segunda-feira, maio 26, 2014

MIRIAM REYES, DIONNE BRAND, LAÏLA MARRAKCHI, EVA HESSE & LITERÓTICA

A EXPLOSÃO DO PRAZER NO RECIFE - Voltei, Recife. Foi a saudade que me trouxe pelo braço. Quero ver novamente "Vassoura" na rua abafando, tomar umas e outras e cair no passo. Cadê "Toureiros"? Cadê "Bola de Ouro"? As "pás", os "lenhadores" O "Bloco Batutas de São José"? Quero sentir a embriaguez do frevo que entra na cabeça e depois toma o corpo e acaba no pé” (Voltei, Recife. Frevo de Luiz Bandeira) - Quando eu cheguei ainda era um menino na cidade. As retinas cheias de rios. O coração afogado de mar. Era o Recife. E eu gemia noites e dias de prazer quando adolescia em Maria de todos os nomes como se fosse a montada da bicicleta sonhada. Eu crescia e morria todos os dias gemendo Capiba e sonambulava como quem nada sabia. A cidade era em mim a agonia dos seios que me fartavam e que mais eu sabia Maria que nem nome tinha e que saciava a volúpia acertada. A cidade era em mim os braços de abraços apertados quando eu mais me explodia de força para viver. A cidade era em mim as pernas abertas da mais apetitosa das bagas que me embriagava e queria sempre mais. A cidade era em mim toda doação e eu usava e abusava sem um tostão da puta, a mulher que era a mãe e desconhecida, numa incestuosa loucura de órfão pagão. Um dia eu voltei e a cidade de novo era braços de frevos abertos de Luis Bandeira embalando a chegada de quem era só couro e osso e não podia chorar porque todos os seios, bocetas e beijos, carinhos e chupadas estavam ligadas eletrizando a minha libido e beliscando todo meu sexo que não sabia outra coisa senão sonhar de gozo por todos os dias, tardes e noites do Recife. Aí eu fiquei até me esgueirar por todas as ruas, becos, sarjetas, favelas da Maria Recife que sempre me agarrava e me alentava e me beijava e manhava para eu não mais fugir de seu dengo até que um dia eu fugi sob olheiras e zarpei por anos afora. Agora eu volto Recife, volto com o coração na mão, batendo biela e pernas qual menino de antes com todos os sonhos incinerados à procura da Maria para acender a vida e descansar meu coração sob sua acolhida e guarda que me surpreende desde menino com todas as poses, acrobacias, closes, cenas, trepadas, gozadas, chupadas que me fazem renascer pra vida. Eu voltei, Recife. Eu voltei pros seus braços. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aquiaqui.

 


DITOS & DESDITOS - Não pergunte sobre o que é o trabalho. Ao invés disso, saiba o que esse trabalho causa. Arte e trabalho e arte e vida estão muito interligados e toda a minha vida tem sido um absurdo. Não aconteceu nada na minha vida que não tenha sido extremo - saúde pessoal, família, situações económicas...absurdo é a palavra-chave... Acho que o círculo é muito abstrato. Eu poderia inventar histórias sobre o que o círculo significa para os homens, mas não sei se é tão consciente. Acho que foi uma forma, um veículo. Não creio que tivesse um significado sexual antropomórfico ou geométrico. Não era um seio e não era um círculo representando a vida e a eternidade…. Lembro-me de sempre trabalhar com contradições e formas contraditórias que é a minha ideia também na vida. Todo o absurdo da vida, tudo para mim sempre foi o oposto. Nada jamais esteve no meio. Quando lhe entreguei minha autobiografia, minha vida nunca teve nada normal ou central. Sempre foram extremos. Pensamento da escultora e educadora alemã Eva Hesse (1936-1970).

