sexta-feira, novembro 29, 2013

CARMEN OLLÉ, NGUYỄN TUÂN, RUSHDIE, NIETZSCHE, ESOPO & LITERÓTICA


A AMBIÇÃO DO PRAZER –  O relógio. O beijo e seu contágio: o desejo. Revejo ontens, prevejo manhãs, dias. Toda orgia, teréns, Teerãs. Corpos expostos. Somos nós sem rostos, sem pudor. Valendo o amor dos inominados, endemoninhados nos ventres alados, insaciáveis. E que se entregam amáveis, felizes com seus atos condenáveis feito meretrizes com seus machos, no meio de trizes e esculachos mútuos, sem tudo a ver, revolutos, provocando circuitos por puro prazer de transgredir os limites, como reais pedintes em ação, com toda transgressão sexual, toda felação no plural, toda danação, toda ambição canibal tecendo o querer pra ser muito mais que barato de estupefato animal de estimação com um pássaro na mão e ela voando à vela, eu viajando nela qual furacão que devasta sua compleição para nos satisfazer na paixão. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aquiaqui.

 


DITOS & DESDITOS - Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar... Pensamento do escritor grego Esopo (620 a.C. - 564 a.C.). Veja mais aqui e aqui.

 

ALGUÉM FALOU: Quando residimos por muito tempo em determinado lugar, podemos conhecê-lo intimamente, porém a sua imagem pode não ser nítida, a menos que possamos também vê-lo de fora e pensemos em nossa experiência... Pensamento do escritor vietnamita Nguyn Tuân (1910- 1987), que em sua obra Echoes of a Time (1940), ele expressa: [...] Deus muitas vezes faz o mal, banindo as coisas puras para o meio de uma pilha de escória. E aqueles que têm uma mente boa e direta têm que passar a vida com um bando de malfeitores. [...] Quem empresta um livro é estúpido, mas quem pega um livro emprestado e devolve é ainda mais estúpido [...] Essa pessoa é verdadeiramente uma pessoa que não teve um único momento de solenidade perante a vida humana. Ele nasceu para brincar com a vida e imediatamente começou a usar seu talento para brincar com a carreira. [...].

 

ACERCA DA VERDADE E DA MENTIRA - [...] Num certo canto remoto do universo cintilante vertido em incontáveis sistemas solares havia uma vez um astro onde animais inteligentes inventaram o conhecimento [...] O intelecto, como meio para a conservação do indivíduo, desenvolve as suas forças dominantes na dissimulação, pois este é o meio graças ao qual os indivíduos mais fracos, os menos robustos, se conservam e aos quais está vedado lutar pela existência com o auxílio de chifres ou de dentes afiados das feras. No homem, esta arte da dissimulação atinge o seu ponto mais alto; nele a ilusão, a lisonja, a mentira e a fraude, o falar nas costas dos outros, o representar, o viver no brilho emprestado, o usar uma máscara, a convenção que oculta, o jogo de cena diante dos outros e de si próprio, numa palavra, o esvoaçar constante em torno dessa chama única, a vaidade, são de tal modo a regra e a lei que não há quase nada mais inconcebível do que o aparecimento nos homens de um impulso honesto e puro para a verdade [...] Coincidirão as designações e as coisas? Será a língua a adequada expressão de todas as realidades? [...] Julgamos saber algo das próprias coisas quando falamos de árvores, cores, neve e flores e, no entanto, não dispomos senão de metáforas das coisas que não correspondem de forma alguma às essencialidades primordiais [...] Todo o conceito emerge da igualização do não igual. Tão certo como uma folha nunca é completamente igual a uma outra, assim também o conceito de folha foi formado graças ao abandono dessas diferenças individuais por um esquecimento do elemento diferenciador e suscita então a representação, como se existisse na natureza, fora das folhas, algo que fosse “a folha”, algo como uma forma originária, segundo a qual todas as folhas seriam tecidas, desenhadas, recortadas, coloridas, frisadas e pintadas mas por mão desajeitada, de tal maneira que nenhum exemplar tivesse sido executado de modo correto e fiável como a cópia fiel da forma originária [...]. Trechos extraídos da obra Acerca da verdade e da mentira no sentido extramoral - Obras escolhidas de Friedrich Nietzsche, Vol. 1 (Relógio de Água, 1997), do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900). Veja mais aqui, aqui e aqui.

