um animal, para falar metaforicamente, nunca é tão selvagem e perigoso como quando é ferido. [...] O inconsciente é natureza pura e, como a natureza, derrama seus dons em profusão. Mas deixado sozinho e sem a resposta humana da consciência, ele pode (novamente como a natureza) destruir os seus próprios dons e, mais cedo ou mais tarde, varrê-los para a aniquilação. [...] Em meados do nosso século, a imagem puramente abstrata, sem qualquer ordem regular de formas e cores, tornou-se a expressão mais frequente na pintura. Quanto mais profunda a dissolução da “realidade”, mais a imagem perde o seu conteúdo simbólico. A razão para isso reside na natureza do símbolo e na sua função. O símbolo é um objeto do mundo conhecido, sugerindo algo desconhecido; é o conhecido expressando a vida e o sentido do inexprimível. Mas nas pinturas meramente abstratas, o mundo do conhecido desapareceu completamente. Nada resta para formar uma ponte para o desconhecido. [...] O conhecimento final e a destruição do mundo são os dois aspectos da descoberta da base primordial da natureza. [...] equivalente ao não sofrimento; no entanto, a resiliência da consciência autoconsciente e autotransformadora pode nos fortalecer contra os perigos do irracional e do racional, contra o mundo interior e o mundo exterior. [...]. Pensamento da analista suíça Aniela Jaffé (1903–1991), organizadora da obra Man and His Symbols (2009), de Carl Jung. Veja mais aqui.

 

O FIM DA FÉ –[...] Pense nisso: cada pessoa que você já conheceu, cada pessoa sofrerá a perda de seus amigos e familiares. Todos vão perder tudo o que amam neste mundo. Por que alguém iria querer ser tudo menos gentil com eles enquanto isso? [...] Diga a um cristão devoto que sua esposa o está traindo, ou que iogurte congelado pode tornar um homem invisível, e ele provavelmente exigirá tantas evidências quanto qualquer outra pessoa, e será persuadido apenas na medida em que você as fornecer. Diga-lhe que o livro que ele mantém ao lado da cama foi escrito por uma divindade invisível que o punirá com fogo pela eternidade se ele não aceitar todas as suas afirmações incríveis sobre o universo, e ele parece não exigir nenhuma evidência. [...] Já é tempo de admitirmos, desde reis e presidentes, que não há provas de que qualquer um dos nossos livros tenha sido da autoria do Criador do universo. A Bíblia, parece certo, foi obra de homens e mulheres espalhados pela areia que pensavam que a Terra era plana e para quem um carrinho de mão teria sido um exemplo deslumbrante de tecnologia emergente. Confiar num documento deste tipo como base para a nossa visão do mundo - por mais heróicos que sejam os esforços dos redatores - é repudiar dois mil anos de percepções civilizatórias que a mente humana apenas começou a inscrever em si mesma através da política secular e da cultura científica. Veremos que o maior problema que a civilização enfrenta não é apenas o extremismo religioso: pelo contrário, é o conjunto mais amplo de acomodações culturais e intelectuais que fizemos à própria fé. [...] É apenas um acidente da história que seja considerado normal em nossa sociedade acreditar que o Criador do universo pode ouvir seus pensamentos, enquanto é uma demonstração de doença mental acreditar que ele está se comunicando com você por meio de uma torneira de chuva em código Morse. na janela do seu quarto. [...] A moderação religiosa é o produto do conhecimento secular e da ignorância bíblica [...] O homem manifestamente não é a medida de todas as coisas. Este universo está repleto de mistério. O próprio fato de sua existência, e da nossa, é um mistério absoluto e o único milagre digno desse nome. [...] Os homens que cometeram as atrocidades do 11 de Setembro não eram certamente “cobardes”, como foram repetidamente descritos nos meios de comunicação ocidentais, nem eram lunáticos em qualquer sentido comum. Eles eram homens de fé – uma fé perfeita, como se constata – e isto, deve-se finalmente reconhecer, é uma coisa terrível de se ter. [...] Os únicos anjos que precisamos invocar são aqueles da nossa melhor natureza: razão, honestidade e amor. Os únicos demônios que devemos temer são aqueles que se escondem dentro de cada mente humana: a ignorância, o ódio, a ganância e a fé, que é certamente a obra-prima do diabo. [...] É importante notar também que é possível obter o doutorado. em qualquer ramo da ciência, com o único propósito de fazer uso cínico da linguagem científica, num esforço para racionalizar as flagrantes inadequações da Bíblia. Um punhado de cristãos parece ter feito isso; alguns até obtiveram seus diplomas em universidades conceituadas. Sem dúvida, outros seguirão os seus passos. Embora essas pessoas sejam tecnicamente “cientistas”, elas não se comportam como cientistas. Eles simplesmente não estão envolvidos numa investigação honesta sobre a natureza do universo. E as suas proclamações sobre Deus e os fracassos do darwinismo não significam de forma alguma que exista uma controvérsia científica legítima sobre a evolução. [...]. Trechos extraídos da obra The End of Faith: Religion, Terror, and the Future of Reason (W. W. Norton & Company, 2005), do escritor, filósofo e neurocientista estadunidense Sam Harris, que na sua obra Letter to a Christian Nation (Vintage, 2008), expressa que: [...] Um dos efeitos mais perniciosos da religião é que ela tende a divorciar a moralidade da realidade do sofrimento humano e animal. [...] Uma das ironias monumentais do discurso religioso pode ser apreciada na frequência com que as pessoas de fé se elogiam pela sua humildade, ao mesmo tempo que condenam os cientistas e outros descrentes pela sua arrogância intelectual. Na verdade, não existe cosmovisão mais repreensível na sua arrogância do que a de um crente religioso: o criador do universo interessa-se por mim, aprova-me, ama-me e recompensar-me-á após a morte; minhas crenças atuais, extraídas das escrituras, continuarão sendo a melhor declaração da verdade até o fim do mundo; todos os que discordam de mim passarão a eternidade no inferno... Um cristão comum, numa igreja comum, ouvindo um sermão de domingo comum, atingiu um nível de arrogância simplesmente inimaginável no discurso científico - e tem havido alguns cientistas extraordinariamente arrogantes. [...] Em 2005, foi realizada uma pesquisa em trinta e quatro países medindo a percentagem de adultos que aceitam a evolução. Os Estados Unidos ficaram em trigésimo terceiro lugar, logo acima da Turquia. Entretanto, os estudantes do ensino secundário nos Estados Unidos têm resultados inferiores aos de todos os países europeus e asiáticos na sua compreensão de ciências e matemática. Estes dados são inequívocos: estamos a construir uma civilização da ignorância. [...] Somos a fonte do amor que os nossos sacerdotes e pastores atribuem a Deus (de que outra forma podemos senti-lo?). Sua própria consciência é a causa e a substância de qualquer experiência que você queira considerar “espiritual” ou “mística”. Percebendo isso, que necessidade há de fingir ter certeza sobre milagres antigos? [...] Não conheço nenhuma sociedade na história da humanidade que alguma vez tenha sofrido porque o seu povo se tornou demasiado desejoso de provas que apoiassem as suas crenças fundamentais. [...] Mas vamos supor, por enquanto, que cada embrião humano de três dias tenha uma alma digna da nossa preocupação moral. Os embriões nesta fase ocasionalmente se dividem, tornando-se pessoas separadas (gêmeos idênticos). Será este o caso de uma alma se dividindo em duas? Às vezes, dois embriões se fundem em um único indivíduo, chamado quimera. Você ou alguém que você conhece pode ter se desenvolvido dessa maneira. Não há dúvida de que os teólogos estão lutando até agora para determinar o que acontece com a alma extra-humana em tal caso. [...] O ateísmo nada mais é do que chefes que pessoas razoáveis fazem na presença de crenças religiosas injustificadas. [...] A fé é como um batedor de carteiras que empresta seu próprio dinheiro a uma pessoa em condições generosas. [...] Embora sentir amor pelos outros seja certamente uma das maiores fontes de felicidade, implica uma preocupação muito profunda com a felicidade e o sofrimento daqueles que amamos. A nossa própria busca pela felicidade, portanto, fornece uma base lógica para o auto-sacrifício e a abnegação. [...].

