sábado, julho 26, 2014

ARIANA HARWICZ, MARION POSCHMANN, ANNA LEMBKE, PHILOMENA & LITERÓTICA: HALINA.


 

UMA CANÇÃO PROS OLHOS MEUS DE HALINA - Meus olhos cruzaram os seus e fui fisgado pela intensidade certeira daquele impactante olhar. Ela aproximou-se extremamente meiga e delicadamente tomou do meu dedo indicador, para que minha mão deslizasse por sua face, a sua fruitiva cútis acetinada. Com a ponta dos meus dedos fez contornar a margem de seus lábios entreabertos e sobrepujar-lhe o septo nasal para alcançar-lhe as pálpebras e toda dimensão de sua cavidade ocular e era como se me desse a dimensão intrínseca do seu semblante. Fechei então os olhos para guardar sua fisionomia na memória tátil e dali em diante passou a fazer parte da minha impressão digital. Espalmou minha mão no contorno da mandíbula e desceu-a ao pescoço, alcançando-lhe o ombro esquerdo a remover a alça da blusa, levando-a ao encontro do braço cruzado espremendo o seio desnudado. Tomou-a entre as mãos e espremeu-a contra si, deslizando em círculos o centro da minha palma ao bico adunco, inspirando desfalecida com o contato. Prosseguiu levando-a ao ventre e a percorrer toda região púbica, enterrando-a entre as coxas, para que eu tivesse a sensação, à mão cheia, de sua vagina úmida sob a saia e calcinha. Vi-lhe mordiscando os lábios de satisfação, cerrando as pálpebras e estremecendo arrepiada. Beijei-a e seus lábios reagiram receptivos, abocanhando-me com delicadeza sugadora. Abracei-a e eletrizou-se com a descarga me envolvia com a promessa de me eletrocutar com sua intensa voltagem. Mais se apoiou aos meus ombros e suas pernas enlaçaram as minhas e o mundo girava em vertiginosas voltas às estrelas rodopiantes pela Via Láctea. E seus braços de mar tomaram-me em mútuas carícias. E seu peito arfava trovejantes batidas de encontro ao meu. E minhas mãos reviraram seu corpo e a desnudei enquanto tomava conta de sua pele morna e sequiosa, suas curvas e depressões, o seu corpo singular. Senti seu ventre dilatado remexendo às esfregadas em meu sexo. E mais acomodou-se na alcova de uma nuvem, ajeitando-se às escâncaras de portas, travas e segredos. E invadi seus porões e desvãos, tomei sua fonte caudalosa a explorar sua gruta a descer imune ao interior de sua terra prometida para lá saborear o néctar da ambrosia abundante e o sorvi lambuzando-me com o gozo de sua erupção vulcânica. E me apossei de todos os seus tesouros reluzentes e faiscantes no apogeu de pleno meio dia. E fitou-me com a carinha de anjo para me contar dos seus poemas publicados na Gazeta local e que, ao nascer, o batizador ranzinza de Częstochowa questionou seu nome não ser de nenhuma santa e a registrou por Helena que nunca foi, sempre Myga pros parentes e próximos. Leu-me poemas do Hymn idolochalczy e das lembranças de infância: era de uma família de artesãos e foi educada nas escolas para meninas. Recitou-me o Hino da Idolatria e contou-me que, durante a ocupação alemã, a sua família teve que viver escondida num quarto frio e úmido do porão, o que a acometeu de irreversíveis problemas de angina. Seu corpo sofreu com o ataque de bactérias estreptocócicas causando artrite e problemas cardíacos incuráveis, passando grande parte da vida em hospitais e sanatórios, locais em que conheceu um pintor enfermo, com quem casou e enviuvou. Foi com o volume de poemas de Hoje, que me contou que depois teve que ser submetida a uma cirurgia nos Estados Unidos. Leu-me os originais de Ode às Mãos, para me dizer que depois da cirurgia, ao invés de regressar, ganhou uma bolsa para ricaças numa faculdade inglesa e, mesmo sem o domínio adequado da língua, formou-se e foi diplomada em Artes, em tempo recorde. Por conta disso, ganhou outra bolsa integral para doutoramento em Filosofia, mas dominada pelas saudades da família, regressou à sua pátria e prosseguiu os estudos na Cracóvia. Ouvi Outra memória e Mais uma memória, e todos os poemas entrelaçavam o amor e a morte, o seu destino inexorável, a sua fragilidade, seu lamento com as imperfeições da natureza humana. Deliciei-me com a leitura do seu romance autobiográfico A Tale for a Friend, de seus poemas inéditos, contos, fantasias infantis, dramas e cartas, todos que redundaram no Obras. E descobri o seu mais terno sorriso de felizarda, quando o premiado era eu. Ela aproveitava cada momento da vida passageira e manipulava meu sexo como se fosse a nave da ressurreição. Com seu fôlego intenso e, às lambidelas delicadas de sua língua serpenteante, coreografava círculos e espirais na glande e eu sobejado obelisco de Aton, fez em mim um tetracorde divino em seu paladar. Então repousou de olhos fechados e eu a tatear seus pés, escalar suas pernas, vencer suas coxas e às alturas de sua delirante excitação com minha invasão à sua caverna lhe presenteei o jorro d’água do Ganges. Um sorriso largo e o seu olhar era mais íntimo quanto meu, endeusando-a como eterna na minha mais virulenta paixão. E a tomei em meus domínios como quem dizia: daqui eu não saio, daqui ninguém me tira. Ouvia-lhe a voz interior sussurrante e era um poema dela toda minha pela última vez. Ela desapareceu e soube que ia fazer outra cirurgia cardíaca em Varsóvia e nunca mais tive notícias suas: ela sobrevive nua nos devaneios do meu coração erradio. - Uma homenagem aos olhos da escritora polonesa Halina Poświatowska (1935-1967). Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS - Os médicos e as instituições de saúde são cúmplices da medicalização da pobreza que incentiva a criação de pacientes profissionais. Estamos todos fugindo da dor. Alguns de nós tomamos comprimidos. Alguns de nós surfamos no sofá enquanto assistimos à Netflix. Alguns de nós lemos romances. Faremos quase qualquer coisa para nos distrair de nós mesmos. No entanto, toda esta tentativa de nos isolarmos da dor parece apenas ter piorado a nossa dor. Exorto você a encontrar uma maneira de mergulhar totalmente na vida que lhe foi dada. Parar de fugir de tudo o que você está tentando escapar e, em vez disso, parar, virar-se e encarar o que quer que seja... Pensamento da psiquiatra estadunidense Anna Lembke.

