A arte da pintora, escultora, ilustradora
e arte-educadora Katia Kimieck. Veja
mais abaixo e aqui & aqui.
A IRMÃ DA NOITE – Imagem:
Woman, by Katia Kimieck - Sempre fui
bem recebido pelas cunhadas. Uma delas, a Valbânia, foi aquela que mais me
chamou a atenção. E tudo começou por nada. Bastou certa tarde, a gente conversando,
de forma inadvertida, meu braço roçou seus seios. Um choque. E me arrepiei na
hora com aqueles ductos duros, provocantes, pareciam mais insistentemente me
chamando praqueles assanhamentos libidinosos que nos levam ao delírio dos
prazeres. Doutra feita, estava eu vasculhando algo e ela roçou seus seios num
dos meus braços. Pareceu acidental, mas era provocação demais para que eu
pudesse passasse em branco, sem ao menos demonstrar que aquilo buliu com a
minha libido. E, depois disso, passei a olhá-la mais fixamente, fuzil na mira,
dentes aguçados, preparando os apetrechos da caça. Uma vez flagrei sua língua
lambendo os lábios e me fitando permanentemente. Fiquei sem jeito. Não sei como
sua irmã não vira tudo aquilo. Eu só ficava inquieto e sem poder fazer nada,
mas com toda gula armada para digerir aquele banquete que me chamava de
banguelo. Certa feita num restaurante, a namorada saiu um instante e ficamos
sozinhos. O papo estava acalorado. Foi quando ela disse-me: - Isso me dá um
tesão danado... - O quê? -, perguntei-lhe. Não obtive resposta porque a
namorada já estava de volta à mesa para continuar o papo anterior. Que coisa!
Não dava uma dentro, nada de oportunidades abertas para que eu pudesse colocar
meu trem nos trilhos. Lembro bem que certa noite eu estava dormindo e me
acordei com a certeza de que alguém estava me bolinando. Mas não vi ninguém.
Olhei dos lados e investiguei o ambiente e nenhuma alma viva além da namorada
que dormia sono solto estava ali. Nunca acreditei em fantasmas, mas desconfiava
que algo de inusitado ocorrera e a minha excitação estava me atordoando. Quando
fechei os olhos percebi alguém se movimentar no ambiente, não deu pra ver quem
era. Mas fiquei comigo: é a cunhada. Levantei-me, fui até o banheiro no
corredor e percebi barulho de pisadas pela casa. Parei à porta e fiquei
espreitando. Nada. Entrei, levantei a tampa da privada e dei descarga. Corri
até a porta e fiquei de mutuca e logo percebi a porta do quarto da cunhada se
fechar. Pensei comigo: vou lá? Menino, fica quieto. Não vai arrumar sarna pra
se coçar. Fiquei na dúvida: vou ou não vou? E fui. Quando cheguei na porta,
coloquei a mão no trinco e não tive coragem de abri-lo. Fiquei alguns segundos
ali em pé, esperando qualquer reação do lado de dentro. Deu para ouvir ela se
arrumando na cama. Pensei melhor e retornei pro quarto da namorada. Não seria
daquela vez. Certa tarde fui à casa da namorada e todos haviam saído, exceto a
Valbânia que se encontrava lá em trajes sumários. Ela abriu-me a porta com um
sorriso e me saudou com beijos à face, dando-me a oportunidade de sentir o
fragor do seu perfume natural. Mais uma vez senti-lhe os seios robustos roçar
os meus. Era tentação demais. Adentramos conversando quando ela me chamou para
mostrar um vídeo. Era um clipe denominado “A cunhadinha”. Não tinha a mínima
idéia do que seria exibido, mais logo me deu a sensação de que se tratava de um
vídeo pornô. E era. Ela sentou-se do lado e com um dos seus dedos entre os
lábios, percebi que o mordiscava enquanto a atriz atuava na felação. Deu pra
perceber sua excitação contaminando todos os meus nervos. Fiz de tudo para
manter a sensatez e deixei que ela percebesse que eu apenas estava grudado na
cena ao que parece mais a excitava. Enquanto a cena transcorria mais ela ficava
com exclamações que me deixavam numa sinuca de bico, sem saber o que fazer. Quando
o vídeo terminou, ela ousou soltar de forma espantada uma surpreendente
expressão demorada: - Uau! Fitei-lhe o rosto afogueado e eu já sem um pingo de
juízo estava pronto para abocanhá-la, quando a porta abriu-se e quase todos nos
flagravam ali com a boca e tudo na botija dela. Tirou um fino. O fuzuê dos que
chegavam era grande e minha cabeça rodopiava com o coração na mão, os pés sem
terra, o mundo todo para me condenar. E para me recompor deu trabalho. A
namorada chegou aos beijos apaixonados e nem notou que estávamos ali, eu e
Valbânia, prontos para virar caça e caçador um do outro. Vertigem braba. Logo a
namorada levou-nos os 3 para o bar que ficava ao lado da residência dela. Eu
todo sem jeito, não sabia onde colocar as mãos, cheio de pernas, a cabeça a mil
e a volúpia queimando toda minha carne. Logo a namorada trouxe-me uma cerveja
gelada e foi colocar uma música apaixonada na vitrola para mim e zarpou para
arrumar as coisas lá pra dentro, deixando-nos a sós novamente. Enquanto ela
tomava providências, a irmã flertava comigo. Valbânia cada vez mais tinhosa e
sensual fitava-me com a resistência de quem quer virar a cara pro perigo e me
deixar em palpos de aranha. Insistia em ver-me atordoado com aquilo tudo,
sacando minha agonia de ser pego pela namorada com licenciosidade pra banda da
irmã dela. Parecia uma tocaia que eu não
via como sair ileso. Parecia uma armadilha para consumar a minha infidelidade.
