Ao som dos álbuns This
Land (2024), Love at Last (2023), Reflections: Scott Joplin
Reconsidered (2022), Florence Price Piano Discoveries (2020), For
Love of You (2019), Holes in the Sky (2019), For Lenny (2018),
America Again (2016) e Exiles' Cafe (2013), da pianista e ativista
cultural estadunidense Lara Downes.
Monólogo de não sei
quantas vírgulas... - Olhei para trás e vi o futuro: aonde
cheguei uma nova partida. Fiz o que tinha de ser feito, missão cumprida - muito
embora ainda me assalte a insatisfação. Por conta própria percorro o quadrado de
Sator: estou sempre em curso, em processo pela alquimia do verso na magia
poética, a prestar atenção na esotérica natureza experimentando a clarividência
e zis sentidos pra tudo. Voo em frente, paro e olho pros lados: mudo de lugar na
disforia pela sedução das sereias e de não sei quantos ilusionistas – o vício e
a virtude foram embalados no mesmo saco, não há mais como distingui-los ou separá-los,
contaminou-se o sangue na abundância dos do contra. Mudo de lugar e me pego morrendo
de vergonha o tempo todo: é difícil encarar o reino dos predadores, não consigo
conter a indignação, muito menos ao constatar a face fria no espetáculo da
agonia de presas manipuladas pelo controle geral. Outro passo pela coleção de
incertezas só levou a me deparar com a abundância da dor e nenhuma decência:
pioramos o pior, o retrato falado do fim. É tudo tão depressa: o efêmero revoga
o definitivo, ainda bem. Ninguém entende e tira proveito disso: todos querem
segurança a ponto de esborrar estupidez insuportável beirando o perigo, muitos
precedentes para que tudo esteja envenenado pela matança indiscriminada, festivais
de escândalos e supérfluos, o entretenimento geral e o que é tão devastador. Decerto,
uma confusão na cabeça e o estômago embrulhado pela náusea do mau gosto ornado
com uivos selvagens de salves e aleluias. Para escapar alguns tombos pelos
catabís, coisas da vida: a buscar onde eu possa me sentir em casa, com a sensação
medonha de que, apesar da boa vontade, só piorei as coisas e talvez precisasse reaver
o perdido que não sinto falta por conta do patético esquecimento ou mesmo negado,
quem sabe um reencontro, sabe-se lá. Não parei por aí, todas as direções e o voo
na escolha, a da vez do acerto ou que terei de voltar de novo. É sempre assim e
até mais ver.
Dalton Trevisan: Os dois degraus da varanda — "Fui justo", repete, "fui justo" —, com mão firme gira a chave. Abre a porta, pisa na carta e, sentando-se na poltrona, lê o jornal em voz alta para não ouvir os gritos do silêncio... Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.
Linda Woolverton:
Anime-se,
criança. Vai dar tudo certo no final. Você verá... Veja mais aqui &
aqui.
Stephenie Meyer:
É
importante para mim ser livre e sei que estou agindo por mim mesma. Eu faço as
coisas porque eu quero, e isso é importante. Você quer ser sua própria pessoa... Veja mais aqui, aqui,
aqui & aqui.
UMA CHUVA DE ESTRELAS
Imagem: Acervo ArtLAM. Veja mais aqui.
I - Em que idioma devo
falar com você? \ quando as palavras sob nossos lençóis \ sopre na minha
barriga \ a vida me fez guardar rancor \ derramando café em minhas lembranças \
não revelando onde a lua encontra sua água \ Quando as crianças choram \ e não
vai parar \ uma após a outra as palavras secam \ na palma da minha mão \ não me
deixando batizar a escuridão \ Acredite em mim \ Não sei o que você é: \ Um
umbigo que perdeu a corda no meio de um livro de poesia? \ Uma flor de hibisco
com um olho doentio? \ Um pássaro com as asas presas nas costas? \ Fiquei
surpreso com você \ Eu não sabia quem você era \ Hoje sua boca está virada para
cima \ Este grito, mais alto que sua dor.
II - Em que idioma
devo falar com você? \ quando a oração se ajoelha diante da pobreza \ e nossas
filhas empinam pipas \ pela catedral \ cansados de lavar suas bolinhas de gude
\ na sacristia \ Acredite em mim \ Eu não sei seu nome \ quando um mendigo de
dez anos \ despe sua fome sob a estátua de Santa Ana \ cada grão de arroz deixa
uma cicatriz em nossa pele.