 

TÃO VERDADEIRO QUANTO REALMENTE SOU – [...] Tenho camadas e mais camadas de pensamentos em minha cabeça e a de baixo não tem nada em que me agarrar. [...] O som do carro. Quando ele está esperando, ele nunca consegue se lembrar disso. Eu esqueci, ele diz a si mesmo. Mas então isso volta para ele, muitas vezes em pausas entre a espera, depois que ele para de pensar nisso. E então ela chega e ele reconhece o som num instante; ele ouve com a barriga, é a minha barriga que lembra o som, não eu, ele pensa consigo mesmo. E assim que ele ouviu o carro, ele também o viu, pelo canto da janela, o carro azul dela dobrando a curva atrás dos montes de neve, e ela entrou em casa e subiu a pequena ladeira até a frente. [...] Eu gostaria de poder dividir meu corpo em dois, dar uma parte para mamãe e outra para Ivar. Então ambos poderiam ter a sua parte, e eu poderia manter a minha caixa torácica como uma pequena balsa na qual me enrolaria e flutuaria [...] Olho pela janela novamente. A chuva escorre silenciosa e uniformemente, como as lágrimas que cobrem meu rosto. Talvez Deus esteja na água, nas gotas de chuva. Coloquei a mão na vidraça fria para ficar perto Dele. Estar o mais perto que puder sem impor [...] Deitei-me de lado com a cabeça apoiada nos travesseiros e olhei pela janela; o azul do céu estava tão claro que quase doía. Eu senti isso acontecer novamente. Não chorei muito, apenas algumas lágrimas rolaram, molhando meus olhos. Eu me perguntei sobre a causa. Meus pensamentos estavam incrustados em tendões e pele, fora do meu alcance. Aqueles de vocês que acreditam estar limpos, sem pecado, sem culpa, podem atirar a primeira pedra. Eu me vi debaixo de um monte de pedras [...] Sou inútil em me concentrar em coisas físicas. [...] O que eles mostram, esses alunos que só chegam na sala de leitura às nove, ou até mais tarde, é uma espécie de ousadia. Eles brincam com a vida, com as possibilidades. Para mim meus estudos são como uma corda bamba na qual estou me equilibrando, a vida só começará quando eu chegar ao outro lado. Somente quando eu estiver ali triunfantemente, com um testemunho brilhante e resultados brilhantes, só então, penso comigo mesmo, serei livre. [...] Eu me perguntei a quem nesta sala eu iria se tivesse problemas. Qualquer pessoa da minha idade parecia boba, imatura, sem foco. Os mais velhos pareciam muito perfeitos e tensos. Não consegui encontrar ninguém em quem pudesse confiar. A única pessoa em quem confiava aqui neste grupo, além de Deus, era eu mesmo. [...]. Trechos extraídos da obra Like sant som jeg er virkelig (Oktober, 2004), da escritora norueguesa Hanne Ørstavik.