 

VERSOS SATÂNICOS - [...] A morte traz a franqueza, meu amado, de forma que posso chamar você por seus nomes verdadeiros [...] Agora que morri esqueci como perdoar. Eu maldigo você. [...] Miss Pimple Bilimoria, a última deusa apimentada – ela não é nenhuma senhorita frívola e falante, é uma explosão de dinamite, sim senhor – desvestida com os véus de uma dançarina do templo e posicionada debaixo das contorcidas representação em papelão de figuras tântricas copulantes do periodo Chandela [...] Pode-se dizer que ele desceu da tela do cinema para o mundo, e na vida, ao contrário do cinema, as pessoas sabem quando você fede. [...] Ele piscava, e a ilusão se desfazia, mas aquela sensação nunca o abandonou. Ele cresceu acreditando em Deus, anhos, demonios, afreets, djins, com tanta certeza quanto teria se essas coisas fossem carros de boi ou postes de iluminação, e achava que era uma falha de sua propria visão nunca ter visto um fantasma. Sonhava encontrar um optometrista mágico de quem pudesse comprar óculos verdes que corrigissem sua lamentável miopia, para ser capaz de enxargar, através do ar denso e cegante, o fabuloso mundo inferior. [...] Ela estava no centro de uma sala cheia de atrizes trotsquistas e fixou nele olhos tão brilhantes, tão brilhantes. Ele a monopolizou a noite inteira, e ela não parou de sorrir nem um minuto e foi embora com outro. Ele voltou para casa para sonhar com os olhos e o sorriso dela, a esbelteza dela, a pele dela. Perseguiu-a por dois anos. A Inglaterra relita em ceder seus tesouros. Ficou perplexo com a propria perseverança, e entendeu que ela tinha se transformado na dona de seu destino, que se ela não cedesse, todo o seu empenho de metamorfose teria falhado.  [...] Trechos extraídos da obra Os versos satânicos (Planeta De Agostini, 2004), do escritor britânico de origem indiana Salman Rushdie. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

 

DOIS POEMASSUBÚRBIO - Aquele, o mais perverso, nunca amou. \ Ele ficou preso em meus braços entre os lençóis. \ Sabia, pés em direção à porta... \ Irascível, seu único defeito era sua única virtude, \ Ele amava o prazer mais do que o dinheiro, \ para uma cicatriz do que um colar de pérolas. \ Frequento as tabernas perto do mar \ Eu sei que ela pensa em Lautréamont \ -nome desconhecido- e na melancolia \ de um pôr do sol gracioso como um olho vazio. RÉQUIEM - É difícil montar o quebra-cabeça \ a identidade está em jogo\ o cheiro da cripta a música de Mozart\ puseste a andar a minha fantasia\ eu entraria no sarcófago\ beijaria teus lábios\ amor é corpo\ é olhar \ então eu fecharia os olhos\ para não ver\ em ti e em mim um pássaro raro\ sem nome\ emissário de uma luz\ que se acende agora\ apaga depois\ Há uma parede\ e do outro lado chove\ há uma bétula\ que balança ao vento\ um cheiro que eu não consigo alcançar\ se fosse teu\ a noite\ se em mim o brilho\ os olhos\ é apenas o scherzo\ de um melro imaginário\ ou algo fora da caixa. Poema da escritora e crítica peruana Carmen Ollé.

