PSICOPATOLOGIA
& ATENÇÃO – É
definida, conforme Paim (1993) como um processo psicológico, mediante o qual
concentramos a nossa atividade psíquica sobre o estímulo que a solicita, seja
este uma sensação, percepção, representação, afeto ou desejo, a fim de fixar,
definir e selecionar as percepções, as representações, os conceitos e elaborar
o raciocínio. Não se trata de uma função psíquica autônoma, vez que se encontra
vinculada à consciência, representando, com isso a faculdade de concentrar a
atividade psíquica sobre determinado objeto. Na atenção, convém destacar a
existência de diferentes níveis na atividade, verificando-se a elevação de
nível na atividade perceptiva, motora e intelectual, bem como a predominância
de um tipo de atividade sobre as demais no mesmo instante, em favor de uma
atividade mais ou menos delimitada. Para Dalgalarrondo (2008), a atenção pode ser definida como a direção da consciência, o estado de concentração da
atividade mental sobre determinado objeto. Ela se refere ao conjunto de
processos psicológicos que torna o ser humano capaz de selecionar, filtrar e organizar as informações em unidades controláveis e significativas.
O estado de atenção é um estado com uma claridade especial e um movimento
de tensão para frente, no sentido de uma conscientização nova e superior. O
campo de atenção é a área que o ato intencional delimita em relação ao restante
dos conteúdos da consciência. Distinguem-se, com isso, o campo de objeto e o
campo de força. FORMAS DE ATENÇÃO – Para Paim (1993) as formas de atenção são
sensorial, motora e intelectual. A atenção sensorial corresponde a uma
atividade de espera, mais estática do que dinâmica, como a espera auditiva. A
atenção visual é acompanhada de movimentos coordenados dos globos oculares que
se dirigem de um ponto a outro, modificando-se a abertura das pupilas e a
curvatura do cristalino. Ocorrem outros fenômenos em relação à atenção auditiva
e gustativa. Essa atenção dirige-se para percepções claras e nítidas. A atenção
motora consiste no aparecimento de movimentos voluntários de uma tensão ao
mesmo tempo sensorial e intelectual. A atenção intelectual representa o ato de
reflexão, quando necessitamos resolver qualquer problema em que se encontra
implicado o raciocínio. Essa atenção dirige-se para produtos do pensamento, da
memória, da imaginação. Também existem outras duas formas: a atenção espontânea
e a voluntária. A atenção espontânea resulta de uma tendência natural da
atividade psíquica a orientar-se espontaneamente para as solicitações
sensoriais ou sensitivas ou numa simples fixação espontânea dos fenômenos, sem
que nisso intervenha um proposito consciente. Para Dalgalarrondo (2008), a atenção espontânea, que é aquele tipo de atenção
suscitado pelo interesse momentâneo, incidental, que desperta este ou aquele
objeto, geralmente está aumentada nos estados mentais em que o indivíduo tem
pouco controle voluntário sobre sua atividade mental. A
atenção voluntária é aquela que exige certo esforço, no sentido de orientar a
atividade psíquica para determinado fim e tem como finalidade a atividade
psíquica, permitindo que as representações e os conceitos permaneçam maior ou
menor tempo no campo da consciência. A afetividade participa inegavelmente na
direção da atenção voluntária. Essa atenção voluntária, para Dalgalarrondo (2008), exprime a concentração ativa e intencional da consciência
sobre um objeto. Acrescenta Dalgalarrondo (2008), com relação à direção da atenção, pode-se discriminar duas forma
básicas: a atenção externa, projetada para fora do mundo
subjetivo do sujeito, voltada para o mundo exterior ou para o corpo, geralmente
de natureza mais sensorial, utilizando os órgãos dos sentidos. Difere-se da atenção interna, que se volta para os processos
mentais do próprio indivíduo. É uma atenção mais reflexiva, introspectiva e
meditativa. Em relação à amplitude da atenção, há a atenção focal, que se mantém concentrada sobre um campo determinado e
relativamente delimitado e restrito da consciência, em contraposição à atenção dispersa, que não se concentra em um campo
determinado, espalhando-se de modo menos delimitado. QUALIDADES
DA ATENÇÃO – Paim (1993) destaca duas qualidade na atenção: tenacidade e vigilância.
A tenacidade é a propriedade de manter a atenção orientada de modo permanente
em determinado sentido. Dalgalarrondo (2008) entende que a tenacidade consiste na capacidade do indivíduo
de fixar sua atenção sobre determinada área ou objeto. Na tenacidade, a atenção
se prende a certo estímulo, fixando-se sobre ele. A
vigilância é a possibilidade de desviar a atenção para um novo objeto,
especialmente para um estímulo do meio externo. Para Dalgalarrondo (2008), a vigilância é definida como a qualidade da
atenção que permite ao indivíduo mudar seu foco de um objeto para outro. ASPECTOS
BÁSICOS DA ATENÇÃO – Dalgalarrondo (2008) subdivide-se a atenção em quatro
aspectos básicos: 1. Capacidade e foco de atenção; 2. Atenção seletiva; 3.