 

DOIS POEMAS - DESEJO IMPLACÁVEL - poema, poema seja forte \ como uma onda de choque, o Concerto em Lá Menor de Grieg \ crie raízes, encontre a fonte, floresça, dê frutos, \ ganhe vida, poema, eu preciso do seu sangue \ poema, poema seja tão perigosamente adorável \ quanto a mulher bêbada na pintura de Munch \ o que conta são apenas as cores básicas, amarelo, preto, vermelho \ o que conta é o fogo \ há um tempo para esperança \ e um tempo para desespero \ o que conta é o fogo \ se você não tem carne \ você não conhece o amor \ nem conhece a morte \ poema, poema estar ao sol \ aos olhos do mundo \ na transformação do pão em movimento \ na constante decadência que é a condição de toda síntese \ no sangue \ fogo, seja \ há um tempo para esperança \ e um tempo para desespero \ o que conta é o fogo e o gelo \ poema, poema seja como a noite escura da alma. TERRAS E OCEANOS - É precisamente o fogo que nos é caro. \Às vezes você sente isso nas solas dos pés. \ É um sinal de que tudo já foi um oceano divino, \ enquanto o tempo profundo da Terra se expressa em números tão inquietantes \ que a sua descoberta mudou o curso do pensamento humano.\ O que, nem é preciso dizer, espera o chão \ sob seus pés e um ambiente favorável. \ Nesta perspectiva, o sol é algo como a eternidade, \ o mar é um subtexto teimoso. \ O local \ funcionará enquanto as sepulturas puderem ser cavadas. \ Somente em determinados locais as casas podem ser construídas. \ Apesar de tudo há fé na permanência destes vestígios, \ embora todos saibam que é melhor ter um punhado de paz. \ Ainda outras versões falam da oração respondida pelos peixes. \ De uma forma ou de outra, o caos tem suas leis. \ Os corpos são sólidos, embora tenhamos lágrimas, e elas estão em cada palavra:\ pois o sal está na ponta da língua e é o ponto sobre o i. Poemas da escritora, tradutora e professora polonesa Julia Fiedorczuk, autora de obras como Listopad nad Narwią (Biuro Literackie, Legnica 2000), Bio (Biuro Literackie, Wrocław 2004), Planeta rzeczy zagubionych (Biuro Literackie, Wrocław 2006), Tlen (Biuro Literackie, Wrocław 2009) e   tuż-tuż (Biuro Literackie, Wrocław 2012).

 

PROGRAMA TATARITARITATÁ – O programa Tataritaritatá que vai ao ar todas terças, a partir das 21 (horário de Brasilia), é comandado pela poeta e radialista Meimei Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação desta terça aquiLogo mais, a partir das 21hs, acontecerá mais uma edição do programa Tataritaritatá, com apresentação de Meimei Corrêa e com as seguintes atrações na programação: Johan Svedsen, Chico Buarque, Jonhnny Mathis Ricardo Machado & Fernando Fiorese, Sonia Mello, Mácleim, Marisa Serrano, Kel Monalisa, Rita Ribeiro, Gardênia Marques, Bony, Clara Redig & muito mais! Veja mais aqui.

SERVIÇO:
O que? Programa Tataritaritatá
Quando? Hoje, terça, 30 de setembro, a partir das 21hs
Onde? No MCLAM 
Apresentação: Meimei Corrêa


Veja mais sobre:
Lasciva da Ginofagia aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

E mais:
O lamentável expediente da guerra aqui.
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Ismael Nery, Tomás Antônio Gonzaga, Juliana Impaléa & Keyler Simões aqui.
Miguel Torga, Alfred Gilbert, Pat Metheny, Luciene Lemos, Antonio Cabral Filho & Programa Tataritaritatá aqui.
Michel Foucault, John Coltrane, T. S. Eliot, Edina Sikora, Wender Nascimento & Programa Tataritaritatá aqui.
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Jorge Luis Borges, Paulo Leminski, Jean-Michel Jarre, Jeanne Mas, Donizete Galvão, Fabio Weintraub & Regiane Litzkow aqui.
A refém do amor & Programa Tataritaritatá aqui.
Fritjof Capra, Instinto & Ismael Condição Humana aqui.
Loucura repulsiva aqui.
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CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Ela, art by Ísis Nefelibata.
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CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
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segunda-feira, setembro 29, 2014

JENNIFER WEINER, MANOEL DE BARROS, OAKLEY, BLANCHOT, MARIE UNDER, SHIORI TESHIROGI & LITERÓTICA.

