
ÁRTEMIS – Na mitologia
grega Ártemis é a deusa virgem da vida selvagem e da caça, das florestas e
colinas, dos animais selvagens, da religião selvagem, do parto, da fertilidade,
da virgindade e protetora das meninas, filha de Zeus e de Leto, irmã gêmea de
Apolo e, mais tarde, associada à lua e à magia. Ele foi representada como uma
caçadora carregado um arco e flechas, sendo o cervo e o cipreste sagrados para
ela. É Diana na mitologia romana e que quando criança, questionada por Zeus
sobre seu desejo de aniversário, ela pediu que fosse circular livremente pelas
matas, ao lado dos animais ferozes, dispensada para sempre da obrigação de se
casar. Veja mais aqui.
Curtindo o álbum Rossini (2008), com as composições do
compositor erudito italiano Gioachino
Rossini (1792-1868), na interpretação da cantora lírica Olga
Peretyatko, com a
Orchestra del Teatro Comunale di Bolongna, sob a regeência do maestro Alberto
Zedda. Veja mais aqui.
EPÍGRAFE - Amittir
merito proprium qui alienum appetit, frase extraída da moralidade do fabulista romano Caius Iulius Paedro (15 a.C. – 50
.a.C. – Caio Julio Fedro), adaptou as fábulas de Esopo para versões metrificadas
e que se
traduz por: perde o seu próprio bem quem cobiça o alheio. Veja mais aqui, aqui
e aqui.
MULTIMIDIAÇÃO DO PROCESSO ARTÍSTICO - No livro
Poesia, antipoesia, antropofagia (Cortez, 1978), do poeta, tradutor e ensaísta brasileiro Augusto
de Campos, foi um dos criadores da poesia concreta brasileira, destaco o
trecho: [...] Para
mim, o fato novo para a produção artística, que emergiu mais claramente na
década de 80, reativando e potencializando as propostas da vanguarda, é
precisamente a tecnologia [...] A
revolução da informática, à medida em que, a partir dos anos 80, vem cada vez
mais chegando ao consumo, possibilitando ao artista o acesso domestico aos
microcomputadores, aos processadores de texto e de imagem e a técnicas mais
sofisticadas de impressão, vem coloca-lo num novo contexto de compatibilidade
com as novas linguagens. O que ocorre é a viabilização num grau sem
precedentes, das linguagens e procedimentos da modernidade – a montagem, a
colagem, a interpenetração do verbal e do não verbal, a sonorização de textos e
imagens -, em suma, a multimidiação do processo artístico. [...]. Veja mais
aqui e aqui.
ENFRENTANDO A ONÇA – No romance Vila dos Confins (José Olympio, 1956), o primeiro do professor,
educador e escritor Mário Palmério
(1916-1996), conta a história da primeira eleição para prefeito e vereadores de um remoto lugarejo do
sertão brasileiro, a Vila dos Confins, município recém-emancipado, retratando o
processo eleitoral no Brasil no século XX, com compra e aliciamento de votos,
coação e fraudes de todo o tipo. Da obra destaco o trecho: [...] D. Penha. Riso de
deboche... vi quando os olhos em brasa se apertaram e os bigodes se moveram...
vi as presas enormes e muito brancas começando a brotar dos cantos da boca,
arreganhando-se numa risada... onça é assim: ri mesmo, mal percebe no caçador
qualquer sinal de vacilação. Ri e vem. Pobre animal... grande caçador o Vasco
da Vacaria, que me ensinou aquele truque importante! Eu desviara dos olhos da
onça apenas um dos meus olhos, mantendo o outro firma na sua cara. Difícil,
aquilo; levei meses treinando... a onça veio, rindo, com os braços se fechando
sobre a minha cabeça... só espetei a zagaia quando o circulo de luz do foco da
lanterna, bem desenhado no pelo ralo do peito do animal, diminuiu até ficar do
tamanho dum prato desses comuns – a ponta da zagaia bem no centro da
claridade... um empurrão só, larguei a zagaia e saltei de lado... justinho o
tempo de escapar do primeiro coice que ela me desfechou, com uma das pernas
armada com as cinco navalhas daquelas unhas em meia-lua... no mesmo instante a
lanterna se apagou... – Credo, padre! O senhor ficou no escuro? – nem o Daíco
resistiu, e acabou intrometendo-se. – Não, acendi a outra, a pequetita, de
reserva. Só para assistir ao final. A pobre morria com o palmo e meio de aço
enterrado no coração. Ela mesma se incumbura de finca-lo ate à espera. É o
instinto que a leva a abraçar-se com a zagaia e acabar de enterrá-la no próprio
corpo. Mal se sente ferida, agarra com unhas e dentes o cabo da zagaia e
aperta-o contra si num abraço de morte... durou pouco, a coitada da jaguarana:
acabou-se num tufo de sangue quente, que ainda ficou muito tempo escorrendo
pelo chão da loca de pedra. [...]. Veja mais aqui.