Parecia uma arapuca impossível de me desvencilhar. Estava na encruzilhada sem
saída. Foi quando para tornar a situação mais aguda, Valbânia convidou-me para
dançar a canção romântica, uma daquelas da gente só ficar mexendo as pernas sem
sair do lugar. Era o que ela queria. Colou seu corpo no meu e suas coxas se
insinuaram firmes entre as minhas. Senti seu ventre roçando o meu, quando meu
membro ficou buliçoso e mais se avolumava com seus achegamentos safados. No
meio do nosso embalo, ela ainda teve o topete de gritar pra irmã: - Mulher, teu
namorado dança muito bem! Dá vontade da gente perder a cabeça! Ambas riram.
Minha namorada veio, deu-me um beijo na boca e disse pra irmã: - Esse é o meu
gostoso, o macho mais tesudo do universo -, e saiu nem aí pro que estava
acontecendo entre eu e sua irmã. Foi então que Valbânia aproveitou-se e mais se
esfregava em mim e ninguém dando conta no recinto. Corpos colados, ela prendia
e soltava a respiração excitada no meu ouvido. Ronronava, manhava e saltava
dengos roçando os lábios no meu rosto. E mais apertava o meu corpo contra o seu
insinuando passos como que me levando para algum esconderijo. E rodopiava nos
meus braços e me fazendo presa de seus arrochos. Quanto mais suspirava, mais se
apertava em mim caçando uma toca para se entregar, enquanto suas mãos bailavam
alisamentos no meu pescoço, ombros, peito, quadris, até que uma das suas mãos
deslizou por meu corpo até se apoderar do meu membro assanhado já babando rijo
de deixar mancha na calça. - Hummmm!... -, e sentiu nos dedos seus dedos o registro
da minha gosma que já melava, até levá-los à boca como que degustando o meu
sabor e mais ela impava, sôfrega e alucinada, ora alisando, ora apertando meu
pênis já meleguento e pronto para invadir-lhe todas as intimidades. Num rodopio
maior, ela me soltou puxando para pularmos na piscina vazia. Sabia que ela
estava caçando canto para nosso incêndio. E ali me beijou farta e
despudoradamente remexendo o zíper da minha calça e já trazia entre as mãos o
meu caralho louco por todas as suas remexidas. Loucura total. Qualquer um podia
chegar à beira da piscina e ver-nos beijando abrasados. Seria o flagra e ela
nem aí. Eu assustado com o risco, não conseguia conciliar a sedução e a horagá
do imprevisível. - Essa mulher é louca! -, disse-me para mim mesmo. E parece
que ela leu meus pensamentos dizendo: - Você acha que sou louca, né? Respondi-lhe com movimento afirmativo de
cabeça. Não tinha nem como dizer qualquer palavra, ela me dominava por
completo. Foi quando ela me tomou pela mão, subiu a escadaria da piscina e de
forma nem aí pra quem tivesse me arrastou até o quarto que servia de depósito
de bebida, abriu e mal trancou a porta, encostou-se na parede, acocorou-se e
mandou beijos muitos, lambidas, abocanhadas e chupadas na minha pica com sede e
fome de milênios. Confesso que esmoreci e me rendi aos seus apelos felatórios.
