Ouvindo a Terceira margem do rio, de Milton
Nascimento & Caetano Veloso.
“O senhor... mire veja: o mais importante e
bonito do mundo é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, não foram
terminadas – mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade
maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão...”
(Guimarães Rosa,
Grande sertão: veredas)
GUIMARÃES
ROSA – A descoberta da obra do Rosa foi iniciática.
Pelas mãos do poetaprimo, Afonso Paulo Lins, recebi o volume de Sagarana: as sagas de Augusto Matraga,
do burrinho pedrês, do marido pródigo, Sarapalha e conversa de bois. Um
verdadeiro encantamento: gente, lugares, bichos e lendas. Depois, Primeiras estórias: da terceira margem
do rio, de Sorôco, Darandina, Famigerado, pirlimpsiquice, Tarantão e do cavalo
que bebia cerveja. Depois, O corpo de
baile: de Manuelzão e Miguilim, uma história de amor e campo geral; No
Urubuquaquá, no pinhén, com recado do morro e cara de bronze; e Noites do
sertão, com Lão-Dalalão (Dão-Lalalão) e buriti. Chegou a vez do grande sertão
de Riobaldo e Diadorim: “[...] Por
enquanto, que eu penso, tudo quanto há, neste mundo, é porque se merece e
carece. Antesmente preciso. Deus não se comparece com refe, não arrocha no
regulamento. Pra que? Deixa: bobo com bobo – um dia, algum estala e aprende:
esperta. Só que, às vezes, por mais auxiliar, Deus espalha, no meio, um pingado
de pimenta...”. E veio Tutameia
(terceiras estórias): de Droenha, João Porém, os temulentos, Ripuária e o
palhaço da boca verde - “A estória não
quer ser estória. A estória, em rigor, deve ser contra a História. A estória,
às vezes, quer-se um pouco parecida à anedota”. Foi daí pra Estas estórias: do retábulo de são
nunca, do burrinho comandante, do vaqueiro Mariano e o dar das pedras brilhantes.
Quando, enfim, Ave, palavra: de
Evanira, das coisas de poesia, de Sanga Puytã, Cipango, Sirimin e “[...] Trazia também um violão a tiracolo –
acrescentam. E explicam que o violão, para o paraguaio, é arma de combate e
ferramenta de lavoura. Se verdadeira, bela é a história, se imaginada, ainda
mais”. Esse o João, o Rosa, o Guimarães.
Foto:
ZEZÉ
MOTTA – Primeiro eu vi a atriz na tela de Cacá Diegues
do livro de João Felicio dos Santos e na música de Jorge Benjor: Xica da Silva, a negra escrava do
Tijuco, alforriada pra vida do contratador de diamantes, João Fernandes de
Oliveira. Nessa época eu contava com 16 anos e assisti às escondidas numa
sessão lotadíssima no Teatro Cinema Apolo. Depois revi no Vai trabalhar vagabundo, do Hugo Carvana com música de Chico
Buarque. E filmes e peças de teatro, até Prazer,
Zezé, de 1978: um primor musical. Muitos filmes, muitas músicas. E eu até
hoje fã dessa grande atriz e cantora.
SÓSTENES
LIMA - Conheci primeiro o Boca de forno: “Meu verso é semente Pra tudo se presta Apara as
arestas Exalta bandeiras Nos campos, nas feiras Canais e lagoas Faz odes, faz
loas E até elegias Se é bravo e é forte Por que que da morte Da vida o reverso
eu não falaria?”. E foi mais ou menos quase meados ou isso mesmo dos anos
2000. Eu acho, sei lá. Só sei que topei com Vestindo a Carapuça e peitei uma
entrevista: ele concedeu na hora. Foi aí que conheci, de mesmo, o poeta, músico
e blogueiro Sóstenes Lima. A amizade veio com o tempo: shows, Comusa, comemorações.
Até a música “Noites de bar” que é uma das minhas prediletas. Pra você,
parabéns & sucesso, feliz aniversário.
REJANE SOUZA - A professora
universitária Rejane Souza concedeu tempos atrás uma entrevista pra nossa
campanha Todo dia é dia mulher. E
como hoje é o aniversário, fazemos nossa homenagem aqui.
RAFAEL
NOLLI – Acompanho o trabalho literário de Rafael Nolli
há tempos e hoje me toquei que nunca comentei a respeito. Agora faço esse
registro: ele é autor do Memórias à beira
de um estopim (2005) e de Elefante
(2012). Entre as coisas que mais gostei no meio de tantas coisas boas que
conferi e apreciei do seu blog Stalingrado II, destaco Hefesto/Vulcano: “Era um deus, no entanto. Porém, não o poupavam.
“Coxo Coxo Coxo” sussurravam pelas ruas. Nos inferninhos e na boca do lixo o
consenso era geral: “feio como um beliscão no cu” “a própria mãe reconhece a
merda que fez” & demais despautérios. Entre os seus, em língua grega – ou
naquela que lá se fala & tampouco compreendemos –a fama de corno corria aos
quatro cantos: “vencido por um amor de espuma” “enfeitiçado pelos olhos de
cigana oblíqua...” & coisas do tipo. Distraído, no cômodo do fundo,
iluminado pelo fogo da fornalha ele nada ouvia senão o som do martelo malhando
o metal” ( do livro "poemas é um péssimo título").
ISABELLE
ADJANI – A bela atriz francesa Isabelle Yasmine Adjani
sem foi maravilhosamente linda desde que a vi nos filmes como “Camile Claudel”,
“A história de Adele H”, de François Triffaut, no “O Inquilino” de Roman
Polanski e... muitos: ela aparece, eu aprecio. Ora, ora, sempre linda, hoje
completando 59 anos de idade.
Veja mais sobre:
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As pernas no Cinema & o Seminário – A
relação do objeto, de Jacques Lacan aqui.
As pernas de Úrsula de Claudia Tajes
& Mil Platôes de Gilles Deleuze & Félix Guattari aqui.
Marlene Dietrich & Hannah Arendt aqui.
Diálogos sobre o conhecimento de Paul
Feyerabend & a poesia de Lilian Maial aqui.
As pernas da repórter Gracinaura aqui.
A tragédia humana de Imre Madách, a música
de Pierre Rode, o cinema de Robert Joseph Flaherty, a pintura de Franz West, a
arte de Vera Ellen & Anne Chevalier & Sarah Clarke aqui.
Educação, orientação e prevenção do abuso
sexual aqui.
Segmentação do mercado na área de
serviços aqui.
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bundológicos aqui.
Aristóteles, Rachel de Queiroz, Chick Corea,
Costa-Gavras,Aldemir
Martins, Teresa Ann Savoy, José Terra Correia,
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Crianças aqui.
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defesa aqui.
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da mulher aqui.
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