FILHA DO NORDESTE – A cordelista cearense Dalinha Catunda (Maria de Lourdes Aragão Catunda), ocupa a
cadeira n§ 25 da ABLC, tendo publicado diversos folhetos e edita os blogs
Cantinho da Dalinha, Sítio Cantinho da Dalinha e o Cordel de Saia. Da sua lavra
destaco o poema Filha do Nordeste: Sou
Dalinha, sou da lida. / Sou cria do meu Sertão. / Devota de São Francisco / E
de Padre Cícero Romão. / Sou rês da Macambira, / Difícil de ir ao chão. / Sou o
brotar das caatingas, / Quando chove no sertão. / Sou cacimba de água doce, /
Jorrando em pleno verão. / Sou o sol quente do agreste. / Sou o luar do sertão.
/ Minha árvore é mandacaru. / Meu peixe, curimatã. / Eu tomo com tapioca, / O
meu café da manhã. / Sou uma bichinha da peste, / Meu ídolo é Lampião. / Sou
filha das Ipueiras. / Sou de forró e baião. / Sou rapadura docinha, / Mas mole
eu não sou não. / Sou abelha que faz mel, / Sem esquecer o ferrão. / E se
alguém realmente, / Inda perguntar quem sou, / Digo sem medo de errar: /
Sertaneja, Sim Senhor! Veja mais aqui.
MADEMOISELLE RACHEL - A atriz francesa Rachel Félix (Elizabeth-Rachel
Félix – 1821-1858), se tornou uma figura proeminente na sociedade francesa,
começando a vida ainda criança ganhando dinheiro cantando e recitando nas ruas.
Em 1830 ela decide se tornar atriz, estrenado em 1837 no Théatre du Gymnase. A
partir de então passou a ser admirada por sua inteligência, ética de trabalho,
dicção e capacidade de agir. Ela estrelou com a
peça Horace’s, de Pierre Corneille, tendo sua fama se espalhado por toda a
Europa após sucesso de uma temporada em Londres, 1841, ao interpretar obras de
Racine, Voltaire, Molière e Corneille. Seu estilo de atuação foi caracterizada
pela dicção clara e economia do gesto, provocando uma alta demanda para a tragédia clássica de
permanecer no palco. Sua fama levou-a a ser amante
de Arthur Bertrand, ela foi para a Inglaterra onde tornou-se amante de Napoleão
III, entre outros casos de amor. Foi por causa dos esforços dos jornais para
publicar fotos dela em seu leito de morte, que se levou à introdução de direitos
de privacidade. Veja mais aqui.
L’AMOUR FOU – O filme L'Amour
Fou (Amor louco, 1968), do
cineasta francês Jacques Rivette, conta uma história ocorrida durante os
ensaios de uma companhia de teatro experimental para uma produção de Andrômaca,
das tensões de Racine que surgem e um louco amor com a atriz e diretora Claire
Sébastien que são casados um com o outro, quando na verdade é um casamento que desmorona.
Trata-se de um belíssimo filme que comprova o talento deste grande diretor.
Veja mais aqui e aqui.
IMAGEM DO DIA
Todo dia é dia da cantora e atriz Marie McDonald (1923-1965)
Veja mais É pra ela na Crônica de Amor, Heitor
Villa-Lobos, Horácio, Ernesto
Sábato, Liev Tolstói, Pablo Neruda, Délia Maunás, Julia
Lemmertz, Aurélio D'Alincourt, Rosana Lamosa, Aluizio Abranches, Alipio
Barrio & Michelle Ramos aqui.
E mais também João Cabral de Melo Neto, Joan
Baez, Rigoberta Menchú, Simone
de Beauvoir & Eduardo Viana aqui.
CRÔNICA
DE AMOR POR ELA
ELA
Sol da manhã é o riso
dela.
E nela os tons da graça
linda.
E ainda, a vida passa e
a vida é ela.
(LAM)
Arte do fotógrafo Greg Williams.
CANTARAU:
VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital Musical Tataritaritatá