 

ALGUÉM FALOU: Senti uma sensação de alívio ontem pela culpa que carregava e ainda carrego um pouco hoje, porque você se sentiu tão, tão mal por ter um filho fora do casamento. Pelo menos agora sei que ele está em paz e por isso eu também posso ter paz no coração. Pensamento da ativista irlandesa Philomena Lee. Veja mais aqui.

 

DÉBIL MENTAL – […] Não venho de lugar algum [...] Ouvi-o com a reverência e o espanto de uma pessoa mentalmente fraca que fica turva e perdida em mil detalhes ao seu redor, uma praga de micróbios na esplanada. Confundo o movimento dos animais com o das plantas, lagartos queimados pelo sol entrando nos canais de drenagem. E tudo no final era difuso, impreciso, nebuloso. O que ele me explicou? Ainda estávamos ligados. Minha boca se transformou em um focinho esticado. De onde vieram essas palavras? Por que ele preferiu esses e não outros? Que idioma escolher para nomear as coisas? Como alguém consegue falar? O que ele disse? Tinha me esquecido dele. Era o líquido espesso de sua saliva se acumulando e se desfazendo em seu palato. Essa transição da boca para a divindade. Como uma doença genética sem cura, ele terminou o discurso e nos beijamos. E nos beijar foi avançar muito alto.[...]. Quero dizer que reina um halo de morte. Também não. Que a morte está presente demais entre a boca de mamãe e a minha [...] De onde vinham esses vocábulos? Por que havia preferido esses a outros? Que idioma escolher para batizar as coisas? Como alguém é capaz de falar? […] Essa transmutação de boca em divindade. Como uma doença genética incurável, terminou seu discurso e nos beijamos. [...] A senhora tem que pôr à prova suas pulsões, tem que pegar a faca pelo cabo e se aproximar devagar para ver que na verdade não vai enfiá-la. [...] Tem uma mensagem dele e é uma rajada de faíscas como uma ejaculação que me devolve à vida [...] Era a primeira vez que me masturbava de medo, até que a vi. Tinha estado tocaiada em seu casaco de couro, […] E começou a aplaudir a perversão do amor cada vez mais forte, bravo, garota, você é a luz no fim do túnel, parabéns, você já é uma fêmea, bravo, filha você é uma mulher e tanto. Me cobri e saí correndo. [...]. Trecho extraído da obra La débil mental (Mardulce, 2014), da escritora, roteirista, dramaturga e documentarista argentina Ariana Harwicz.

