Imagem: Rousseau
(painted portrait), in 1753, by Maurice Quentin de La Tour.
JEAN-JACQUES ROUSSEAU - Quando li o Contrato Social, do filósofo, escritor e
teórico político do Iluminismo e precursor do Romantismo francês, Jean-Jacques
Rousseau, foi lá pelo final dos anos 1970, quando eu me preparava para fazer o
curso de Direito. Hoje relendo, encontro essas sábias palavras: “[...] O povo, por si, quer sempre o bem, mas por
si nem sempre o encontra. A vontade geral é sempre certa, mas o julgamento que
a orienta nem sempre é esclarecido. É preciso fazê-la ver os objetos tais como
são, algumas vezes tais como devem parecer-lhe, mostrar-lhe o caminho certo que
procura, defendê-la da sedução das vontades particulares, aproximar a seus
olhos os lugares e os tempos, pôr em balanço a tentação das vantagens presentes
e sensíveis com o perigo dos males distantes e ocultos. Os particulares
discernem o bem que rejeitam; o público quer o bem que não discerne. Todos necessitam
igualmente, de guias. A uns é preciso obrigar a conformar a vontade à razão, e
ao outro, ensinar a conhecer o que quer. Então, das luzes públicas resulta a
união do entendimento e da vontade no corpo social, daí o perfeito concurso das
partes e, enfim, a maior força do todo [...]. Veja mais aqui.
Imagem: The Hermit and Sleeping Angelica (1626) do pintor flamengo Peter Paul Rubens (1577-1640)
Ouvindo Dream of the return, com Pat Metheny Group.
LUIGI PIRADELLO – Primeiro eu conheci a obra
teatral do dramaturgo, poeta e romancista siciliano Luigi Pirandello (1867 –
1936), que começou com Assim é se lhe
parece (1918) seguindo-se de outras até a clássica Seis personagens à procura de um autor (1921), esta última contando
a história de um grupo de atores em ensaio, sob a supervisão do diretor; o
trabalho é interrompido com a chegada de seus pessoas que se apresentam como
personagens – nascidas da imaginação de um autor que depois se recursou a
escrever sua história – e que pedem aos atores que a representem. A ação se
desenvolve em diferentes níveis de fabulação; a luta das personagens com o
diretor, transformado em autor. A luta entre as várias personagens em desacordo
constante sobre o significado ou mesmo sobre os fatos da história que cada um
viveu a seu modo, tudo apresentando os paradoxos e contradições que são
imanentes na sua obra. A literatura dele só conheci depois quando comecei a
reler as peças, aí foi que encontrei uma de suas obras literárias O falecido Mattia Pascal, a qual destaco
essa passagem: “[...] Decerto, alguém
desejará lastimar-me (custa tão pouco), imaginando a dor atroz de um infeliz ao
qual aconteça, de repente, descobrir que... sim, nada, enfim; nem pai, nem mão,
nem como foi ou deixou de ser; e também desejará indignar-se (custa ainda
menos) da corrupção dos costumes, dos vícios e da malvadeza dos tempos que
podem causar tamanha desdita a um pobre inocente. Pois bem, faça-o, à vontade.
[...] Porque, no momento (e Deus sabe
quanto o deploro), já morri, sim, duas vezes,mas a primeira, por engano, e a
segunda... irão saber”. Veja mais aqui.
MEL BROOKS – Sempre fui apaixonado por cinema. É
uma das artes que aprecio sem moderação, talqualmente música, teatro,
literatura. Entre os tantos cineastas da minha predileção, um deles me levou às
gargalhadas soltas: Mel Brooks (leia-se Melvin Kaminsky). E entre tantos filmes
dele, um deles (ou quase todos) quase me fez estourar de tanto rir: História do Mundo (parte 1, porque a
prometida parte 2 até hoje não apareceu ou não vi). Ele sempre me traz uma
lição: a vida é pra ser levada com muito bom. Salve, Mel Brooks.
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