VAMOS APRUMAR A CONVERSA: ZINE
NASCENTE – Com o
resultado das edições anteriores do Zine Nascente, mais se ampliaram os
horizontes de relacionamentos. Tanto é que na edição nº 5 – Abril-Maio/1997 -,
dedicada à cidade de Penedo, cidade
histórica alagoana e monumento nacional e com o editorial Missiva para o menino – em resposta as indagações feitas sobre os
meus livros Falange, Falanginha, Falangeta (Nascente, 1995), Para viver o
personagem do homem (Nordestal, 1992) e Primeira reunião (antologia – Bagaço,
1992), feitas pelo então jovem autor integrante das edições da antologia
Bricarte, hoje advogado Diogo Palmeira -, traz o intercambio realizado com as
mais diversas publicações, a exemplo da recepção do Sagrações do meio de
Leontino Filho (RN), O Nordeste em Poesia de João Lourenço (AL), publicação da
UBE seccional de Sergipe enviada por Edmo Raimundo (SE), poemas de Alba Granja
(AL), Clipe de Suely Correia Gomes (RS), Literarte de Arlindo Nóbrega (SP) e
Curupira de Antônio Cabral, bem como a publicação de poemas de Ana Cristina
Quixabeira (AL), Maria Fátima Dias (MS), Leila Míccolis (RJ), Leontino Filho
(RN), Cileide Alexandre (PE), Elita Afonso Ferreira (PE), Edmo Raimundo de
Albuquerque (SE), Jorge L. Escudeiro (Argentina), Rolando Revagliati
(Argentina), Leonilda Silva (PE), João Lins (PE), João Lourenço (AL) e Glenda
Maier (RJ). Na edição nº 6 – Junho/Julho-1997, dedicada ao amigo alagoano Marcos Palmeira e com o editorial Devaneio Factível, registro a recepção
de publicações, tais como KoisaLinda de Oefe Souza (SP), Poemas de Wilmar J.
Matter (RS), Alternativo Cultural Reviravolta Poesia de Cecília Fideles (SO), Dicionário
de Poetas Contemporâneos de Sérgio Jeronimo (RJ), Associação Profissional dos
Poetas do Estado do Rio de Janeiro de Glenda Maier (RJ), O Literário de Osael
Carvalho (RJ), Espaço Menor de Edmo Menor (SE), 1000 Páginas do Sebo Badaró
(SP), Viramundo de Carlos Costa (SP), Poster e Pefil de Glenda Maier (RJ),
Prelidio de Jorge Luiz (AL), Fábula de Eno Teodoro Wanke (RJ), Anuário da
Poesia Brasileira de Laís Costa Velho (MG) e Correio da Poesia de Luiz
Fernandes da Silva (PB), destacando poemas de Ernande Bezerra de Moura (AL),
Cecilia Fideli (SP), Felisbelo Silva (CE), Ziney Santos Moura (SP), Tadeu
Wanderley (AL), Gladstone Silva (RJ), Emanoel Fay (AL), Jorge Luiz (AL), Osael
de Carvalho (RS), Jaime Vieira (PR), Luiz Balthazar, Arlindo Nóbrega (SP),
Leone Cvalcante (AL), Lais Costa Velho (MG), Ziney Santos Moura (SP), Maria
Ligia Silva (SP), Wilmar Matter (RS), Alba Granja (AL) e Beatriz E. Chacon
(RJ). O que era sonho foi virando realidade & vamos aprumar a conversa
aqui.
Imagem: Cassandra - Green, cantor, compositor, escritor e artista plástico
estadunidense Bob Dylan. Veja mais aqui.
Curtindo o álbum Berimbaum (Universal, 2004), da cantora Paula Marelembaum.
