A EXPLOSÃO DO PRAZER NO RECIFE - ”Voltei, Recife. Foi a saudade que me trouxe
pelo braço. Quero ver novamente "Vassoura" na rua abafando, tomar
umas e outras e cair no passo. Cadê "Toureiros"? Cadê "Bola de
Ouro"? As "pás", os "lenhadores" O "Bloco Batutas
de São José"? Quero sentir a embriaguez do frevo que entra na cabeça e
depois toma o corpo e acaba no pé” (Voltei, Recife. Frevo de Luiz Bandeira) - Quando eu
cheguei ainda era um menino na cidade. As retinas cheias de rios. O coração
afogado de mar. Era o Recife. E eu gemia noites e dias de prazer quando
adolescia em Maria de todos os nomes como se fosse a montada da bicicleta
sonhada. Eu crescia e morria todos os dias gemendo Capiba e sonambulava como
quem nada sabia. A cidade era em mim a agonia dos seios que me fartavam e que
mais eu sabia Maria que nem nome tinha e que saciava a volúpia acertada. A
cidade era em mim os braços de abraços apertados quando eu mais me explodia de
força para viver. A cidade era em mim as pernas abertas da mais apetitosa das
bagas que me embriagava e queria sempre mais. A cidade era em mim toda doação e
eu usava e abusava sem um tostão da puta, a mulher que era a mãe e
desconhecida, numa incestuosa loucura de órfão pagão. Um dia eu voltei e a
cidade de novo era braços de frevos abertos de Luis Bandeira embalando a
chegada de quem era só couro e osso e não podia chorar porque todos os seios,
bocetas e beijos, carinhos e chupadas estavam ligadas eletrizando a minha libido
e beliscando todo meu sexo que não sabia outra coisa senão sonhar de gozo por
todos os dias, tardes e noites do Recife. Aí eu fiquei até me esgueirar por
todas as ruas, becos, sarjetas, favelas da Maria Recife que sempre me agarrava
e me alentava e me beijava e manhava para eu não mais fugir de seu dengo até
que um dia eu fugi sob olheiras e zarpei por anos afora. Agora eu volto Recife,
volto com o coração na mão, batendo biela e pernas qual menino de antes com
todos os sonhos incinerados à procura da Maria para acender a vida e descansar
meu coração sob sua acolhida e guarda que me surpreende desde menino com todas
as poses, acrobacias, closes, cenas, trepadas, gozadas, chupadas que me fazem
renascer pra vida. Eu voltei, Recife. Eu voltei pros seus braços. © Luiz Alberto
Machado. Direitos
reservados. Veja mais aqui.
PROGRAMA TATARITARITATÁ
– O programa Tataritaritatá
que vai ao ar todas terças, a partir das 21 (horário de Brasilia), é comandado
pela poeta e radialista Meimei
Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação
deste domingo aqui. Na edição desta terça, 27 de maio, acontecerá mais uma edição do
programa Tataritaritatá, com apresentação de Meimei Corrêa, a partir das 21hs,
no blog do Programa Domingo Romântico. Na programação as seguintes atrações: Hermeto Pascoal, Quinteto Armorial, Chico
Buarque, Yes, Edson Natale, Sônia Mello, Leureny Barbosa, Rose Morena, Santanna
O Cantador, Marisa Ricco, Heitor Pedra Azul & muito mais. Conto com a
presença de vocês. Veja mais aqui.
SERVIÇO:
O que? Programa Tataritaritatá
Quando? 27 de maio, a partir das 21hs
Onde? No blog do Programa Domingo
Romântico
Apresentação: Meimei Corrêa
A
EDUCAÇÃO - Quando escrevi o artigo Educação
por água abaixo que foi publicado numa das edições do jornal Gazeta de
Alagoas, em 1998, fazia uma análise acerca da dificuldade de entendimento por
parte dos profissionais da área do art. 205 da CF/88 e da LDB 9394/96. É que o
problema educacional só enxerga a relação professor versus aluno, esquecendo-se
das malfadadas gestões dos gabinetólogos de bunda quadrada do MEC, das
secretarias estaduais e municipais de educação e, sobretido, das direções que
comandam as escolas das redes pública e privada do país. Esses, sim, os
principais responsáveis pela tragédia da educação brasileira. Esses precisam
aprender a lição de Rubem Alves: “Todos os homens, enquanto criança, têm, por natureza, desejo de
conhecer [...] É fácil obrigar o aluno a ir à escola. O difícil é convencê-lo a
aprender aquilo que ele não quer aprender”. (Rubem Alves, O desejo de ensinar e a arte de aprender)
Veja mais Rubem Alves aqui.
