domingo, setembro 07, 2014

ERICA JONG, FLEUR JAEGGY, DANIÈLE THOMPSON & CAROL BURNETT

 


A VIUVA DA CAUSA – Emily enviuvou e não abdicou da família Stowe, da mesma forma que se manteve Jennings no casamento. Desde Ontário, quando seu pai se converteu ao metodismo, sua mãe manteve a si e as filhas como quakers, estudando na escola estadunidense de Rhode Island. Ao tentar ingressar na faculdade de Ontário foi recusada por ser mulher, matriculando-se noutra escola em Toronto. Formou-se para ocupar a direção de uma escola na sua cidade, a primeira a ocupar tal cargo no Canadá. Tornou-se professora e, além de lecionar, iniciou sua luta pública pela igualdade entre homens e mulheres. Daí então casou-se e, sete anos depois, enviuvou logo após o nascimento da terceira filha. Foi então que se decidiu a ser médica e recebeu a informação do vice-diretor: As portas da universidade não estão abertas para as mulheres e acredito que nunca estarão. Foi então que decidiu se formar nos Estados Unidos, retornando ao seu país natal para inaugurar uma clínica em Toronto. Durante os estudos conhece a ativista Susan Anthony, ocasião em que testemunhou as divisões das sufragistas estadunidense, frequentando clubes femininos de Ohio. Retornou ao seu país para fundar o Clube Literário Feminino de Toronto que, depois, tornou-se em associação pelo sufrágio feminino canadense. Daí, então, desenvolveu um trabalho sobre a saúde da mulher, fez campanha por melhores condições de trabalho e recebeu, finalmente, uma concessão para estudar, tendo em vista a exigência de profissionais com diplomas estrangeiros. Ali enfrentou hostilidades de docentes e discentes, recusando-se a realizar exames orais, decidindo abandonar a escola. O Conselho da classe médica concedeu-lhe licença para praticar a profissão com base na sua experiência homeopática. Tornou-se a primeira mulher a exercer a medicina no Canadá, a segunda a ser licenciada para a profissão no país. Ativista dos direitos e sufrágio da mulher, passou a presidir a Dominio Women’s Enfranchisement Association e denunciou a corrupção de grandes empresas e o governo. Incansavelmente fez campanha para a criação da primeira faculdade de medicina para mulheres, participou da Congresso Feminino da Exposição Universal e aposentou-se depois de ter o quadril quebrado. Não conseguiu presenciar o êxito de suas campanhas, faleceu muito antes. Viva Emily Howard Stowe (1831-1903). Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOSQuando nos encontramos com amigos à noite, nossos amigos e nós mesmos não somos a mesma pessoa à tarde. A tarde ou o dia ou o que quer que seja. Porque pensei que todos nós temos poucas escolhas na vida. Acordar de manhã e ir trabalhar não é uma escolha. É uma obrigação... Você pode tomar a decisão de não sair para jantar. Você tem essa escolha. Você pode ligar dizendo que está doente. Estou com dor de cabeça. Eu tenho um problema. Então, se você sair, a educação – o mínimo que você pode fazer é trazer algo de si mesmo. O seu lado mais ensolarado. E é isso que as pessoas fazem. E, portanto, as pessoas mentem. As pessoas fingem. E o que há de adorável nisso é que é uma espécie de pedido de desculpas. É um aspecto da vida que considero muito importante na vida social. Você acredita em si mesmo. Isso faz você se sentir melhor. Você tem uma espécie de entreato. Um intervalo em sua própria vida onde você riu e contou piadas engraçadas, e fingiu que tudo estava indo bem com seu casal, seus filhos e seu trabalho... Escrever o roteiro é um procedimento muito íntimo porque você obviamente cria coisas que tem em mente e há uma liberdade que deve existir... É mais um plano do que um sonho. Quando começamos a rodar um filme, não sabemos como tudo vai correr, se vai ser um sucesso. Estamos constantemente em dúvida. Este é um trabalho dos sonhos, mas todo projeto é bastante imprevisível e cheio de surpresas... Meus filmes sempre foram uma mistura de comédia e algo um pouco triste também. Estou sempre indo de um para o outro. Como roteirista, fiz coisas muito diferentes. Eu realmente passei de um diretor para outro e de um período para outro. Foi muito diversificado. Agora, acho que talvez devesse ir para algo muito diferente e tentar pensar em fazer um filme de época. Veremos... Pensamento da cineasta e roteirista monegasca Danièle Thompson, que dirigiu, entre outros filmes, a premiada comédia romântica Fauteuils d'orchestre (2006), que conta a história de Jessica, interpretada pela belíssima atriz belga Cécile de France, uma jovem que se muda de sua pequena cidade na Borgonha para Paris e lá começar uma vida nova inspirada na sua vó Madame Roux que sempre amou o luxo. Na capital francesa ela encontra dificuldade para encontrar trabalho e passa uma noite sem abrigo, até consegui um emprego de garçonete num pequeno café, o Bar des Théâtres, que seguia a tradição de nunca contratar garçons mulheres. Pois bem, ao ser contratada pelo proprietário que aguardava grandes multidões, por conta das proximidades com o Théâtre des Champs-Élysées e a sala de concertos da Avenue Montaigne. Ela recebe as boas-vindas de uma das funcionárias dos bastidores do teatro, Claudie, oportunidade em que conhece várias pessoas que estão lidando com diversas crises ou mudanças na vida, como por exemplo Catherine, que é uma atriz que foi rotulada por seu papel em uma popular novela de TV e que anseia por fazer um trabalho mais gratificante artisticamente, alternando entre sua novela de TV e a produção de uma peça de Georges Feydean , raramente conseguindo tempo para dormir, exceto em táxis, tendo, inclusive, uma nova oportunidade que surgiu quando o diretor de cinema estadunidense Brian Sobinski chega por ali para lançar um novo filme baseado na vida de Simone de Beauvoir. Outra pessoa que ela conhece é o Jean-François, que é um pianista de renome mundial que não deseja nada mais do que partilhar a sua forma de tocar com aqueles que menos a apreciam e afastar-se dos concertos formais de música clássica, razão pela qual deixa sua esposa Valentine desconcertada e que também é sua empresária, por todo o planejamento que ela fez para sua carreira. Um outro que ela chega a conhecer é Jacques, que é um colecionador de arte que decidiu vender sua coleção no fim da vida, juntamente com seu filho Frédéric que têm um relacionamento um tanto tenso, o que não é ajudado pelo fato de Jacques ter um relacionamento com Valérie, muito mais jovem, com quem o próprio Frédéric já teve um caso, separando-se da esposa. Todos os três enfrentam momentos decisivos em suas vidas na mesma noite, com Jéssica como um fio condutor entre os três. A música do filme é outro importante detalhe do filme: foi composta pelo compositor clássico de trilhas sonoras para filmes e peças de teatro italiano Nicola Piovani, tendo como consultor técnico o pianista francês François-René Duchâble, o qual incorpora o personagem Jean-François Lefort, com elementos das atitudes expressas pelo próprio pianista em relação ao mundo da música clássica. No filme, Jean-François afirma não gostar do estresse e da formalidade do mundo da música clássica e deseja realizar concertos para crianças e doentes, refletindo-se nas declarações públicas que Duchâble fez em anos anteriores. O álbum com a trilha sonora (EQM, 2006) reúne momentos inesquecíveis, com o finale da sonata A tempestade de Beethoven, a Consolação nº 3 de Liszt, duas obras de Bécaud (Solidão não existe e A Rosa é a parte importante), e o piano Concerto 2 de Rachmaninov. Veja mais aqui.