 

DOIS POEMAS - DESTINO DO POETA - Quando adormeci em meio ao seu ruído branco, permaneci \ iluminado por dentro, uma geladeira entreaberta, \ uma casca de cisne vibrando mecanicamente. Ela nadou com o \ material enganoso e onírico do compartimento de merda através do anel de gelo da noite, \ através do líquido descongelante, dos vegetais podres, do cheiro rançoso do lago. \ Formas de pássaros perdidos apareciam nitidamente no travesseiro, \ os espinhos sussurrando espinhos, \ bicos amarelados precisando de reabastecimento da certeza balbuciante do dia. \ fundei-me no murmúrio \ da penugem, afundei-me nas coisas depenadas: cacarejos, \ enfiados em capas de não-ferro, \ incubaram a minha cabeça cansada, o meu corpo, um ovo de chumbo na \ brancura do seu entusiasmo. \ Vi metade dos cisnes na sua forma vespertina, mediam \ a angularidade do início da noite, esse relicário luminoso \ cheio de pontas soltas, rastros cortados. Eu era o pato feio, \ acordado no ambiente errado. Com tudo ao meu redor, enquanto a luz \ diminuía, vi a galinha cisne conduzindo seus filhotes \ rapidamente pela terra e grama até o canal. AUTORRETRATO COMO UMA SENHORA BRANCA - rebelde, de paredes finas, indiferente: \ comecei a aparecer, \ lutando amargamente pelo corpo impossível, \ um enorme buraco no buraco do ponto de ônibus, um \ estádio interior \ eu brilhei\ um iglu iluminado por dentro, na zona borrifada \ de aglomerados de estrelas, os extratos frios \ de antigos centros comunitários, \ ruas embebidas em álcool, lentas, suaves: \ fiz salões, \ fantasmas de origem; baseado em coisas \ a criança que eu era, com botas de pele de foca, \ tímida de ser vista, espera sob a luz decadente \ da exaustão nervosa por ônibus e bondes como algum \ efeito colateral de um remédio prescrito erroneamente, uma sombra de sílfide \ , manchas de suor sob sua braços, \ esperando \ banhos elétricos, os enigmas que um contato deixa: \ a iluminação sofisticada do terreno, a hipersensibilidade, \ as ruínas do olhar; \ névoa que se forma ao toque. Poemas extraídos da obra De Geistersehen (Suhrkamp, 2010), da escritora alemã Marion Poschmann.

 

ALDOUS HUXLEY – A obra Admirável mundo novo, do escritor inglês Aldous Huxley (1894-1963), publicada em 1932, traz a utopia na qual a fé no progresso científico e materialista é cruelmente ridicularizada, descrevendo em minúcias uma sociedade que resolve o problema da explosão demográfica esmagando racionalmente qualquer individualidade. Dessa obra destacamos o seguinte trecho: “[...] Não nos pertencemos mais do que nos pertence o que possuímos. Não fomos nós que nos fizemos, não podemos ter domínio supremo sobre nós mesmos. Não somos nossos senhores. Somos propriedade de Deus. Não é uma felicidade ou algum conforto em considerar que nos pertencemos? Os moços e os ricos podem pensar assim. Estes podem julgar ser uma grande coisa fazer tudo à sua maneira, como supõem – não depender de ninguém, não pensar em alguma coisa que não lhe esteja ao alcance da vista, não se preocupar com a gratidão continua, a prece continua, o dever de referir continuamente, à vontade outro todos os seus atos. Mas à medida que o tempo passa, eles, como todos os homens, verificarão que a independência não foi feita para o homem, que ela é um estágio antinatural; pode satisfazer por um momento, mas não nos leva com segurança até o fim... [...]”. Veja mais aqui, aqui e aqui.

 Imagem Bacchante in a Landscape (1865-70), do pintor realista francês Jean-Baptiste Camille Corot (1796-1875). Veja mais aqui.

Ouvindo Sonata a Tre, do compositor português Armando José Fernandes (1906-1983).

