Imagem: Capriccio with a Bridge, do pintor italiano Francesco Guardi (1712-1793)
Curtindo o álbum Najljepše ljubavne pjesme - The Love
Collection (Croatia Records, 2012), da cantor croata Tereza Kesovija.
DITOS & DESDITOS
Uma
cultura consitui uma espécie de sistema neurovegetativo que irriga, segundo
seus entrelaçamentos, a vida real do imaginário, e o imaginário de vida real.
Extraído da obra Cultura de massas
no século XX: neurose (Forense
Universitária, 1977), do antropólogo, sociólogo e filósofo francês Edgar
Morin. Veja
mais aqui.
CINEMA
Imagem: El juicio de Paris, do pintor italiano Francesco Guardi (1712-1793)
AH, TÁ – O mesmo que certidão. Afinal, uma hora a gente passa a entender do riscado e aprende, né?
ALOPRADO – Sujeito presepeiro, virado na breca. Peralta. Também conhecido como fogo-no-rabo ou caga-raio.
AMOR DE GENTE – o candidato preferido das meninas – mulher é um bicho besta da porra, né?
ATABACADO – Sujeito alesado, abilolado. Imbecil.
BARROLÂNDIA – O outro nome da pátria Brasil. Em sentido mais estrito: onde o Fabo derruba o barro! Maior catinga, ô!?
BARRUADA – colisão, choque fuderoso, revestrés. Cacetada. Teibei.
BIGUZEIRO – O mesmo que Maria-vai-com-as-outras. Arregueiro. Ah, esse é o tipo de Fabo que a gente mais dá de cara no Brasil.
BIRUTA – Doido, alesado. Um Fabo diferente.
BIU-DO-MOCO – Candidato eleito e re-eleito que tem voto esborrando no caçuá do jumento.
BOCA-DE-SOVACO - Boca-murcha, Zé-borréia, Zé-ruela. O candidato banguela.
BORRÉIA – Carro velho, mandu, loré, trepeça.
CACARECO – Tranqueiras, monturo, lixeira.
CAVOUCAR – remexer. Revirar monturo.
CHEIO-DE-NÓ-PELAS-COSTAS – Metido em muitas confusões. Atrapalhado. Metido em palpos de aranha. O premiado da desdita ou da urucubaca. Vai ser azarado assim na casa de tapanho, vai!
CU-DE-MOCHILA – Zé-ruela. Badameco. Bocó. Biltre.
CUIÃO – o dono da porratoda, o pica-grossa, caralhudo.
DAMINHÃO – O Damião candidato que tem voto carregado de caminhão.
É NO FUFUFUFU!!! – Acerta no alvo, botar no quiba dos outros.
FABO – Fabricante de bosta. Brasileiro. Sabido. Bocó.
FONHEM – Sujeito fanho e abilolado. Outro tipo de bocó.
GATUNO – O outro nome para advogado, político e outros imprestáveis, conforme cardápio ao gosto do freguês.
IMPADO – Gemido no cangote dos outros. Ronronado de quem está numa cacunda se servindo do quiba alheio. Dengo no cocuruto do sodomita.
JIRAIA – o pachá, o dono da porratoda, o rola-grossa. O cuião.
LESEIRA – inocência, ignorância, lerdice.
MACOBEBA – Zé-ruela.
MANGAÇÃO – Do verbo Mangar. Escárnio. Risadagem, pilhérias, asneiras.
MARIA-NÓ-CEGO – mulher arengueira, barraqueira. Trambôio, ou trambolho. Essa quando se ajunta com trubufu, vixe, dá um time de baranga da gente se lascar todo, viu?
MEIA-BOCA. Meia-sola, mais ou menos. Gambiarra.
NERUAITE – Nadica de nada.
ÓLEO DE PEROBA – Hidratante para as fuças de político.
PÁRA-QUEDAS – sujeito invasor, estrangeiro, alienígena. Aquele que cai sorrindo e sai mais feliz ainda com a leseira da gente.
PICÃO – O mesmo que o Jiraia, o fodão, o rola-grossa, o pica-grossa, o caralhudo. O pica-fode. Também o caga-raio.
QUIBA – o catimbofá, procto, papeiro, o cu mesmo.
RELOU A VENTA – O mesmo que fazer merda, fazer besteira, pisar na jaca.
ROUBADA – Tem duplo sentido: erro, fatalidade, merda feita. Também o mesmo que entrar pelo cano. Ou também votar numa eleição, afinal você só elege salafrários, né? Então, quer roubada maior?
SASTREVE – cara lisa do atrevido.
TININDO – Tudo certo.
TRINCOU – Rachou. O mesmo que queimou o filme, lascou.
TRUPÉ – Campanha.
TUIA – Monte, recada. Bocado. Ou melhor, ao dizer na tuia, quer dizer tudo junto, amontoado.
U-LA-LÁ – interjeição do cara que se enganou com a cor da chita. Ou melhor, que se enganou com o Lula-lá.
VAI TE CATAR! – O mesmo que mandar à merda e o que a gente deveria fazer com os políticos.
ZÉ-BORRÉIA – Zé-ninguém, matusquela, prego.
ZÉ-RUELA – Zé-borreia, Zé-ninguem, prego.
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