A PSICOTERAPIA DE ALAN WATTS -
Sou um daqueles
que acreditam que não seja uma virtude necessária do filosofo o passar a vida
defendendo uma mesma posição. É certamente uma espécie de orgulho espiritual
evitar pensar alto e não desejar que uma tese seja impressa até que se esteja
em condições de defendê-la até a morte. A filosofia, como a ciência, é uma
função social, pois um homem não pode pensar corretamente sozinho e o filósofo
deve publicar seu pensamento, ainda que seja somente para aprender, através da
crítica, a contribuir com uma parcela para a sabedoria. Se, portanto, algumas
vezes faço afirmações autoritárias e dogmáticas, é com o propósito de
contribuir para a clareza e não com o desejo de parecer um oráculo. (Alan Watts, Suprema
Identidade). A VIDA CONTEMPLATIVA – O livro A vida contemplativa: um
estudo sobre a necessidade da religião mística, pelo guia espiritual da
juventude moderna, do filósofo e escritor britânico Alan Wilson Watts
(1915-1973), aborda temas como a época do espírito, a dádiva da união, a
realização da união, a existência e o coração de Deus, a vida de ação, a vida
contemplativa. [...] O homem, queira ele ou não – ou melhor, a sua
inteligência consciente -, deve, portanto, governar o mundo. Tal coisa
constitui uma conclusão surpreendente para um ser que pouco sabe sobre si mesmo
e até mesmo admite que ciências da inteligência, como a psicologia e a
neurologia, não são mais que um estágio preliminar, superficial. Se nem mesmo
sabemos como proceder para sermos conscientes e inteligentes, mais temerário
seria admitir que sabemos qual a finalidade da inteligência consciente e muito
mais ainda que a mesma tem condições de dirigir o mundo. [...] A natureza
e o homem natural são ambos um objeto que é sempre estudado de acordo com uma
técnica que os torna exteriores e, portanto, diferentes para um observador
subjetivo. [...] Ao mesmo tempo, mesmo sob o ponto de vista intelectual
mais frio, torna-se cada vez mais claro que não vivemos em um mundo dividido.
As rígidas divisões entre espírito e natureza, mente e corpo, sujeito e objeto
e controlador e controlado são vistas, mais e mais, como inadequadas convenções
de linguagem. São termos grosseiros e ilusórios de descrição de um mundo em que
todos os eventos parecem ser mutuamente interdependentes – um complexo imenso
de relações sutilmente equilibradas que, como um nó sem fim, não tem uma ponta
que permita desfazê-lo a fim de colocá-lo em suposta ordem. [...] Premissas
defeituosas somente podem ser abandonadas por aqueles que vão às raízes de seu
próprio pensamento e conseguem descobrir o que realmente são. (Alan Watts, O
homem, a mulher e a natureza). O HOMEM, A MULHER E A NATUREZA – O
livro O homem, a mulher e a natureza, de Alan Watts, trata de temas como o
homem e a natureza, Urbanismo e Paganismo, a ciência e a natureza, a arte do
sentimento, o mundo como êxtase, o mundo sem sentido, o homem e a mulher,
espiritualidade e sexualidade, amor sagrado e profano, consumação, entre outros
temas. [...] os Estados totalitários sabem o perigo do artista. Corretamente
– se bem que por motivos errados – eles sabem que toda a arte é propaganda, e
que arte que não apoia o sistema deve ser contra ele. Eles sabem intuitivamente
que o artista não é um excêntrico inofensivo, mas uma pessoa que sob o disfarce
de irrelevância cria e revela uma nova realidade. [...] Da mesma forma
não se ouve um som. O som é o ouvir; fora disso, fica sendo simplesmente uma
vibração no ar. Os estados do sistema nervoso não precisam, como supomos, ser
vigiados por alguma coisa mais, por um homenzinho situado dentro da cabeça e
que os registra. Não precisaria esse homenzinho de ter outro sistema nervoso, e
outro homenzinho na cabeça [...] A sociedade está convencendo o
indivíduo a fazer o que ela quer mediante o recurso de fazê-lo crer que as
ordens dela são ordens do ser interior do indivíduo. [...] A ciência e a
psicoterapia já fizeram muito também para nos libertar da prisão que nos
isolava da natureza, prisão na qual tínhamos de renunciar a Eros, desprezar o
organismo físico e depositar todas as nossas esperanças em um mundo
sobrenatural – que viria depois. [...] Sempre que o terapeuta se coloca
ao lado da sociedade, ele interpreta o seu trabalho como sendo ajustar o
indivíduo e encaminhar os seus “impulsos inconscientes” para a respeitabilidade
social. Mas essa “psicoterapia oficial” carece de integridade e se transforma
em instrumento obediente de exércitos, burocracias, igrejas, empresas e de toda
instituição que exija lavagem cerebral dos indivíduos. Por outro lado, o
terapeuta interessado em ajudar o indivíduo é forçado à crítica social. Isso
não quer dizer que ele tenha de se empenhar diretamente em revolução política;
significa que ele tem de ajudar o indivíduo a se libertar de várias formas de
condicionamento social, libertá-lo inclusive do ódio contra esse
condicionamento – pois odiar é uma forma de se escravizar ao objeto odiado.