 

ALGUÉM FALOU: Comédia é tragédia mais tempo... Brinque, querido, apenas brinque... Ninguém nunca disse que a vida era justa. Apenas agitada. Porque ninguém passa a vida sem cicatriz. Só eu posso mudar minha vida. Ninguém pode fazer isso por mim. Sempre cresci a partir dos meus problemas e desafios, das coisas que não dão certo, foi aí que aprendi de verdade. Dar à luz é como pegar o lábio inferior e forçá-lo sobre a cabeça. As palavras, uma vez impressas, têm vida própria. Quando você tem um sonho, você precisa agarrá-lo e nunca mais largá-lo. Pensamento da atriz, comediante, cantora e escritora estadunidense Carol Burnett, que é autora da obra One More Time: A Memoir (Random House, 2003), expressando que: […] A calçada estava toda rachada e ondulada, como pequenos morros, e as ervas daninhas subiam pelo cimento. De qualquer forma, tive que andar de patins até lá, porque eles não me deixavam perder de vista e podiam me observar do balanço na varanda da frente da velha casa. Era difícil andar de skate lá, e eu continuava caindo e ficando com feridas nos joelhos... Às vezes, quando me deixavam sozinho no 102 para ir à loja, eu ligava o rádio e dançava pela sala. Eu subia nos móveis e pulava do sofá para a cama e para a cadeira, pulando e girando o tempo todo. [...].

