A SOLIDÃO DE
ANASTÁCIA... – Sua mãe Delminda, era Bantu do Congo. Foi arrematada pelo senhor assim
que chegou no cais do Brasil. Não demorou muito e foi estuprada pelo mandão.
Então engravidou e daí nasceu Anastácia, uma bela menina de cor com seus olhos
azuis. A criança crescia e chamava atenção, tornou-se uma belíssima adolescente
que era cobiçada pela gula dos senhores e antipatizada pelas sinhás enciumadas.
Resistiu o quanto pode aos assédios e logo foi sentenciada pelos senhores, a
utilizar uma máscara de flandres. Assim viveu dias e noites, só retirando a
mordaça exclusivamente para alimentação. Assim suportou sua dor e todos os maus
tratos, foi abusada e reagiu com todas as forças. Não tinha sobrenome, apenas
tratada por escrava Anastácia. E enquanto sobrevivia à sua sina, usava de suas
mãos para curar os que a ela chegavam enfermos. Obrou milagres, diziam. Salvou até
a vida do filho do próprio fazendeiro algoz. Não lhe foi poupada a vida de
tantas agruras e sucumbiu para se tornar uma lenda para todo o sempre. Até hoje
é cultuada todo dia 12 de maio. Veja mais aqui, aqui & aqui.
DITOS &
DESDITOS - A uniformidade não é o caminho da natureza, mas a diversidade... Na
economia da natureza, a moeda não é o dinheiro, é a vida... Pensamento da
filósofa, física, ecofeminista e ativista ambiental indiana Vandana Shiva,
que no seu livro Soil Not Oil: Environmental Justice in an Age of Climate
Crisis (North Atlantic, 2015), ela expressa que: [...] A natureza encolhe à medida que o capital cresce. O
crescimento do mercado não pode resolver a própria crise que cria. [...] e no seu livro Earth Democracy: Justice,
Sustainability, and Peace (North Atlantic, 2015), ela assinala que: […] Sempre que nos envolvemos em padrões de consumo ou
produção que consomem mais do que necessitamos, estamos envolvidos em violência
[...]. Veja mais aqui.
ALGUÉM FALOU: Recuperar
é uma aventura, tanto empírica quanto pragmática, porque não significa
principalmente retomar o que foi confiscado, mas sim aprender o que é preciso
para habitar novamente o que foi devastado... Pensamento da filósofa e
historiadora belga Isabelle Stengers, autora de obras como La Volonté
de faire science. À propos de la psychanalyse (Les Empêcheurs de penser en
rond, 1992), L’Invention des sciences modernes (La Découverte, 1993), Souviens-toi
que je suis Médée (Les Empêcheurs de penser en rond, 1993), Sciences et
pouvoirs. Faut-il en avoir peur? (Labor, 1997), Cosmopolitiques (7 vols - La
Découverte, 2003), La guerre des sciences aura-t-elle lieu? (Les
Empêcheurs de penser en rond, 2001), L'Hypnose entre magie et science (Les
Empêcheurs de penser en rond, 2002), Penser avec Whitehead. Une libre et
sauvage création de concepts (Le Seuil, 2002) La Vierge et le neutrino.
Quel avenir pour les sciences? (Les Empêcheurs de penser en rond, 2006), Au
temps des catastrophes. Résister à la barbarie qui vient * La Découverte,
2008) e Une autre science est possible ! Manifeste pour un
ralentissement des sciences (Les Empêcheurs de penser en rond/La
Découverte, 2013). Veja mais aquí e aquí.