 

ALGUÉM FALOU: Há alguns anos, meu tio idoso morreu. Foi logo após o lançamento do meu primeiro longa-metragem. Ele foi uma figura muito importante na minha família – uma espécie de patriarca caprichoso, cheio de poesia. Passei por três dias de luto muito comoventes, durante os quais descobri as mulheres da minha família sob outra luz. Eu os via como frágeis, mas sem medo de se revelarem. Pensei que este poderia ser o tema de um filme através do qual pudesse mostrar as nossas tradições, que são muito diferentes das do mundo ocidental. Mas tive medo de que fosse demasiado sombrio fazer um filme sobre um funeral, especialmente porque o assunto tem sido frequentemente abordado no cinema. Nestes tempos difíceis há uma diversidade e proposta artística muito interessante que permite revelar novos talentos e uma forma diferente de fazer as coisas. Pensamento da cineasta marroquina Laïla Marrakchi.

 

MAPA SEM RETORNO - [...] Os livros deixam gestos no corpo; uma certa maneira de se mover, de se virar, um certo fechar dos olhos, uma maneira de sair, de hesitações. Os livros deixam certos sons, um certo ritmo; principalmente eles deixam o indescritível, que é toda a história. Eles deixam muito mais que as palavras [...] Eu não sou nostálgica. Pertencer não me interessa. Uma vez pensei que sim. Até que examinei os fundamentos. Somos enganados quando olhamos para as velas e a majestade dos grandes navios em vez de para a sua carga. [...] A Porta Sem Retorno – por mais reais e metafóricos que sejam alguns lugares, míticos para aqueles de nós que hoje estão espalhados pelas Américas. Ter a pertença alojada numa metáfora é uma intriga voluptuosa; habitar um tropo; ser uma espécie de ficção. Viver na Diáspora Negra, penso eu, é viver numa ficção – uma criação de impérios, e também de autocriação. É estar vivendo dentro e fora de si. É apreender o sinal que se faz, mas não conseguir escapar dele, exceto em momentos radiantes de banalidade feitos como arte. Ser uma ficção em busca de sua metáfora mais ressonante é ainda mais intrigante. [...] Quero dizer mais alguma coisa sobre o desejo. Eu realmente não sei o que é. Experimento algo que, às vezes, se eu separar, não consigo entender. A palavra parece-me desmoronar sob o puxão e o arrasto das suas formas mercantilizadas, sob o peso do nosso artifício e da nossa presunção. Às vezes é impossível distinguir o que é real daquilo que é fabricado. Vivemos em um mundo repleto de imagens de desejo mercantilizadas. O desejo se apega a utensílios, cadeiras, geladeiras, carros, perfumes, sapatos, jaquetas, tacos de golfe, bolas de basquete, telefones, água, sabão em pó, casas, bairros. Até mesmo Deus. Ele se apega a uma lista interminável de objetos. Ele se apega à face dos aparelhos de televisão e das telas de cinema. Está glaciado em objetos atribuídos, petrificado em gestos repetitivos e clichês. Sua repetição é tediosa, sua aparência e som são tediosos. Tornamo-nos a repetição apesar dos nossos melhores esforços. Ficamos entorpecidos. E embora, contra a força impressionante disso, eu não possa dizer tudo o que esse desejo pode ser, queria falar sobre ele não como nos é vendido, mas como alguém o coleta, pedaço por pedaço, ao longo da vida. Eu queria dizer que a vida, se tivermos sorte, é uma coleção de experiências estéticas, assim como é uma coleção de experiências práticas, que às vezes podem ser a mesma coisa, e das quais, se tivermos sorte, daremos sentido. Fazer sentido pode ser o que o desejo é. Ou, recompondo os sentidos. [...]. Trechos extraídos da obra A Map to the Door of No Return (Vintage, 2002), da escritora, documentarista e professora canadense Dionne Brand. Veja mais aqui e aqui.