 

DOCES DIAS DE DISCIPLINA – [...] Eu ainda pensava que para conseguir algo você tinha que ir direto ao seu objetivo, ao passo que são apenas as distrações, a incerteza, a distância que nos aproximam dos nossos alvos, e então são os alvos que nos atingem. [...] É do conhecimento geral que um novo líder odiará os favoritos dos antecessores. Um internato é como um harém. [...] O vento enrugava o lago escuro e os meus pensamentos enquanto varria as nuvens, cortando-as com o seu machado; entre eles você poderia apenas vislumbrar o Juízo Final, declarando cada um de nós culpado de nada [...] A campainha toca, nos levantamos. A campainha toca novamente, vamos para a cama. Retiramo-nos para os nossos quartos; víamos a vida passar debaixo das nossas janelas, observávamos-na nos livros e nos nossos passeios, observávamos a mudança das estações. Foi sempre um reflexo, um reflexo que parecia congelar no parapeito das nossas janelas... Imaginávamos o mundo. O que mais podemos imaginar agora senão a nossa própria morte? A campainha toca e está tudo acabado [...] Pelo menos para aqueles de nós que passaram nossos melhores anos como internos. Encontramos nossas irmãs em seus rostos. Uma estranha familiaridade nos une, um culto aos mortos. Todas aquelas garotas que conhecíamos se infiltraram em nossas mentes, tornaram-se uma tribo; e eles voltam para nós numa espécie de florescimento póstumo. Empoleirados como estiletes em nossas sobrancelhas, dormindo em uma fileira de camas. Vejo meus pequenos companheiros de quando eu tinha oito anos, em lençóis brancos e brilhantes, com seus sorrisos, suas pálpebras baixas; seu olhar se esvaiu. Dividíamos nossas camas com eles. Também nas prisões os presos não se esquecem dos companheiros de cela. São rostos que alimentaram e devoraram nossos cérebros, nossos olhos. Não há tempo, naquele momento. A infância é antiga. [...] Nossas mentes são uma série de sepulturas numa parede. Nossas não-entidades estão todas lá quando o registro é chamado, criaturas gulosas; às vezes eles voam como abutres para esconder o rosto daqueles que amamos. Uma multidão de rostos habita as sepulturas, um rico pasto. [...]. Trechos extraídos da obra Sweet Days of Discipline (Paperback New Directions, 1993), da escritora suíça Fleur Jaeggy.

 

DOIS POEMAS - O FIM DO MUNDO - Aqui, no fim do mundo, as flores sangram como se fossem corações, \ os corações exalam uma escuridão como tinta nanquim, \ & poetas mergulham suas canetas & eles escrevem. \ "Aqui, no fim do mundo," \ eles escrevem, \ sem saber o que isso significa. \ "Aqui, onde o céu amamenta com leite preto, \ onde a chaminé alimenta o céu, \ onde as árvores tremem de terror \ e as pessoas passam a se parecer com eles... \ "Aqui, no fim do mundo, os poetas estão sangrando. \ Escrevendo e sangrando são considerados iguais; \ cantando e sangrando são considerados iguais. \ Escreva-nos uma carta! \ Envie-nos um pacote de comida! \ Conforte-nos com provérbios ou frutas cristalizadas, \ com falar de um Deus. \ Distraia-nos com teorias da arte ninguém pode provar. \ Aqui no fim do mundo nossas cabeças estão vazias, \ & o vento passa por eles como fantasmas através de uma casa mal-assombrada. AUTOBIOGRÁFICA - O amante nesses poemas sou eu; \ o médico, Amor. \ Ele aparece como marido, amante analista e musa, \ como pai, filho e talvez até Deus e certamente a morte. \ Tudo isso é verdade. \ O homem para quem você recorre no escuro são muitos homens. \ Este é um segredo aberto mulheres compartilham \ e ainda concorda em se esconder \ Até parece eles poderiam então esconder isso de si mesmos. \ Eu não vou me esconder. Escrevo nu. \ Eu cito nomes. Eu sou eu. \ O nome do médico é Amor. Poemas da escritora e educadora estadunidense Erica Jong. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

