
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá: The Planets Suite, St. Paul’s Suit & Symphony in F Major The Cotswolds, do compositor, arranjador e professor inglês Gustav Holst; a interpretação da violoncelista estadunidense Alisa Weilerstein para o Concerto in D Major 1 de Haydn, Variations on a Rococo Theme op. 33 de Tchaikovsly & Hindemith Cellokonzert HR Sinfonieorchester; os álbuns Perto do coração, Mantiqueira, Só Xote e Música Popular Brasileira Contemporânea do produtor musical, arranjador, instrumentista, regente e compositor Nelson Ayres; e os álbuns Cidade Blues Rock nas Ruas & Salve a beleza da cantora, compositora e jornalista Mona Gadelha. Para conferir é só ligar o som e curtir.
Hoje na Rádio Tataritaritatá: The Planets Suite, St. Paul’s Suit & Symphony in F Major The Cotswolds, do compositor, arranjador e professor inglês Gustav Holst; a interpretação da violoncelista estadunidense Alisa Weilerstein para o Concerto in D Major 1 de Haydn, Variations on a Rococo Theme op. 33 de Tchaikovsly & Hindemith Cellokonzert HR Sinfonieorchester; os álbuns Perto do coração, Mantiqueira, Só Xote e Música Popular Brasileira Contemporânea do produtor musical, arranjador, instrumentista, regente e compositor Nelson Ayres; e os álbuns Cidade Blues Rock nas Ruas & Salve a beleza da cantora, compositora e jornalista Mona Gadelha. Para conferir é só ligar o som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA – A
lua pediu à sua mãe que lhe fizesse um vestido. – Um vestido? – perguntou a
mãe, espantada. – Não é possível fazer um vestido para você, minha filha. – Por
que não? – Hoje você está gorda, amanhã você está magra; um dia você é lua
cheia, outro dia você é lua nova. E ainda, às vezes, não é nem cheia, nem nova.
Impossível fazer um vestido para alguém como você. E como a lua teimava, a mãe
acabou com o assunto: - Decida a quantas anda, antes de querer um vestido. Extraída
do livro Esopo: fábulas completas (Cosac
Naify, 2013), do escritor grego Esopo (620 a.C. - 564 a.C.).
Veja mais aqui e aqui.
UMA HISTÓRIA SOBRE A TERRA - A
Terra é o nosso mundo. O mundo tem sido nosso amigo, ele nos oferece tanto...
ele nos dá cada fruta gostosa, cada tarde bonitya. Aconte que o mundo vem sendo
maltratado, poluído, queimado. Pensam que ele não sofre com isso? Esta é uma
história que conta como a Terra anda triste, chegando a pensar até em sumir.
Não some porque existe gente mais sabida, que entra na história e não deixa que
isso aconteça. Nesta aventura, de muita informação, poesia e fantasia, você vai
ficar sabendo mais sobre o meio em que vivemos, sobre o ar que respiramos. E
sobre a arca de Noé e os astronautas. Mistura danada: não. É como a Terra. Ela
gira, gira, e as coisas mais diferentes vão acontecendo. Este livro mostra que
a Terra se dá bem com a Lua, os anjos e as estrelas, mas tem medo das pessoas.
A ideia, então, é fazer com que ela goste da gente, sem receio. Mas para que
isso aconteça é preciso cuidar dela com amor. Recebendo cuidado e atenção, a
Terra será melhor para todos nós. [...]. Extraído da obra Antes que a Terra fuja: uma história pela
limpeza do meio ambiente (Moderna, 2002), da escritora
Julieta de Godoy Ladeira
(1927-1997). Veja mais aqui.
MARAIAL – O município de Maraial está encravada numa região que
possuía palmeiras deste tipo, Maraial, dando origem à sua denominação, havendo,
inclusive, registros de que uma família denominada Maraiá teria sido a primeira
a se extabeler naquela locadlidade. O povoado, portanto, teve inicio com a
construção da ferrovia para abastecimento de trablhadoras, sendo inaugurada a
estação em 1884. O distrito foi criado em 17 de dezembro de 1904, subordinado à
Palmares. Em 14 de janeiro de 1913 tornou-se vila e foi elavada à categoria de
município em 11 de setembro de 1928, sendo intalado em 1 de janeiro de 1929. O
município é formado pelos distritos sede e Sertãozinho de Baixo e pelo povoado
de Sertãozinho de Cima. Veja mais aqui.