 


ELA, CALAMATY JANE... – Soube dela pelo próprio pai à meia idade gabando-se ao nomeá-la mal saída do parto, como se a si fosse no diminutivo: Pereira, o Pereirão, pai; Pereirinha, filha. E batia no peito: a mulher mais macha do mundo, paraibana de lei, brinque não! E narrava sobre os feitos dela como Eduardo Galeano nas Palavras andantes: Conheci a mãe dela num rastapé em Caruaru e com ela virei mundo, de norte a sul das Américas. Embuchei-lhe esperando o primogênito, não foi: a menina rebentou virada feito a capota choca, isso no meio duma noite turvada num sítio de parentes, em Cabedelo. Pelo gênio, logo atinei e sapequei-lhe meu apelido, nome este até hoje conhecida. Cuidei dela como se fosse o meu menino, crescendo firme e destemida. No jardim da infância botava no bolso os meninos maiores no jogo de chimbra e na quebra-de-braço, arte esta que lhe valeu fama. Entre rapazotes respeitavam-na, resolvia tudo na força da munheca e no muque. Quando soube que ela quase moça andava com uma 6,35 no cós da saia, chamei-lhe na grande. Ela só me respondeu ameaçadora que nunca levou nem levaria desaforo pra casa. Envolveu-se com um tenente quando nem tinha tirado ainda a catinga do mijo; depois com um coronel e outras patentes foram por ela levados aos socos de seu punho certeiro. Enfrentava qualquer desafiante, fosse metido a decente ou fora da lei: a valentia servia para passar a limpo qualquer mal-entendido, e se esta lhe faltasse, tudo se resolvia à força da bala. Vi-lhe o cabelo curto, calça comprida colada nas pernas e coxas, bota de salto alto pisando forte, blusa de manga, brincos na orelha, batom vermelho nos lábios e um chega pra lá pra quem ultrapassasse a distância regulamentar. Era de beiço virado mesmo. Tanto é que ainda adolescente caiu no mundo: enfrentou-me de eu tremer na vara de raiva, acovardando-me de umas boas lamboradas de pisa. Bicha braba, arisca. Daquele dia em diante, só ouvia seus feitos. Do relato dele aos boatos graúdos tantas me disseram de quantos não foram nocauteados, quando não baleados, estropiados pela força de seus murros ou calcanhares. De cuspidas na cara, mãozadas no maluvido, às espinhelas envergadas, pescoços quebrados e arreios por chutes no saco, deixando no chão quem a enfrentasse: era ela ao saracoteio das capoeiras ou golpes de uma dessas lutas chinesas, danada. Pois bem de tantas ouvidas e amiudadas, na noite passada, estava eu aboletado virando um copo no social só para clarear as ideias e deixar o tempo passar. Senti, às minhas costas, alguém se aproximar. Só pude identificá-la quando puxou a cadeira e sentou-se à minha mesa: Dá licença? Prazer, Pereirinha Calamity Jane! Nunca a vira antes: era Carrie-Anne Moss em pessoa, ninguém Trinity mais parecida só que pra ela no Velho Oeste. Verdade! Percebi pelos olhares alheios que eu fora o premiado da noite e que não me daria bem a partir de então. Chamou o garçom e pediu-lhe um copo e, ao trazê-lo, encheu com minha cerveja e virou de um só gole. Voltou seu olhar firme ao meu: Vamos dançar? Não ousaria jamais negar. Fomos ao centro do salão escurecido, ela passou-me o braço pelo pescoço colando seus lábios ao meu ouvido, mordiscando-o, suas coxas entre as minhas, seu sexo colou-se ao meu e no passo miúdo da música lenta ela remexia sem sair do lugar. Aquilo eletrizou-me por dentro e logo meu pênis deu sinal de vida insinuando-se ao seu contato. Logo ela percebeu e senti sua mão apertando-o avidamente, enquanto resfolegava ronronando ao meu ouvido. Vamos ali!, ordenou-me levando-me pela mão. Saímos do recinto, dobramos a primeira esquina, eu não conseguia tirar os olhos do meneio de suas nádegas proeminentes na calça justa que delineava o contorno de sua cintura pelas coxas e pernas bem torneadas, o barulho do salto na pisada firme pela calçada, o seu jeito elegante de quase marchar para onde eu sequer sabia. Montou sobre a moto e obrigou-me o garupa, colando-me ao seu corpo, envolvendo meus braços pela sua cintura. Seguimos por algumas quadras, estacionou nas proximidades de uma residência, desmontamos e segui-a abrindo o ferrolho do portão de um muro baixo, virando o trinco da grade de uma varanda mal iluminada e ali com um beijo tórrido me premiou com seus lábios nos meus, já desatacando minha camisa para deslizar suas mãos por meu peito e findar com os braços cruzados em volta do meu pescoço, requebrando aos esfregões do seu ventre contra o meu. Virou-me para a porta da entrada e me empurrou beijoqueira pela sala, empurrando-me ao sofá e se desfazendo de suas próprias vestes para pular sobre mim, completamente nua e a me despir com pressa, descobrindo meu sexo babando aos seus alisados, um beijo de biquinho na ponta da glande, uma lambida de mulher-gato por toda extensão do meu caralho, como se o salivasse e aprontá-lo para a montada certeira de sua vagina quente a galopar-me Martha Jane, amazona guerreira, madrugada adentro de dias sem fim. Veja mais aqui, aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS - Estou bebendo alegria, mas algo em mim quer sofrer assim, é mais astuto do que eu: filtra apenas um pouco da dor da felicidade... Pensamento da poeta estoniana Marie Under (1883-1980). Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