 

THOMAS KUNH: A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS – O livro A estrutura das revoluções científicas, do físico e filósofo da ciência estadunidense Thomas Samuel Kuhn (1922-1996), aborda temas como a rota e natureza da ciência normal como resolução de quebra-cabeças, a prioridade dos paradigmas, a anomalia e a emergência das descobertas científicas, as crises e a emergência das teorias científicas, a natureza e a necessidade das revoluções científicas, a revoluções como mudanças de concepção de mundo, a invisibilidade das revoluções e sua resolução, o progresso através de revoluções, os paradigmas e a estrutura da comunidade, a constelação dos compromissos de grupo, os exemplos compartilhados, conhecimento tácito e intuição, incomensurabilidade e revoluções, revoluções e relativismo, a natureza da ciência, entre outros assuntos. A FUNÇÃO DO DOGMA NA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA – A obra A função do dogma na investigação científica de Thomas Kuhn, trata das várias características do que é científico: a objetividade, a dogmatização das ciências, a Física de Aristóteles, o Almagesto de Ptolomeu, os Principia e a Óptica de Newton, a Eletricidade de Franklin, a Química de Lavoisier, a Geologia de Lyell, no estabelecimento de paradigmas, entendendo que o dogma é uma maneira de resolver problemas, de descobrir a verdade a partir da ciência. Para o autor o paradigma deve ter sempre um sentido e uma fonte de pesquisa, para isso ele precisa de liberdade de pesquisa. O seu pensamento filosófico tem como metáfora um quebra-cabeça, que significa que a filosofia é um problema a ser resolvido.Entende que a ciência se divide em: ciência madura que é aquela que é renovada sem serem esquecidos os seus princípios e que depende do dogma; a ciência normal que é o processo de renovação; as ciências naturais que visam os estudos da natureza e seus aspectos gerais; as ciências extraordinárias que é uma ciência evoluída com mudança dos paradigmas; e a ciência pré-paradigmática que é o inicio da hipótese, além de abordar outros tantos temas. A TENSÃO ESSENCIAL – O livro Tensão social, de Thomas Kuhn, é uma coletânea de ensaios do filósofo acerca da historiografia da ciência, dentre outros temas que tangenciam sua busca por uma metodologia para esta área, propondo reflexões contundentes que conseguem se manter atual por tanto tempo e buscando novas formas de pensar a história da ciência e refletindo a amplitude dos interesses do autor. Na primeira parte ele realiza os estudos historiográficos com sete ensaios relacionados diretamente à história da ciência. Em seguida ele aborda do tema sobre paradigmas, a partir de um argumento circular e esmiuçando as condições essenciais. A REVOLUÇÃO COPERNICANA – Essa obra de Thomas Kuhn as transformações conceptuais originadas pelas descobertas da ciência astronômica e suas repercussões na Cosmologia, na Física, na Filosofia e na Religião, sob o ponto de vista da História e da Ciência. Trata das modificações ocorridas a partir da obra de Copérnico revolucionando as ideias, observando o descontinuísmo do progresso em ciência, defendendo uma teoria que não constitui a evolução da anterior, mas o rompimento por meio de uma nova teoria, caracterizando os momentos de ruptura que separam uma fase da outro e que se tornam, às vezes, antagônicos, entendendo que o inicio de um novo paradigma se dá pelas incompatibilidades que ocorrem com a maturidade do paradigma então vigente. Veja mais aqui.

REFERÊNCIAS
KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1998.
_______. A função do dogma na investigação científica. Curitiba: UFPR-SCHLA, 2012.
______. A tensão social. São Paulo: Unesp, 2006.
______. A revolução copernicana. Coimbra: Almedina, 1996.

