Poemagem – Acervo ArtLAM. Veja mais abaixo & aqui.
Ao som de Sonho de
magia (1930), do compositor João Pernambuco (1883-1947), na
interpretação da violonista, educadora e autora britânica Rosie Bennet. Veja mais abaixo.
Um dia noutro
qualquer... - A vida vinha pela janela e apenas. Não fossem
os pássaros eu morreria em silêncio. O mundo girava e sequer saía do lugar de
espera, tudo havia feito e o recorrente choque aversivo nas recepções. Vôte! A
esperança titânica servia como risada à morte e continuo sorrindo sob o fogo, o
que sei: daqui os melhores se foram e não voltaram, nunca voltarão! Vejo-me uma
arvore e me autoconheço, desdobro a reaprender o mundo e a vida, vulnerável às surpresas
e pelo desconto hiperbólico, o cotidiano
às reviravoltas, o paradoxo do enforcamento inesperado, incógnitas
frívolas, lógicas refutáveis, vieses e impulsividade. E por que deu errado? Estamos
em guerra desde sempre, sem mitigação. O feitiço funcionava como um veneno, o
interdito no semáforo: a religião será sempre um engodo, que não ouçam os decaídos
e sonolentos. Esquecia a armadura indestrutível, vulnerável com a ciência de que
sou o meu próprio monstro, a criatura repulsiva, um reles sujeito comum, a face
irreconhecível. Poderia até saber algo de alguma coisa, nada valeria. Acredito que
um dia as coisas ainda saiam bem, mesmo que seja apenas uma fumaça escapando
pelas sinistras chaminés. Sentia-me Prometeu aprisionado a um rochedo no
Cáucaso repassando amargas lembranças e a odienta ave, com sua língua de
gárgula bovina, devorava meu fígado. Ah, meu martírio. Ela até me fez uma
declaração de amor e vi que era cega. Diante da ilusão do indulto dei a cara à
tapa na pantera! Sobre a cidade o pássaro abriu as asas... Com o passar dos
dias estendi a mão e a memória se fez parte de mim... E era tudo que tinha de
meu: os olhos incertos, o coração na mão, a vontade esfarrapada. Até mais ver.
Zlata Filipović: Infelizmente, percebi que não podemos apagar completamente todo o mal do mundo, mas podemos mudar a maneira como lidamos com ele, podemos superá-lo e permanecer fortes e fiéis a nós mesmos... Veja mais aqui.
Alyson Noël:
A única coisa que uma pessoa pode realmente fazer é seguir em frente. Dê
esse grande salto para a frente sem hesitação, sem olhar para trás.
Simplesmente esqueça o passado e fuja em direção ao futuro... Veja mais
aqui, aqui & aqui.
Morgan Llywelyn: A poesia flui através de mim, mas se
origina na fonte da criação que é a fonte de todos nós... Veja mais aqui,
aqui, aqui & aqui.
TRÊS POEMAS
Poemagem
– Acervo ArtLAM. Veja mais aqui.
I - Dizem que há vida atrás da estação \ mas este
expresso esqueceu seu coração \ Eu continuo perseguindo as batidas da sua voz \
porque a última coisa que ouvi foi seu adeus \ os castanheiros se perguntam
quando ele voltará \ Eles estão ansiosos para ver você dançar \ e eu digo a
eles que talvez \ Claudia e Costello encontraram sua liberdade.
DEIXE O VERÃO - Saia do último ou penúltimo banheiro \ com o sol atrás das
árvores \ piscando e as ondulações da água \ nas costas e vencer uma corrida \ contra
o frio com a pele tudo colorido.
BORBOLETA DA NOITE - Adoro a carícia de suas asas. \ Você mede, galho
resignado, e o segundo, muito louco \ Você queima quando derrete em meus
braços. \ Delicado milagre de bronze e veludo, \ Não há nada mais doloroso do
que se queimar.
Poemas
da escrtitora basca Ana Jaka García, autora de
obras Mero amor / Línea discontinua (Everest, 2009), Ez zen
diruagatik (Elkar, 2014), Marimutila naiz eta zer? (Elkar, 2016), Loaren inbasio isila (Elkar,
2016), Ixon (Elkar, 2017) e Mujeres y niñas (Balas trazadoras,
2017).
