30 ANOS DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 – Há trinta anos,
depois do processo de redemocratização do país, era promulgada a Constituição
Federal vigente. A partir de então, um sonho estava realizado ao ser instituído
o Estado Democrático de Direito embasado na dignidade da pessoa humana e no
exercício da cidadania, entre outros fundamentos. Foram também definidos os
direitos e deveres individuais e coletivos como garantia fundamental, afora os
direitos civis, sociais, políticos e difusos, bem como uma infinidade de
previsões voltadas para atendimento dos princípios constitucionais. Exemplo disso,
o artigo 37 que definiu os princípios normatizadores da administração pública:
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. O artigo 205
dispôs que a educação como direito de todos e dever do Estado e da família,
sendo a sua promoção e incentivo com a colaboração da sociedade, visando ao
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidade e sua
qualificação para o trabalho, regulamentado pela Lei 9394/96 – Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). O artigo 225 prevê que todos
possuem o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Inclusive, um farto marco legal regulamentou o direito ambiental, dando-nos a
impressão e a esperança que todo crime ou dano seria devidamente reparado,
atuando, além disso, preventivamente por meio de uma ação de educação
ambiental. Enfim, no meio de tudo isso, quase 100 emendas revisaram e
procederam alterações no texto constitucional, dando-nos a impressão de apesar do
elenco de previsões, até hoje, 30 anos depois, o que pensávamos ser uma Carta
avançada, não conseguiu-se coibir a corrupção e a impunidade– apesar das
prisões espetaculares que foram revogadas pelo Poder Judiciário e pelo indulto
de Natal da camaradagem -, o golpe parlamentar, a insegurança – mesmo com a
edição de diplomas legais contra a organização criminosa e os crimes hediondos,
bem como o processo de ressocialização da Lei das Execuções Penais (LEP) -, a
crise da previdência social mesmo com as disposições transitórias do montante
arrecadado da seguridade social -, a violência – mesmo com um marco legal
específico em defesa de todo cidadão e cidadã, desde crianças, adolescentes,
mulheres, idosos -, tudo isso e muito mais confirmam que não há o que comemorar,
tendo em vista que tudo, até agora, não passou de mais capítulos perpetuando o
degenerado Fecamepa, agora muito mais
robusto e bem recheado pelo conservadorismo de uma claque sectária que dividiu
o país ao meio: de um lado festeiros do retrocesso que defendem a volta da
ditadura militar e, de outro, timoratos cristãos que berram achando que Deus e
toda humanidade é surda, comprovando ambos que o Brasil só anda pra trás - para
um trogloditismo animalesco que aplaudem sem culpa qualquer reacionarismo e
vaiam sem causa, na base de um por si e Deus pela dinheirama no bolso, o resto
que se exploda, nada mais. Tudo é manifestamente comum, desde a farsa na gestão
do erário público, a propina azeitando a festa entre corruptores e corruptos, o
fabrico indiscriminado de lei para coibir tudo quando, na verdade, promovem confusão
e selam a impunidade com conchavos ajustados por baixo do pano e da moral,
negando o Brasil e tudo da gente daqui, apenas para interesses de uns em
detrimento de todos, como sempre fora desde quinhentos e tantos anos atrás. É chegada
a hora da população brasileira aprumar a conversa! © Luiz Alberto Machado.
Direitos reservados. Veja mais aqui.
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especiais
comTer Pezzi per pianoforte do compositor,
professor e musicólogo Hans-Joachim
Koellreuter; & o
Quartet piano nº 1 op 25 Brahms, Concerto nº5 Vieutxtemps & Israel
Phylarmonic Zubim Mehta da premiada violinista alemã Viviane
Hagner & muito mais nos mais
de 2 milhões de acessos ao blog. Para
conferir é só ligar o som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA –[...] A lição mais importante da ciência é que
a natureza nem sempre corresponde aos anseios e que precisamos encará-la com a
humildade de quem saber muito pouco. [...]. Extraído do artigo O drama
da descoberta (Folha de São Paulo, 2008), do físico, astrônomo e escritor brasileiro Marcelo
Gleiser. Veja mais aqui.
APRENDIZAGEM E
EDUCAÇÃO – [...] Num mundo em que a
produção de conhecimentos adquiriu velocidade vertiginosa, a ênfase nos
conteúdos também é insustentável. É impossível cobrir tudo e atualizar tudo em
tempo real. Pela necessidade de confinuar aprendendo por toda vida, já está
claro que o estudante, mais que receber toneladsa de informações, precisa
aprender o essencial e, mais que tudo, aprender a aprender criticamente. E o
referencial para definir o quê, quando, quanto e como os estudantes devem
aprender precisa ser constuido de outro modo, envolvendo também atores externos
às escolas [...]. Trecho extraído de Gestão de processos de mudança na
graduação em Medicina (Hucitec/Abem, 2004), da médica e professora Laura Feuerwerker.