TERCEIRA IDADE & ENVELHECIMENTO – A cultura é um fator importante na experiência do envelhecimento, uma vez que afeta as percepções, os sentimentos de papéis, direito e responsabilidades, sistema de cuidado e apoio. No ocidente onde a maioria dos países é orientado para a juventude, o envelhecimento é aterrorizante, ocorrendo o declínio do papel desempenhado, queda na renda financeira, respeito em baixa levando os idosos a sentirem inúteis, não atraentes e indesejados. Tal fato corrobora a depressão e ansiedade, suicídio, mudança de humor e clima social desfavorável nessa parcela populacional. No aspecto da competência, o idoso passar ser visto como lento com problemas de audição, rígido e fechado, senil e incompetente. As capacidades sensoriais dos  idosos ocorre o declínio da capacidade de ver, ouvir e saborear, difícil comunicação, retraimento, sentimento de intimidação e hesitante, mas isso não os inutiliza. As capacidades motoras sofrem declínio da força e da agilidade com as mudanças sensoriais que limitam o desempenho motor, carecendo de exercícios e atividades físicas, contudo não os invalida. As capacidades intelectuais deterioram ocorrendo baixa em algumas habilidades intelectuais que podem ser corrigidas, bem como declínios na inteligência devida à saúde precária e inatividade, entretanto tais declínios não os fazem de mortos. É preciso ter em mente que os aspectos biopsicossociais que envolvem a fase da velhice compreendem a redução da natalidade e envelhecimento demográfico, o que significa uma nova fase na vida e não o fim dela. Destacam Morris e Maisto (2004) que em um processo que se inicia na metade da idade adulta e continua na terceira idade, a aparência física e o funcionamento de todos os órgãos passam por várias alterações. Os aspectos físicos do envelhecimento são identificados por modificações internas, tais como endurecimento dos ossos, atrofiamento dos órgãos reduzindo o funcionamento, atrofiamento e perda de memória no cérebro, metabolismo mais lento, digestão mais difícil, insônia e fadiga, perda da visão, degeneração das células do ouvido, endurecimento e entupimento das artérias e diminuição do olfato e paladar por um desgaste inevitável. Os problemas orgânicos envolvem baixa na visão, audição e locomoção, depressão, distúrbio do sono, excesso de medicação, hipocondria e paranoia, provocando doenças como demência, doença de Alzheimer, depressão, pseudodemência e doença de Parkinson. Apesar disso, longe de sentir-se entediados e dependentes, assinalam Morris e Maisto (2004) que a maioria dos homens e mulheres com idades acima de 65 anos de idade leva uma vida autonomia longe dos filhos e fora das clínicas de repouso, e a maioria está satisfeita com seu estilo de vida. Nesse sentido, os aspectos sociais envolvem crise de identidade, aposentadoria, mudanças de papeis, perdas diversas e diminuição dos contatos sociais. Faz-se, portanto, necessária a realização de um trabalho de ajustamento, novos relacionamentos e aprendizagem de um novo estilo de vida. Os aspectos psicológicos envolvem dificuldade de adaptação, falta de motivação e planejamento do futuro, perdas orgânicas, afetivas e sociais; dificuldade com mudanças rápidas, alterações psíquicas que requerem tratamento, depressão, hipocondria, somatização, paranoia, suicido, baixa autoestima e autoimagem, dificuldade de tornar-se dependente, exigindo que haja por parte do idoso flexibilidade e adaptação para mudar de comportamento, adquirir novos hábitos e criar outra postura para produzir felicidade. Observam Morris e Maisto (2004) que pessoas saudáveis que se mantêm intelectualmente ativas conservam um alto nível de funcionamento mental na terceira idade. Tem-se, portanto, que o envelhecimento é um processo progressivo e previsível que envolve a evolução e maturação do organismo vivo, ou seja, é a manifestação de eventos que ocorrem ao longo de um período. O envelhecimento é inevitável e o processo sofre enorme variação entre os seres humanos. Este processo não é simplesmente a passagem do tempo. O tempo, em si não produz efeitos biológicos e sim os eventos que ocorrem no tempo, devido a sua passagem. Na realidade, não existe uma definição para explicar o envelhecimento, como ocorre no amor e na beleza, podendo-se reconhecê-lo quando se sente ou vê. Myers (2006) e Davidoff (2001) classifica a velhice em: inicial e avançada. A velhice inicial compreende o período dos 65 aos 75 anos de idade, quando aparecem tempo livre devido à aposentadoria, mente alerta e saúde melhorada. As limitações aumentam com a idade, sentem-se propensas à aventura gozando da liberdade para segunda vida. A velhice avançada ocorre a partir dos 75 anos de idade quando surgem novos desafios, se preparam para lidar com doenças que geram incapacidade, declínio e morte, contudo, procuram a satisfação da vida. A APOSENTADORIA – Outra grande mudança anotada por Morris e Maisto (2004) é a aposentadoria pela qual passa a terceira idade, saindo do mercado de trabalho. As reações diante da aposentadoria diferem bastante, em parte porque a sociedade não tem uma ideia clara do que os aposentados devem fazer. A vantagem da falta de expectativas sociais é que os idosos têm a liberdade de estruturar sua aposentadoria da maneira que desejarem. É claro que o tipo de qualidade de vida após a aposentadoria depende, em parte, da condição financeira. Se a mudança significar uma grande queda no padrão de vida da pessoa, ela terá menos prazer em se aposentar e levará uma vida restrita após fazê-lo. Outro fator influente na atitude diante da aposentadoria é a maneira como a pessoa se sente em relação ao trabalho. Quem se sente realizado no trabalho geralmente se interessa menos pela aposentadoria que aqueles cujo emprego não os satisfaz. De maneira semelhante, pessoas muito ambiciosas e de personalidade difícil tendem a querer continuar trabalhando por mais tempo que as mais relaxadas. COMPORTAMENTO SEXUAL E RELACIONAMENTO CONJUGAL NA TERCEIRA IDADE – Uma interpretação incorreta assinalada por Morris e Maisto (2004) é a de que os idosos duram mais que sua sexualidade. Esse mito reflete estereótipos por considerar que as pessoas idosas são fisicamente frágeis e pouco atraentes, não acreditando-se que elas sejam sexualmente ativas. Realmente os mais velhos reagem mais lentamente e são menos ativos sexualmente.  