A ARTE NO HORIZONTE DO PROVÁVEL – A obra A arte no
horizonte do provável, do poeta e tradutor Haroldo de Campos, aborda temas como
a poética do aleatório, do precário, da tradução, da vanguarda, da brevidade,
haicai, poesia japonesa, Ungaretti e a Estética do Fragmento, Hoelderlin,
Pindaro, a quadratura do círculo, Leopardi, Kitsch, poética sincrônica,
diacronia e sincronia, entre outros importantes temas. Veja mais aqui.
REFERÊNCIAS
CAMPOS, Haroldo. A arte no horizonte do provável.
São Paulo: Perspectiva, 1977.
ESTOU FALANDO COM AS PAREDES, DE JACQUES LACAN - [...] Os quatro
discursos de que falei há pouco são essenciais para identificar aquilo de que,
façam o que fizerem, vocês, de algum modo, são sempre os sujeitos, ou seja, supostos no que se passa de um
significante a outro. O significante, é ele o senhor do jogo, e vocês não são
mais do que o suposto, em relação a alguma coisa que é outra, para não dizer o
Outro. Vocês não lhe dão sentido, nem sequer têm o suficiente para vocês próprios.
Mas lhe dão um corpo, a esse significante que os representa, o
significante-mestre. Pois bem, sendo vocês ali dentro, literalmente, sombras de
sombra, não imaginem que a substância, que é o sonho de sempre lhes atribuir,
seja outra coisa senão esse gozo de que vocês são cortados. Como não ver o que
há de semelhante nessa invocação substancial e nesse incrível mito do gozo
sexual, do qual o próprio Freud se fez reflexo? O gozo sexual é realmente esse
objeto que corre, corre, como no jogo do anel, mas cujo estatuto ninguém é
capaz de enunciar, a não ser como estatuto supremo. É o auge de uma curva à
qual ele dá o seu sentido, e também, muito precisamente, da qual o auge escapa.
E é por poder articular o leque dos gozos sexuais que a psicanálise dá seu passo
decisivo. O que ela demonstra é, justamente, que o gozo que se poderia chamar
de sexual, que não seria semblante do sexual, é marcado pelo índice, nada mais,
até nova ordem, daquilo que só se enuncia, daquilo que só se anuncia pelo
índice da castração. [...] Esta noite
eu lhes comuniquei algumas reflexões e, é claro, são reflexões a que a minha
pessoa, como tal, não pode estar alheia. Isso é o que mais detesto nos outros.
Porque, afinal, entre as pessoas que me escutam de vez em quando, e que por isso,
Deus sabe por quê, são chamadas de meus alunos, não se pode dizer que elas se
privem de se refletir. A parede \le mur\ sempre pode servir de
espelho [muroir]. Foi por isso,
sem dúvida, que vim contar coisas no Sainte-Anne. Não é para delirar, propriamente
falando, mas destas paredes, de qualquer modo, guardei alguma coisa no coração.
Se, com o tempo, eu tiver conseguido edificar, com meu S barrado, meu S1, S2 e
o objeto a, a razão \réson\ de
ser, como quer que vocês a escrevam, pode ser que, no final das contas, vocês
não tomem o reflexo da minha voz nestas paredes por uma simples reflexão
pessoal. ESTOU FALANDO COM
AS PAREDES – O livro Estou falando com as paredes: conversas na
capela de Saint-Anne, de Jacques Lacan, traz na primeira parte Saber, ignorância, verdade e gozo
assuntos como a ignorância douta de Nicolau de Cuza, a psiquiatria, a
psiquiatreria e a antipsiquiatria, Georges Bataille e o não saber, ignorância
cassa, alingua, a psicanálise e a linguagem, resistência e o erro de Freud,
Copérnico, o geocentrismo e o heliocentrismo, Freud e Darwin: sabemos que
sabemos, o inconsciente estrutura-se como uma linguagem, função e campo da fala
e da linguagem, o gozo e o princípio do prazer, a relação de Kant com Sade nos
Escritos, a gama do gozo e o falo em Freud, racismo, trabalho, poder simbólico,
o Iluminismo e o saber da impotência. Na segunda parte, Da incompreensão e outros temas, trata de significante e
significado, o signo, sintoma e valor de verdade, sujeito suposto saber e
transferência, Bertrand Russel, matemas, Leibniz e Newton, campo magnético,
função e campo da fala e da linguagem, gozo sexual, castração, os seres
acósicos, Hegel, o tetraedro, Henry Ey e a ciência e a verdade. Na terceira
parte, Estou falando com as paredes,
aborda sobre o princípio da seriedade, o saber do psicanalista, Platão e o
valor da díade, a caverna, a psicanálise e a lógica, Mar, o homem e a mulher,
entre outros assuntos. Veja mais aqui e aqui.
REFERÊNCIA
LACAN, Jacques. Estou falando
com as paredes: conversas na capela de Saint-Anne. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
Veja mais sobre:
O cis, o efêmero & eu aqui.
E mais:
Cancioneiro da imigração de Anna Maria Kieffer & Ecologia Social de Murray
Bookchin aqui.
A poesia de Sylvia Plath & a
Filosofia da Miséria de Proudhon aqui.
Antonio Gramsci & Blinded Beast de Yasuzo Masumura & Mako Midori aqui.
Mabel Collins & Jiddu Krishnamurti aqui.
Christiane Torloni & a Clínica de
Freud aqui.
Paulo Moura, Pedro Onofre, Gustavo Adolfo
Bécquer, Marcos Rey, Mihaly von Zick, Marta Moyano, Virna Teixeira aqui.
A irmã da noite aqui.
A obra de Tomás de Aquino &
Comunicação em prosa moderna de Othon M. Garcia aqui.
Essa menina é o amor aqui.
Uma gota de sangue de Demétrio Magnoli
& mais de 300 mil no YouTube aqui.
A filosofia & Psicologia Integral de
Ken Wilber & o Natal do Nitolino aqui.
Possessão do prazer aqui.
Roberto Damatta & o Seminário do
Desejo de Lacan aqui.
A febre do desejo aqui.
A nova paixão do Biritoaldo: quando o
cara erra a porta de entrada, a saída é que são elas aqui.
A ambição do prazer aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
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