A ESTRUTURA DA CONSCIÊNCIA – No livro A redescoberta da mente (Martins Fontes, 2006), do filósofo
estadunidense John R. Searle aborda
temas como o que há de errado com a Filosofia da Mente, a historia recente do
materialismo e a repetição do mesmo erro, a psicologia popular, rompendo o
domínio: cérebros de silícios e robôs conscientes & outras mentes,
consciência e seu lugar na natureza, reduicionismo e irredutibilidade da
consciência, o inconsciente e sua relação com a consciência, intencionalidade e
o background, a critica da razão cognitiva, entre outros assuntos. No capítulo
6 da obra, encontrei A estrutura da consciência: uma introdução, da qual
destaco os trechos a seguir: [...] Dois
tópicos são cruciais para a consciência, mas terei pouco a dizer sobre eles
porque ainda não os compreendo suficientemente bem. O primeiro é a
temporalidade. Desde Kant, estamos cientes de uma assimetria no modo como a
consciência se relaciona com o espaço e com o tempo. Embora experimentemos
objetos e eventos tanto espacialmente extensivos como de duração temporal,
nossa consciência em si não é experimentada como espacial, embora seja
experimentada como temporalmente extensiva. Na verdade, as metáforas espaciais para
a descrição do tempo parecem, da mesma forma, praticamente inevitáveis para a
consciência, como quando falamos, por exemplo, do fluxo de consciência.
Sabidamente, o tempo fenomenológico não corresponde exatamente ao tempo real,
mas não sei como explicar o caráter sistemático das disparidades. O segundo
tópico negligenciado é a sociedade. Estou convencido de que a categoria de
outras pessoas desempenha um papel especial na estrutura de nossas experiências
conscientes, um papel diferente daquele de objetos e estados de coisas; e
acredito que essa capacidade é atribuir um status especial a outros loci de
consciência é tanto biologicamente fundamentada como uma pressuposição de
background para todas as formas de intencionalidade coletiva. Mas ainda não sei
como demonstrar essas asserções, nem como analisar a estrutura do elemento
social na consciência individual. [...] Acredito
que ao menos dois, e talvez todos os três equívocos tenham uma origem comum no
cartesianismo. Os filósofos na tradição cartesiana em epistemologia queriam que
a consciência fornecesse uma base para todo conhecimento. Mas, para que a
consciência nos dê uma certa base para o conhecimento, temos que ter primeiro
um certo conhecimento dos estados conscientes; daí a doutrina da incorrigibilidade.
Para conhecer a consciência com segurança, temos que conhece-la por meio de
alguma faculdade especial que nos dê acesso direto a ela; daí a doutrina da
introspecção. E – embora eu esteja menos seguro sobre isto enquanto um
diagnóstico histórico -, se o ego deve ser a fonte de todo conhecimento e
significado, e estes devem estar fundamentados em sua própria consciência,
então é natural crer que existe uma conexão necessária entre consciência e
autocoensciência; daí a doutrina da autoconsciência. [...] Veja mais aqui.
NÃO VERÁS PAÍS NENHUM – O romance Não verás país nenhum: memorial descritivo (Codecri, 1981), do
escritor e jornalista Ignácio de Loyola
Brandão, conta a história pessimista e apocalíptica de um Brasil no futuro
dominado por um governo de mediocridade e totalitário. Da obra destaco o trecho
inicial: [...] Mefítico.
O fedor vem dos cadáveres, do lixo e excrementos que se amontoam além dos
Círculos Oficiais Permitidos, para lá dos Acampamentos Paupérrimos. Que não me
ouçam designar tais regiões pelos apelidos populares. Mal sei o que me pode
acontecer. Isolamento, acho. Tentaram tudo para eliminar esse cheiro de morte e
decomposição que nos agonia continuamente. Será que tentaram? Nada conseguiram.
Os caminhões, alegremente pintados em amarelo e verde, despejam mortos, noite e
dia. Sabemos, porque tais coisas sempre se sabem. É assim. Não há tempo para
cremar todos os corpos. Empilham e esperam. Os esgotos se abrem ao ar livre,
descarregam em vagonetes, na vala seca do rio. O lixo forma setenta e sete
colinas que ondulam, habitadas, todas. E o sol, violento demais, corrói e
apodrece a carne, em poucas horas. O cheiro infeto dos mortos se mistura ao dos
inseticidas impotentes e aos formóis. Acre, faz o nariz sangrar, em tardes de
inversão atmosférica. Atravessa as máscaras obrigatórias, resseca a boca, os
olhos lacrimejam, racha a pele. Ao nível do chão, os animais morrem. Forma-se
uma atmosfera pestilencial que uma bateria de ventiladores possantes procura
inutilmente expulsar. Para longe dos limites do oikoumenê, palavra que os
sociólogos, ociosos, recuperaram da antiguidade, a fim de designar o espaço
exíguo em que vivemos. Vivemos? Virei-me assustado. Adelaide nunca tinha dado
um grito em trinta e dois anos de casados. Treze para as oito. Em quatro
minutos devia estar no ponto, ou perderia o S-7.58, minha condução autorizada.