 


UM POEMA & UM DEPOIMENTO DE AMOR DEVASSO - SAUDADE EXUBERANTE - Que saudade do meu amor me enlouquecendo,\ tuas mãos deslizando eróticas em meu corpo,\ e sentindo teu pênis ereto a me transmitir prazer,\ não te contenhas, quero-te transbordante.\ Preciso de tua exuberância para acalmar,\ essa paixão enlouquecedora e prazerosa\ sentir tuas mãos em transe priápico,\ para acalmar esse tesão que me alucina\ Desejo-te tocando em minha pele sedosa,\ Quero tirar peça por peça para admirares\ o que será sempre teu e dançar sensual\ enquanto corres para aceitar o meu convite.\ Desejo-te despudorado a massagear meu corpo,\ enquanto orgasmos se sucedem sempre intensos,\ E alcanças arrebatado a fonte de teus desejos,\ e para sempre será tudo teu a aliviar-te sensações.\ Vem, estou precisando de tua priápica paixão\ que correspondo com a mesma intensidade,\ a chupar teu pênis ereto a pedir minhas mãos\ acariciando, lambendo e sorvendo o teu sêmen\ Supremo prazer que espero em ânsias de desejo,\ quero-te todinho e entrar em delírio de prazer,\ naquela transmutação de nossos corpo num só,\ e para sempre gozarmos alucinados de paixão \ Ah, nossa paixão. I - Ah minhas mãos novamente em teu corpo, em carne viva, sentindo teu pênis intumescido a me enlouquecer nas tardes ensolaradas de minha vida e eu qual uma amazona cavalgando delirante e apaixonada, enquanto minha dança lasciva te leva ao éden nunca frequentado de todos os teus sonhos mais desvairados. Ah, minha coreografia de quadris que te faz gemer de prazer, quase embarcando em meus mares de desejos e luxúria. Ah, sentir teus olhos vorazes de concupiscência refletidos em meus seios cujos bicos duros faz com que arquejes de prazer e nossos corpos trêmulos, vibrando na ânsia do paraíso de loucura afrodisíaca. Ah sentir meus glúteos em dança lasciva a te ensandecer em nossa alcova de prazeres ultrapassando qualquer expectativa em minha sensualidade plena! Ah sentir teu pênis, só meu, a regar tua fonte em gozo exultante e depois, já saciados, a tua cabeça descansando em meus seios tão docemente e podermos nos tornar um só naquele momento mais que indescritível. Ah como te sinto em mim para sempre! Como é maravilhoso amar, me orgulhar e possuir todinho você sabendo como você me faz feliz e como me lembro dos dias mágicos que passei com você. Tudo que eu queria era que você não fosse embora nunca mais ou que eu fosse com você! Quero aconchegar você nos meios dos meus seios para sempre! Eu tenho certeza de que “o que é meu” vai me enlouquecer estirado, ereto e inchado de prazer e eu vou depois de acariciá-lo por cima da calça, libertá-lo só para mim. E o meu toque em carne viva, babento e que eu beijarei com tanta intensidade que ficará sim a marca do meu batom gravada nele. E minha língua sentirá o sabor inexprimível “do que é meu” para levá-lo realmente ao paraíso das delícias. Ah, essa paixão que é cada vez mais voluptuosa e enfeitiçadora, e que toma conta do meu corpo e da minha alma e podendo sentir, pegar, cheirar e senti-lo dentro de mim! Nada mais tentador do que sentir esse prazer insano a vasculhar nossos corpos sedentos. Você me desnudando e eu oferecendo tudo que você deseja e que eu sonho e todos os momentos. E sua poeta putinha se deitará de bruços para sentir todo o fascínio de seu pênis carinhosamente entrando em minha “bundinha “e escorregando para penetrar em meu ânus que o espera fascinada em carne viva , celebrando meus orgasmos e gozos abundantes só para você e em você para sempre! Eu queroooooo, meu amor! E também quero estar em você, meu fascinante amor, e quero estar linda e poeta seminua e putinha só sua. E amanhecer ao seu lado, que maravilha! Acordar e senti-lo pertinho, seu corpo encostado ao meu e você levando-me para mais perto, e "o que é meu" se apropriando de mim, e senti-lo como da primeira vez, e realmente também a paixão ilimitada da minha vida. Que eu quero, preciso e sonho todas as horas da minha vida. E mesmo longe não vivo sem você, porque estou sempre perto em pensamento e no coração. E que estaremos em carne viva. E como vou adorar as tardes, você acarinhando minha pele, explorando todas as minhas entranhas, eu enlouquecida de paixão como da primeira vez. seu sexo no meu como já sentimos tão intensamente. E nunca mais esses dias sairão de dentro de mim. E que noites maravilhosas ali juntos, e nas madrugadas que estaremos no nosso paraíso de amor. E sim, submissa às suas investidas que me deixam quase inconsciente de tantas sensações indescritíveis. Seus beijos, seus toques, você todo em mim, e a minha volúpia que me leva aos último degrau da felicidade. Você me desnudando, tirando minha calcinha para que mais possa penetrar dentro de mim, insaciável momento de paixão enlouquecida que nos levará ao gozo estupendamente delirante. Quero você para sempre!. Poema e texto da escritora Vânia Moreira Diniz.