 

DOIS POEMAS - EU TENHO TUDO MARCADO PARA VOCÊ - como um sítio arqueológico. \ Não é extrair seus restos que procuro \ - ruínas de uma cidade esculpida no arenito - \ o que quero é te penetrar \ perfurar a pedra do seu corpo \ e esse sexo côncavo de mulher \ se torna inútil para o meu desejo.\ Eu cavo em seu umbigo \ para entrar através do fluxo de seu sangue. \ Esvazio meu espírito como o ar em sua boca \ e vejo você me respirar. \ Já sei que não preciso de pele para te tocar, \ não é \ isso que eu quero, é fazer \ uma caverna no seu corpo.\ Dobro seus joelhos sob minhas axilas \ como os braços de uma furadeira. \ As calçadas que quebro \ são as da sua rua.\ Com meus cílios varro \ a poeira que levanto de sua testa \ e não paro até que seja você \ e seu sexo seja meu até que seja eu \ quem esteja dentro.DE TODOS OS ESTRANGEIROS ELE FOI O PRIMEIRO A CHEGAR - Três mil quilômetros de oceano até sua cama \ guiados pelo fio de sua voz que repetia: \ dessa vez você chegou na hora certa.\ Não havia nada na vida dele mais urgente do que a sua.\ Diante do vidro ele diz que quer manter o jornal de hoje \ como já fez com o pai. \ No dia em que você morreu, todas as flores morreram, \ a bolsa subiu, foram feitos avanços importantes na segurança marítima \ um carro entra em alta velocidade em uma fazenda \ e mata quatro pessoas que tomavam café no terraço. \ Se a vida é o corpo \ (aquela cápsula frágil) \ você teve sorte, \ sua vida se estendeu aos filhos dos seus netos. \ Não sinto pena de você, sinto muito \ por nós: \ morreu alguém que nos amava. Poema da poeta espanhola Miriam Reyes.

 