 

ALGUÉM FALOU: Tenho muitas áreas para explorar e outras facetas da minha personalidade como artista para apresentar... Pensamento da mangaká japonesa Shiori Teshirogi.

 

MENTE, NÚMEROS & CIÊNCIA – [...] Concentre-se no processo (a maneira como você gasta seu tempo) e não no produto (o que você deseja realizar). Processo, não produto Se você evita certas tarefas porque elas o deixam desconfortável, há uma ótima maneira de reformular as coisas: Aprenda a focar no processo, não no produto [...] Tentar recordar o material que você está tentando aprender – prática de recuperação – é muito mais eficaz do que simplesmente reler o material. [...] Se você proteger sua rotina, eventualmente ela irá protegê-lo. [...] A confusão é uma parte saudável do processo de aprendizagem. Quando os alunos abordam um problema e não sabem como fazê-lo, muitas vezes decidem que não são bons no assunto. Os alunos mais brilhantes, em particular, podem ter dificuldades neste sentido – o facto de passarem rapidamente pelo ensino secundário não lhes deixa motivos para pensar que ficar confuso é normal e necessário. Mas o processo de aprendizagem consiste em sair da confusão. Articular sua pergunta é 80% da batalha. Quando você descobrir o que é confuso, é provável que você mesmo tenha respondido à pergunta! [...] A procrastinação é como o vício. Oferece excitação temporária e alívio da realidade chata [...] A maior mentira de todos os tempos é que a prática leva à perfeição. Não é verdade – a prática torna você melhor. [...] Ser multitarefa significa que você não é capaz de estabelecer conexões completas e ricas em seu pensamento, porque a parte do seu cérebro que ajuda a estabelecer conexões está constantemente sendo afastada antes que as conexões neurais possam ser firmadas. [...]. Trechos extraídos da obra A Mind for Numbers: How to Excel at Math and Science (TarcherPerigee, 2014), da cientista, pesquisadora e professora estadunidense Barbara Oakley. Veja mais aqui.

 

O LIVRO, O TEMPO & O DESERTO – [...] O deserto ainda não é nem o tempo, nem o espaço, mas um espaço sem lugar e um tempo sem engendramento. Nele, pode-se apenas errar, e o tempo que passa nada deixa atrás de si, é um tempo sem passado, sem presente, tempo de uma promessa que só é real no vazio do céu e na esterilidade de uma terra nua, onde o homem nunca está, mas está sempre fora. O deserto é o fora, onde não se pode permanecer, já que estar nele é sempre já estar fora [...]. Trecho extraído da obra O livro por vir (Martins Fontes, 2005), do escritor, ensaísta, romancista e crítico literário Maurice Blanchot (1907-2003). Veja mais aqui e aqui.

 

BOA DE CAMA - [...] Aprendi muito este ano. Aprendi que as coisas nem sempre acontecem como você planejou ou como você acha que deveriam. E aprendi que há coisas que dão errado e que nem sempre são consertadas ou recompostas como eram antes. Aprendi que algumas coisas quebradas permanecem quebradas e aprendi que você pode superar momentos difíceis e continuar procurando por outros melhores, desde que tenha pessoas que amem você [...] O divórcio não é uma tragédia. Uma tragédia é permanecer num casamento infeliz, ensinando aos filhos coisas erradas sobre o amor. Ninguém nunca morreu de divórcio [...] Quando eu tinha cinco anos aprendi a ler. Os livros foram um milagre para mim - páginas brancas, tinta preta e novos mundos e amigos diferentes em cada um. Até hoje, aprecio a sensação de romper um vínculo pela primeira vez, a antecipação de para onde irei e quem encontrarei lá dentro. [...] Ele me ama. Ele me amou, mas não me ama mais e não é o fim do mundo. [...] Se você deseja algo com bastante força, os contos de fadas nos ensinam, você pode consegui-lo no final. Mas quase nunca é como você imaginou e os finais nem sempre são felizes. [...] Amarei a mim mesmo e ao meu corpo pelo que ele pode fazer - porque é forte o suficiente para levantar, caminhar, subir uma colina de bicicleta, abraçar as pessoas que amo e segurá-las totalmente, e nutrir um novo vida. Vou me amar porque sou forte. Porque eu não - não vou - quebrar. [...]. Trechos extraídos Good in Bed (Washington Square Press, 2002), da escritora estadunidense Jennifer Weiner. Veja mais aqui.