NEUROPLASTICIDADE – Todo tecido nervoso apresenta plasticidade,q eu é a capacidade de alterar de modo mais ou menos prolongado a sua função e a sua forma. A neuroplasticidade deriva dos fenomenos do desenvolvimento ontogenético, mas pode se estender até a maturidade. Define-se neuroplasticidade como a propriedade do sistema nervoso de alterar a sua função ou a sua estrutura em resposta às influências ambientais que o atingem. A plasticidade axônica se refer à capacidade dos axônios e seus terminais de reorganizarem a sua estrutura em resposta às influências do ambiente. Difere da regeneração axônica porque nesta são os próprios axônios lesados que respondem ao insulto, enquanto na plasticidade axônica os axômios respondentes são íntegros, e podem modeficar-se mesmo sem a ocorrência de lesões, em circunstâncias fisiológicas. Essa capacidade plástica é o modo que o sistema nervoso utiliza – especialmente durante o desenvolvimento – para lapidar os circuitos neurais de acordo com as influências ambientais. A plasticidade sináptica é a forma prevalente no cérebro adulto normal, dela decorre a capacidade extraordinária que o cérebro tem de armazenar informação. A potenciação de longa duração (LTP – long term potentiation) é definida como o aumento prolongado da magnitude de resposta sináptica de um neuronio, quando o neurônio pré-sinaptico é estimulado por uma salva curta de alta frequência, sendo um fenônemo típico de sinapses excitatórias glutamatérgicas, e foi demonstrado em diferentes regiões do sistema nervoso central, sendo possivelmente uma propriedade universal do tecido nervoso. REFERÊNCIA: LENT, Roberto. Neurociência da mente e do corpo. RJ: Guanabara Koogam, 2008. Veja mais aqui e aqui.

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO – O sistema nervoso autônomo (SNA) é formado pelas divisões simpática e parassimpática, e é concebido como a via eferente das reações de controle dos órgãos e tecidos do corpo de um modo geral, produzidos por motivos homeostásicos, ou como expressão das emoões. Os corpos celulares dos neuronios motores simpáticos estão localizados na substancia cinzenta das regiões torácica e lombar da medula espinhal. As fibras desses neuronios saem pelas raizes ventrais. Após se unirem aos nervos espinhais, as fibras se ramificam e passam pelos glângios simpáticos. Os axônios que deixam a medula espinhal pelas raizes ventrais pertencem aos reuronio pré-ganglionares. Os axonios pré-ganglionares simpáticos entram nos gânglios da cadeia simpática para vertebral. A maior parte desses axônios faz sinapses ali, porém outros axônios passam direto por esses gânglios e dirigem-se aos gânglios simpáticos pré-vertebrais. Com uma única exceção, todos os axônios pré-ganglionares fazem sinapses com neuronios localizados em um desses gânglios. Os neuronios que formam sinapses com os axônios pré-ganglionares são denominados neurônios ganglionares, e as fibras que saem desses neuronios são as fibras pós-ganglionares. Estas se projetam para diversos órgãos-alvo, tais como intestino, estomago, rins ou gladulas sudoríparas. A divisão simpática do SNA controla a medula supra=renal, um conjunto de células localizadas no centro da glândula supra-remnal. A medula supra-renal tem grande semelhança com os gânglios simpáticos. É diretamente inervada pelas células pré-ganglionares e suas células secretoras têm a mesma origem embriológica dos neuronios ganglionares. Quando estimuladas, essas células liberam para a circulação da divisão simpátic. Os corpos celulares que dão origem aos axônios pré-ganglionares da divisão parassimpática, localizados em duas regiões: nos núcleos de alguns nervos cranianos e na coluna intermediária da substancia cinzenta da região sacra da medula espinhal. Os gânglios parassimpáticos estão localizados na vizinhança imediata dos órgãos-alvo. Os botões terminais dos neurônios ganglionares da divisão parassimpática secretam aceticolina (neurotransmissor envolvido com a memória e a aprendizagem), enquando os da simpática secretam norepinefrina (uma das monoaminas que influencia o humor, a ansiedade, sono e alimentação). REFERÊNCIA: LENT, Roberto. Neurociência da mente e do corpo. RJ: Guanabara Koogam, 2008. Veja mais aqui.


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