quarta-feira, dezembro 28, 2016

REBECCA WEST, ANA TORROJA, ALAN BRIDGES & JULIE CHRISTIE, GARNAVAULT & MISTÉRIO DA VIDA



O MARAVILHOSO MISTÉRIO DA VIDA - Imagem: arte abstrata da pintora francesa Marie-Louise Garnavault (1911-2012).- Quando eu vejo sei que verifico uma infinidade de coisas, cores, movimentos, situações, eventos, realizações. Também sei que ao meu olhar, apesar de captar uma imensidade de fenômenos, escapam outros tantos, entre os quais aqueles que quase são considerados na conta de inexistentes. Por conta disso, sei que ao enxergar algo, apenas estou distinguindo determinada especificidade; o restante, contudo, mesmo cônscio de sua existência e da minha limitação em reparar toda a dimensão do que se encontra ao meu redor, se perde longe da minha percepção. Da mesma forma ocorre quando ouço um tanto de tons e sons, inferindo que um tanto de outros níveis sonoros nas escalas mais graves e nas mais agudas são desperdiçadas ou não alcançadas por minha audição. Também no que toco de superfícies, texturas, estímulos, quenturas, durezas, friagens e formas; ou no que saboreio de doces, salgados, amargos e insossos; ou nos olores e odores, todos aos volumes qualitativos e quantitativos, o quanto, além disso, é inalcançável ou incompreensível por extrapolarem nossos sentidos. A noção que tenho dessa constatação é que não só reconheço minha finitude, como me cientifico da minha própria imperfeição, razões pelas quais tenho a consciência de que não possuo a mínima condição de julgar ninguém, muito menos de assegurar que conheço alguém. Sei que entre o que percebo e o que sou, existe algo que até eu mesmo não sei, mas que está dentro de mim e, ao mesmo tempo, entre eu e tudo. Coisas sei que existem sem que tenha que constatar com meus sentidos, bastando ter a compreensão das frequências de sons, luz e cor que nos são imperceptíveis. Sei também que sou hoje muito diferente do que fui antes e o serei mais ainda amanhã: sempre em processo, evoluindo ou involuindo. Nem eu sei de mim mesmo, a cada dia novas descobertas do que sou. De certezas, nenhuma; dúvidas, tantas quantas possíveis e impossíveis, graças a Deus. Fico a cada dia que se passa mais fascinado com o que descubro de maravilhas no organismo humano, como se o Criador me exigisse de modo provocante ir cada vez mais profundamente ao meu interior e ao de todo ser vivo, para constatar o quão maravilhoso é não só visualizar os mais estonteantes espetáculos da natureza e do Universo, como também o de acompanhar a engenhosidade divina das vibrações, atrações e pulsações dos mínimos órgãos ou de aparentes ínfimas estruturas orgânicas do nosso corpo, desde as sinapses cerebrais às produções das glândulas endócrinas, da explosão de espermatozóides em direção ao óvulo, a concepção, a geração, enfim, dos mínimos e integrados funcionamentos de nossa organização corporal. É com isso que entendo a máxima de que assim como é em cima é embaixo. E vivo para aprender sempre o maravilhoso mistério da vida. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui

 Curtindo o álbum ao vivo (cd+DVD) Connection (Ocesa Seitrack/Sony Music, 2015) da cantora e compositora espanhola Ana Torroja.

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DESTAQUE: O REGRESSO DO SOLDADO
O livro O regresso do soldado (Relógio d’Água, 2009), da escritora estadunidense Rebecca West (1892-1983)conta a história do regresso de um soldado da linha de frente na I Guerra Mundial, com um trauma que lhe varreu a memória dos últimos quinze anos. Ao encontrar mulheres do seu passado, recorda-se da prima como amiga de infância, não tendo qualquer memória da esposa e apenas ligando-se a uma paixão da juventude. Em 1982 a obra foi adaptada para o cinema na direção de Alan Bridges, com destaque par atuação da premiada atriz britânica Julie Christie.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagem: arte abstrata da pintora francesa Marie-Louise Garnavault (1911-2012).
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CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra: 
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PATRICIA CHURCHLAND, VÉRONIQUE OVALDÉ, WIDAD BENMOUSSA & PERIFERIAS INDÍGENAS DE GIVA SILVA

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