 

PROGRAMA DOMINGO ROMÂNTICO – O programa Domingo Romântico que vai ao ar todos os domingos, a partir das 10hs (horário de Brasilia), é comandado pela poeta e radialista Meimei Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação deste domingo aqui. Na edição deste 01 de dezembro, muitas comemorações: de mais de 300 mil do blog Tataritaritatá e de mais 4 mil membros no grupo do programa no Facebook, com muitas atrações, confira: Maria Callas, Oscar Wilde, Stéphane Grapelli, Hermeto Pascoal, Yes, Sérgio Mendes, Antonio Abujamra, Adoniran Barbosa, Frank Zappa, Luiz Melodia, Chico Buarque, Billy Paul & Ed Motta, João Bosco, Milton Nascimento & Beto Guedes, Adriana Calcanhoto, Paulinho da Viola, Vanessa da Mata, Caetano & Gil, Kleiton & Kledir, Beth Carvalho, Ney Matogrosso, Cazuza, Nino Rota, Tetê Espíndola, Legião Urbana, Britney Spears, Roberto Carlos, Julee Cruise, Alcione, Demis Roussos, Gilbert O'Sullivan, Gonzaguinha, Roupa Nova, Anselmo Vasconcelos, Luciana Mello, Everaldo Borges, Cikó Macedo, Mazinho, Marquinhos Cabral, Nico, Tirso Florence de Biasi, Junior Maligno, Carol Oliveira, Mônica Brandão, Julia Crystal, Henrique Gama, Zé Linaldo & muito mais!!!!! Participe, comente, curta online & abrilhante a nossa festa neste 01 de dezembro, na programação da Cidade FM 87,9, a partir das 10hs. Não deixe de participar para concorrer a diversos prêmios. Veja mais aqui.

SERVIÇO:
O que? Programa Domingo Romântico
Quando? Neste domingo, 01 de dezembro, a partir das 10hs.
Onde? Cidade FM 
Apresentação Meimei Corrêa.
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quinta-feira, novembro 28, 2013

PIEDAD BONNETT, ADALGISA, BECKETT, SARLO, MONTAIGNE, COCTEAU & BIRITOALDO

 