 

POESIA - No começo era o verbo. \ Só depois é que veio o delírio do verbo. \ O delírio do verbo estava no começo, lá onde a \ criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos. \ A criança não sabe que o verbo escutar não\ funciona para cor, mas para o som.\ Então se a criança muda a função de um\ verbo, ele delira.\ E pois. \ Em poesia que é a voz do poeta, que é a voz \ de fazer – nascimentos \ O verbo tem que pegar delírio. Poema do poeta Manoel de Barros (1916-2014). Veja mais aqui e aqui.

 

HUMOROUTROS


DORO PRESIDENCIÁVEL DÁ UMA DENTRO – Como o Doro presidenciável a não sei quê, sem partido, sem ter onde cair morto, sem eira nem beira, não se conforma de ser candidato sem chapa nem nada, resolveu conferir de perto no Horário Eleitoral Gratuito se por cagada do TSE saía o material e foto dele lá. Pregou o olho na telinha e viu um, outro e tantos candidatos e nada seu. Ouviu tanto a palavra “mudança” que falou: - Isso é mudança ou mundiça?!? Mais reticente que tudo, teve paciência de ficar o tempo todo ouvindo cada um da citada mundiça expressar suas propostas. Depois de tudo, ele esgueirou-se e reafirmando enfaticamente: - Sou mais eu!! -, apoderou-se dum tamborete e, primeira esquina que encontrou, fez um discurso relâmpago largando os seus impropérios misturados aos borborigmos e despautérios. Aí um bêbo lá que passava perguntou: - Cê vai votar mesmo em quem, hem? Na hora deu um branco no quengo dele e berrou: - Golbery Lessa! Foi, deveras, um ato falho. Nem ele mesmo vota nele. Aí o bebo disse: - Entonse, vou votá nesse! E eu também. Veja mais aqui e aqui

ÓLEO DE PEROBA – Deu no noticiário que desde julho as fábricas de óleo de peroba tem batido todos os recordes de superávit, ultrapassando o lucro dos bancos, dos planos de saúde, das companhias de seguro e em tudo que se imagine! Um renomado economista salientou que o lucro dessas fábricas nos últimos dois meses, ultrapassaram os lucros de mais de 10 anos acumulados de todos os segmentos sociais. Aí o Doro comentou: - Tomém, meu, com a cara de pau dos políticos cum suas promessa, prurisso num tem óleo de peroba que dê vencimento na maquiagem deles! Veja mais presepada do Doro aqui.

JÁ DIZIA GREGORY BATESON – O biólogo e antropólogo inglês Gregory Bateson (1904 – 1980) pode ser considerado o pai da análise das perturbações mentais na perspectiva de sistema, em que o sujeito perturbado é apenas um componente de uma dinâmica de atividade social já estabilizada. Sabiamente ele chegou a afirmar: “Os processos políticos não são senão fenômenos biológicos, mas qual político sabe disso?" (Gregory Bateson, Passos para uma ecologia da mente). Destá. Veja mais aqui.

LIÇÕES DE LEONTIEV – O psicólogo russo Alexis Nikolaevich Leontiev (1903-1979), no seu livro O desenvolvimento do psiquismo, traz sempre uma colocação apropriada para nosso melhor entendimento, tais como “A consciência individual do homem só pode existir nas condições em que existe a consciência social [...] A linguagem é aquilo através do que se generaliza a experiência da prática socio-histórica da humanidade. [...] O alimento é, sem dúvida, objeto material. No entanto, o significado da palavra alimento não contém um grama de substância alimentícia”. Veja mais aqui.

SACADA DO PINEL – No seu livro Bipsicologia, John P. J. Pinel dá uma sacada arretada: “Você é o produto intelectual de uma cultura que promove formas inconsistentes de pensar inconsistentemente sobre as bases biológicas do comportamento”. Veja mais aqui.
 