[...] (Alan Watts, Psicoterapia oriental e ocidental). O BUDISMO ZEN
–O livro O budismo zen, de Alan Wats, aborda temas como a filosofia do Tao, as
origens de Budismo, Budismo Mahayana, origem e desenvolvimento do Zen,
princípios e práticas, vazio e maravilhoso, sentado tranquilamente nada
fazendo, Za-Zen e Koan, o Zen das artes, entre outros assuntos. Tal como o
verdadeiro humor é rir de si mesmo, a verdadeira humanidade é o conhecimento de
si mesmo. As outras criaturas talvez também amem e riam, falem e pensem, mas a
peculiaridade especial dos seres humanos parece ser seu raciocínio: pensam
sobre o pensamento e sabem que sabem. [...] A consciência de si mesmo
conduz à admiração e a admiração à curiosidade e à investigação, de maneira que
nada interessa mais às pessoas do que as pessoas, mesmo que seja apenas a
própria pessoa de cada um. Todos os indivíduos inteligentes desejam saber o que
é que os faz funcionar e, apesar disso, sentem-se fascinados e frustrados pelo
fato de que seu próprio ser é o que existe de mais difícil para conhecer.
[...] Aqueles a quem somos tentados a chamar de estúpidos ou chatos são,
justamente, os que nada encontram de fascinante em serem humanos; sua
humanidade é incompleta, já que nunca os surpreendeu. Também há algo de
incompleto naqueles que nada encontram de fascinante em ser. O leitor poderá
dizer que isto é um preconceito profissional de filósofo – que as pessoas são
defeituosas por não terem o sentido do metafísico. Mas qualquer pessoa que
pense tem de ser um filósofo – bom ou ruim – pois é impossível pensar sem
premissas, sem suposições básicas (e, neste sentido, metafísicas) sobre o que é
sensato, o que é a vida adequada, o que é a beleza e o que é o prazer. Ter tais
suposições, consciente ou inconscientemente, é filosofar. (Alan Watts, Tabu
– o que não deixa saber quem você é?). Veja mais aqui.
REFERÊNCIA
WATTS, Allan. O homem, a
mulher e a natureza. Rio de Janeiro: Record, 1958.
______. A vida contemplativa:
um estudo sobre a necessidade da relição mística, pelo guia espiritual da
juventude moderna. Rio de Janeiro: Record, 1971.
______. O budismo zen. Lisboa:
Presença, 1979.
______. Tabu – O que não o deixa
saber quem você é? São Paulo: Três, 1973.
______. Psicoterapia Oriental & Ocidental. Rio de
Janeiro: Record, 1961.
AFINAL QUEM ELEGEU DILMA
PRESIDENTE??? – O
professor Livio Lavergetti trouxe para aula de Estatística o trabalho
desenvolvido pelo mestrando em Economia da Unicamp, Thomas Victor Conti, se
posicionando contra o preconceito deflagrado pelo resultado das eleições
presidenciais. O trabalho dele deixa claro uma coisa:
VOTOS
PRÓ-DILMA NORTE/NORDESTE
24,8 milhões de votos (inclusive o meu
que está nessa tuia).
VOTOS
PRÓ-DILMA SUL/SUDESTE
26,7
milhões de votos
Resultado:
qual a conclusão que podemos tirar desses dados? Dá pra entender ou quer que eu
desenhe? Vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!!!!! E cantando Querelas
do Brasil, de Maurício Tapajós & Aldir Blanc.
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As mulheres soltam o verbo, o verso &
o sexo porque todo dia é dia delas aqui.
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Musical Tataritaritatá - Fanpage.