UMAS DO DORO & O JABÁ - Quem tem bufunfa, viva! Quem não tem que chupe dedo! -
O Doro chegou encasquetado com o tal do Jabá.- Qui droga é nove, hem? -, perguntou-me intrigado. - Jabá é uma prática usual no mundo inteiro, mas que é ilícita. - Sim, sim, maisi troqui nos miuditos amiudados, vá! -, exigiu querendo detalhes. - Sim. É o seguinte: quem tem dinheiro para se promover, compra espaços em tudo quanto é lugar, nos rádios, na televisão, nos jornais.- Ah e é, é?- É. No Brasil a coisa é institucionalizada com o nome de gorjeta, molha-mão, alegria-de-bolso, espórtula, propina e outras nominações abomináveis e que perpassa a vida pública e privada do país. Daí o Brasil ser a desgraceira que é: não consegue ficar sério nem reto na frente de uma verdinha norte-americana. Só que o jabá é jargão do mundo artístico, usado pelos grandões das artes para massificar e predominar nas programações de rádio e televisão. Por isso quando você liga as rádios, só ouve os mesmos artistas o tempo inteiro. Você liga a televisão, só ver os mesmos na programação inteira. Para onde você se vira, seja jornal, revistas, eventos, só aparecem os mesmos o tempo inteiro.- Qué dizê intonse qui quem tem, manda vê mermo, é?- É. É como está na Bíblia, Mateus 13:13 “Pois ao que tem mais se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado”. E o artista que não dispuser de meios para entrar nesse esquema fica fora do circuito e vira marginal, alternativo ou independente. E isso significa o mesmo que filho amaldiçoado condenado aos quintos dos infernos de cabeça pra baixo para o grande público. - Vixe! E é mermo, é? - É. - Intonse, quem tem bufunfa, vive; quem num tem, pra num morrê só chupa dedo, né? E vamo aprumá a conversa! Veja mais aqui e aqui.
Olga
Peretyatko, com a
Orchestra del Teatro Comunale di Bolongna, sob a regeência do maestro Alberto
Zedda. Veja mais aqui.
do fabulista romano Caius Iulius Paedro (15 a.C. – 50
.a.C. – Caio Julio Fedro), adaptou as fábulas de Esopo para versões metrificadas
e que
poeta, tradutor e ensaísta brasileiro Augusto
de Campos, foi um dos criadores da poesia concreta brasileira, destaco o
trecho:
eleição para prefeito e vereadores de um remoto lugarejo do
sertão brasileiro, a Vila dos Confins, município recém-emancipado, retratando o
processo eleitoral no Brasil no século XX, com compra e aliciamento de votos,
coação e fraudes de todo o tipo. Da obra destaco o trecho:
Maria de Lourdes Aragão Catunda), ocupa a
cadeira n§ 25 da ABLC, tendo publicado diversos folhetos e edita os blogs
Cantinho da Dalinha, Sítio Cantinho da Dalinha e o Cordel de Saia. Da sua lavra
destaco o poema Filha do Nordeste: Sou
Dalinha, sou da lida. / Sou cria do meu Sertão. / Devota de São Francisco / E
de Padre Cícero Romão. / Sou rês da Macambira, / Difícil de ir ao chão. / Sou o
brotar das caatingas, / Quando chove no sertão. / Sou cacimba de água doce, /
Jorrando em pleno verão. / Sou o sol quente do agreste. / Sou o luar do sertão.
/ Minha árvore é mandacaru. / Meu peixe, curimatã. / Eu tomo com tapioca, / O
meu café da manhã. / Sou uma bichinha da peste, / Meu ídolo é Lampião. / Sou
filha das Ipueiras. / Sou de forró e baião. / Sou rapadura docinha, / Mas mole
eu não sou não. / Sou abelha que faz mel, / Sem esquecer o ferrão. / E se
alguém realmente, / Inda perguntar quem sou, / Digo sem medo de errar: /
Sertaneja, Sim Senhor!
Elizabeth-Rachel
Félix – 1821-1858), se tornou uma figura proeminente na sociedade francesa,
começando a vida ainda criança ganhando dinheiro cantando e recitando nas ruas.
Em 1830 ela decide se tornar atriz, estrenado em 1837 no Théatre du Gymnase. A
partir de então passou a ser admirada por sua inteligência, ética de trabalho,
dicção e capacidade de agir. Ela estrelou com a
peça Horace’s, de Pierre Corneille, tendo sua fama se espalhado por toda a
Europa após sucesso de uma temporada em Londres, 1841, ao interpretar obras de
Racine, Voltaire, Molière e Corneille. Seu estilo de atuação foi caracterizada
pela dicção clara e economia do gesto, provocando uma alta demanda para a tragédia clássica de
permanecer no palco. Sua fama levou-a a ser amante
de Arthur Bertrand, ela foi para a Inglaterra onde tornou-se amante de Napoleão
III, entre outros casos de amor. Foi por causa dos esforços dos jornais para
publicar fotos dela em seu leito de morte, que se levou à introdução de direitos
de privacidade. Veja mais aqui.
L’AMOUR FOU – O filme L'Amour
Fou (Amor louco, 1968), do
cineasta francês Jacques Rivette, conta uma história ocorrida durante os
ensaios de uma companhia de teatro experimental para uma produção de Andrômaca,
das tensões de Racine que surgem e um louco amor com a atriz e diretora Claire
Sébastien que são casados um com o outro, quando na verdade é um casamento que desmorona.
Trata-se de um belíssimo filme que comprova o talento deste grande diretor.
Veja mais aqui e aqui.
IMAGEM DO DIA
Todo dia é dia da cantora e atriz Marie McDonald (1923-1965)
Veja mais É pra ela na Crônica de Amor, Heitor
Villa-Lobos, Horácio, Ernesto
Sábato, Liev Tolstói, Pablo Neruda, Délia Maunás, Julia
Lemmertz, Aurélio D'Alincourt, Rosana Lamosa, Aluizio Abranches, Alipio
Barrio & Michelle Ramos aqui.
E mais também João Cabral de Melo Neto, Joan
Baez, Rigoberta Menchú, Simone
de Beauvoir & Eduardo Viana aqui.
CRÔNICA
DE AMOR POR ELA
ELA
Sol da manhã é o riso
dela.
E nela os tons da graça
linda.
E ainda, a vida passa e
a vida é ela.
(LAM)
Arte do fotógrafo Greg Williams.
CANTARAU:
VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital Musical Tataritaritatá