
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá é dia de
especial com o músico e compositor Tavito Carvalho cantando seus grandes sucessos & com Zizi Possi a
música Começo, meio e fim; a cantora, compositora e instrumentista Danny Calixto interpretando seus trabalhos autorais: Oásis, Odum &
Do avesso; & muito mais nos mais de 2 milhões de
acessos ao blog & nos 35 Anos de Arte Cidadã. Para conferir é só ligar o
som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA – [...] Criamos
a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina,
que produz abundância, tem-nos deixado na penúria. Nossos conhecimentos
fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em
demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de
humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem
essas virtudes a vida será de violência e tudo estará perdido. Trecho do filme
O grande ditador (The Great Dictator, 1940), do ator e cineasta
inglês Charlie Chaplin (1889-1977), uma comédia dramática e uma sátira
crítica ao momento histórico que se desenvolvia no período em que foi criado. Veja
mais aqui.
O FECAMEPA & O ILUSÓRIO PARAÍSO BRASIL – [...]
Em nenhuma outra região se mostrou o céu
mais sereno, nem madruga mais bela a autora; o sol em nenhum outro hemisfério
tem os raios tão dourados, nem os reflexos noturnos tão brilhantes; as estrelas
são as mais benignas, e se mostram sempre alegres; os horizontes, ou nasça o
sol ou se sepulte, estão sempre claros; as águas, ou se tomem nas fontes pelos
campos, ou dentro das povoações nos aquedutos, são as mais puras; é enfim o
Brasil terrenal Paraiso descoberto, onde têm nascimento e curso os maiores
rios, domina salutífero clima, influem benignos astros e respiram auras novissimas,
que o fazem fértil e povoado de inumeros habitantes. Trechos extraídos da
obra História da América portuguesa (W.M.
Jackson Incorporated, 1952), do historiador, poeta e advogado português Sebastião da Rocha Pita (1660-1738), uma
pesquisa realizada em arquivos de ordens religiosas da Bahia, Rio de Janeiro e
São Vicente, constituída de dez "livros", que tratam desde a chegada
dos portugueses até as minas de ouro de Minas Gerais. Veja mais aqui.
MAIS DO PARAÍSO BRASIL – [...] Estava,
agora diante de uma bandeja de queijos variados. - Ah, o Brasil, essa imensa
ilha... – dizia o conde Bassuccello, entretido em cortar um pedaço de sbrinz
dos Alpes. – De fato – aparteou Nepomuceno – estamos muito isolados na América.
A língua mas também... – Oh, não. Não me refiro a isso, que não deixa de ser
verdadeiro – retrucou o conde, acabando de mastigar. – Falo de uma dessas ilhas
utópcas cuja lenda se perde na noite dos tempos. Os senhores talvez não saibam,
mas o nome Brasil em geografia já existe desde o período medieval. – Mas o
Brasil só foi descoberto bem depois... Não é mesmo, Herr Nepo? – admirou-se
Júlia, entretida com um delicioso queijo stracchino lombardo. – Sim, mas antes
do atual Brasil já existia na Idade Média uma ilha chamada Brasil – asseverou
Basuccello. – Bem existiam muitas ilhas míticas imaginadas pelos povos de
então. Todas representavam o paraíso terrestre, onde não haveria discórdias nem
velhice nem doenças ou morte. Eram tão perfeitas que seus habitantes não
precisavam sequer trabalhar para comer. Numa dessas ilhas, imaginem, as frutas
caiam dope pontualmente às nove horas, para poupar os homens do trabalho de
colhê-las. [...]. Trecho extraído da obra Ana em Veneza (Best Seller, 1994), do escritor, jornalista,
dramaturgo, cineasta, tradutor e ativista brasileiro João Silvério Trevisan. Veja mais aqui.
O CURURU – Tudo
quieto, o primeiro cururu surgiu na margem, molhado, reluzente na
semi-escuridão. Engoliu um mosquito; baixou a cabeçorra; tragou um cascudinho;
mergulhou de novo, e bum-bum! Soou uma nota soturna do concerto interrompido.
