Arte da
pintora barroca italiada Artemisia
Gentileschi (1593-1653).
DITOS & DESDITOS – [...] Quando
uma pessoa se une a outra, ela deixa de lado a sua identdade individual e se
torna parte de uma consciência maior que agora inclui ela e a outra pessoa.
Embora as pessoas que se unam uma a outra possam continuar tendo uma certa
consciência de sua própria identidade individual, essa consciência é secundária
e não é significativa para o que está acontecedo no momento, mas sim a união..
[...]. Trechos da obra Quando fala o
coração (Vetor, 2004), do
psicólogo estadunidense criador da abordagem psicoterapeuta Terapia Centrada na
Pessoa, Carl Rogers (1902-1987). Veja mais aqui.
JOÃO JOSÉ DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO - O poeta popular João José da Silva, de Vitória de Santo
Antão (1922), autor dos folhetes O castelo do diabo, Os amores de uma órfã,
coração matyerno, o crente e o cachaceiro, o dragão negrpo, a espada vingadora,
a filha do pecado, o filho da floresta egra, laços de sangue, o manto sagrada,
o pecado de Nina, perdidos na escuridão, a princisa do reino da Bela Fonte, o
rico invejoso e o pobre corcuda, triste vida do campo, o valor de uma mãe, o
terror dos sertanejos, o vaqueiro mentiroso, a condessa Rosa Negra. É autor
publicado pela Folheteria Luzeiro do Norte. Veja mais aqui, aqui e aqui.
Arte da
pintora barroca italiada Artemisia
Gentileschi (1593-1653).
SEGMENTAÇÃO DO MERCADO NA ÁREA DE SERVIÇOS - As mudanças
tecnológicas implementadas nos últimos séculos revolveram graves questões
econômicas e criaram outras, renovaram paradigmas considerados absolutos pela
ordem vigente; abriram uma intercomunicação planetária arrebentando com divisas
territoriais em todos os rincões do mundo e renovaram as metodologias
desenvolvidas em todos níveis do conhecimento humano. As benesses de tais mudanças
ao longo dos anos fizeram com que emergissem novas nomenclaturas nos mais
diversos expedientes do arquétipo intelectual da humanidade, adequando todos os
ordenamentos às novidades tecnológicas impressas no ideário da nova ordem. O
mundo tornou-se mais competitivo ocorrendo a automação das indústrias, comércio
e serviços. Por causa disso a qualidade tornou-se o alvo de qualquer conquista,
sendo perseguida por todos os setores econômicos no sentido de estabelecer
garantias a todos os requerentes e usuários na aquisição de produtos e
serviços. As exigências mercadológicas implementaram padrões e normas visando
maior integração entre as fontes de produção e o consumidor final. A utilização
de uma série de instrumentos tais como "just in time", toyotismo, "stakeholds",
acoplamento a jusante, elementos embarcados, adhocracia,
"benchmarking", logística, alavancagem, especialização, reengenharia,
empreendedocracia, entre outros, trataram de ampliar as relações biunívocas da
economia. Uma diversidade devastadora estava se fazendo nascer na
pluralidade dos comportamentos e na
multiplicidade de opções que estavam sendo requeridas pelos novos hábitos de
consumo. Com esse choque o terceiro setor se ampliou sobre os demais, articulando
até atividades da agricultura e da indústria, bem como incorporando o comércio,
na tradução de serviços mais qualificativos, requerendo uma logística mais bem
executada. A qualificação da mão-de-obra passou a ser a tônica permanente no
sentido de equilibrar as necessidades de atendimento das demandas tecnológicas,
bem como de uma eqüidade social frente ao desemprego provocado pela
internacionalização da economia. Uma eqüidade social ansiada estará, portanto,
sedimentada na qualificação e na habilitação do indivíduo tanto para o trabalho,
para a sociedade, quanto para a vida. Tal base proporcionando,
indubitavelmente, ferramentas para o desenvolvimento de qualquer projeto
empreendedor no sentido de alcançar êxito em na empreitada. No Brasil a coisa
andou sincronizada com a nova ordem imposta e, graças a Constituição de 88, a
tão propalada carta cidadã, conseguiu-se estabelecer a necessidade de se
implantar o princípio da cidadania em topos os níveis de vida. Esse instrumento
serviu de alavanca para a busca do equilíbrio, normatizando a partir de então,
uma outra forma de desenvolvimento vital. Ao lado disso, a qualidade total tem
sido um objetivo norteador, seja de organizações, de Estado, de indivíduos, e a
sua busca tem sido discurso prioritário, no sentido de qualificar para a
competência, principalmente pela necessidade de adaptação às novas funções
profissionais e empresariais exigidas pela ordem vigente. Tal busca passa por
uma reformulação educacional, social, política, econômica, social e, sobretudo,
cultural, que se direcionam no sentido de resgatar a auto-estima popular para
poder reintegrar o sujeito pensante a uma participação mais efetiva capaz de
transformar o seu meio social, político e cultural de forma emancipada. Há que
se levar em conta que outros indicadores são mais funestos ainda, quanto a
extinção do emprego; a volubilidade dos propósitos de nossas elites
oligárquicas; o descomprometimento pela causa por parte de nossas
representações políticas legitimadas no poder nacional; a dívida externa; o
desrespeito constante e involuntário aos ditames constitucionais; a alienação
provocada pela admiração do estardalhaço de realidades alheias; a mal
remuneração das classes trabalhistas; a excludência de sobrantes se amontoando
em todos os lugares denunciando altos índices estatísticos de pobreza e
mediocridade; e um sem número de implicações provocadas pelo desajuste
