Ao som do álbum O
tempo, a distância e a contradança (Zabumba Records, 2004), da premiada compositora,
pianista e pesquisadora Ana Fridman, que é professora Livre Docente no
Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São
Paulo, coordenadora do curso de Licenciatura em Música e atual coordenadora do
Curso de Especialização Arte na Educação: Teoria e Pratica.
Caminheiro às idas &
voltas... - Quando fui longe o que fiz da solidão, muito distante,
beirava quase fim e a minha melhor versão, às vezes nem isso, com o calor aos
não sei quantos altos graus. O tempo era uma navalha na carne, a longitude e o
inalcançável. O coração dançava, a contradança. O que se alardeava não sei onde
e era sempre recorrente, perto nem enxergava: fiquei calado e prestei muita
atenção. Se era o ápice da confusão, a urgência se fazia iminente, com
farmácias pra todo lado. Mesmo porque as ideias nunca foram tão claras: agora
pode duvidar de tudo! E não é só escolher entre o privilégio e a tragédia, os
passos e o imprevisível: é preciso viver. Quase nem me perguntava, porque havia
muito mais que ruina, desamparo e porque-não: o tempo mastigava os doces anos
de nem lembrar direito e cada lírio provava que se foram de fato, sabe lá Deus o
que restou de nós. O certo é que fui e, talvez, um dia volte e o mundo não
esteja tão saqueado, enfermo pelos desacertos de álibis perfeitos. Há algo de
errado por todo lugar, fazendo o grosso de lírica da desgraça: a vida pelas voçorocas
na poeira do estado de calamidade, aos espirros de indignação, diante da tosse
da soberba. Previno-me, lua de verão aos olhos e versos pra ninguém. Os planetas
se alinham e sou muitos, apenas um me bastaria. Qual nada. O que sei é que preciso
viver, apesar de tudo: no que faço está a minha alma. Até mais ver.
Judith Butler: Eu não acho que temos que ter uma relação pessoal com uma vida perdida para entender que algo terrível aconteceu, especialmente no contexto da guerra... Veja mais aqui.
Helen Fielding:
Ame todos, confie em alguns, não faça mal a ninguém... Veja mais aqui e
aqui.
Toni Morrison:
Se você se render ao ar, poderá montá-lo... Veja mais aqui, aqui &
aqui.
POEMAS DE TRÊS VERSOS
Linha Final \ Lá está aquela linha traçada novamente no oeste \ a linha da
fronteira desta vez oferecendo um cachimbo \ não pela paz apenas um pedaço \ do
cachimbo sim, aquela linha uma longa linha de armas \ desenhadas novamente
alinhar ajoelhar \ acenar sim só não cruzar esta linha \ nas areias estas
linhas nos bolsos de revestimento de alcatrão \ esta linha de regra em algum
lugar fazendo linhas \ e linhas para cheirar cortar \ aquela linha cruzar
aquela linha cruzar \ aquela linha duas vezes uh o fim da linha Linha da Costa \
A linha acinzentada do horizonte caiu longe da escuridão da mistura oceano-céu \
e o horizonte cheio de pássaros desliza para o crepúsculo varrendo asas \ dobram-se
fortemente contra o vermelho-alaranjado do ar espesso \ e manchado fortemente
longe das asas abertas do albatroz morto \ na costa bicos presos em gritos
perpétuos ossos abertos para o céu sujo \ seios em decomposição cheios de
plástico colorido, \ vidro e alumínio \ Linhas do Rosto Terra aberta \ aberta
para veados para alces \ aberta para aqueles que têm o onde e o com e o todo
temporada \ aberta todas as estações o tempo todo linhas desenhadas linhas
cruzadas \ Eu tenho linhas na minha testa ao redor da minha boca entre meus
olhos de olhar \ e olhar para longe \ Eu tenho que apagar essas linhas.
Poema
da escritora, educadora, artista e ativista canadense Jeannette Armstrong (Jeannette
Christine Armstrong), nascida na reserva indígena Penticton, no Vale Okanagan
da Colúmbia Britânica, autora dos livros de poemas:
Breath Tracks (1991), Slash (1985) e Whispering in Shadows
(2000), entre outras obras.
AS CONSEQUÊNCIAS DOS ATOS
- Se tivéssemos consciência das possíveis
consequências dos nossos atos, não sairíamos da cama... Pensamento da escritora,
professora e arquiteta mexicana, Ana Sofía González, autora da obra No
matarás (Alfaguara, 2023), na qual ela expressa: [...] "—Vicky,
chega mais perto, vou te contar um segredo: o inferno não existe, são os
pais", ele sussurrou em seu ouvido e caiu na gargalhada. [...]. Na
obra ela conta a história de Alejandra, uma adolescente frívola, mora em um
bairro de classe alta. Sua vida é afetada pelo abandono de sua mãe e pela
dureza de um pai severo. Ela é muito próxima de Vicky, sua babá, que para ela é
parte da família, e que sofre de epilepsia, razão pela qual ela quase nunca sai
dos limites da casa. Uma tarde, suas vidas mudam completamente quando Juan
Pablo, o lavador de carros, tenta estuprar Vicky.
O CONSUMISMO & A
SOCIEDADE - Nossa sociedade está recorrendo cada vez
mais ao consumismo desenfreado e à autopromoção da mídia social como uma forma
de as pessoas sentirem que suas vidas importam - meios egocêntricos de
anestesiar as questões de importância. A cultura recaiu de volta às respostas
autoengrandecedoras e glorificadoras que os atenienses presumiram, o que fez
Sócrates reclamar deles até que ele ficou tão irritante que o mataram... Todo
mundo está lutando para refinar suas visões em oposição às outras pessoas. E
essa é uma das coisas mais importantes que a filosofia realmente tem a nos
ensinar: você tem que expor suas visões e trazê-las à mesa com as pessoas - com
quem você discorda muito... O pensamento filosófico que não violenta a
mente estabelecida não é pensamento filosófico... Respostas? Esqueça as
respostas. O espetáculo está todo nas perguntas... Matemática...
música... noites estreladas... Essas são maneiras seculares de alcançar a
transcendência, de se sentir elevado a uma grande perspectiva. É uma sensação
de estar impressionado com a existência que quase oblitera o eu. Pessoas
religiosas pensam nisso como uma experiência essencialmente religiosa, mas não
é. É uma experiência essencialmente humana... Pensar é a alma falando
consigo mesma... Pensamento
da filósofa e escritora estadunidense Rebecca Goldstein, autora de obras
como Plato at the Googleplex: Why Philosophy Won't Go Away (2014), Betraying
Spinoza: The Renegade Jew Who Gave Us Modernity (2006), Properties of
Light: A Novel of Love, Betrayal, and Quantum Physics (2000) e The
Mind-Body Problem (1983), entre outros. Veja mais aqui e aqui.
BIARRITZZZ
Biarritz
é avatarônimo de Beatriz Rodrigues, uma artista que utiliza as mídias de
forma sofisticada para tratar de questões como corpo, instituição, Estado,
raça, gênero, consumo e identidade. Ela produziu o vídeo Pátria, que foi
exibido na mostra Entremoveres, no Museu da Abolição, em Recife — em parceria
com a Vampiras Veganas. Veja mais aqui.
ITINERARTE – COLETIVO
ARTEVISTA MULTIDESBRAVADOR
Veja mais sobre MJ
Produções, Gabinete de Arte & Amigos da Biblioteca aqui.
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Livros Infantis Brincarte
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Literatura Indígena:
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