Estranho, ela sabia. E por que então resolvia me atrasar ainda mais? — O que
foi? — O paletó. Esqueceu? — Não aguento esse paletó. Passo o dia suando. — Mas
sem ele não te deixam trabalhar. — Tomara. Adelaide me olhou, arisca. Inquieto,
encarei o rosto dela e me perguntei. Pergunta que não tenho coragem de
enfrentar. Se eu admitir, ela se desvenda. Toma forma, cristaliza, revela. Será
que depois de tantos anos compensa ver? Reagir agora? Penso: e se valesse a
pena? Tomávamos o café da manhã juntos, todos os dias. Depois ela me
acompanhava até a porta. Eu colocava o chapéu (voltou o seu uso), acariciava
seu ombro esquerdo (nem sei mais se há prazer nisto) e consultava o relógio.
Ficava angustiado se não estivesse dentro do horário. [...] Veja mais aqui.
SONHO, CANTARES, UMA NOITE
DE VERÃO – No livro -
presente do meu amigo José Duran y Duran – Antologia
Poetica (Salvat, 1969), do poeta e dramaturgo espanhol Antonio Machado (1875-1939), destaco inicialmente o poema Sonho: Lá do umbral de um sonho me chamaram… / Era
a suave voz, a voz querida. / — Diz-me: virás comigo a ver a alma?… / Veio a
meu coração uma carícia. / — Contigo sempre… E segui em meu sonho / por uma
larga, precisa galeria, / sentindo o roçar da veste pura / e o palpitar suave
da mão amiga. Também o poema Uma noite de verão...: Uma noite de verão / – estava aberta a varanda / e a porta de minha
casa – / a morte na casa entrou. / Foi-se acercando a seu leito / – nem sequer
me percebeu –, / com uns dedos muito finos, / algo mui tênue rompeu. / Silenciosa
e sem me olhar, / a morte outra vez passou / ante a mim. “O que fizeste?” / A
morte não respondeu. / A filha ficou tranquila / sofrido meu coração, / Ai, o
que a morte quebrou / era um fio entre nós dois! Por fim, o belíssimo poema
Cantares: Tudo passa e tudo fica / porém
o nosso é passar, / passar fazendo caminhos / caminhos sobre o mar / Nunca
persegui a glória / nem deixar na memória / dos homens minha canção / eu amo os
mundos sutis / leves e gentis, / como bolhas de sabão / Gosto de vê-los
pintar-se / de sol e grená, voar / abaixo o céu azul, tremer subitamente e quebrar-se… / Nunca persegui a glória / Caminhante, são tuas
pegadas / o caminho e nada mais; / caminhante, não há caminho, / se faz caminho
ao andar / Ao andar se faz caminho / e ao voltar a vista atrás / se vê a senda
que nunca / se há de voltar a pisar / Caminhante não há caminho / senão há
marcas no mar… / Faz algum tempo neste lugar / onde hoje os bosques se vestem
de espinhos / se ouviu a voz de um poeta gritar / “Caminhante não há caminho, /
se faz caminho ao andar”… / Golpe a golpe, verso a verso… / Morreu o poeta
longe do lar / cobre-lhe o pó de um país vizinho. / Ao afastar-se lhe viram
chorar / “Caminhante não há caminho, / se faz caminho ao andar…” / Golpe a
golpe, verso a verso… / Quando o pintassilgo não pode cantar. / Quando o poeta
é um peregrino. / Quando de nada nos serve rezar. / “Caminhante não há caminho,
/ se faz caminho ao andar…” / Golpe a golpe, verso a verso. Veja mais aqui.
A BICICLETA DO CONDENADO – A peça teatral em um único ato A bicicleta do condenado (1959), do
escritor, dramaturgo e cineasta espanhol Fernando
Arrabal, conta a história de tocador de piano que manifesta o amor por uma
mulher carregando sua bicicleta no corredor da morte. Da obra destaco o trecho
inicial: (Tasla ao centro do palco imita
a estátua da justiça, sem a venda nos olhos; à direita, por trás do muro, dos
Homens com características de policiais, e à esquerda, sentado no banco do
piano, Viloro encara a platéia. Depois de algum tempo vê-se surgir das costas
de Viloro, como se fosse parte dele, Paso que ostenta uma coroa na cabeça.