A SOLIDÃO DE ADALGISA – Tributo para Adalgisa Nery (1905-1980) – Aquela menina de Laranjeiras brincava nos meus olhos infantis. Órfã de mãe, não simpatizava com a madrasta e foi logo interna no colégio de freiras, onde adquiriu o apelido de subversiva, sendo mais tarde expulsa. Na adolescência me preteriu pela primeira vez: casou-se e mais de uma década depois a vejo intelectual sofisticada numa vida trepidante, viagens e conflitos conjugais. Dos sete filhos, apenas dois sobreviveram. Para mim sempre fora a Berenice de A imaginária, aquela que enviuvou para se tornar economiária e, logo depois, os seus Poemas vieram público quando estava no Itamaraty. Pela segunda vez me preteriu e seguiu pela vida movimentada da diplomacia e artistas no México. Tornou-se logo embaixatriz plenipotenciária, com a Ordem da Águia Asteca pelas conferências sobre Juana Inés de la Cruz. Com a nova separação renegou sua obra, tornando-se jornalista altiva e caindo de cabeça na política socialista. Foi cassada pela ditadura militar, doou tudo aos filhos e viu-se pobre e desamparada, sem ter onde morar. Vi-lhe na Neblina, seu afeto e lealdade, internada voluntariamente numa casa de repouso para idosos, em Jacarepaguá. Em sua reclusão tornou-se A imaginária dos meus sonhos, por seus Mundos Oscilantes de Mulher Ausente. Quem era Og, não sabia, só de seus Cantos da Angústia e As Fronteiras da Quarta Dimensão. O seu Retrato sem Retoque, contava 22 menos 1, a Erosão da vida, e ela se foi para nunca mais. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS - O sinal mais certo de sabedoria é a alegria... A melhor coisa do mundo é saber pertencer a si mesmo... Pensamento do jurista, filósofo, escritor e humanista francês Michel Eyquem de Montaigne (1533-1592), que nos seus Ensaios (Orbis, 1984), expressou que: Ninguém está livre de dizer asneiras: o mal consiste em dizê-las com pompa... Isto não se aplica a mim, que digo as minhas tolices tão naturalmente como as penso... Veja mais aqui e aqui.

 

ALGUÉM FALOU: Hoje, não tenho nenhuma obrigação, como cidadã, de ter coragem. No século XIX, manter a honra implicava em manter a coragem. Era melhor exagerá-la a estar ausente... É um mundo violento e ao mesmo tempo essa violência era uma virtude necessária. Hoje, considera-se desnecessária, porque na modernidade a afronta é vingada pela lógica das instituições. Não é vingança, mas Justiça... Pensamento da escritora e crítica literária argentina Beatriz Sarlo. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

 

DIÁRIO DA CURA – [...] A falta de boas maneiras é o sinal de um herói. [...] Estamos num período de tal individualismo que já não se fala de discípulos; fala-se de ladrões. [....] Dentro de duas semanas, apesar destas notas, não acreditarei mais no que estou vivenciando agora. É preciso deixar um rastro desta viagem que a memória esquece. É preciso, quando isso for impossível, escrever ou desenhar sem responder às solicitações românticas da dor, sem gostar do sofrimento como a música, amarrando uma caneta no pé se for preciso, ajudando os médicos que nada podem aprender com a preguiça [...]. Trechos extraídos da obra Opium: The Diary of His Cure (Peter Owen, 2001), do escritor, cineasta, dramaturgo, desenhista e ator surrealista francês, Jean Cocteau (1889-1963), que na obra Les Mariés de la Tour Eiffel (Nouvelle Revue Française, 1924) expressa: [...] Que uniforme posso usar para esconder meu coração pesado? É muito pesado. Isso sempre aparecerá. [...] Uma vez que estes mistérios me ultrapassam, fingimos ser os seus organizadores. [...]. Veja mais aqui e aqui.

 