TRES POEMAS & DEPOIMENTOS DEVASSOS – VOLÚPIA - Volúpia é o prazer de teu corpo,\ O calor que se desprende de ti,\ quando com  luxúria te acaricio,\ ou tudo em volta eu esqueço\ Volúpia é quando tocas em meu seios,\ E me reconheço sem nenhuma lucidez,\ quando sinto  o prazer intenso e envolvente,\ sentindo a paixão que não sei de onde veio\ volúpia é o momento que me enlouquece,\ umedecida intensamente pelo orgasmo,\ Cavalgando alucinada na sensação incontrolável,\ de desejar-te em desespero eternamente. Volúpia é te galopar sem freios e inconsciente, \ umedecida pelo orgasmo, intensamente,\ e sentir o maravilhoso sêmen permanente,\ a regar meu corpo que só por ti anseia.\ Volúpia é desejar tuas mãos constantemente\ é poder sentir teu mágico corpo ofegante,\ e imaginar que me queres por toda uma vida,\ e fechar os olhos para entender o nosso amor.\ Volúpia é o que sinto até quando penso em ti. I - Ah, maravilha, ser condecorada com seus beijos em meus lábios que me transtornam de prazer nos meus olhos e que traduzem a paixão que me domina. Senti-lo desamarrar com suas mãos o nó do meu roupão, para que veja extasiado os meus seios desnudados encontrando a guarida que me fará que você precisa e que acariciará enquanto me embalo nessa paixão maravilhosa e sentindo convulsivos desejos intermitentes e profundos. Dignificar-me, arrancando minha calcinha em minha vagina úmida e ansiosa e amada putinha, que lhe fará chegar ao auge como nunca sentiu, seu pênis inchado tornando-me e só e unicamente meu, sentindo os meus beijos prementes e chupadas de minha língua devoradora e sempre ansiosa “do que é meu” para viver nossa paixão entre gemidos de prazer e chegando ao ápice que nos levará à loucura na minha fonte de desejos que nos levará à felicidade, consagrando-me à mais extrema paixão. Quero você urgente para que possamos sentir o milagroso gozo a deixar-nos arfantes e desejando sempre mais, em todos os momentos. Nossos corpos saciados e juntos para sempre e tudo recomeçar outra vez para a satisfação de nossos corpos em felicidade constantes e para sempre. Eu quero, meu amor, quero muito e sempre! PORQUE TE QUERO - Eu te quero \ Desejo em teus braços dizer que te amo,\ Recitar poemas que compus para ti,\ beijar-te, até sufocar de tanto desejo,\ e vivermos em nosso ninho de amor.\ Sentir que me queres em horas constantes\ Dia, noite, manhã ou misteriosas madrugadas,\ Acordar sentindo meu corpo incendiado,\ e acordar-te com carícias plenas e exuberantes\ Desejo o que é meu para sempre,\ mergulhando em reentrâncias escondidas,\ procurando sempre o objeto de teus desejos,\ e vamos reviver cada dia pleno de acolhidas\ Quero encontrar o paraíso em teu corpo.\ gemendo ansiosa de prazer e loucura,\ Acreditando plenamente em teu sorriso,\ E nos amando loucamente até à eternidade. II - Ah minhas mãos novamente em teu corpo, em carne viva, sentindo teu pênis intumescido a me enlouquecer nas tardes ensolaradas de minha vida e eu qual uma amazona cavalgando delirante e apaixonada, enquanto minha dança lasciva te leva ao éden nunca frequentado de todos os teus sonhos mais desvairados. Ah, minha coreografia de quadris que te faz gemer de prazer, quase embarcando em meus mares de desejos e luxúria. Ah, sentir teus olhos vorazes de concupiscência refletidos em meus seios cujos bicos duros faz com que arquejes de prazer e nossos corpos trêmulos, vibrando na ânsia do paraíso de loucura afrodisíaca. Ah sentir meus glúteos em dança lasciva a te ensandecer em nossa alcova de prazeres ultrapassando qualquer expectativa em minha sensualidade plena! Ah sentir teu pênis, só meu, a regar tua fonte em gozo exultante e depois, já saciados, a tua cabeça descansando em meus seios tão docemente e podermos nos tornar um só naquele momento mais que indescritível. Ah como te sinto em mim para sempre! E direi como anseio por você, como quero ser fodida, e sentir “o que é todo meu” para me foder de manhã, de tarde, de noite e nas nossas madrugadas. Tomar-me em seus braços, beijos mais que apaixonados e sentir-me deusa inacessível em suas mãos quentes e fortes e dama glamourosa para ser despida deliciosamente por você. Sim, meu amor, todo dia e o dia todo me agarrando, a sua apaixonante putinha recostada na almofada e expondo a calcinha para mais atordoá-lo de paixão e desejo, sentir suas mãos mágicas no toque