III - O vento faz uma
pausa para nos embriagar \ nós carregamos isso nas costas \ nosso caminho é
acidentado \ Em que idioma devo falar com você? \ quando o sol perde o seu
caminho \ Acredite em mim \ Não me lembro do que mais me dói \ Fico na ponta
dos pés para coletar estrelas \ que vira para nunca mais se levantar \ O amor
perdeu o seu nome \ os continentes não permanecem estáveis \ um dia selvagem,
nos encontraremos \ sem que eu saiba quem você é.
Poema da escritora
haitiana Évelyne Trouillot.
LEITURA
–[...] Como ler - essa é uma grande questão que vamos encontrando a toda
hora nesse mergulho pelos livros essenciais. Ler criticamente é uma das
respostas. Significa que não se lê para concordar servilmente em atitude
reverente, mas também não se lê para discordar e refutar num eterno desafio.
[...] Os tempos modernos surgem justamente com esse questionamento sobre o
real e o imaginário, essa desconfiança em relação a certezas que vinham sendo
aceitas como verdades e que o espírito humano começava a desafiar [...] Uma
parte de mim também não se sente nada à vontade diante dessas escolhas
tradicionais. Mas não posso mudar o que já passou. E não creio que a forma de
mudar o que ainda vem por aí seja ignorando o que se construiu antes. [...].
Trechos extraídos da obra Como e por que ler os clássicos universais desde
cedo (Objetiva, 2002), da escritora, jornalista, pintora e professora Ana
Maria Machado, que questiona: Por que tantos autores homens? Tantos
brancos? Tantos europeus? Por que sempre esses? Por que não fazer outra lista,
um cânone alternativo? Por exemplo, uma lista que só admitisse mulheres, não
brancas ou autores não europeus... Afinal, esses nunca têm uma chance de serem
conhecidos... A primeira é que não conheço o suficiente para propor
esses nomes. A segunda é um princípio ético básico: não fazer aos outros o que
não gostaria que me fizessem. E sei que me sentiria roubada de algo fundamental
se não tivesse lido Homero, Cervantes, Shakespare. Não sei quem se poderia
propor para o lugar deles, não consigo me imaginar sem Ulisses, Dom Quixote,
Hamelet. Se não quero essa pobreza para mim, não vou me meter a fazer
experimentações com os jovens... Veja mais aqui & aqui.
LUTA & SOFRIMENTO
- Não vejo outra saída! O que
dói mais, afinal? Ou fingir que não a sente? Existem pessoas que conseguem te
fazer sentir melhor apenas com um toque, um olhar, uma palavra ou um sorriso... Sabemos que muitos são
os obstáculos para alcançar este patamar e comigo, mulher negra, não foi
diferente. Todas as barreiras que enfrentei foram
vencidas com muito sofrimento e eu sou uma pessoa que não romantiza o
sofrimento... Não podemos comunicar resultados científicos só entre
pares... Me tornar um modelo para novas gerações é provar que através
das oportunidades, o talento e a inteligência podem alcançar e gerar frutos
positivos para uma nação... Pensamento da biomédica, pesquisadora e doutora
em patologia humana Jaqueline Goes de Jesus, que coordenou a equipe de
pesquisadores que sequenciou o genoma do Sars-Cov-2 em 48 horas, após o
primeiro caso de Covid-19 no Brasil e fez parte da equipe liderada por
pesquisadores ingleses que sequenciou o genoma do vírus Zika, razão pela qual
tornou-se a primeira mulher negra e nordestina a ganhar tamanha projeção
internacional no mundo das Ciências.
COSMOVISÕES DE AMOR
Cosmovisões de Amor -
44 autores indígenas compartilham as Cosmovisões de seus Povos como uma
contribuição fundamental para este novo tempo. Veja mais aqui & aqui.
OFERECIMENTO: MJ
PRODUÇÕES ARTÍSTICAS & AMIGOS DA BIBLIOTECA
Apresentam:
Livros Infantis Brincarte
do Nitolino aqui.
Diário TTTTT aqui.
Cantarau
Tataritaritatá aqui.
Teatro Infantil: O lobisomem
Zonzo aqui.
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traumas – consultas e curso aqui.
VALUNA – Vale
do Rio Una aqui.
&
Crônica de
amor por ela aqui.