Black-out. Palco pouco iluminado. À direita, muito ao fundo, um pequeno muro de
1,30 m por 3 m. À esquerda, um piano. Viloro toca piano apenas com um dedo,
muito desajeitadamente. Ensaia a escala musical — Dó, ré, mi, fá, lá. Gesto de
contrariedade. Silêncio. Tenta recomeçar a escala. Toca muito lentamente para
não se enganar. — Dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó. Grande alegria. Viloro
esfrega as mãos de contentamento, mas apesar de tudo, um pouco timidamente.
Silêncio. Recomeça a tocar cheio de confiança.. — Dó, ré, mi, fá, sol. Trejeito
de contrariedade. Ouvem-se risos ao fundo. Viloro volta-se receosamente. Ao
fundo distinguem-se dois homens por detrás do muro. Viloro olha para eles. Os
homens tornam-se bruscamente sérios. Olham também para Viloro. Silêncio. Viloro
recomeça a tocar: — Dó, ré, mi, fá, sol, ré. Trejeito tímido de contrariedade.
Risos dos dois homens por detrás do muro. Viloro volta-se e timidamente olha
para o fundo. Os homens deixam de rir. Viloro olha para eles. Os homens olham
para Viloro seriamente. Silêncio. Viloro tenta ainda fazer a escala: — Dó, ré,
mi, fá, si, ré. Trejeito tímido de contrariedade. Os homens riem. Viloro olha
para eles. Os homens param de rir e olham-se muito seriamente. Silêncio. Viloro
prepara-se para recomeçara tocar. Ao fundo, próximo aos dois homens e
igualmente por detrás do muro, aparece um terceiro homem. É Paso – um homem de
cabelos ruivos. Paso indica Viloro descaradamente com o dedo e ri ruidosamente.
Os três homens riem Viloro volta-se receosamente e contempla os homens. Os três
deixam de rir. Encaram muito seriamente Viloro, que tenta de novo fazer a
escala: — Dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. Os três homens riem por detrás do muro e
apontam descaradamente com o dedo. Paso, principalmente, ri muito alto. Viloro
volta-se receosamente e contempla os três homens. Cessam de rir. Encaram-no seriamente.
Silêncio. Viloro toca mais uma vez: — Dó, ré, mi, fá, si, sol. Os dois homens
riem por detrás do muro. Viloro volta-se para eles com ar zangado mas com
timidez. Os dois homens param de rir. Encaram-no muito seriamente. Silêncio.
Pela esquerda entra uma mulher – TASLA – montada numa bicicleta que transporta
à maneira de reboque uma gaiola de madeira. A gaiola tem três pequenas rodas e
transporta um homem ruivo. É PASO, com as mãos atadas. Traz uma mordaça. Tasla
desce da bicicleta. Dirige-se para Viloro. Os dois homens olham descaradamente
para Tasla) TASLA – Bom dia, Viloro. (Viloro com gesto de fadiga aponta o muro)
VILORO – Não fale. Eles estão ali. TASLA – (Olha receosamente para os homens) –
Ainda! (Silêncio. Risos dos homens. Tasla e Viloro voltam receosamente o olhar
para o muro. Os dois homens calam-se. Silêncio. Viloro e Tasla olham um para o
outro. Os homens desaparecem. Silêncio) VILORO – Vê se eles ainda estão lá.
TASLA – Olha você. Tenho medo. VILORO – Eu também. (Silêncio. Viloro olha receosamente
para o fundo) VILORO – (muito contente) – Eles já foram embora. (Tasla olha. O
seu rosto ilumina-se) TASLA – Finalmente estamos tranqüilos. VILORO – Temos que
esperar. Não vão eles voltar daqui a pouco como fazem algumas vezes? TASLA –
(Após um silêncio) – Progrediste? VILORO – (Muito contente) – Oh! Sim. Fiz
enormes progressos. TASLA – Toca para eu ouvir. VILORO – Tenho um pouco de
vergonha. TASLA – Coragem! Não há motivo para ficar vermelho de vergonha.