que me enlouquece e com a outra alisando minhas coxas com volúpia, enquanto eu conto os meus sonhos em cada detalhe e totalmente submetida aos seus mandos priápicos e me levar a orgasmos e gozo intensos no auge da lubricidade, dominada por sua gula de foder-me dos pés  à cabeça todinha sua em carne viva. E vivendo a realidade, desejando desesperadamente cada toque seu ou seu corpo a me transtornar libidinosamente. É isso que eu quero agora e sempre. Eu quero! Eu lhe espero com o desespero de quem ama e precisa sentir urgente seu toque, e lhe beijar muito e ardentemente até que desmaiemos de prazer. E sentir seus lábios nos meus ardentemente do jeito que já teve e eu gulosa em resposta aos seus beijos e eu sentir “o que é meu” em minha língua, babento e ereto, minha boca a lavá-lo com minha saliva e conseguir e sugar dele todas as suas forças e prazeres. Exatamente isso. Anseio por você arriando a minha calcinha e beijando meus pés e ir acompanhando seu trajeto e descobrir minha vagina que se abrirá ao seu toque mágico e esplendoroso, tudo e absolutamente tudo para você. Mais que fêmea, mais que poeta, mais que putinha dadeira que se ajeitará ao seu gosto, na satisfação de todos os desejos e lhe fará premiado com meus gemidos enlouquecedores que quero ser sua, que quero ser fodida, todinha e virar-me de bruços com a oferta de minha bundinha e o que é meu” e só meu presenteado com meu ânus cobiçado e prometido e nele ser carinhosa e amorosamente enfiado para que misturemos nossos gozos infindos na celebração total de nossa paixão. MOMENTO POÉTICO -  Vou ao teu encontro \ Vou ao teu encontro incendiada de amor,\ Desejando que me abrases em paixão,\ sinta meus lábios quentes nos teus,\ encontrando em minha língua o sabor.\ Vim em escuridão para encontrar-te,\ Sinto teu pênis ereto e inchado de prazer,\ acaricio-te loucamente precisando de ti,\ e sei que só contigo para sempre posso viver.\ Na languidez que se apossou de mim,\ Teus carinhos me trazem a doçura,\ E para sempre serão minha ventura,\ Nada mais desejo, apenas o teu amor.\ Quero que me abraces, aperte e viva,\ quero que me eternize em teu prazer\ Dominando meu corpo que vive em ti,\ E tornando-me a putinha dos teus prazeres.\ Quero eternizá-lo,\ meu rei só meu\ e com meus requebros te dominar. III – Amor, estou nas nuvens, acima de qualquer paraíso de amor. Estou me entregando nua e feliz em seus braços. Estou aqui desejando desesperadamente acariciar seu corpo inteirinho e sentir “o que é meu” na minha pele e antegozando o nosso amor. É isso que eu quero; Você, todinho meu e beijando seus lábios numa loucura sem fim. Quero, preciso com urgência de você, de seu corpo que me deleita em orgasmos sucessivos. Isso é o que meu corpo e coração querem e precisam. Quero sentir seu pênis em minha boca, e sentir o gosto do sêmen que preciso para estar viva. E acariciar da sua cabeça aos pés, louca de paixão e sentindo “o que é meu” passando pelos lábios de minha vagina que me deixa louca e entrando na minha vagina que lhe espera febril de desejo e escorregando enquanto tento virar de bruços para recebe-lo no meu ânus delicadamente causando-me um estertor de alucinação e já sem nenhuma lucidez tal a profundidade do meu desejo. Quero que “o que é meu” e só meu entre deslize em todas as reentrâncias de meu corpo e encontre as cavidades que nem imaginei que existiam, mas o seu pênis encontrará transido de paixão. Quero você todinho e satisfazer todos os seus desejos e eu poder me transformar na cortesã libidinosa para a seduzi-lo sempre e cada vez mais. Quero ser sua putinha, poeta e você meu senhor a gemer no gozo estonteante, o mais potente de toda a sua vida. E nós dois vivendo nosso amor. E isso me faz lembrar aqueles dias que estivemos juntos desesperadamente paradisíacos. Quero você, todo, completo. Quero nós dois enlouquecidos, eu intensamente sua realizando o milagre da paixão. Eu sou só sua, sua e em você e para você, para sempre. Estou aqui, sou toda sua sempre. Quero os seus braços, o seu corpo, “o que é meu”, tudo seu eu quero demais. E eu sempre vou querer satisfazê-lo ao máximo do prazer, foder e ser fodida por você. Tudo para você e em você. Estou oferecendo meu corpo desnudado para realizar o que estiver com vontade. É todo seu, meu amor. Poemas e textos da escritora Vânia Moreira Diniz. Veja mais aqui.