Assim como, no envelhecimento o relacionamento conjugal é um processo de ajustamento que se desenrola através de toda a vida do casal e isso inclui por certo, os aspectos de ajustamento sexual, familiar e financeiro. Quando esses ajustamentos são bem sucedidos no início do casamento a tendência é que seja reforçado um laço de cumplicidade e amizade entre o casal que pode fazer com que a relação permaneça por muitos anos. Quando isso não ocorre, existem vários motivos causadores da infidelidade, encontrando-se dificuldade de se ter, com o conjugue, o mesmo prazer que se obtém numa relação extraconjugal. O prazer ou gozo masculino está ligado à ejaculação, de uma forma concreta e explicita, de viver a sexualidade, sendo, mais ou menos, semelhante para todos os homens, de forma geral. A vivência de infidelidade, para ele, é muito menos para ela. Para que haja uma boa convivência, entre avós e filhos casados é necessário que haja respeito mútuo, que os filhos respeitem a casa e os costumes de seus pais, em que os avôs tenham clara consciência do respeito pela nova família, criada pelos filhos (a), além disso, a nora ou o genro que vem de outro ambiente e que merece respeito e consideração, ao seu modo de ser. Muitos casais que permanecem juntos na terceira idade, segundo pesquisas realizadas, afirmam que são mais felizes agora no casamento do que eram em seus anos mais jovens. São muito importantes os benefícios que o relacionamento conjugal trás para os casais da terceira idade, são benefícios que podem ajudar os casais mais velhos a enfrentar os altos e baixos da idade, incluindo amizade, compartilhamento e o senso de pertencimento um ao outro. O divórcio na terceira idade é raro de acontecer, os casais que tomam essa decisão geralmente fazem mais cedo. O divórcio pode ser mais difícil para as pessoas mais velhas. Homens divorciados e separados sentem-se menos satisfeitos com as amizades e com as atividades de lazer do que homens casados. Para ambos os sexos, as taxas de doenças mentais e morte são mais elevados do que a média, talvez isso ocorra devido ao fato do apoio da sociedade ser insuficiente. Casar-se pela segunda vez na terceira idade pode ser algo especial, pesquisas realizadas afirmam que pessoas que se casam novamente na terceira idade parecem ser mais confiantes e mais satisfeitas e com menor necessidade de partilhar sentimentos pessoais. Os homens tendiam a ter mais satisfação quando se casam pela segunda vez na terceira idade do que quando fizeram na meia-idade. ENFRENTAMENTO DAS PERDAS – Nessa fase ocorrem perdas de trabalho, de pessoas queridas, de competência pessoal e autoridade, quando, na verdade, os idosos querem permanecer ativos, com senso de identidade e valor. É como ocorrer o desengajamento por causa da perda de contato com papéis e atividades, preocupação com doenças, desconsideração pelas coisas fúteis porque o tempo é precioso e logo virá a morte, bem como a morte de pessoas mais jovens. O ajustamento devem ser reorganizadores, na substituição de antigas atividades por comunitárias; focalizados, variando atividades e realização de cursos; e devem ser aplicados em desengajados que abandonam compromissos sociais para ficar na cadeira de balanço. É preciso dar importância nessa fase da revisão da vida pela necessidade de redefinir a identidade. O senso de controle passar a existir por causa de maior inércia, conformismo e dependência, possibilitando o sentimento de controle que melhora a saúde mental e física e promove a longevidade. A MORTE – Normalmente, segundo Myers (2006), a separação mais difícil é a de um cônjuge. O luto é especialmente severo quando a morte de um ente amado chega de repente e antes de seu tempo esperado no relógio social. O medo da morte, no dizer de Morris e Maisto (2004) raramente constitui uma preocupação central para as pessoas da terceira idade. Entretanto, os idosos sentem medo da dor, de um tratamento indigno e da despersonalização pela qual podem passar em razão de uma doença terminal , bem como da possibilidade de morrer no isolamento. Eles também tem medo de onerar seus parentes com os gastos de uma hospitalização ou os cuidados de uma enfermeira. Às vezes, os pacientes não são capazes de oferecer muito apoio aos idosos à medida que estes envelhecem, seja por viver muito distantes, por ser incapazes de lidar com a dor de ver uma pessoa querida morrer ou pelo medo que eles próprios têm da morte. O efeito morte, segundo Davidoff (2001) ocorre nessa fase por causa das perdas específicas em testes mentais que envolvem atividades com relação ao vocabulário e tarefas mentais, em razão de processo patológico que danificam o cérebro. As perdas mentais levam a lentidão no processo de informações e nas habilidades intelectuais, memória de longo prazo baixa, perda de lembranças, desaprendem e esquecem, porém mantendo linguagem e aptidões numéricas, prosseguindo também a aprendizagem e o potencial para solução criativa de problemas. Nesse caso, Davidoff (2001) elege dois tipos de inteligência: fluida e cristalizada. A inteligência fluida envolve a parte biológica, a capacidade de racionar e relembrar que declinam na velhice com as mudanças cerebrais. A inteligência cristalizada envolvem os conhecimentos assimilados como vocabulário, matemática, raciocínio social e informações. As habilidades de conhecimento são influenciadas pelo ambiente, havendo necessidade da habilidade fluida para ter inteligência cristalizada. Como as ações do cérebro diminui, ocorrem também alterações e déficits, havendo necessidade aconselhamento para diminuir ansiedades, depressão e elevar a autoestima, principalmente por causa da falta de familiaridade e de problemas de motivação. O enfrentamento da morte se dá contra o sofrimento físico e a humilhação. Nesse sentido, Davidoff (2001) apresenta a teoria do estágio da morte: negam, raiva por se sentirem ludibriadas, inveja, barganha com bom comportamento, depressão e, finalmente, aceitação. A preocupação com a morte varia de acordo com a idade da pessoa. Na meia idade a morte se torna uma preocupação maior. Nesta fase da vida o indivíduo já passou pela experiência da morte vivenciada de que um dia ela terá que enfrentar a morte, como realidade em sua própria vida. Segundo a psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross, anotado por Morris e Maisto (2004), a maioria das pessoas que estão morrendo apreciam