CINCO POEMAS & PROSAS LUXURIANTESREENCONTRO – No reencontro do desejo realizado, \ Em orgasmo de prazer inolvidável, \ Com nuances de confusas escaladas, \ No reencontro da paixão fremente, \ Quero poder usufruir essa hora inadiável. I - Ah, meu amor \ Que gostoso, eu ao seu lado dormindo em conchinha e você se achegando ajeitando seu pênis, ereto “que é todo meu” e só meu, deslizando a se esfregar entre minhas coxas e se acomodar no vão da minha vagina que logo se abriu e abrigou-o, aos remexidos de minha bundinha em seu ventre. Uma delícia! Suas mãos deslizando por todo o meu corpo e o beijo em minha nuca, sentindo meu aroma a inebriá-lo , querendo-me mais que tudo assim como eu já sentindo a sensação mais gostosa do mundo. Maravilhoso, eu acordando, dengosa, mais me encostando em você, arrepiada de desejo, suas mãos tateando na escuridão, meus olhos brilhantes, reflexos de nossa volúpia e do seu jeito carinhoso de me explorar, manusear, recheando-me de carícias, eu tocando a glande do que “que é meu” e só meu e acariciando-o com meus dedos e ele babento e maravilhosamente gostoso. Seus adoráveis beijos em minha nuca e eu me enroscando em você, pedindo para ser penetrada, ajeitando seu” pau duro” e o enfia delirante em minha vagina. E eu pedindo mais, querendo ser mais fodida, seviciada e eu a sua putinha manhosa e fascinante a querer mais e mais porque realmente sou sua “gostesuda” dadeira e quero você muito, muito e você empurrando mais e mais sacolejando e eu completamente enlouquecida. Desejando que nunca acabe de aquele momento e você, dentro de mim, eu gemendo de prazer, a sua putinha que realiza todos os seus desejos. você me fodendo e me levando aos múltiplos gozos e orgasmos estonteantes com o esperma a batizar nosso amor. Delícia maior do universo mesmo, meu amor. O dia amanhecendo com a plenitude da nossa paixão. A maior felicidade do mundo. Eu quero você demais! PERTO DE MIM - No desejo que inunda meu corpo incontrolável, \ Enquanto ouço os ruídos da vida ao lado, \ Concluo que és aquele ser doce e insubstituível,\ E entendo então por que meu coração está parado.\ Eu te sinto como estivesses tão perto de mim,\ Acariciando meu corpo em brasas inteiro,\ E a sensação poderosa é que só vivo assim,\ E teu carinho é sempre indescritível e certeiro.\ Nas horas de loucura e prazerosa alucinação, \ Em que só conseguia sentir intenso prazer,\ O desejo era a única e verdadeira reação,\ Que meu cérebro descontrolado conseguia ver.\ Meus lábios sentem o néctar que absorveu,\ Em horas de carícias em que perdi a razão,\ E naquele momento em que o mundo era meu,\ Elegi como único caminho possível a paixão. II - Ah, você fica de “pau duro” como eu adoro e “o que é meu” recebe meus beijos porque tudo meu é para ele e por ele. Meu olfato, paladares se comprazem e minha língua faz malabarismos com ele chupando-o e muito apaixonada e saboreando-o, e querendo sempre mais. Você que é o meu irresistível sedutor ao qual me rendo tentando enfeitiçá-lo sempre mais e enviando minhas poses e versos que são só desse e para ele para que ele mais não resista. Quero realmente me tornar a putinha mais devastadora, que almeja seu corpo inteirinho e para isso será cortesã, putinha ou rainha depende do que mais desejar. De todos os jeitos e maneiras. Estou sempre disposta a me entregar insinuante e dadeira ajeitando-me para que fique entre minhas coxas que se abrem para recebê-lo enlouquecida de tesão. Quero receber suas peiadas maravilhosas com todas as enfiadas que desejar para mais tê-lo sempre em mim e para mim. Desejo cada momento, cada impulso, onde quiser se insinuar, desnudando cada peça de minha roupa. E é isso mesmo que anseio, Quero-o babento, o dia todo e todo dia. Sedutor gostoso que é só meu. Para sempre! NOSSO AMOR - Não existe desejo mais forte e intenso,\ que me confunde e logo me enterneço,\ aos meus pensamentos eu retorno\ e com tanta intensidade que me confundo.\ vivo dos dias maravilhosos e te procuro,\ entre as lembranças do nosso amor me perco,\ a saudade é intensa e com facilidade lembro,\ e todos os segundos dos nossos dias vivo.\ vontade de te apertar em meus braços desejo\ perdida em poderosa lascívia eu me transtorno\ com a distância  que nos separa e sempre sonho\ com a felicidade que nos aguarda no caminho.\ Gostaria de sentir-te ofegante, transtornado,\ as mãos passeando acariciantes em meu corpo,\ teu pênis ereto penetrando sempre bem dentro\ e chegando ao ápice no abundante gozo.