Seleção de resposta e controle executivo; 4. Atenção constante ou sustentada. ALTERAÇÕES
DA ATENÇÃO – Paim (1993) assinala que as alterações da atenção desempenham
importante papel no processo de conhecimento, vez que decorrem de deturpações
de outras funções das quais depende o funcionamento normal da atenção. A
fadiga, os estados tóxicos e diversos estados patológicos determinam uma
capacidade de concentrar a atenção. Sob a influência de terminados alimentos,
de bebidas alcoólicas e de substâncias farmacológicas, a atenção pode
experimentar alterações em seu rendimento, estimulando ou diminuindo sua
eficiências. A distração é uma incapacidade quase completa de fixar a atenção. Para Dalgalarrondo (2008), a distração é um sinal, não de déficit
propriamente, mas de superconcentração ativa da atenção sobre determinados
conteúdos ou objetos, com a inibição de tudo o mais. Há, nesse sentido, certa
hipertenacidade e hipovigilância. A distrabilidade é a
incessante flutuação da atenção entre diversos objetos, quando se observa a diminuição
da atenção voluntária e a conservação da espontânea. Assim, a distraibilidade é, ao contrário da distração, um
estado patológico que se exprime por instabilidade marcante e mobilidade
acentuada da atenção voluntária, com dificuldade ou incapacidade para fixar-se
ou deter-se em qualquer coisa que implique esforço produtivo. A
hiperprosexia é o aumento quantitativo da atenção, referindo-se a uma
superatividade da atenção espontânea, caracterizando-se por uma extrema
habilidade de atenção, que leva o individuo a atender, simultaneamente, às mais
variadas impressões sensoriais, sem que fixe a atenção sobre um objeto
determinado. Para
Dalgalarrondo (2008) a hiperprosexia consiste em um estado da atenção exacerbada, no qual há
uma tendência incoercível a obstinar- se, a deter-se indefinidamente sobre
certos objetos com surpreendente infatigabilidade. A
hipoprosesxia consiste no enfraquecimento acentuado da atenção em todos os seus
aspectos, observada nos estados infecciosos acompanhados de obnubilação da
consciência, na embriaguês alcoólica aguda, em casos de transtornos mentais
tóxicos, na amência e em certas reações vivenciais anormais. A aprosexia é a falta absoluta de atenção,
dependendo esse tipo de transtorno de acentuada deficiência intelectual ou de
inibição cortical. Esse estado difere da insuficiente capacidade de
concentração de origem afetiva e das manifestações de negativismo
esquizofrênico. Observa-se a aprosexia na amência, no estupor e nos estados
demenciais. Para
Dalgalarrondo (2008), denomina-se aprosexia a total abolição da capacidade de atenção, por mais
fortes e variados que sejam os estímulos utilizados. Destaca Dalgalarrondo
(2008) que no transtorno de
déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), há dificuldade marcante de prestar atenção a estímulos
internos e externos, pois o paciente, geralmente criança ou adolescente, tem a
capacidade prejudicada em organizar e completar tarefas, assim como relutância
em controlar seus comportamentos e impulsos. Pacientes com TDAH revelam, em
estudos de imagem cerebral, alterações no sistema frontal. A atenção constante
prejudicada parece ser um aspecto primário e central dessa condição. A
dificuldade é maior quando se faz necessário um estado de vigilância para
detectar informação infrequente, sobretudo quanto tal informação não é
motivacionalmente importante para o sujeito. Crianças com TDAH têm prejuízo
relacionado à filtragem de estímulos irrelevantes à tarefa (embora seja
questionável se a filtragem atencional é ou não o principal problema das
pessoas com TDAH). Veja mais aqui.
REFERÊNCIAS
DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais.
Porto Alegre: Artmed, 2008.
PAIM, Isaías. Curso de psicopatologia. São Paulo: EPU, 1993.
CRIMES CONTRA A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – Para
realizar um trabalho acadêmico analisando a ética e a responsabilidade do
funcionalismo público mediante os crimes previstos na legislação penal contra a
administração pública, faz-se necessário efetuar uma abordagem por meio de uma
revisão da literatura sobre os confeitos e definições para fundamentação
teórica, bem como uma abordagem histórica a respeito do tema, os princípios
constitucionais da administração pública, poderes e deveres do administrador,
dos crimes previstos contra a administração pública, da Lei de Responsabilidade
Fiscal, das penalidades na improbidade, condutas ilícitas e criminosas, a
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PSICODRAMA – O livro Psicodrama: descolonizando o imaginário
(Plexus, 1997), de Alfredo Naffah Neto, trata sobre o que é psicodrama, da
espontaneidade e seu núcleo constituinte, da criatividade e do ato-criador,
Socionomia como convergência e síntese do projeto de Moreno, da posição
sociométrica e sociodinamica, entre outros assuntos. Veja mais aqui e aqui.
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Cheiro da felicidade & Segunda feira
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Empreendedorismo & o empreendedor aqui.
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Uma cachaçada e uma casa no meio da rua aqui.
O trânsito e a fubica do Doro aqui.
A varanda na noite do amor aqui.
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Poderes aqui.
Recitando Castro Alves & O Navio
Negreiro aqui.
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