a oportunidade de falar abertamente sobre sua condição e estão conscientes de estarem próximos da morte, mesmo que isso não lhe tenha sido dito. Essa médica delineou cinco etapas na conciliação com a morte: O primeiro estágio – se caracteriza pela tentativa de negação da realidade. O segundo estágio – se caracteriza pela resposta emocional de ira ou de revolta. Esta reação é mais frequente em pessoas jovens. No terceiro estágio – o indivíduo começa um processo de barganha. O quarto estágio – é marcado por aquilo que Kubler-Ross chama de depressão preparatória. O quinto estágio – desse processo se caracteriza pela aceitação da realidade. A partir desse momento normalmente o indivíduo assume uma atitude mais racional, e isso contribui para que a transição final seja tranquila e mais resignada. Também propôs uma progressão semelhante nos sentimentos das pessoas que enfrentam luto eminente. Morrer como viver é uma experiência individual. Para algumas pessoas, a negação ou a raiva pode ser um modo mais saudável de enfrentar a morte do que a calma aceitação. A descrição de Kubler-Ross, portanto, não deve ser vista como um modelo universal ou como um critério para uma “boa morte”. A morte como fenômeno natural é parte integrante e inevitável da própria vida. Uma adequação filosófica da vida, por tanto deveria incluir a experiência da morte como algo absolutamente normal. Em muitas culturas primitivas a morte é parte da experiência constate dos grupos sociais, e desde cedo na vida do indivíduo ele é exposto ao contato com a realidade da morte. Nessas culturas, via de regra, os indivíduos tendem a encarar a morte com bastante naturalidade e ela não representa nenhuma sobrecarga emocional. O estilo de vida deve ser alicerçado em hábitos saudáveis, atividade física regular e orientada por pessoas qualificadas, alimentar-se sem exagero, manter o peso ideal, ingerir álcool com moderação, não fumar e fazer controles médicos periódicos, mesmo na ausência de sintomas. O ambiente contribui com ausência de poluentes, infraestrutura sanitária adequada, possibilidade de acesso ao mercado, consultas médicas regulares, participação em eventos socioculturais e sentir-se produtivo até o fim da vida, dedicando-se a um ideal. A ciência comprova que, se essas medidas forem adotadas um envelhecimento melhor. O tratamento de doenças crônicas visa fundamentalmente: o alivio do desconforto, o retardamento da evolução, a prevenção das complicações, o bem estar, a independência/diminuição da dependência, a melhora da mobilidade. A mesma defasagem entre as diversas classes sociais se percebe em relação à mobilidade. Vê-se, portanto, que a preocupação com a morte normalmente varia de acordo com a idade da pessoa. Na meia-idade o assunto da morte se torna uma preocupação maior. Geralmente nesta fase da vida a pessoa já passou pela experiência da morte de entes queridos e isso lhe traz a noção mais vivida de que um dia ela terá de enfrentar a morte como realidade em sua própria vida. Na velhice esse quadro é consideravelmente agravado com a frequente morte de pessoas nessa mesma faixa etária. A frequência da morte entre pessoas idosas pode levar o individuo a uma excessiva preocupação com o seu próprio fim. TERCEIRA IDADE: LEGISLAÇÃO E DIREITO – A proteção jurídica das pessoas idosas possui por objetivo estabelecer o amparo às condições de uma vida segura, digna e de igualdade com todos os cidadãos da sociedade brasileira. A edição da Lei 10.741/2003, mais conhecida como Estatuto do Idoso determina a responsabilidade do Poder Público e da sociedade em geral na defesa dos interesses da pessoa idosa. PSIQUIATRIA GERIÁTRICA – O livro Psiquiatria geriátrica, de Ewald W. Busse e Dan G. Blazer, aborda temas como mito, histórica e ciência do envelhecimento, considerações fisiológicas e clinicas sobre o paciente geriátrico, alterações da percepção com o envelhecimento, neuroanatomia e neuropatologia do envelhecimento, mensageiros químicos, genética e psiquiatria geriátrica, aspectos psicológicos do envelhecimento normal, fatores sociais e econômicos relacionados aos transtornos psiquiátricos do idoso, epidemiologia dos transtornos psiquiátricos no idoso, avaliação diagnóstica do paciente idoso, transtornos psiquiátricos no idoso, tratamento dos transtornos psiquiátricos no idoso, entre outros temas. QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO – O livro Qualidade de vida do idoso: a assistência domiciliar faz a diferença?, de Sandra Marcia Ribeiro Lima de Albuquerque, trata de assuntos a assistência domiciliar, qualidade de vida, os idosos, um estudo da qualidade de vida, saúde, instrumentos de avaliação, discussões das revelações dos idosos, atividade física e instumentral, instrumento WHOQOL-Abreviado, perfil dos idosos, características institucionais, demografia, socioeconômica, domicílio, entre outros assuntos. PSICOTERAPIA NA TERCEIRA IDADE – A psicoterapia nessa fase vai desde o apoio até o tratamento psicanalítico. Uma ação psicoterápica pode ser realizada por pessoas ou profissionais com ajuda meio informal. A psicoterapia é formal, profissional, sistemática com enquadre que compreendem combinações práticas. A psicoterapia indireta é realizada por pessoa íntima ou técnico para compartilhamento de angústias, dúvidas e desabafos. A catarse consiste em encontros sistemáticos e continuados de amparo e escuta contra a angustia do desamparo, realizado por profissional que deve continência, ou seja, a capacidade de ouvir sem revide temas como depressão, tédio ou fuga. A terapia de apoio acredita nas capacidades real e sincera do idoso – capacidades mentais, emocionais e físicas que se encontram latentes. A psicoterapia de acompanhamento ocorre quando o idoso não tem possibilidades físicas, geográficas, econômicas ou disposição para conservação de um vínculo. A terapia em domicilio ocorre no domicilio ou instituição por profissional, não podendo ser confundida com visitas sociais. A grupoterapia é importante para desenvolvimento de intercâmbio e interação grupal. A terapia psicanalítica vai abordar o inconsciente para mudanças na qualidade de vida e convívio, devendo o idoso querer a terapia e fazer mudanças permitindo acesso a zonas ocultas do psiquismo na procura do vazio existencial, dificuldades de relacionamento, queda da autoestima e sentimentos depressivos. Veja mais aquiaqui, aqui & aqui.