ORAÇÃO SEM DEUS - […] Fechou os olhos por um
segundo, esboçou uma careta estática que deformou seu rosto. Deixou-se levar no
tempo, respirou fundo com um suspiro suave escapou por sua boca. A festa de
ontem, a eterna repetição de todas as festas. Como era habitual neste tipo de
comemoração, rações até o vazio. O álcool deixou-o tonto, conversas aqui e ali,
como se cada rosto foi o verdadeiro destino de seus discursos diletantes […] o mundo vinha até ele
com seus paradoxos absurdos. [...].
Trechos extraídos da obra Una oracion sin dios (Esdrujula, 2023), da
escritora e filósofa marroquina Karima Ziali, que assim se expressa
sobre a atualidade: A Europa aceita diversidade desde que não cause
problemas... Quando o medo entra, não somos capazes de enfrentar tudo isso
que nos é dado como um bloqueio: tradição, religião, identidade, e você fica
sem saber o que fazer. A liberdade é o que permite que você o decomponha,
destrua e reconstrua; é o que permite que você entre nesses assuntos sem sentir
que está transgredindo algo, mas que é sua obrigação moral como indivíduo...
O NAUFRÁGIO DA
CIVILIZAÇÃO - [...] Quando já não podemos exercer as nossas prerrogativas como cidadãos sem nos
referirmos às nossas filiações étnicas ou religiosas, é porque toda a nação
embarcou no caminho da barbárie.
[...] O pior para um perdedor não é
a derrota em si, é a ideia da síndrome do eterno perdedor. Acabamos odiando
toda a humanidade e nos destruindo. [...] Muitas vezes, quando um país trai os seus valores, também trai
os seus interesses.[...] Preservamos piedosamente a lenda segundo a qual
a transmissão ocorre “verticalmente”, de uma geração para outra, dentro de
famílias, clãs, nações e comunidades de crentes; enquanto a transmissão real é
cada vez mais “horizontal”, entre contemporâneos, quer se conheçam ou não, quer
se amem ou se odeiem. [...] A tragédia, para os europeus, é que, no
mundo cruel que é o nosso, se desistirmos de nos tornarmos uma potência
muscular, acabaremos sendo empurrados, maltratados e mantidos como reféns. Você
não se torna um árbitro respeitado, você se torna uma vítima em potencial e um
futuro refém. [...]. Trechos extraídos da obra Le naufrage des
civilisations
(Hachette, 2020), do escritor libanês Amin Maalouf.
Veja mais aqui.
A ARTE MUSICAL DE JOÃO
PERNAMBUCO
[...] Ele fazia
pequenos serviços na feira da Torre, junto da fábrica, para ganhar alguns
trocados que usou para comprar um violão usado. Ele ia de bonde até o pátio de
São Pedro e o mercado de São José para ver os violeiros, foi dessa maneira
inusitada que João aprendeu tudo com seus mestres nas ruas, sem saber ler
partitura ou cifras. E foi assim que estabeleceu e definiu a linguagem do
violão brasileiro, sendo o primeiro brasileiro a compor música para
exclusivamente para violão. [...].
Trecho extraído da
obra Raízes e Frutos da Arte de João Pernambuco: Uma infinita viagem
(IAPJP, 2023), do pesquisador carioca José Leal (José de Souza Leal -
1946-2023), também autor do livro João Pernambuco, arte de um povo
(Funarte, 1983), tratando sobre a vida e obra do compositor, músico e
violonista João Pernambuco (João Teixeira Guimarães – 1993-1947). Veja
mais aqui & aqui.
&
FLIARP
OFERECIMENTO: MJ PRODUÇÕES ARTÍSTICAS & AMIGOS DA BIBLIOTECA
Apresentam:
Tem mais:
Livros Infantis Brincarte
do Nitolino aqui.
Diário TTTTT aqui.
Cantarau
Tataritaritatá aqui.
Teatro Infantil: O
lobisomem Zonzo aqui.
Faça seu TCC sem
traumas – consultas e curso aqui.
VALUNA – Vale
do Rio Una aqui.
&
Crônica de
amor por ela aqui.