TRILOGIA DE BECKETT – MOLLOY: [...] Não espere ser caçado para se esconder, esse sempre foi meu lema. [...] Sim, houve momentos em que esqueci não apenas quem eu era, mas também o que eu era, esqueci de ser. [...] Se há uma pergunta que temo e para a qual nunca fui capaz de inventar uma resposta satisfatória, é a pergunta: o que estou fazendo? [...] Pois em mim sempre existiram dois tolos, entre outros, um que não pede nada melhor do que ficar onde está e o outro imagina que a vida poderia ser um pouco menos horrível um pouco mais adiante. [...] Não querer dizer, não saber o que quer dizer, não ser capaz de dizer o que pensa que quer dizer, e nunca parar de dizer, ou quase nunca, é isso que deve ter em mente, mesmo em o calor da composição. [...] É tão bom saber para onde você está indo, nos estágios iniciais. Quase te livra do desejo de ir para lá. [...] Quando um homem numa floresta pensa que está avançando em linha reta, na verdade ele está andando em círculo, eu fiz o meu melhor para andar em círculo, na esperança de andar em linha reta. [...] Pois não saber nada não é nada, não querer saber nada da mesma forma, mas estar além de saber qualquer coisa, saber que você está além de saber qualquer coisa, é aí que a paz entra na alma do buscador indiferente. [...] Essa é uma das muitas razões pelas quais evito falar tanto quanto possível. Pois eu sempre digo muito ou pouco, o que é uma coisa terrível para um homem com uma paixão pela verdade como a minha. [...]. Trechos extraídos da obra Molloy (Biblioteca Azul, 2013), do dramaturgo e escritor irlandês Samuel Beckett (1906-1989). Na obra Malone Dies (Grove Pr, 1978), expressa que: [...] Nada é mais real do que nada. [...] Faço uma pausa para registrar que me sinto em uma forma extraordinária. Delírio talvez. [...] Mas eu sei o que é a escuridão, ela se acumula, engrossa e de repente explode e afoga tudo. [...] digamos, antes de prosseguir, que não perdôo ninguém. desejo a todos uma vida atroz no fogo do inferno gelado e nas execráveis gerações que virão. [...] Palavras e imagens correm em minha cabeça, perseguindo, voando, colidindo, fundindo-se, indefinidamente. Mas além desse tumulto há uma grande calma e uma grande indiferença, que nunca mais será perturbado por nada. [...]. Já na obra The Unnamable (Faber & Faber, 2010), expressa: [...] Você deve continuar. Eu não posso continuar. Eu continuarei. [...] Sim, na minha vida, já que devemos chamá-la assim, houve três coisas, a incapacidade de falar, a incapacidade de ficar em silêncio e a solidão, foi disso que tive que aproveitar ao máximo. [...] Infelizmente tenho medo, como sempre, de continuar. Pois continuar significa sair daqui, significa encontrar-me, perder-me, desaparecer e começar de novo, primeiro um estranho, depois, pouco a pouco, o mesmo de sempre, num outro lugar, onde direi que sempre estive, do qual nada saberei, sendo incapaz de ver, mover-me, pensar, falar, mas do qual pouco a pouco, apesar destas deficiências, começarei a saber alguma coisa, apenas o suficiente para que se torne o mesmo lugar de sempre, o mesmo que parece feito para mim e não me quer, que parece que quero e não quero, faça a sua escolha, que me vomita ou me engole, nunca saberei, que talvez seja apenas o interior do meu crânio distante onde antes eu vagava, agora estou imóvel, perdido pela pequenez, ou encostado nas paredes, com a cabeça, as mãos, os pés, as costas, e sempre murmurando minhas velhas histórias, minha velha história, como se fosse o primeira vez. [...] Sou todas essas palavras, todos esses estranhos, esse pó de palavras, sem chão para se estabelecerem, sem céu para se dispersarem, reunindo-se para dizer, fugindo um do outro para dizer, que eu sou eles, todos eles, aqueles que se fundem, os que se separam, os que nunca se encontram, e nada mais, sim, outra coisa, que sou algo bem diferente, uma coisa bem diferente, uma coisa sem palavras num lugar vazio, um lugar fechado, seco, frio e negro, onde nada se mexe, nada fala, e que eu ouço, e que procuro, como uma fera enjaulada nascida de feras enjauladas nascida de feras enjauladas nascida de feras enjauladas nascida em uma jaula e morta em uma jaula, nascida e depois morta, nascida em uma gaiola e depois morto em uma gaiola, em uma palavra como uma fera, em uma de suas palavras, como uma fera, e que eu procuro, como uma fera, com minhas poucas forças, uma fera, sem nada de seu resta apenas o medo e a fúria, não, a fúria passou, nada além do medo, nada de tudo o que lhe é devido a não ser o medo centuplicado, o medo da sua sombra, não, cego de nascença, do som então, se quiser, teremos isso, é preciso ter alguma coisa, é uma pena, mas aí está, medo do som, medo dos sons, dos sons das feras, dos sons dos homens, dos sons do dia e dos sons da noite, chega, medo dos sons tudo sons, mais ou menos, mais ou menos medo, todos os sons, só há um, contínuo, dia e noite, o que é, são passos indo e vindo, são vozes falando por um momento, são corpos tateando em sua direção, é o ar , são as coisas, é o ar entre as coisas, basta, que eu procuro, gosto, não, não gosto, como eu, do meu jeito, o que estou dizendo, à minha maneira, que procuro, o que faço Eu procuro agora, o que é, deve ser isso, só pode ser isso, o que é, o que pode ser, o que pode ser, o que eu procuro, não, o que eu ouço, eu ouço, agora vem de volta para mim, eles dizem que eu procuro o que ouço, eu os ouço, agora volta para mim, o que pode ser, e de onde pode vir, já que tudo está em silêncio aqui, e as paredes são grossas, e como eu consigo, sem sentir uma orelha em mim, ou uma cabeça, ou um corpo, ou uma alma, como eu consigo, fazer o que, como eu consigo, não está claro, querido, você diz que não está claro, alguma coisa é querer deixar claro, vou buscar, o que está querendo, deixar tudo claro, estou sempre buscando alguma coisa, é cansativo no final, e é só o começo. [...]. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

