
DITOS & DESDITOS: [...] Todo dia
ela lê, ela estuda, ela pratica caligrafia, e tentar fazer a gente pensar. Na
maioria dos dia eu tô muito cansada pra pensar. Mas Paciência é o outro nome
dela. [...] É um
milagre como os branco conseguem afligir tanto a gente. [...] Nós não somos brancos. Não somos europeus.
Somos pretos que nem os africanos. E nós e os africanos estaremos trabalhando
juntos por um objetivo comum: uma vida melhor para os negros do mundo todo.
[...] Minha pele é escura. Meu nariz é
apenas um nariz. Meu lábio é só um lábio. Meu corpo é só um corpo de mulher
passando pelas mudança da idade. Nada especial aqui para alguém amar. Nada de
cabelos enrolado cor de mel, nada de bunitinho. Nada novo ou jovem. Mas meu
coração deve ser novo e jovem pois parece que ele floresce com a vida.
[...]. Trechos da obra A cor púrpura
(José Olympio, 2009), da premiada escritora e ativista estadunidense Alice Walker, que trata de questões de
discriminação racial e sexual, contando a história de uma mulher negra que foi
estuprada pela pai, espancada pelo marido, passando por problemas como pobreza,
falta de educação, ausência do Estado e da lei. O volume, ao lado da obra O sol é para todos (José Olympio, 2006), da
premiada escritora estadunidense HarperLee (1926-2016), compõem o projeto Vidas negras importam (Jose Olympio, 2019).
O TEATRO DE ELENA GARRO
Uma geração sucede a outra e cada uma repete os atos da anterior. Apenas
um instante antes de morrer, ela descobre que era possível sonhar e pintar o
mundo à sua maneira, e em seguida acorda e começa um desenho diferente. O amor
não existe. Só existe um mundo que trabalha, que vai, que volta, que ganha
dinheiro, que usa relógio, que conta os minutos e os centavos e acaba
apodrecendo em um buraco, com uma pedra em cima que leva o nome do infeliz. Gostaria
de não ter memória ou de me tornar um pó piedoso para escapar da condenação de
me olhar. Aqui a ilusão se paga com a vida. Na profundidade da mentira sempre
há algo perverso.
ELENA GARRO - A arte
da premiada dramaturga, escritora, jornalista e roteirista Elena Garro (1916-1998),
que participou do movimento do Realismo Mágico, tendo desenvolvido uma obra
independente posteriormente. Veja mais aqui.
A ARTE DE EMIL OTTO HOPPÉ
A arte
do fotógrafo e topógrafo alemão Emil
Otto Hoppé (1878-1972). Veja mais aqui.
PERNAMBUCULTURARTES
A arte
da fotógrafa Isolda Nascimento, que
é bacharel em fotografia e atua nas áreas de moda e fotografia artística.
&
A música
do SaGrama aqui.
A poesia
de Rogério Generoso aqui.
A arte do artista visual Ghugha Távora
aqui.
Articulação de Mulheres da Mata Sul aqui.
Mapa Cultural de Pernambuco aqui.
&
As tribos de Águas Belas aqui.