REFERÊNCIAS
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FRANCO, Paulo Alves. Estatuto do Idoso Anotado. Campinas, São Paulo: Servanda, 2005.
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SIQUEIRA, Luiz Eduardo Alves. Estatuto do Idoso de A a Z. São Paulo: Ideias e Letras, 2005.
TAVARES, José de Farias. Estatuto do Idoso. Rio de Janeiro: Forense, 2006.
VERAS, Ricardo Régis Oliveira Veras. Estudo sobre o Estatuto do Idoso. Fortaleza: UNIFOR, 2005.



IVALDO GOMES – O professor e poetamigo paraibano Ivaldo Gomes é graduado em Educação Física (1979), especialização em Educação Popular (1981) e créditos pagos do Mestrado de Educação Popular/UFPB (1984). É um poeta e tanto! Por isso destacamos o seu poema Ao norte de mim: “O mundo gira em círculos, / Cada vez mais fechados. / É como se fosse uma roda, / A moer minhas esperanças / Sem dó nem piedade. / E gira o mundo em mim, / E muda os fusos / E difusos eu fico, / Eu vou. / E olho o norte da / Minha bússola amorosa, / E o magnético aponta / O meu desapontamento. / E fico girando os pensamentos, / Unguentos dos meus / Sonhos, desejos. / Lembro dos beijos, / Dados em ti. / Do universo de / Encantos do céu / Da tua boca. / E rouca fica a voz, / O violão e o verso. / E no verso dos dias, / Ao norte de mim. / E rola a vida lá fora... / E gira o desejo no peito... / E o meu astrolábio, / Salgado da maresia, / Molhados dos pingos / Das lágrimas / Que caem assim. / Ai! De mim prisioneiro./ Desse olhar que roda, ronda, / Ao norte de mim”. Merece também destaque o seu belíssimo poema Aprendi com elas: “Tudo de bom / Nessa vida, / Aprendi com elas. / As mulheres. / Aprendi o sabor de / Um prato quente / De comida, / Com elas. / Aprendi o gosto / De gostar de alguém, / Com elas. / Tudo de bom /    Na vida aprendi, / Com elas. / Com os homens / Aprendi a mentir, / Matar, roubar, / Enganar. / Foi com os homens / Que descobri a dor, / O rancor, a raiva, / A dissimulação. / Com elas aprendi / Sobre carinhos, / Cuidados, cafunés, / Beijos e abraços. / Tudo de bom que / Aprendi na vida, / Aprendi com elas. / Que Deus as abençoe. / Que Deus as proteja. / E que elas cuidem / Do mundo. / Pois o mundo será / Melhor cuidado, / Por elas”. 