VILORO – (Entusiasmado) – É sem querer. TASLA – De repente? VILORO – Não é bem
de repente. . . mas quase. TASLA – Toca um bocadinho. (Viloro toca piano: Dó,
ré, mi, fá, lá. – Gesto contrariado de Viloro) TASLA – Muito bem, Viloro. Você
fez um progresso espantoso! VILORO – Enganei-me no fim. Não percebeste? — Dó,
ré, mi, fá, si, sol. Os dois homens riem por detrás do muro. Viloro volta-se
para eles com ar zangado mas com timidez. Os dois homens param de rir.
Encaram-no muito seriamente. Silêncio. Pela esquerda entra uma mulher – TASLA –
montada numa bicicleta que transporta à maneira de reboque uma gaiola de
madeira. A gaiola tem três pequenas rodas e transporta um homem ruivo. É PASO,
com as mãos atadas. Traz uma mordaça. Tasla desce da bicicleta. Dirige-se para
Viloro. Os dois homens olham descaradamente para Tasla) TASLA – Bom dia,
Viloro. (Viloro com gesto de fadiga aponta o muro) VILORO – Não fale. Eles
estão ali. TASLA – (Olha receosamente para os homens) – Ainda! (Silêncio. Risos
dos homens. Tasla e Viloro voltam receosamente o olhar para o muro. Os dois
homens calam-se. Silêncio. Viloro e Tasla olham um para o outro. Os homens
desaparecem. Silêncio) VILORO – Vê se eles ainda estão lá. TASLA – Olha você.
Tenho medo. VILORO – Eu também. (Silêncio. Viloro olha receosamente para o
fundo) VILORO – (muito contente) – Eles já foram embora. (Tasla olha. O seu
rosto ilumina-se) TASLA – Finalmente estamos tranqüilos. VILORO – Temos que
esperar. Não vão eles voltar daqui a pouco como fazem algumas vezes? TASLA –
(Após um silêncio) – Progrediste? VILORO – (Muito contente) – Oh! Sim. Fiz
enormes progressos. TASLA – Toca para eu ouvir. VILORO – Tenho um pouco de
vergonha. TASLA – Coragem! Não há motivo para ficar vermelho de vergonha.
VILORO – (Entusiasmado) – É sem querer. TASLA – De repente? VILORO – Não é bem
de repente. . . mas quase. TASLA – Toca um bocadinho. (Viloro toca piano: Dó,
ré, mi, fá, lá. – Gesto contrariado de Viloro) TASLA – Muito bem, Viloro. Você
fez um progresso espantoso! VILORO – Enganei-me no fim. Não percebeste?
[...] Veja mais aqui.
A VIDA É UM MILAGRE – O filme A vida é um milagre (Život je čudo, 2004), do cineasta e músico sérvio cirílico Emir Kusturica – que também compôs a música do filme com Dejo
Sparavalo -, conta uma história que se passa na Bósnia de 1992, quando
um engenheiro se instala num vilarejo com sua família - sua esposa é uma
cantora lírica e seu filho um adolescente -, sem dar ouvidos a uma ameaça de
guerra que quando eclode, leva sua vida
a sofrer mudanças drásticas: sua esposa foge com um músico e seu filho é convocado
para a guerra. O filme é belíssimo e conta reviravolta que se dá na vida de um pai de família, numa região ameaçada pela guerra e que, almejando alcançar seus objetivos se põe obstinadamente na luta pela conquista dos seus objetivos, quando em pleno andamento de seu planejamento se vê sem a mulher e sem o filho, tendo, por isso, a sua família destroçada. Imperdível. O destaque do filme vai para a belíssima atriz sérvia Nataša Tapušković. Veja mais aqui.
IMAGEM DO DIA
Homenagem à atriz alemã do teatro, cinema
e televisão Lil Dagover - Marie
Antonia Siegelinde Martha Seubert (1887-1980).
Veja mais no MCLAM: Hoje é dia do
programa Some Moments com a festa
comemorativa dos mais de 500 mil acessos
daqui, a partir das 21hs, no blog do Projeto MCLAM, com a apresentação sempre
especial de Meimei Corrêa & Verney
Filho. Para conferir online acesse aqui.
VAMOS APRUMAR A CONVERSA?
Aprume aqui.