E se alguém abrisse a porta? E se visse ali aquilo tudo acontecendo? Eu não
sabia se mandava ver ou se me precavia da tragédia que seria aquilo tudo acaso
fôssemos vistos. Quando ela percebeu que eu estava para lá de excitado pronto
para ejacular, ela levantou-se e me puxou para o canto arranchando-se sobre a
mesa, desvencilhando-se das vestes e me trazendo para dentro de suas pernas
abertas com a sua vagina quente em fogo e molhada de me deixar lavado de
prazer, com um entra-e-sai de amor que me fez locomotiva louca a reverberar
grunhidos loucos por seus trilhos imensuráveis, a me fazer navegação rasgando
os mares rumo ao centro dos oceanos, a me fazer nave singrando o universo até o
íntimo de toda galáxia perdida dentro dela. Quando já estava por um triz ela me
puxou com força, fazendo-me deitar na mesa e ela montou para cavalgar a loucura
do seu desejo, gritando alto e sem-vergonha, até alcançar o ápice de seu
orgasmo para meu delírio no gozo, até cair trêmula, arreada e sem fuso,
totalmente estirada sobre meu corpo, transpirando como louca e com a boca no
meu ouvido repetindo em sussurro: gostoso.... gostoso.... gostoso....
gostoso.... E dormiu. Eu até me esquecera de como íamos sair dessa. © Luiz
Alberto Machado.. Veja mais aqui e aqui.
DITOS & DESDITOS: Bem,
você sabe, quando o diabo envelhece, ele se torna religioso.
Pensamento da escritora sueca Camilla
Läckberg.
ALGUÉM FALOU: Odeio guerras e
violência, mas se vierem a seguir, não vejo por que as mulheres deveriam apenas
cumprimentar nossos homens com um adeus orgulhoso e depois tricotar as máscaras
de esqui. Pensamento da espiã e agente britânica Nancy Wake (1912-
2011) da Special Operations Executive (SOE), durante a segunda grande guerra, procurada
pela Gestapo porque sua cabeça valir 5 milhões de francos. Sobre a sua
trajetória o drama-documentário Nancy
Wake, the White Mouse (2014), dirigido por Mike Smith e estrelado pela
atriz Rachael
Blampied, como também uma minisserie australiana Nancy Wake (1987).
QUEM O DINHEIRO? - Quem
ganha o dinheiro que ganhamos: o governo ou nós? Devíamos recordar aos governos
um dos grandes Mandamentos: Não roubarás! Mas, em toda a história do mundo,
houve outra coisa a não ser governos ladrões? Frase da
escritora britânica Taylor Caldwell (Janet Miriam Holland Taylor Caldwell, 1900-1985), que também
assinou os pseudônimos de Marcus Holland, Max Reiner e Miriam J. Rebach.
O RIO É UM GRANDE POETA – É o rio
um grande poeta / que vai cantando seus sonhos / de amor e de liberdade / com a
guitarra do vento. / O rio, um grande poeta / que diz um poema imenso / numa
linguagem de Deus. / Não o culpeis pelos mortos / que os bandidos lhe atiram / desesperados
de medo, / para escapar ao castigo / que chegará justiceiro. / O rio, um grande
poeta / que diz seu poema imenso. / É o rio grande poeta / que vai cantando...
cantando... / e a magia de seu estro / está gerando, amorosa, / o canto do
homem novo, / como ranger de protestos / de todos os esqueletos / das vítimas
que, covarde, / jogou em seu leito o ódio. / O rio, um grande poeta / Que
cantará o canto novo. Poema do poeta paraguaio Julio Correa (1890-1953).
Veja
mais sobre:
A
poética aristotélica, Erich Fromm, Georges
Bataille, Eliete Negreiros,
Rufino, Walter Hugo Khouri, Arthur Braginsky, Helena
Ramos, El Tomi Müller, Fernando Fiorese & A primeira estética da arte
dramática aqui.
E mais:
Primeiro
encontro: o vôo da língua no universo do gozo aqui.
A
mulher: todo dia é dia da mulher aqui.
Cordel
na Escola aqui.
Teoria
Geral do Crime & Direito Penal aqui.
Responsabilidade civil, dano estético & erro
médico aqui.
As
trelas do Doro aqui.
Marcela,
a musa primeira dama aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitoras comemorando a festa Tataritaritatá!
(Arte by Isis Nefelibata)
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra:
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.