Em poucos instantes, o barreiro ficou sonoro, como um convento de frades. Vozes
roucas, foi-nã0-foi, tãs-tãs, bum-buns, choros, esgoelamentos finos de rãs,
acompanhamentos profundos de sapos, respondiam-se. Os bichos apareciam,
mergulhavam, arrastavam-se nas margens, abriam grandes círculos na flor d’água.
[...]. Daí a pouco, da bruta escuridão,
surgiram dois olhos luminosos, fosforescentes, como dois vagalumes. Um sapo
cururu grelou-os e ficou deslumbrado, com os olhos esbugalhados, presos naquela
boniteza luminosa. Os dois olhos fosforescentes se aproximavam mais e mais,
como dois pequenos holofotes na cabeça triangular da serpente. O sapo não se
movia, fascinado. Sem dúvida queria fugir; previa o perigo, porque emudecera;
mas já não podia andar, imobilizado; os olhos feiíssimos, agarrados aos olhos
luminosos e bonitos como um pecado. Num bote a cabeça triangular abocanhou a
boca imunda do batráquio. Ele não podia fugir àquele beijo. A boca fica do
réptil arreganhou-se desmesuradamente; envolveu o sapo até os olhos. Ele se
baixava dócil entregando-se à morte tentadora, apenas agitando docemente as
patas sem provocar nenhuma reação ao sacrifício. A barriga disforme e negra
desapareceu na goela dilatada da cobra. E, num minuto, as perninhas do cururu
lá se foram, ainda vivas, para as entranhas famélicas. O coro imenso continuava
sem dar fé do que acontecia a um dos seus cantores. Trecho extraído de O anjo (Agir, 1959), do médico,
escritor, tradutor e pintor Jorge de Lima (1893-1953). Veja mais aqui.
OS LÍRIOS - Certa
madrugada fria / irei de cabelos soltos / ver como crescem os lírios. / Quero
saber como crescem / simples e belos — perfeitos! — / ao abandono dos campos. /
Antes que o sol apareça, / neblina rompe neblina / com vestes brancas, irei. / Irei
no maior sigilo / para que ninguém perceba / contendo a respiração. / Sobre a
terra muito fria / dobrando meus frios joelhos / farei perguntas à terra. / Depois
de ouvir-lhe o segredo / deitada por entre lírios / adormecerei tranquila.
Extraído da obra Lírica (José
Olympio, 1958), da poeta mineira Henriqueta Lisboa (1901-1985). Veja
mais aqui.
BRASIL - UMA PEQUENA MOSTRA DO ESTADO DE DEGRADAÇÃO DO LITORAL BRASILEIRO
sem meias palavras ando descalço
pra pisar a lavra da palavra chão
Brasil - Uma
pequena mostra do estado de degradação do Litoral Brasileiro. Mostra Cinema Ambiental: 27 de janeiro, Estação 353 - Estrada
do Estreito, 353 - Macuco - São Francisco do Itabapoana- RJ. Artur Gomes & Fulinaíma
MultiProjetos & Studio Fulinaíma Produção Audiovisual.
Veja mais:
Dos
destroços pra solidão criativa, a literatura de Fabian Dobles, a música de Rosa
Passos, a fotografia de André De Dienes, a pintura de Joan Fullerton & a
poesia de Clevane Pessoa de Araújo Lopes aqui.
A mulher
na Roma antiga, William
Faulkner, Victor Hugo, Jacqueline Du Pre, Helena
Saffioti, Brian De Palma, Jean-Baptiste Pigalle, Carmen Tyrrel, Elizabeth Short, Mia Kirshner, Lenita
Estrela de Sá & Lia Helena Giannechini aqui.
A
violência aqui.
O
pensamento de Demócrito aqui.
O
pensamento de Anaxágoras aqui.
O
pensamento de Empédocles aqui.
O
pensamento de Zenão de Eleia aqui.
O
pensamento de Parmênides aqui.
O
pensamento de Xenófanes aqui.
O
pensamento de Heráclito aqui.
A
fenomenologia de Husserl aqui.
O
pensamento de Pitágoras aqui.
O
pensamento de Anaxímenes aqui.
O
pensamento de Anaximandro aqui.
Autoestima
aqui.
&
A ARTE DE PAULA REGO