MONICA & MONIQUE JUSTINO: GÊMEAS DO ROCK´N ROLL -  As jovens poetas Monica & Monique Justino são graduandas de Psicologia e editam um blog para divulgar sua arte. Delas destacamos Dias sombrios: “Prego aqui minha alma em meio uma cruz que preenche o vazio do meu coração/ me pressionando, insanidade me tomando / não posso confiar em mim mesma, acorrentada nessas correntes de ferro / que me prende ao passado, choro lagrimas de sangue que inundam meu coração / corvos sobrevoam no céu chuvoso da minha mente adormecida / na janela dessa caixa vejo meus dias passando rapidamente / no labirinto do tempo espero meu destino / nessa vida de desilusão, deixa confuso meu sombrio coração / em busca de encontrar a luz por trás das sombras da escuridão / que sinto o frio, vazio, quebrado e assim meus dias se vão! / Me agarro ao passado perdido que ficou no ar, palavras voando / o vento soprando as cinzas do tempo / me perco na luz que já na escuridão / é lá que eu me encontro e vejo meu coração / por que minha única luz é a escuridão”.


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MARIA RAKHMANINOVA, ELENA DE ROO, TATIANA LEVY, ABELARDO DA HORA & ABYA YALA

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Triphase (2008), Empreintes (2010), Yôkaï (2012), Circles (2016), Fables of Shwedagon (2018)...