PRA QUEM
VIVE DE NARIZ EMPINADO COM SEU UMBIGO – Já dizia o poeta Manoel de Barros, no
seu belíssimo “Matéria de Poesia”: “A
gente é rascunho de pássaro, não acabaram de fazer...”. Veja mais Manoel de
Barros aqui.
O DILEMA
ENTRE A PAIXÃO E A RAZÃO – Já dizia o filósofo e poeta francês Gaston Bachelard
(1884-1962): “A arte e a literatura
realizam sonhos; a ciência, não!”. O filósofo além de desenvolver o novo
espírito científico, investigou a natureza do imaginário poético extraindo
novos significados das obras de artes. Veja mais Momento de Reflexão.
MEU
EXÍLIO – Sempre me senti um exilado em minha própria terra e em meu próprio
país. Por isso, faço meus os versos do escritor e jornalista mineiro Luiz
Ruffato: “Onde quer que estejas, em teu
país ou em outro, és estrangeiro: ninguém tua língua compreende. Só, o deserto
de estranhas veredas percorres. Conservas, no entanto, dos primeiros anos o
albor, quando tua cidade, madrasta e mãe, teus sonhos na noite fresca velava. A
grande mão que afagou-te esmaga o peito agora. Ah! Somos apenas o que somos.
Apenas”.
JOHN
DEWEY – Para o filósofo e
pedagogo norte-americano John Dewey
(1859-1952), unir modéstia e coragem na defesa de suas próprias ideias é o
único caminho pelo qual “[...] o filosofo
pode encarar seus semelhantes e de frente, com franqueza e humanidade”. A
coragem é outra virtude filosófica exaltada, levando-o a defender as causas da
liberdade universitária, do socialismo econômico, da democracia política e da
integração racial. Em seu pensamento, tudo isso depende da transformação do
homem desde os seus primeiros anos. Veja mais John Dewey aqui.
PRA QUE
SERVE O LIXO? – Muito ouvi de práticas de reutilização do lixo. Seja por meio
seletivo, seja por consciência do reaproveitamento mesmo. Tem-se a impressão de
que o ser humano possui uma capacidade de fabricar além de bosta, muito lixo. E
o problema das gestões públicas é administrar esse lixão todo que vai virando o
país. Afinal, quem quer colocar a mão no imprestável? Mãos à obra. Trago,
portanto, a receita do escritor Marcelino Freire, no seu livro Angu de Sangue: “Lixo? Lixo serve pra tudo. A gente encontra
a mobília da casa, cadeira para pôr uns pregos e ajeitar, sentar. Lixo pra
poder ter sofá, costurado, cama, colchão. Até televisão”.
HISTÓRIA
DA LITERATURA OCIDENTAL, DE OTTO MARIA CARPEAUX – É do ensaísta,
crítico literário e jornalista austríaco naturalizado brasileiro Ottto Maria
Carpeaux (1900-1978), essa importante coleção de
Literatura trazendo uma abordagem histórica acerca do desenvolvimento literário
no ocidente. Confira detalhes aqui.
QUANDO O
VERSO ACABA? – Versos de um poema do poeta e ensaísta Armando Freitas Filho: “Nunca nenhum poema acaba a não ser com um
tranco com um corte brusco de luz”.
Veja mais sobre:
O viúvo do padre aqui.
E mais:
Max Weber & Norah Jones aqui.
John Keats & Bárbara Lia aqui.
Mario Quintana, Wang Tu, Tácita, Eduardo
Souto Neto, Carlito Lima, Mike Leight & Vera Drake, Suzan Kaminga &
Ansel Adams aqui.
Humanismo e a Educação Humanista aqui.
Yoram Kaniuk, Thelonious Monk, Robert E. Daniels, Eugene de Blaas, Meir Zarchi,, Luciana Vendramini, Camille Keaton, Tono Stano, Eliane Auer, Prefeituras do Brasil, Juizados Especiais
& Responsabilidade civil das instituições bancárias aqui.
Crepúsculo dos Ídolos de Nietzsche &
Projeto Tataritaritatá aqui.
Dicionário Tataritaritatá aqui.
O mal-estar na civilização de Freud &
Coisas de antonte e dantanho aqui.
Nomes-do-pai de Lacan & BBB &
Outras tacadas no toitiço do momento aqui.
A ilusão da alma de Eduardo Giannetti
& A poesia veio dos deuses aqui.
Troço bulindo nas catracas do quengo,
Fernando Fiorese & Abel Fraga aqui.
O mistério da consciência de Antonio
Damásio &Nó na Garganta de Eduardo Proffa & Jan Claudio aqui.
Todo dia é dia
da mulher aqui.
A croniqueta de
antemão aqui.
Palestras:
Psicologia, Direito & Educação aqui.
Livros Infantis
do Nitolino aqui.
&
Agenda de
Eventos aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Art by Ísis Nefelibata.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.