terça-feira, junho 09, 2020

JORGE OTEIZA, SÍLVIO ALMEIDA, KATIA MESEL & TRÓPICO DAS CABRAS



DIÁRIO DE QUARENTENA – UMA: DO MONTE DE BRASIS!!!!! – Ah, gentamiga dos Brasis de Z, S e o alfabeto inteiro pro Fecamepa! Haja Brasis no Brasil! O Brazil desde sempre e de antes de tudo é o reduto abundante dos abastados preadores mamelucos das altas camadas que arrastam o progresso ao seu modo e mando: o paraíso para explorar! Aqui eles enriquecem sobre a escravaria cada vez mais para seus amostramentos no primeiro mundo, nada mais. Já o Brasil, ah esse tem uma tuia, muitos e tantos, uns dentro dos outros, aos montes e de todo jeito, que é parasitado pelos donos do Brazil e inferno para os demais amontoados entre os desaparecidos da pandemia no apagão dos dados e de outras desgraças multifacetadas que tanto são maléficas e se parecem panaceias e vice-versa, como saltitantes e sedutoras para engalobação geral e fortuna dos sabidos. Afinal, aqui tudo é na base do panem et circenses, de ninguém se lembrar de um dia depois de outro. Tanto é que nem sacaram até agora Hobsbawm: O domínio do passado não implica em uma imagem de imobilidade social. É compatível com visões cíclicas de mudança histórica, e certamente com a regressão e a catástrofe (ou seja, o fracasso em reproduzir o passado). É incompatível com a ideia de progresso contínuo. O que parece é que nem mesmo os mais atilados sacam essa por aqui, avalie! DUAS: SEM ESQUENTAR O QUENGO NEM CIRCUITO NO JUIZO - Confesso, se o padecimento é geral, não fujo à regra: dou meus pinotes e fujo das tentações para não ter que comer das melecas indigestas que distribuem aos bons bocados como se fossem benesses desinteressadas. Quem delas usa, só muito depois é que se dá conta do rabo agarrado pelos tentáculos inexoráveis dos que se passam por bonzinhos. Eu, hem! Por antídoto vou de Pagu: Tenho várias cicatrizes, mas estou viva. Abram a janela. Desabotoem minha blusa. Eu quero respirar. A satisfação intelectual não me basta... a ação me faz falta! Esse crime, o crime sagrado de ser divergente, nós o cometeremos sempre. Assim, faço a festa que posso e vivo. TRÊS: PARA SER FELIZ NÃO ME LEVO MUITO A SÉRIO – Exatamente, para não esquentar a cabeça com o desgoverno e a alienação de um bocado de negacionista, prefiro mandar ver feito Cole Porter: Esta a regra que proponho, sempre tem um ás no buraco. Sempre tente chegar a ter um ás em algum lugar privado. Seja um palhaço, seja um palhaço, seja um palhaço. Como não tenho esse ás nas mangas, sigo dele aquela da maravilhosíssima Elza Soares: Vamos amar!!!! E depois vamos aprumar a conversa, né gente! Até mais ver! © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo e aqui.

DITOS & DESDITOS: [...] O racismo não é um ato ou um conjunto de atos e tampouco se resume a um fenômeno restrito às práticas institucionais; é, sobretudo, um processo histórico e político em que as condições de subalternidade ou de privilégio de sujeitos racializados é estruturalmente reproduzida. [...]. Trecho extraído da obra O que é racismo estrutural? (Letramento, 2018), do filósofo Sílvio Almeida, que trata das visões predominantes sobre o racismo que costumam tratar o tema como um problema moral ou cultural que deve ser enfrentado, ou pela educação ou por meios jurídicos. É a partir da crítica a esta concepção que o autor  propõe um tratamento mais complexo sobre as relações raciais: O racismo, portanto, é apresentado como decorrência da própria estrutura social, ou seja, do modo “normal” com que se constituem as relações políticas, econômicas, jurídicas e até familiares. Com o didatismo, a síntese e o rigor acadêmico que são as marcas da coleção, o autor procura demonstrar como a raça é um elemento fundamental para a compreensão do Estado, do direito e da economia contemporâneas. Precisamos de uma cultura que se oponha ao racismo, que coloque em seu centro produções em que a nossa humanidade caiba. Veja mais aqui e aqui.

TRÓPICO DAS CABRAS
O premiadíssimo drama curta-metragem Trópico das Cabras (2007), dirigido por Fernando Coimbra, conta a história de um casal em crise que parte do litoral para o interior de São Paulo, num Chevette, na tentativa de salvar ou perder de vez sua relação. No caminho, aos poucos eles vão se entregando a um estranho jogo sexual. Este curta foi selecionado para os mais importantes festivais de cinema do Brasil e do mundo. Veja mais aqui.

A ARTE DE JORGE OTEIZA
Não sei o que é esforço... pois toda a minha vida tem sido um trabalho contínuo. O esforço me conquistou desde o começo e, portanto, a consciência do esforço nunca surgiu em mim.
JORGE OTEIZA - A arte do escultor, artista e escritor espanhol Jorge Oteiza (1908-2003). Veja mais aqui.

PERNAMBUCULTURARTES
Considero que conseguimos fazer um trabalho muito delicado, que vai tocar todas as mulheres, independente de terem filhos ou não. O filme não fala só sobre a impossibilidade de parir em Fernando de Noronha, um direito que é negado, mas também sobre outros temas que rondam o feminino na ilha, como a falta de oportunidades de trabalho, gravidez precoce, aborto e prostituição.
O curta Parto Sim! (2019), da cineasta e artista gráfica Katia Mesel, narra histórias de gestantes que têm dificuldades em parir os bebês na ilha de Fernando de Noronha, em face da ausência de estrutura hospitalar que viabilize os partos e traz à tona temáticas como adoção, gravidez, aborto e - de uma forma mais contudente - a realidade de gestantes nativas da ilha. Veja mais aqui.
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A música do arranjador, maestro, compositor e multi-instrumentista Moacir Santos (1926-2006) aqui & aqui.
A arte de ser profano de Fernando Spencer aqui.
A arte da artista visual Tania Britto aqui.
A revista pernambuca de HQ, Ragú, editada por Christiano Mascaro e João Lin aqui.
Os poemas do professor, psicólogo e poeta Marcos Carneiro aqui.
Os versos & rimas do poeta popular Ricardo Cordel aqui.
O livro (Ab)sinto de Madalena Zaccara aqui.
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São Benedito do Sul aqui & aqui.
 

PATRICIA CHURCHLAND, VÉRONIQUE OVALDÉ, WIDAD BENMOUSSA & PERIFERIAS INDÍGENAS DE GIVA SILVA

  Imagem: Foto AcervoLAM . Ao som do show Transmutando pássaros (2020), da flautista Tayhná Oliveira .   Lua de Maceió ... - Não era ...