 

DOIS POEMAS - DE TEMPOS EM TEMPOS - A minha mãe gosta de ir a este café com lâmpadas sóbrias, pedir biscoitos de baunilha, beba sem pressa duas xícaras de chá preto como em um ato cerimonial. Eu a trouxe aqui, então, entregando minha tarde laboriosa a esse gesto filial. Através das enormes janelas vemos a vida pressionando lá fora enquanto falamos sobre dias passados E o ambiente morno do lugar sugere que a felicidade não passa disso. De repente, como se recuperasse palavras de um sonho ela diz: “É uma pena que tudo tenha um fim”. Ela diz isso com um leve sorriso, porque ela sabe que ser solene não combina com a tarde. (Minha mãe já tem setenta e quatro anos e ela já foi linda.) No fundo das xícaras o chá pinta seus signos. Eu não sei o que dizer. Olhamos a avenida, os rostos borrados dos transeuntes, as árvores que ficam em silêncio. A noite está caindo. UM ANTIGO CONTO - Os funcionários do hotel já conhecem a rotina: uma mulher chegando ao amanhecer ou numa tarde de domingo - sem bagagem distraído ainda humilhado fazendo um balanço. Chove no quarto dela, está sempre chovendo. E ela não traz nada com ela: nenhum guarda-chuva nem mesmo uma escova de dentes sem lâminas de barbear, sem Xanax. Os funcionários do hotel não ouvem os ecos vindos daquela sala: uma fogueira, uma canção amarga voltando à sua própria origem. Alguém está nos contando uma história antiga— alguém está chorando e rezando receber um par de asas. Poemas da poeta e dramaturga colombiana Piedad Bonnett.

 


QUANDO O CARA ERRA A PORTA DE ENTRADA, A SAÍDA É QUE SÃO ELAS!!!!!!!Biritoaldo endoidou de novo. A ultima paixão dele estava morta: a Amy Winehouse. Oxe, passou um tempo, muito tempo mesmo farol baixo, bandeira a meio pau, todo por fora macambúzio. Mas eu não te digo: foi só ele pôr as vistas numa beldade avolumada, do olho do cara vidrar e dele sair pela rua ensandecido aos gritos: é essa! É essa! É essa!!!!

- Que foi adoidado?

- Encontrei a deusa da minha vida!

- Quem é a sortuda?

- Essa aqui!

- Tu sabes quem é, desnaturado?

- Oxe, não quero nem saber! É ela que vou conquistar para realizar meu ninho matrimonial.

E foi atarantado com um bocado de foto tirada de revista atrás da Rebel Wilson no Super Fun  Night. Vai andar pouco, hem?
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KARIMA ZIALI, ANA JAKA, AMIN MAALOUF & JOÃO PERNAMBUCO

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