SOBREVIVENTE DE
DEZEMBRO A DEZEMBRO – (Imagem:
desenho de um sobrevivente da bomba atômica, Odawa Sagami – Hiroshima Peace Memorial Museum ) Sobrevivente sou
desde a contagem regressiva da virada do ano passado, e olhe que a coisa vem
aos solavancos e na maior banguela ladeira abaixo, eu no meio, pedindo arrego acenando
pra ver se alguém me enxerga no meio do afogamento todo desse alagamento que
quase não tem mais fim e engolindo todo mundo! Ave, teietei! Foi. O ano engatou
a primeira e, ao debrear, passou logo pra quinta da sexta marcha, coisa mais
parecendo do tipo velocidade da luz num turbilhão sem fim que, quando dei fé,
era dezembro! Menina! Vixe! Pois é, é como se o Brasil batesse o pé pra ser
levado a sério e, por causa disso, Papai Noel tivesse caído nas suspeitas da
Lava Jato por indícios de que estava carregando no saco dinheirama traficada
dos subornos da Petrobrás, sendo procurado coercitivamente pelos quatro cantos
do mundo pela Polícia Federal e responsabilizado pelo azedume que ficou a
economia pros empresários infelizes por não terem salvado o seu natal e que, por
consequência nefasta disso, o time lá de nem sei quem dos fulanos dos colhões
inchados caiu pra segunda divisão e levou junto uma tuia de deputado e senador
pra bancarrota o que periga tirar de circulação um bocado de bloco que é capaz
de nem sair no carnaval do ano que vem, aumento de meio mundo de coisa por
carestia nos bolsos deles e num efeito em cadeia que vai pegar a gente
desprevenido só pra risadagens deles. Coisa de louco no maior breu! Pelo jeito
está tudo enganchado com o aumento das passagens e o calote da previdência no
golpe que vai de vento em popa e a gente pagando o pato pela bilionésima vez e
não se aprende e vota tudo de novo de eleição em corrupção avolumando o
desespero de quem acha que não tem nada a ver com isso e está com o rabo preso
até o último pentelho do cu. Valha-me quem quer que seja que esteja de plantão!
Vá lá que seja qualquer segundo do terceiro escalão que o Brasil só volta a
funcionar de mesmo só depois do carnaval. Eu mesmo só não bati as botas de vez,
porque fui contemplado com a magia dos encantos de Freyaravi, o amor aquecendo
o coração no verão de dezembro a dezembro, ulalá. Não fosse o feitiço dela,
larali laralá, eu já tinha emborcado na primeira esquina dos vexames, porque o
Brasil só está servindo mesmo pra matar a gente do coração ou de qualquer outro
susto. Sobrevivente eu vou & vamos aprumar a conversa! © Luiz Alberto
Machado. Veja mais aqui.
Curtindo o álbum Vespertine (Universal Music, 2001), da cantora e compositora
islandesa Björk. Veja mais aqui,
aqui e aqui.
Veja mais sobre:
Crônica
natalina, John
Keats, Lampedusa, Gregório
de Matos Guerra, Betinho, Chet Baker, Paulo Cesar Sandler, Franco
Zeffirelli, Willy Kessels, Hans
Makart & Teatro Renascentista aqui.
E mais:
Natal de Popó aqui.
Pastoril do Doro aqui.
O banquete natalino de Beliato aqui.
Papai Noel amolestado aqui.
A prisão do Papai Noel aqui.
Então, é natal aqui.
Quando o Brasil dá uma
demonstração de que deve mesmo ser levado a sério aqui.
A croniqueta de antemão aqui.
Proezas do Biritoaldo aqui.
&
DESTAQUE: LA PIANISTE
O
premiado fil7me La pianiste (A
professora de piano, 2001), escrito e dirigido por Michael Haneke, baseado no romance Die Klavierspielerin, da escritora e dramaturga austríaca Elfriede Jelinek, conta a história de
uma solitária e fria professora de piano, reprimida sexualmente e é flertada
por um de seus alunos e, depois de costumeiras idas a uma loja pornográfica,
resolve aceitar o jogo sadomosoquista com o aluno. O destaque do filme fica por
conta da atuação da premiada atriz francesa Isabelle Huppert.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Arte da série Ophelia II, da artista plástica Márcia Porto.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra:
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.