CANIBAL - Em 1950, duas
moças sobrevoaram os desolados altiplanos da Bolívia. O avião, um Piper, era
pilotado por Bárbara; bela mulher, alta e loira, casada com um rico fazendeiro
de Mato Grosso. Sua companheira, Angelina, apresentava-se como uma criatura
esguia e escura, de grandes olhos assustados. As duas eram irmãs de criação. O
sol declinava no horizonte, quando o avião teve uma pane. Manobrando
desesperadamente, Bárbara conseguiu fazer uma aterrissagem forçada num platô. O
avião, porém, ficou completamente destruído, e as duas mulheres encontravam-se,
completamente sós, a milhares de quilômetros da vila mais próxima. Felizmente
(e talvez prevendo esta eventualidade), Bárbara trazia consigo um grande baú,
contendo os mais diversos víveres: rum Bacardi, anchovas, castanhas-do-pará,
caviar do Mar Negro, morangos, rins grelhados, compota de abacaxi,
queijo-de-minas, vidros de vitaminas. Esta mala estava intacta. Na manhã
seguinte, Angelina teve fome. Pediu a Bárbara que lhe fornecesse um pouco de
comida. Bárbara fez-lhe ver que não podia concordar; os víveres pertenciam a
ela, Bárbara, e não a Angelina. Resignada, Angelina afastou-se, à procura de
frutos ou raízes. Nada encontrou; a região era completamente árida. Assim,
naquele dia ela nada comeu. Nem nos três dias subseqüentes. Bárbara, ao contrário,
engordada a olhos vistos, talvez pela inatividade, uma vez que contentava-se em
ficar deitada, comendo e esperando que o socorro aparecesse. Angelina, pelo
contrário, caminhava de um lado para outro, chorando e lamentando-se, o que só
contribuía para aumentar suas necessidades calóricas. No quarto dia, enquanto
Bárbara almoçava, Angelina aproximou-se dela, com uma faca na mão. Curiosa,
Bárbara parou de mastigar a coxinha de galinha, e ficou observando a outra, que
estava parada, completamente imóvel. De repente Angelina colocou a mão esquerda
sobre uma pedra e de um golpe decepou o seu terceiro dedo. O sangue jorrou.
Angelina levou a mão à boca e sugou o próprio sangue. Como a hemorragia não
cessasse, Bárbara fez um torniquete e aplicou-o à raiz do dedo. Em poucos
minutos, o sangue parou de correr. Angelina apanhou o dedo do chão, limpou-o e
devorou-o até os ossinhos. A unha, jogou-a fora, porque em criança tinham-lhe
proibido roer unhas – feio vício. Bárbara observou-a em silêncio. Quando
Angelina terminou de comer, pediu-lhe uma falange; quebrou-a, e com a lasca,
palitou os dentes. Depois ficaram conversando, lembrando cenas da infância etc.
Nos dias seguintes, Angelina comeu os dedos das mãos, depois os dos pés.
Seguiram-se as pernas e as coxas. Bárbara ajudava-a a preparar as refeições,
aplicando torniquetes, ensinando como aproveitar o tutano dos ossos etc. No
décimo quinto dia, Angelina viu-se obrigada a abrir o ventre. O primeiro órgão
que extraiu foi o fígado. Como estava com muita fome, devorou-o cru, apesar dos
avisos de Bárbara, para que fritasse primeiro. Como resultado, ao fim da
refeição, continuava com fome. Pediu à Bárbara um pedaço de pão para passar no
molhinho. Bárbara negou-se a atender o pedido, relembrando as ponderações já
feitas. Depois do baço e dos ovários, Angelina passou ao intestino grosso, onde
teve uma desagradável surpresa; além das fezes (achado habitual neste órgão),
encontrou, na porção terminal, um grande tumor. Bárbara observou que era por
isto que a outra não vinha se sentindo bem há meses. Angelina concordou,
acrescentando: “É pena que eu tenha descoberto isto só agora.” Depois,
perguntou à Bárbara se faria mal comer o câncer. Bárbara aconselhou-a a jogar
fora esta porção, que já estava até meio apodrecida; lembrou os preceitos
higiênicos que devem ser mantidos sempre, em qualquer situação. No vigésimo
dia, Angelina expirou; e foi no dia seguinte que a equipe de salvamento chegou
ao altiplano. Ao verem o cadáver semidestruído, perguntaram a Bárbara o que
tinha acontecido; e a moça, visando preservar intacta a reputação da irmã,
mentiu pela primeira vez em sua vida:- Foram os índios. Os jornais noticiaram a
existência de índios antropófagos na Bolívia, o que não corresponde à realidade.
Conto extraído da obra Melhores contos
(Global, 2003), do escritor e médico gaúcho Moacyr Scliar
(1927-2011) , organizado por Regina Zilbermann. Veja mais aqui e aqui.
bastante frágil
Um fio fino
que à toa escapa.
Um fio fino
que à toa escapa.
O tempo é um fio.
Tecei! Tecei!
Rendas de bilro
com gentileza.
Tecei! Tecei!
Rendas de bilro
com gentileza.
Com mais empenho
franças espessas.
Malhas e redes
com mais astúcia.
franças espessas.
Malhas e redes
com mais astúcia.
O tempo é um fio
que vale muito.
que vale muito.
Franças espessas
carregam frutos.
Malhas e redes
apanham peixes.
carregam frutos.
Malhas e redes
apanham peixes.
O tempo é um fio
por entre os dedos.
Escapa o fio,
perdeu-se o tempo.
por entre os dedos.
Escapa o fio,
perdeu-se o tempo.
Lá vai o tempo
como um farrapo
jogado à toa.
como um farrapo
jogado à toa.
Mas ainda é tempo!
Soltai os potros
aos quatro ventos,
mandai os servos
de um pólo a outro,
vencei escarpas,
voltai com o tempo
que já se foi!…
aos quatro ventos,
mandai os servos
de um pólo a outro,
vencei escarpas,
voltai com o tempo
que já se foi!…
Poema do livro Poesia Geral (Duas
Cidades, 1985); da poeta mineira Henriqueta
Lisboa (1901-1985). Veja mais aqui.
A
literatura de Rachel de Queiroz aqui.
O
pensamento de Jakob Böehme aqui.
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