
Imagem: A delightful surprise small, da pintora francesa Adélaide Labille-Guiard (1749-1803)
Ouvindo O coração do homem bom – ao vivo (ao vivo mesmo), do cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro.

NO COMEÇO... - No livro O sexo na história (Francisco Alves, 1983) da historiadora e escritora
britânica Reay Tannahill (1929-2007),
encontrei o relato de como se deu o começo da vida: No ano 4004 aC., precisamente às nove horas da manhã de 23 de outubro,
“Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os
criou”. O ano, dia e hora da criação, não especificados na própria bíblia,
foram calculados por dois eruditos do séc. XVII, após um estafante estudo
cronológico do Antigo Testamento, sendo a informação acolhida com agrado pela
maioria de seus contemporâneos, acostumados a encarar a bíblia como a verdade
literal. A possibilidade de encontrar-se uma data para a criação emprestava à
mesma uma confortadora realidade. Mais 200 anos passariam, antes que a nova
ciência dos vitorianos começasse a dissipar as bordas da ilusão das escrituras.
Então, em 1859, foi publicada A origem das espécies, por meio da seleção
natural, de Charles Darwin. [...] Não
houvera nenhum ato único de criação. Como as demais espécies do mundo, o homem
desenvolvera de alguma forma primitiva de vida. [...] Diz-se que a esposa do bispo de Worcester teria exclamado: “Esperemos
que não seja verdade, mas, se for, rezemos para que não se torne conhecido”. A
história não registra se ela teve a ideia de perguntar: “Que espécie de
macaco?”. E isto importa? [...] De
maneira geral, o atual ponto de vista sobre a transição do macaco para o homem
é que, entre 20 e 14 milhões de anos atrás, os descendentes de um verdadeiro
macaco divergiram ao longo de 3 diferentes ramos da árvore genealógica. Um
grupo evolveu para os ancestrais dos gorilas, chimpanzés e orangotangos; outro
para um grande símio do solo, não muito diverso do babuíno, que errou pela Ásia
durante um determinado período, até sua extinção; e o terceiro, para o
Ramapithecus – o ancestral direto do homem. No decorrer de mais alguns milhões
de anos, o Ramapithecus trocou a vida nas árvores por outra no solo, passando a
comer carne, bem como frutos e vegetais. Isto lhe forneceu proteína extra que –
se a história humana deve ser mencionada como evidência – sem dúvida acelerou consideravelmente sua evolução: os 5
mil anos demonstraram que as pessoas com alta ingestão proteica são,
geralmente, mais dinâmicas que as vegetarianas. E o Ramapithecus precisava ser
dinâmico, porque agora competia por seu alimento, a única coisa que realmente
lhe importava, com os grandes e ágeis felinos que imperavam no solo relvoso.
Por fim, ele descobriu que dois pés e duas mãos – umas das quais podia ser
usada para desfechar mísseis contra os inimigos – eram muitíssimo mais úteis
que apenas quatro pés, de maneira que o resultado foi uma mudança para o que é
deselegantemente conhecido como locomoção bípede. Em termos evolutivos, isto se
revelou ser mais um catalisador que uma conclusão, mas entre seus resultados
diretos – embora a longo prazo – tivemos a Vênus de Milo, o Kama-sutra, Miss
Universo e a Alegria do sexo. O que uma postura vertical fez pela humanidade,
foi força-la a reconsiderar a tradicional posição de acasalamento dos primatas
e, mais tarde, estabelecer a beleza sob um diferente conceito. Veja mais
aqui, aqui e aqui.



Veja mais sobre:
Rompendo o passado pro futuro, a literatura de Hermilo Borba Filho, A história da riqueza do homem de Leo Huberman, a música de Mauro Senise Quarteto, a
pintura de Armand Point & Otto Lingner aqui.
E mais:
A sina de Agar, a poesia de Adalgisa Nery, a literatura
de Anita Loos, o pensamento de Ayn Rand, o teatro de Jean-Louis Barrault, a
música de Cláudia Riccitelli & The Bossa Nova exciting Jazz Samba
Rhythms, a pintura de Jose Gutierrez de la Vega, o cinema de Malcolm St.
Clair, Marilyn Monroe & Delasnieve Daspet aqui.
Papo de Antemão, a literatura de Kazuo Ishiguro, A
Felicidade de Eduardo Giannetti, A filosofia da arte de Hippolyte Taine, o
teatro de Anton Tchekhov, Topsy-Turvy, a música de Gonzaguinha, a escultura de
Wolfgang Alexander Kossuth, Direito à Saúde, Fecamepa & O gozo dela aqui.
A Biblioteca Pública Fenelon Barreto, As flores do mal de Charles Baudelaire,
O estandarte da agonia de Heloneida Studart, a música de Lenine, o cinema de
Amácio Mazzaropi, a pintura de Gino Severini, a arte de Walter Levy & a fotografia
de Eadweard Muybridge aqui.
A poesia de Pablo Neruda, a música de
Björk, o teatro de Teixeira Coelho, a pintura de Modigliani & Zinaida Evgenievna
Serebriakova, a arte de Elsa Zylberstein, a ilustração de René Follet, a arte
de Beatrice Brown, Rubens da Cunha & Uma mulher por cem cabeças de gado aqui.
Alô, alô Brasis, Texto/Contexto de Anatol Rosenfeld, A
ética de Baruch Espinoza, a música de Edu Lobo & Cacaso, a poesia de Chico
Novaes, a fotografia de Albert Arthur Allen, a arte de Lygia
Pape & a pintura de Henri Lehman aqui.
Os tantos e muitos Brasis, A arte no horizonte do provável de
Haroldo de Campos, As cartas de Geneton Moraes Neto, a fotografia de Brian
Duffy, a pintura de W. Cortland Butterfield, a arte de Laura Barbosa &
Adriana Zapparolli, a poesia de Leo Lobos & Fonte aqui.
A vida e a lógica da competição, A inteligência brasileira de Max Bense,
a filosofia de Max Horkheimer, a poesia de Affonso Romano de Sant’Anna, a
música de Pierre Boulez & Pi-Hsien Chen, a fotografia de Sebastião Salgado,
a arte de Anna Bella Geiger, a pintura de Herbert
James Draper & Umberto Boccioni aqui.
A fábula do maior ninguém, O conhecimento e interesse de Jürgen
Habermas, A República de Platão, a música de Antonio Soler & Maggie Cole, a
poesia de Zé Limeira, a fotografia de Howard Schatz, a pintura de Ryohei Hase,
a arte de Kurt Schwitters & a Companhia do Ballet Eliana
Cavalcanti aqui.
Ressonâncias ávidas além do amor, Da diáspora de Stuart Hall, O virtual
de Pierre Lévy, a música de Daniel Binelli & Giselle Boeters, a arte de Doris Savard, a pintura de Eloir Júnior, Luciah Lopez & Ana Bailune aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.