VAMOS APRUMAR A
CONVERSA! - A gente vê de tudo na vida: de farsante se
passando por artista de cinema, de maloqueiro amostrado na maior de bicudo rico,
manhoso dando jeito de conseguir de tudo na maior tramoia, até sabidos que
levam tudo na pontinha do dedo da vantagem e, nenhum deles, dá pra checar uma
topada boa ou tombo que seja. A qualquer reviravolta ou desmantelo, viram logo
de casaca, cagam fora do penico e arrumam o jeito de se pendurar até no
impossível pra dá volta e ficar por cima, sem ao menos dá a menor pinta de
honradez, castigando no óleo de peroba e com a boca aberta nos bolsos e na
braguilha dos maiorais. Ô gentinha que vende a alma – com a cantilena da
fidelização ao cargo, nunca ao homem -, quando não negociam o alheio para não
passarem nunca pelo aperto. Bastam fitar de longe um mata-burro de providenciarem
imediatamente a remoção de óbice que houver, pra deixar tudo de porteira
escancarada ao bel prazer. Eu mesmo fico só no conferido dos engodos e embustes
que hoje são do tope das celebridades que desfilam bulhufas e fungados na
telinha. Não são muito diferentes daqueles que no dia a dia da gente fingem
ajudar, todos solícitos e cordiais escondendo o riso da cavilação e dando
pitacos só pra ver a gente derrapar na curva, quando, na verdade, não passam de
indiferentes desalmados e olvidam ou se fazem de moucos a qualquer pedido de
socorro, na maior vista grossa ou lavando as mãos pra que a gente caia na primeira
boca de caieira. Isso quando não são aqueles que são carne-de-pescoço e obstam
com tudo, sempre do contra e botando o maior gosto ruim no dicomer, ou
encarando a gente como se do pescoço pra baixo fosse tudo canela pro chute ou
rasteira. Afora, aqueles que abrem os olhos de seca-pimenteira ao ver o da
gente florindo de boniteza e findar murchando na hora, de só sobrar o desolado
sem mais serventia pra nada. Ô-lá-lá. Tudo na base do lavou está novo, o que foi
já era e o coro do vamos se arrumar. Se alguém lembrar de algo de alguns anos
perto deles, na hora aparece apagador com a admoestação de que passado não move
moinho. Sou mais a do George Santayana: Aqueles
que ignoram o passado estão condenados a repeti-lo. Não seria essa a
condenação de todos nós que somos o povo brasileiro? E vamos aprumar a conversa
& tataritaritatá! © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui.
Curtindo o álbum Vivre libre (Alby Music,
1995), da cantora e performer francesa Catherine Ribeiro. Veja mais aqui.
Veja mais sobre:
Sanha, a
história da canção, Bronislaw
Malinowski, Wolfgang Amadeus Mozart, Paul Gustave Doré, Sharon Bezaly, Anna
Wakitsch, Lendas Africanas, Jaci Bezerra, Silvio Rabelo, Bertrand Bonello, Clara
Choveaux, Ivoneide Lopes, Ju Mota & A história de dois moços e quatro moças
aqui.
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Ginofagia da chegada dela pro amor aqui.
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incógnita do prazer aqui.
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alimentar aqui.
&
DESTAQUE: O SONO ININTERROMPIDO DE SCHOPENHAUER
[...] desviemos
um instante os olhos de nossa própria indigência e de nosso limitado horizonte:
levemo-lo sobre esses homens que venceram o mundo nos quais a vontade,
atingindo a perfeita consciência de si, se reconheceu em tudo que existe e
livremente renunciou a si mesma [...] então,
em vez desse tumulto de aspirações sem fim, em vez dessas passagens constantes
do desejo ao medo, da alegria ao sofrimento, em vez dessas esperanças sempre inalcançadas
e sempre renascentes, que fazem da vida humana, enquanto animada pela vontade,
um sonho ininterrompido, não perceberemos mais do que esta paz, mais preciosa
que todos os tesouros da razão, a calma absoluta do espírito, esta serenidade
imperturbável, tal como Rafael e Corregio a pintaram nas figuras de seus santos
e cujo brilho deve ser para nós a mais completa e verídica anunciação da boa
nova: a vontade desapareceu; subsiste apenas o conhecimento.
Trecho extraído da obra O
mundo como vontade de representação (Die Welt als Wille und Vorstellung,
1919 - Unesp, 2005), do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860).
Veja mais aqui, aqui e aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A arte da proeminente figurinista, artista
gráfica e pintora do cubo-futurismo russo Natalia Goncharova (1881-1962)
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra:
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.