segunda-feira, abril 13, 2015

ANITA DESAI, CHRISTINA ROSSETTI, COLINE SERREAU, FROMM, NORBERG-HODGE & O BEIJO QUE SE FAZ POEMA

O beijo de Eisenstaedt

“(...) Colada à tua boca a minha desordem. O meu vasto querer. O incompossível se fazendo ordem. Colada à tua boca, mas descomedida... (...) eu te sorvo extremada à luz do amanhecer”. (Hilda Hilst, Do desejo).

O BEIJO QUE SE FAZ POEMA

Luiz Alberto Machado

O beijo de Rodin

A DELÍCIA DO BEIJO RELUZENTE

A tua reluzência de indelével pajuçara te faz dominante na alcova serena de nossa entrega, onde eu juro querer-te a mais da conta sob a sedução de um espectador vidrado na tua dança gambeta que torna a nossa fogueira nefanda mais queimante no galardão da oferenda e a nos premiar um gozo próximo da overdose real.

Ah, quanta majestade nua saltatriz para a minha sentinela indômita que no desespero procura alcançar tua freguesia inteira e fazer-te minha, capaz de invadir tripetrepe todos os teus esconderijos de Ménade lépida, de Tiade acessível à palma da minha mão pedinte.

Ah, vem, Iara minha, vem com o teu beijo alucinado litigar nossos vadios desejos com a chama que faísca de teus lábios de cocksucker gulosa, de gulp-girl mais que desejada, para que eu possa enlouquecido blow-job ofertar-te minha satisfação de sorvete de morango lambido e chupado.

Ah, vem, Iara minha, Iara nua, vem tépida como a quintessência de tua manifestação que eu quero à mão-tenente explorar teu rendengue com minha língua a apoderar-se do teu chanisco com tucuras providentes até que nossa perversão possa explodir tua compleição robusta ingênita e possuir-te inteira com teu sabor agridoce de freguesia desejada.

Ah, vem, Iara minha, Iara nua, quero possuir-te toda de popa à proa, minha enlouquecida musa, minha transbordante Vênus de Milo que remexe audaciosa, que se vira lúbrica, que se arrepia a dar-me o dorso nu, os ombros de santantonio para que eu possa probo mais diligente ocupar-me de tuas ancas, que pai-joão delicioso, que pódice saboroso, que capitel de sonhos desejados!

Ah! Iara minha, como sou feliz em fazer-te mais que lua possuída a me saciar nos teus queixumes de fogosa insone, nos teus dotes de gostosa imune, na tua alma de maravilha realizada.


O beijo de Rubens Gerchman

AH, ESSES LÁBIOS...

Ah esses lábios que me fazem drupa orvalhada na gula dos seus desejos incendiários e se torna alvo perfeito pelo deleite de fruta madura na sede do meu corpo.

Ah esses lábios são parcelas alquímicas na tesão que inflama a promessa de todas as delícias recônditas dos que desejam demais;

E que molhados de gozo me carregam volúpia adentro dos sabores maciços mais apetitosos no mormaço de todas minhas lascívias de verão.

São lábios bons de beijar pela reserva de mel que prova que não sou nada além da cobiça de ser sugado pela avareza dessas fatias de prazer na felação de todas as translúcidas luzes de se ser.

São bons de chupar por serem salientes amálgamas que guardam a língua profana na festa dos meus bacos ressurgidos com sua porção mágica de me fazer homem de devaneios e subverte a banda lunar do meu vulcão ardente na orgíaca saliva que me lambuza todo na folia do sêmen que brota e renasce entre o batom da carne que beija o falo e sou sol mais que no meio-dia.

Ah esses lábios querentes e requerentes de mim onde sou inteira nau adusta do dar-se em si até finar as horas na erupção de nossas vertigens em transe.

O beijo de Ricardo Paula.

BEIJU

Ela dá de ombros e eu só escombros nos assomos dela. É quando revela secreta, peito nu, alma aberta, toda delícia, verdadeira sevícia no meu bocejo. Ela me dá um beijo e se mostra atiçada e vem toda ouriçada pra cima de mim. E assim acende o beiju abalando Bangu e toda redondeza. E se faz minha presa e, também, a caçadora, a total predadora e rendida de graça. Quando meu beijo perpassa, ela rasteja lagartixa que bem muito se espicha sobre meu território. E no seu envoltório, se arrasta, rasteja, arrebata, viceja e me faz mais feliz.

O beijo da Esfinge, de Franz von Stuck.

BEIJO

Dos lábios rubros dela, ah botão de rosa convidativo, o mormaço do desejo escaldante que me contagia e meu coração bate furioso para dizer alguma coisa, não há de dizer nada, apenas beijá-la, um beijo além da foto de Eisenstaedt, um beijo real para lá dos de concreto de Rodin, um beijo além da poesia.