\ sinto enlouquecida no estertor da paixão,\ vibrando em brasa, meu sexo afogueado,\ e só tu podes, de verdade, cessar meu pranto\ e para conter a saudade, lembranças vivencio. III - Sou uma deusa enfeitiçante para seduzi-lo, para que você fique cada vez mais apaixonado e me cobice todos os minutos de sua vida. Me pegue, me cobice, me abrace, beije, desnude, deixe seu coração disparado de paixão e o seu pênis “que é meu” E TODINHO SOMENTE MEU babento, duro cheio de tesão. Sou e vou ser sempre. Rainha poderosa para lhe fascinar, rebolar os quadris, levantar a saia para você perceber o estufadinho da minha calcinha. Sou sim rainha poderosa. Musa poeta, que atiça seu desejo intenso contempla meus olhos brilhantes de amor, minha boca, que lhe beija os lábios e todo o seu corpo “o que é meu” e só meu, o meu sorriso de doçura especial só para você. Que compõe versos para você que saem minha alma, e se infiltram no meu coração e no meu corpo inteiro. O meu canto é seu, minha alegria é sua e também minha inspiração. Quando você passou distante aqueles dias, pela primeira vez eu não conseguia escrever e minha inspiração sofreu uma pausa que nunca tinha ocorrido. AMADO (dedicado ao nosso amor e aos dias vividos) - Ah, como vivi cada segundo daqueles dias \ inesquecíveis em que te beijava e aspirava\ tua respiração sedutora em meu rosto, em meus seios,\ em meu ventre e em todo o caminho do meu corpo.\ os momentos se sucediam e queria muito mais,\ galopando vibrante no caminho da paixão eterna,\ meus lábios a embeberem o lúdico suor do prazer\ que emanava do teu corpo e agonizava na volúpia\ Quero ter-te infindavelmente, e que pudesses me reter,\ sem dia nem hora vivendo em minhas entranhas,\ satisfazendo nossa libertinagem  louca e apaixonada \ não dando tréguas e em lascívia transformado. \ Ah esses dias que meu coração e cérebro retém \ para sempre lembrado em cada gesto teu,\ sentindo o mágico poder de tuas libidinosas mãos\ e vivendo a paixão antes que o mundo acabasse.\ Preciso de tudo que transborda em teu corpo,\ ultrapassando metas para o gozo extremo\ desejo sentir-te sempre extravagante e possessivo,\ no caminho que nos conduz à plenitude.\ Quero-te em cada regozijo a provocar gemidos,\ no deleite tentando apaziguar a efervescência,\ que nos tortura na saudade que não se acalma,\ e na  aflição de ter-te para mim ad aeternum. IV - Eu sou sua putinha mais fascinante, mais dadeira para satisfazer todos os seus desejos mais extravagantes, desnudar-me, ali mesmo no chão e me entregar completamente ao homem maravilhoso e que eu morro de paixão. Estou arrepiada só de pensar nesse momento que será o auge de minha vida, em que realizarei todos os seus desejos e compartilharei as minhas fantasias, em que anseio tê-lo de todas as maneiras, jeitos, formas, de dia, de noite, de manhã ou de madrugada. Quero sentir você, me desnudando toda e retirando a calcinha estufada que guarda a fonte de seus desejos mais enlouquecedores. E então despi-lo com volúpia e posso senti-lo em toda a nudez agarrado a mim se ajeitando entre minhas coxas e sentindo que “o que é meu” e só meu se avoluma, ereto e duro procurando minha vagina febril de desejo. E eu a sua putinha dadeira se convulsiona trepidante a sentir seu pênis ardente para recebê-lo em todas as partes do meu corpo. Fico em brasas com suas investidas priápicas que me enlouquecem e me proporcionam orgasmos sucessivos numa onda de prazeres jamais imaginados. Sou revirada por sua impulsividade e me transtorno no pico de todas as sensações. Você me beija todinha e posso então lamber, chupar e levar seu pênis ao céu da minha boca pressurosa na degustação do meu alvo de prazer infindável. E sentir como se estivesse saboreando um manjar, ao sentir o seu sêmen do amor a me deliciar de gozo jamais sentido, que se transforma num fetiche inesgotável. Mas quero beijá-lo todinho depois de acariciar seus cabelos e percorrer cada parte de seu corpo traduzindo a nossa paixão em toques mágicos e irresistíveis. Quero você sempre e cada vez mais. E sou eu que estarei ao seu lado, pronta para ser tocada e acariciada no seu amanhecer, disposta a recebe-lo em meus braços, a amá-lo e ser desnudada em qualquer canto da sala até chegar ao sofá toda vibrante de desejos, com o olhar expressivo de quem lhe pede o carinho mais abundante em meu corpo. Estarei ali, muito dengosa, toda manhosa a dizer a frase que sai do meu coração. Vem me pegar, porque é tudo que eu quero, peço, desejo sempre. E sei que você vem ao entardecer, E vem, pressuroso alisando minhas pernas priápico e ansiosamente desejando-me para acalmar a ânsia que lhe domina. Alcança meus joelhos e arrança minha calcinha e sutiã, enquanto quase desfaleço de desejo imediato. Vai me pegar todas as noites, beijando-me e se envolvendo em meu corpo tão voluptuoso que pede: Vem me foder. E vai me foder nas madrugadas insinuantes, fodendo-me inteira e enlouquecido, a sua putinha dadeira que lhe deseja irresistivelmente e sempre pedindo a você mais e mais do que nunca acabar de carícias que me deixam alucinada. E seu pênis “que é meu” e só meu invadindo-me, alucinado num entrar e sair que me deixa desvairada de prazer, pedindo-me em transe, que me foda mais e sempre e mais você me fode, entre orgasmos múltiplos e gozos intensos. E sou toda sua inteiramente sua e só sua em carne viva. E para sempre sua putinha tresloucada pedindo sempre mais e sempre, em qualquer lugar e posição, revirada por sua sanha de carícias que absorvo e gemo, querendo sempre mais, em carne viva. Poemas e prosas da escritora Vânia Moreira Diniz. Veja mais aqui.

 


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