 

PROGRAMA TATARITARITATÁ – O programa Tataritaritatá que vai ao ar todas terças, a partir das 21 (horário de Brasilia), é comandado pela poeta e radialista Meimei Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação deste domingo aqui. Na edição desta terça, 27 de maio, acontecerá mais uma edição do programa Tataritaritatá, com apresentação de Meimei Corrêa, a partir das 21hs, no blog do Programa Domingo Romântico. Na programação as seguintes atrações: Hermeto Pascoal, Quinteto Armorial, Chico Buarque, Yes, Edson Natale, Sônia Mello, Leureny Barbosa, Rose Morena, Santanna O Cantador, Marisa Ricco, Heitor Pedra Azul & muito mais. Conto com a presença de vocês. Veja mais aqui

SERVIÇO:
O que? Programa Tataritaritatá
Quando? 27 de maio, a partir das 21hs
Onde? No blog do Programa Domingo Romântico
Apresentação: Meimei Corrêa

A EDUCAÇÃO - Quando escrevi o artigo Educação por água abaixo que foi publicado numa das edições do jornal Gazeta de Alagoas, em 1998, fazia uma análise acerca da dificuldade de entendimento por parte dos profissionais da área do art. 205 da CF/88 e da LDB 9394/96. É que o problema educacional só enxerga a relação professor versus aluno, esquecendo-se das malfadadas gestões dos gabinetólogos de bunda quadrada do MEC, das secretarias estaduais e municipais de educação e, sobretido, das direções que comandam as escolas das redes pública e privada do país. Esses, sim, os principais responsáveis pela tragédia da educação brasileira. Esses precisam aprender a lição de Rubem Alves: “Todos os homens, enquanto criança, têm, por natureza, desejo de conhecer [...] É fácil obrigar o aluno a ir à escola. O difícil é convencê-lo a aprender aquilo que ele não quer aprender”. (Rubem Alves, O desejo de ensinar e a arte de aprender) Veja mais Rubem Alves aqui.

PRA QUEM VIVE DE NARIZ EMPINADO COM SEU UMBIGO – Já dizia o poeta Manoel de Barros, no seu belíssimo “Matéria de Poesia”: “A gente é rascunho de pássaro, não acabaram de fazer...”. Veja mais Manoel de Barros aqui.

O DILEMA ENTRE A PAIXÃO E A RAZÃO – Já dizia o filósofo e poeta francês Gaston Bachelard (1884-1962): “A arte e a literatura realizam sonhos; a ciência, não!”. O filósofo além de desenvolver o novo espírito científico, investigou a natureza do imaginário poético extraindo novos significados das obras de artes. Veja mais Momento de Reflexão.

MEU EXÍLIO – Sempre me senti um exilado em minha própria terra e em meu próprio país. Por isso, faço meus os versos do escritor e jornalista mineiro Luiz Ruffato: “Onde quer que estejas, em teu país ou em outro, és estrangeiro: ninguém tua língua compreende. Só, o deserto de estranhas veredas percorres. Conservas, no entanto, dos primeiros anos o albor, quando tua cidade, madrasta e mãe, teus sonhos na noite fresca velava. A grande mão que afagou-te esmaga o peito agora. Ah! Somos apenas o que somos. Apenas”.

JOHN DEWEY – Para o filósofo e pedagogo norte-americano John Dewey (1859-1952), unir modéstia e coragem na defesa de suas próprias ideias é o único caminho pelo qual “[...] o filosofo pode encarar seus semelhantes e de frente, com franqueza e humanidade”. A coragem é outra virtude filosófica exaltada, levando-o a defender as causas da liberdade universitária, do socialismo econômico, da democracia política e da integração racial. Em seu pensamento, tudo isso depende da transformação do homem desde os seus primeiros anos. Veja mais John Dewey aqui.

PRA QUE SERVE O LIXO? – Muito ouvi de práticas de reutilização do lixo. Seja por meio seletivo, seja por consciência do reaproveitamento mesmo. Tem-se a impressão de que o ser humano possui uma capacidade de fabricar além de bosta, muito lixo. E o problema das gestões públicas é administrar esse lixão todo que vai virando o país. Afinal, quem quer colocar a mão no imprestável? Mãos à obra. Trago, portanto, a receita do escritor Marcelino Freire, no seu livro Angu de Sangue: “Lixo? Lixo serve pra tudo. A gente encontra a mobília da casa, cadeira para pôr uns pregos e ajeitar, sentar. Lixo pra poder ter sofá, costurado, cama, colchão. Até televisão”.

HISTÓRIA DA LITERATURA OCIDENTAL, DE OTTO MARIA CARPEAUX – É do ensaísta, crítico literário e jornalista austríaco naturalizado brasileiro Ottto Maria Carpeaux (1900-1978), essa importante coleção de Literatura trazendo uma abordagem histórica acerca do desenvolvimento literário no ocidente. Confira detalhes aqui.

QUANDO O VERSO ACABA? – Versos de um poema do poeta e ensaísta Armando Freitas Filho: “Nunca nenhum poema acaba a não ser com um tranco com um corte brusco de luz”.


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PATRICIA CHURCHLAND, VÉRONIQUE OVALDÉ, WIDAD BENMOUSSA & PERIFERIAS INDÍGENAS DE GIVA SILVA

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