Ah, dos lábios rubros dela carne da minha boca mil vezes toda química do afeto e eu suplicante mais que duzentas pulsações cardíacas, enlouquecendo para morder seus mamilos, abocanhar seus suspiros, até os seus pecados e é só o que respiro.

Ah, o beijo e dela nua e linda, o beijo da mulher amada ateando meu incêndio e eu com a mão no fogo inextinguível na boca demolidora dos lábios inguinais onde sou raio de corisco enquanto ela troveja no que sou de canibal.

O beijo dela eu devoro a carne fresca da mulher amada e desliza em sonhos e chove a nossa torrencial descarga de suor que vem da cascata de desejo.

O beijo dela e o meu na flor escarlate provocativa de todo sangue vivo pelo azougue de vitalidade do útero acolhedor de égua assustada, acuada, fugidia com seu jeito veloz de eviscerar fragrâncias refugiando minha loucura.

O beijo e eu na mulher amada, o rosto, o riso, os seios, o corpo todo e a gente nenhuma âncora decolando no tempo piromaníaco, onde a gente faz a festa na ferocidade do cio, um ao outro a refeição do dia e eu, os lábios dela, a vida dela, o gozo dela.

Veja mais abaixo e mais aqui.
 

DITOS & DESDITOS - Eu vi que a comunidade e um relacionamento próximo com a terra podem enriquecer a vida humana além de toda comparação com riqueza material ou sofisticação tecnológica. Eu aprendi que outro caminho é possível... A localização econômica é a chave para sustentar a diversidade biológica e cultural - para sustentar a vida em si. Quanto mais cedo mudaremos para o local, mais cedo começaremos a curar nosso planeta, nossas comunidades e a nós mesmos... Pensamento da cineasta sueca Helena Norberg-Hodge, que no seu livro Ancient Futures: Learning from Ladakh (Rider & Co, 1992), ela expressa que: [...] Se o nosso ponto de partida é o respeito pela natureza e pelas pessoas, a diversidade é uma consequência inevitável. Se a tecnologia e as necessidades da economia são o nosso ponto de partida, então temos o que enfrentamos hoje — um modelo de desenvolvimento que está perigosamente distanciado das necessidades de povos e lugares específicos e rigidamente imposto de cima para baixo. [...] A cultura antiga refletia as necessidades humanas fundamentais, respeitando os limites naturais. E funcionou. Funcionou para a natureza e funcionou para as pessoas. Os vários relacionamentos de conexão no sistema tradicional eram mutuamente reforçadores, encorajando a harmonia e a estabilidade [...]. Veja mais aqui & aqui.

 

ALGUÉM FALOU: Quando você caminha por duas horas em uma montanha, você fica mais inteligente... O caos está cheio de esperança porque anuncia o renascimento... O trabalho das mulheres não é um presente para as mulheres, é um presente para a sociedade... A opressão de gênero atravessa classes sociais... Pensamento da atriz, cineasta e escritora francesa Coline Serreau, autora do documentário Solutions locales pour un désordre global (2010), no qual expressa: Tínhamos saído do mundo das mulheres, do campo da benevolência, entrámos no da cidade, dos homens, das suas lutas, da sua raiva para se compararem, agora os perigos rodeavam-nos por todos os lados.

 

MEDO À LIBERDADE – [...] Agir contra as ordens de Deus significa libertar-se de coerção, emergindo da existência inconsciente de a vida pré-humana ascenda ao nível humano. Aja contra o mandamento da autoridade, cometa pecado, é, no seu aspecto humano positivo, o primeiro ato de liberdade, isto é, o primeiro ato humano. [...]. Trecho extraído da obra O Medo á liberdade (Ltc, 1983), do filósofo, sociólogo e psicanalista alemão Erich Fromm (1900-1980). Veja mais aqui, aqui & aquii.

 

