DIÁRIO DE QUARENTENA – UMA: DO MONTE DE BRASIS!!!!! – Ah,
gentamiga dos Brasis de Z, S e o alfabeto inteiro pro Fecamepa! Haja Brasis no Brasil! O Brazil desde sempre e de antes de tudo é o reduto abundante dos abastados
preadores mamelucos das altas camadas que arrastam o progresso ao seu modo e
mando: o paraíso para explorar! Aqui eles enriquecem sobre a escravaria cada
vez mais para seus amostramentos no primeiro mundo, nada mais. Já o Brasil, ah
esse tem uma tuia, muitos e tantos, uns dentro dos outros, aos montes e de todo
jeito, que é parasitado pelos donos do Brazil
e inferno para os demais amontoados entre os desaparecidos da pandemia no
apagão dos dados e de outras desgraças multifacetadas que tanto são maléficas e
se parecem panaceias e vice-versa, como saltitantes e sedutoras para
engalobação geral e fortuna dos sabidos. Afinal, aqui tudo é na base do panem et circenses, de ninguém se lembrar de um dia
depois de outro. Tanto é que nem sacaram até agora Hobsbawm: O
domínio do passado não implica em uma imagem de imobilidade social. É
compatível com visões cíclicas de mudança histórica, e certamente com a
regressão e a catástrofe (ou seja, o fracasso em reproduzir o passado). É
incompatível com a ideia de progresso contínuo. O que
parece é que nem mesmo os mais atilados sacam essa por aqui, avalie! DUAS: SEM ESQUENTAR O QUENGO NEM CIRCUITO
NO JUIZO - Confesso, se o padecimento é geral, não fujo à regra: dou meus
pinotes e fujo das tentações para não ter que comer das melecas indigestas que
distribuem aos bons bocados como se fossem benesses desinteressadas. Quem delas
usa, só muito depois é que se dá conta do rabo agarrado pelos tentáculos
inexoráveis dos que se passam por bonzinhos. Eu, hem! Por antídoto vou de Pagu: Tenho várias cicatrizes, mas estou viva. Abram a janela. Desabotoem
minha blusa. Eu quero respirar. A satisfação intelectual não me basta... a ação
me faz falta! Esse crime, o crime sagrado de ser divergente, nós o cometeremos
sempre. Assim, faço a festa que posso e vivo. TRÊS: PARA SER FELIZ NÃO ME LEVO MUITO A SÉRIO – Exatamente, para
não esquentar a cabeça com o desgoverno e a alienação de um bocado de
negacionista, prefiro mandar ver feito Cole Porter: Esta a regra que proponho,
sempre tem um ás no buraco. Sempre tente chegar a ter um ás em algum lugar
privado. Seja um palhaço, seja um palhaço, seja um palhaço. Como não tenho esse ás
nas mangas, sigo dele aquela da maravilhosíssima Elza Soares: Vamos amar!!!! E depois vamos aprumar a conversa, né gente! Até mais ver! © Luiz
Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo e aqui.
DITOS & DESDITOS: [...] O racismo não é um ato ou um conjunto de atos
e tampouco se resume a um fenômeno restrito às práticas institucionais; é,
sobretudo, um processo histórico e político em que as condições de
subalternidade ou de privilégio de sujeitos racializados é estruturalmente
reproduzida. [...]. Trecho extraído da obra O que é racismo estrutural? (Letramento, 2018), do filósofo Sílvio Almeida, que trata das visões predominantes sobre o racismo que
costumam tratar o tema como um problema moral ou cultural que deve ser
enfrentado, ou pela educação ou por meios jurídicos. É a partir da crítica a
esta concepção que o autor propõe um
tratamento mais complexo sobre as relações raciais: O racismo, portanto, é apresentado como decorrência da própria
estrutura social, ou seja, do modo “normal” com que se constituem as relações políticas,
econômicas, jurídicas e até familiares. Com o didatismo, a síntese e o rigor
acadêmico que são as marcas da coleção, o autor procura demonstrar como a raça
é um elemento fundamental para a compreensão do Estado, do direito e da
economia contemporâneas. Precisamos
de uma cultura que se oponha ao racismo, que coloque em seu centro produções em
que a nossa humanidade caiba. Veja mais aqui e aqui.
TRÓPICO DAS CABRAS
O premiadíssimo
drama curta-metragem Trópico das Cabras (2007),
dirigido por Fernando Coimbra, conta a história de um casal em
crise que parte do litoral para o interior de São Paulo, num Chevette, na
tentativa de salvar ou perder de vez sua relação. No caminho, aos poucos eles
vão se entregando a um estranho jogo sexual. Este curta foi selecionado para os
mais importantes festivais de cinema do Brasil e do mundo. Veja mais aqui.
A ARTE DE JORGE OTEIZA
Não sei o que é esforço... pois toda a minha vida tem
sido um trabalho contínuo. O esforço me conquistou desde
o começo e, portanto, a consciência do esforço nunca surgiu em mim.
JORGE OTEIZA - A arte
do escultor, artista e escritor espanhol Jorge Oteiza (1908-2003). Veja
mais aqui.
PERNAMBUCULTURARTES
Considero que conseguimos fazer um trabalho muito delicado, que vai
tocar todas as mulheres, independente de terem filhos ou não. O filme não fala
só sobre a impossibilidade de parir em Fernando de Noronha, um direito que é
negado, mas também sobre outros temas que rondam o feminino na ilha, como a
falta de oportunidades de trabalho, gravidez precoce, aborto e prostituição.
O curta Parto Sim! (2019), da cineasta e artista
gráfica Katia Mesel, narra
histórias de gestantes que têm dificuldades em parir os bebês na ilha de
Fernando de Noronha, em face da ausência de estrutura hospitalar que viabilize
os partos e traz à tona temáticas como adoção, gravidez, aborto e - de uma
forma mais contudente - a realidade de gestantes nativas da ilha. Veja
mais aqui.
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A música do arranjador, maestro,
compositor e multi-instrumentista Moacir
Santos (1926-2006)
aqui & aqui.
A arte
de ser profano de Fernando Spencer aqui.
A arte
da artista visual Tania Britto aqui.
A revista pernambuca de HQ, Ragú,
editada por Christiano Mascaro e João Lin aqui.
Os poemas do professor, psicólogo e poeta Marcos Carneiro aqui.
Os versos
& rimas do poeta popular Ricardo
Cordel aqui.
O livro (Ab)sinto
de Madalena Zaccara aqui.
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