Art by Maryna Timchenko

DITOS & DESDITOS – Quando
a razão dorme, as sereias cantam. Pensamento do pintor e escultor do Surrealismo alemão
Max Ernst (1891-1976). Veja mais aqui.
ALIENAÇÃO – [...] É
função essencial das mitologias transferir problemas sócio-históricos fundamentais
do desenvolvimento humano para um plano atemporal, e o tratamento
judaico-cristão da problemática da alienação não é exceção à regra geral.
Ideologicamente mais típico é o caso de certas teorias da alienação do século
XX, nas quais conceitos como “alienação do mundo” têm a função de negar
categorias históricas autênticas e substituí-las pela pura mistificação [...]. Trecho da obra A teoria da alienação em Marx (Boitempo,
2006), do filósofo húngaro e um dos mais importantes intelectuais marxistas da
atualidade István Mészarós. Veja mais aqui.
LA SUIVANTE – [...] Amo seguir as
regras; mas longe de mim tornar-me escravo delas, eu as afrouxo e as estreito
de acordo com a necessidade que tem o meu tema, e quebro mesmo sem escrúpulos
aquela concernente à duração da ação, quando a sua severidade parece-me
absolutamente incompatível com as belezas dos acontecimentos que descrevo. Saber
as regras e entender o segredo de manejá-las habilmente em nosso teatro são duas
ciências bem diferentes; e talvez agora, para alcançar êxito em uma peça, não seja
suficiente estudar os livros de Aristóteles e de Horácio. [...] Contudo o meu parecer é o de Terêncio: dado
que fazemos poemas para serem representados, o nosso primeiro objetivo deve ser
o de agradar a corte e o povo e de atrair um grande número de pessoas para as
representações. É necessário, se possível for, nelas acrescentar as regras, a
fim de não desgostar os doutos e receber um aplauso universal; mas, sobretudo,
ganhemos a voz pública; de outro modo, a nossa peça em vão será regular; se ela
sucumbir no teatro, os doutos não ousarão se declarar a nosso favor, e
preferirão dizer que nós entendemos mal as regras, que oferecer-nos elogios
quando somos desacreditados pelo consentimento geral dos que veem a comédia
apenas para divertir-se. [...]. Extraído da obra Théâtre complet (Bordas, 1993), do dramaturgo do Neoclassicismo
francês Pierre Corneille (1606-1684). Veja mais aqui.
SONETO DO BURACO DO CU – Franzida e obscura flor, como um cravo
violeta, / Respira, humildemente aninhado na turva / Relva úmida de amor que
segue a doce curva / Das nádegas até ao coração da greta. / Filamentos iguais a
lágrimas de leite / Choraram sob o vento ingrato que as descarna / E as impele
através de coágulos de marna / Para enfim se perder na rampa do deleite. / Meu
sonho tanta vez se achegou a essa venta; / Do coito material, minha alma
ciumenta / Fez dele um lacrimal e um ninho de gemidos. / É a oliva extasiada e
a flauta embaladora, / O tubo pelo qual desce o maná de outrora, / Canaã
feminil dos mostos escondidos.
Poema do poeta Arthur Rimbaud (1854-1891). Veja mais aqui.
Art by Maryna Timchenko
KARYME HASS – A linda cantora, interprete e compositora paranaense Karyme Hass é uma artista das mais promissoras.Ela lançou seu primeiro cd “Tempo de gritar”, álbum independente aos 21 anos de idade. Depois lançou o cd “Amor solene”, realizando shows e levando ao público o seu trabalho que mistura pop, bossa, MPB e eletrônica. Eis algumas letras das canções dela.
CARNE VERMELHA
EI!Feche a porta e venha fazer um carinho em mim;
Fique a vontade, pois só esta noite é que vai ter sim;
A vida ao teu lado não está nada fácil;
Meus planos, meus sonhos escorrem pelas mãos;
Te provei vai embora, você é só carne eu não to com fome não;
Você pensa que eu não vou embora, que eu não sumo;
Que não sei viver no rumo;
Sem o teu dinheiro entrar;
Minha cama não mais nossa, não há quem possa;
Agüentar essa cachaça todo dia;
De manhã quando o sol vai levantar;
Sei lá, sei lá, sei lá não sei;
To indo embora pra bem longe eu te falei!
Sei lá, sei lá, sei lá, não sei, não;
Na tua vida eu vou faltar, mas passe bem!
Sei lá, sei lá, meu bem eu sei sim;
To indo embora da tua vida e passe bem!
ESTRADA DE FLORES
Não me encontro neste dia;
O meu nome não é o mesmo;
A cidade está vazia;
A minha vida está tão cheia;
Ouço a voz de uma montanha;
Me dizendo pra partir;
Dessa gente que não explode;
Que não sabe sorrir;
Eu vou, vou pegar uma estrada estranha;
Eu vou me perder de vez no meu país;
Eu vou mergulhar no mar os meus problemas;
Eu vou respirar.
Tomo vento no meu corpo;
Sinto o sol e a maresia;
Me completo pouco a pouco;
Eu me enxergo neste dia;
Eu agora vejo flores;
Já sou parte desse mundo;
Faço pouco do meu tempo;
ESTRANHO ESTAR
Eu aqui sem sorrir;
Num mudo mundo;
Não ouço mais;
Sentimento me trai;
Fico longe de tudo;
Longa noite que acorda meu sono;
Sempre aberta minha mente está;
Mas eu não entendo estar;
Você ontem me prometeu quase tudo;
E teu corpo se uniu ao meu, fato profundo;
Beijou saiu, deixou meu quarto vazio;
A solidão me incomoda então, de manhã espero você ligar
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MUSA DA SEMANA
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