HISTÓRIA DA
JUSTICEIRA E DO ARCANJO NO PALÁCIO DAS PECADORAS - [...] Não sei se foi: eu só sei que merecia
ter sido. O resto é o resto, e ponto. O tempo apagou todas as pegadas. Cabe
imaginar que o arcanjo esteja na melhor, a vida era muito mais divertida que a
salvação; mas também pode-se supor que Calamity, com o passar do tempo, tenha
se cansado daquilo tudo. Pode-se supor que naquele palácio, coberto de espelhos
que a delatavam, ela já não encontrasse refugio para se esconder de seus anos.
Que o bordel estava em plena glória, com a Orquestra Sinfônica Nacional tocando
ater o amanhecer, e que certa noite Calamity dançou a dança do ventre, nua
debaixo de gazes púrpuras,e o público gargalhou e ela segurou as lágrimas. E
que no dia seguinte, foi embora. Foi embora sem se despedir, quando ninguém
estava vendo. Seu cavalo, Satã, ajoelhou-se para ajudá-la a montar. Ela não
voltou para o norte, rumo á origem; continuou viagem para o sul, rumo ao
destino. Alguém haverá de ter escutado, entre duas luzes, o ruído dos cascos e
o assovio. Ela assoviava. Para se acompanhar? Para se dar coragem? O senhor
decide. E o arcanho? Calamity Jane levou-o no colo? Voltou para o céu, ou
tentou voltar? Converteu-se, macho enfim, num novo Idilio Gallo? Nem se dê ao
trabalho de perguntar. Ninguém saberá lhe responder, em Comayagua ou qualquer
outro lugar deste planeta. Sinto muito, senhor escritor, mamífero plumífero: o
senho não tem outro remédio a não ser inventar. Aceite o abraço cordial da...
[...]. Trechos extraídos da
obra As palavras andantes (L&PM, 1994), do jornalista e escritor
uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015). Veja mais aqui.
O DEUS QUE
ABANDONA ANTONIO – Quando, à
meia-noite, de súbito escutares ; um tíaso inivisivel a passar / com músicas
esplêndidas, com vozes - / a tua Fortuna que se rende, as tuas obras / que
malograram, os planos de tua vida / que se mostraram mentirosos,não o chores em
vão / como se pronto já muito tempo, corajoso, / diz a adeus à Alexandria que
de tu se afasta. / E sobretudo não te iludas, alegando / que tudo foi um sonho,
que teu ouvido te enganou. / Como se pronto há muito tempo, corajoso, / como
cumpre a quem mereceu uma cidade assim, / acerca=te com firmeza da janela / e
ouve com emoção, mas ouve sem / as lamentações ou as súplicas dos fracos, / num
derradeiro prazer, os sons que passam, / os raros instrumentos do místico tiaso,
/ e diz adeus à Alexandria que ora perdes. Poema extraído da obra Poemas (Nova Fronteira, 1982), do poeta grego Konstantínos
Kaváfis (1863-1933), Veja mais aqui e aqui.
KOYAANISQATSI, POWAQQATSI & NAQOYQATSI
O filme Koyaanisqatsi:
Life Out of Balance
(1882) é o primeiro da trilogia Qatsi
de filmes-concertos do cineasta estadunidense Godfrey Reggio, um poema sinfônico visual que significa "vida
maluca, vida em turbilhão, vida fora de equilíbrio, vida se desintegrando, um
estado de vida que pede uma outra maneira de se viver", mostrando diferentes
aspectos das relações entre humanos, natureza e tecnologia, abordando principalmente
o hemisfério norte. O segundo, Powaqqatsi: Life in Transformation
(1988), que quer dizer "vida em transformação", abordando o sul e
países asiáticos. O terceiro Naqoyqatsi:
Life as War (2002), abordando
a grandiosidade de abordar o planeta como um todo, conectado, globalizado,
mergulhado na tecnologia que encurta distâncias e acelera processos de
destruição devido ao seu mau uso, significando "a vida como uma
guerra" ou "a guerra como um meio de vida" e sugerindo a interpretação
como "violência civilizada".
Veja mais:
Samira,
a ruivinha sardenta, Yann Martel, Philippe Blasband, Cristina Braga, Tom
Tykwer, Franka Potente, He
Jiaying, August Macke, Hernani Donato, Interatividade
na Ciberarte, Ana Bailune & Susie
Cysneiros aqui.
Chiquinha
Gonzaga & Todo dia é dia da mulher aqui.
Nélida
Piñon & Todo dia é dia da mulher aqui.
Parábola
Budista, Darcy Ribeiro, Yes & August Macke aqui.
O
recomeço a cada dia aqui.
Pra
saber viver não basta morrer, Leonardo
Boff, Luchino Visconti, Emerson &
Lake & Palmer, Núbia Marques, Felicitas, Pedro Cabral, Psicodrama
& Teatro Espontâneo aqui.
Literatura
de Cordel: História da princesa da Pedra Fina, de João Martins de Athayde aqui.
Robimagaiver:
pipoco da porra aqui.
Dhammapada,
Maslow, Educação & Responsabilidade civil da propriedade aqui.
O
romance e o Romantismo aqui.
Literatura
de Cordel: Brasi caboco, de Zé da Luz aqui.
Big Shit
Bôbras: Zé Bilola candidato a vereador em Xoxotópolis aqui.
A
croniqueta de antemão aqui.
Todo dia
é dia da mulher aqui.
&
ARTE DE AUGUST
MACKE