O ARTISTA DO DESAPARECIMENTO – [...] Não havia ninguém a quem ele pudesse explicar que, para sobreviver, ele precisava estar em altitude, uma altitude do Himalaia, para poder respirar. [...] Era como se as cortinas descessem sobre tudo isso, se não o obliterassem completamente, quando a monção subia em nuvens trovejantes do vale ressecado abaixo para engolir as colinas, invadindo-as com a névoa opaca na qual um pinheiro ou o topo de uma montanha apareciam apenas intermitentemente, e então desencadeava uma chuva torrencial que parava as divagações de Ravi e o confinava em casa por dias a fio, ensurdecido pela chuva que batia no telhado e caía em cascata pelas calhas e pelos canos para descer em torrentes. [...] Tudo na casa ficou úmido; a pele azul do mofo rastejava furtivamente sobre qualquer objeto deixado de pé pelo menor período de tempo: sapatos, bolsas, caixas, consumia tudo. Os lençóis da cama estavam úmidos quando ele se colocava entre eles à noite, e a escuridão ressoava com a cacofonia estridente dos grandes grilos das árvores que estavam esperando por esta, sua temporada [...]. Trecho extraído da obra The Artist of Disappearance (Houghton Mifflin, 2012), da escritora Anita Desai (Anita Mazumdar), que no seu livro The Zigzag Way (Houghton Mifflin, 2006), ela expressou que: [...] O tempo não é uma escada que sobe para o futuro, mas uma escada que desce para o passado [...]. No libro The Village by the Sea (Penguin, 2010), ela assinala: [...] A roda gira e gira e gira: ela nunca para e nem fica parada. [...]. No livro Baumgartner's Bombay (Harper Perennial, 2000), ela diz: […] As pessoas param, olham fixamente. Ninguém para e olha fixamente se um dos seus próprios mendigos cai morto na rua. Não, apenas pise nele como se fosse uma pedra, ou um cocô de cachorro e vá embora rapidamente. Mas quando eles veem um homem branco com cabelos dourados caído na rua, todos param, todos gritam, "Hai - hai, - pobre garoto, chame o médico, chame a ambulância. O que aconteceu, Farrokh-bhai? [...]. No livro Games at Twilight (Vintage, 1998), ela relata que: […] As buganvílias pendiam ao redor, roxas e magentas, em balões lívidos [...]. Na obra Fasting, Feasting: A Novel (Vintage, 2000), ela expressa: […] O verde pende, goteja e balança em cada galho, ramo e folhagem na exuberância crescente de julho. [...]. Na obra Clear Light of Day (Mariner, 1980), ela narra: […] Rápida, nervosa e saltitante - ainda assim, para as crianças, ela era tão constante quanto um cajado, uma árvore com a qual se pode contar para não arrancar sua raiz e se mover durante a noite. Ela era a árvore que crescia no centro de suas vidas e em cuja sombra elas viviam. [...]. Por fim, no livro Fire on the Mountain (Vintage, 2001), ela expressa: […] A princípio, ela os confundiu com folhas de papel crepom rosa que alguém havia amassado e jogado descuidadamente encosta abaixo, talvez depois de outra festa surpreendente no clube. Um momento depois, ela se lembrou das palavras de sua bisavó e viu que eram hostes de zephyranthes rosa selvagens que surgiram na noite após a primeira queda de chuva. [...]. Veja mais aqui & aqui.

 

TRÊS POEMASSAFO - Eu suspiro ao amanhecer, e suspiro \ Quando o dia monótono está passando, \ Eu suspiro ao entardecer, e novamente \ suspiro quando a noite traz sono aos homens. \ Oh! Seria muito melhor morrer \ Do que assim lamentar e suspirar para sempre, \ E no sono sem sonhos da morte estar \ Inconsciente de que ninguém chora por mim; \ Aliviado do meu peso de pesar, \ Esquecido do esquecimento, \ Descansando da dor, cuidado e tristeza \ Pela longa noite que não conhece amanhã; \ Vivendo sem ser amado, morrer desconhecido, \ Sem ser chorado, sem ser cuidado e sozinho. NO ESTÚDIO DE UM ARTISTA - Um rosto olha para fora de todas as suas telas, \ Uma mesma figura senta-se ou anda ou inclina-se: \ Nós a encontramos escondida logo atrás daquelas telas, \ Aquele espelho devolveu toda a sua beleza. \ Uma rainha em vestido de opala ou rubi, \ Uma garota sem nome em verdes de verão mais frescos, \ Um santo, um anjo - cada tela significa \ O mesmo significado, nem mais nem menos. \ Ele se alimenta de seu rosto dia e noite, \ E ela com olhos verdadeiros e gentis olha de volta para ele, \ Bela como a lua e alegre como a luz: \ Não pálida com a espera, não com a tristeza turva; \ Não como ela é, mas era quando a esperança brilhava forte; \ Não como ela é, mas como ela preenche seu sonho. LEMBRAR - Lembre-se de mim quando eu tiver ido embora, \ Ido para longe na terra silenciosa; \ Quando você não puder mais me segurar pela mão, \ Nem eu meio que me virar para ir embora, ainda assim, fique. \ Lembre-se de mim quando não mais dia após dia \ Você me contar sobre o nosso futuro que planejou: \ Apenas lembre-se de mim; você entende \ Será tarde para aconselhar ou orar então. \ No entanto, se você me esquecer por um tempo \ E depois se lembrar, não se aflija: \ Pois se a escuridão e a corrupção deixarem \ Um vestígio dos pensamentos que uma vez eu tive, \ Melhor de longe você esquecer e sorrir \ Do que você lembrar e ficar triste. Poemas da poeta britânica Christina Rossetti (1830-1894). Veja mais aqui, aqui & aqui.

 


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