econômico. Isto tudo devido ao equívoco de políticas assistenciais,
socioeconômicas e participativas em injunções assistencialistas, clientelistas
e parasitárias por parte do Poder Público, quando muito do que deveria ser
feito com caráter comunitário, transfere-se para o fisiologismo político. Toda
essa diversidade de sugestões e problemas tem levado não só o setor terciário,
mas todos os setores econômicos, na busca pela especialização e atendimento
cada vez mais aos nichos identificados no mercado. Com base na idéia de que o
mercado, por sua vez, se faz pela produtividade e pelo consumo,
indiscriminadamente; e que uns participam da produção, todos consomem, a múltipla
presença de concorrências cada vez mais ferrenhas, levam a necessidade de uma
estratégia competitiva sedimentada na condição satisfatória da arregimentação
de forças equilibradas, tanto interna quanto externa, na empresa. Neste sentido discorrerá os próximos capítulos
abordando a questão da necessidade da especialização cada vez mais premente nas
relações mercadológicas. Inicialmente será feito uma abordagem do mercado e das
implicações necessárias de se atualizar estratégias frente à concorrência, a
competitividade, a despadronização da nova era, bem como das inovações
tecnológicas existentes para suplantar as deficiências para o alcance da
qualidade total. Em seguida, será efetuada uma análise acerca da globalização e
suas implicações na modernidade mercadológica. A preocupação dos estudos
propostos no presente trabalho se prende ao fato de que cada vez mais se vê a
necessidade de se especializar para atender os nichos que se encontram órfãos
no mercado. Neste caso, será ressaltada a importância da qualificação de
pessoal, da instrumentalização de ações para uma mudança sintonizada com a nova
ordem econômica.
O MERCADO E AS MUDANÇAS TECNOLÓGICAS - Possuir um negócio
próprio tem sido o grande sonho de uma parcela significativa da população
brasileira. Diversos motivos justificam este interesse pela atividade
empresarial. Apesar do interesse pela atividade profissional as estatísticas
não são tão animadoras e nada otimista, pelo fato de um grande número de
empresas fecharem suas portas antes do primeiro ano de vida. E um número muito
reduzido chega ao quinto ano de vida, se muito. Diversas pesquisas, neste
sentido, têm sido realizadas para explicar as causas desse percentual tão
elevado de insucesso, o que tem levado a crer que a atividade empresarial
esteja caracterizada pela incerteza. Na pequena empresa, mesmo a usual divisão
do trabalho entre dois sócios não ajudará muito, caso não tenham um
conhecimento completo das principais funções da empresa, como operação,
produção, vendas, compras, finanças e pessoal. Com a competitividade se
tornando cada vez mais intensa no mundo dos negócios, o empresário sente a
necessidade de conhecer bem o mercado e de utilizar práticas administrativas
para que possam manter seu negócio vivo e concorrendo. Convém, a partir de
então, observar-se melhor o mercado e suas implicações. Em linguagem econômica,
mercado é a área de convergência das forças da oferta e da procura de cuja
atuação resultam as variações de preço. Pode ser encarado sob o prisma físico
de um local ou de um território ou sob a forma de um grupo organizado de
indivíduos que exercem maior ou menor influência sobre os preços, vendendo e
comprando bens e serviços. O
conceito abrange tanto uma pequena feira de uma localidade qualquer, quanto o
conjunto do mercado nacional ou o dos mercados internacionais do café, açúcar,
algodão e outros produtos. Compreende igualmente os setores financeiros, como o
mercado de capitais, de títulos; ou de mão-de-obra, o mercado de trabalho. Manzo
& Cunto (1975:31) conceituam o mercado da seguinte forma: São locais de
recepção para produtos próprios ou ali consumidos; são centros de recepção para
produtos de áreas vizinhas que precisam ser manufaturados, dentro da cidade,
para serem entregues ao consumo; são locais de recepção e expedição de produtos
em excesso nas zonas vizinhas e que se destinam a outros centros consumidores;
são pontos de recepção de distribuição de produtos de consumo, procedentes de
todas as partes do mundo; são vias por onde algumas matérias-primas podem
passar em demandas da fábricas, em outros territórios. (...) Mercados são organizações,
preços e pessoas. Simões (1979:19) acolhe as definições da "American
Marketing Association": O mercado é a soma das forças ou condições dentro
das quais os compradores e vendedores tomam decisões que resultam na
transferência de bens e serviços. É a demanda agregada dos compradores
potenciais de um produto ou serviço. A sociedade moderna vive, assim, em regime
de economias de mercado, surgidas entre o final do século XVIII e o início do
século XIX. Por economia de mercado entende-se o sistema econômico em que as
chamadas forças de equilíbrio atuam mais ou menos livremente, como nas
economias capitalistas. Caracterizam-se as formas de mercado pelo número de
vendedores que nele atuam e a extensão do seu conhecimento específico, pela
facilidade ou dificuldade com que novas empresas nele entram e pela
homogeneidade ou heterogeneidade dos produtos. Os economistas clássicos
identificam duas formas básicas de mercado, ou seja, a concorrência perfeita e
os monopólios; e os teóricos modernos reconheceram na realidade econômica
formas intermediárias. Isto é, quanto ao número de participantes, os mercados
classificam-se como: monopólio, quando ocorre apenas um vendedor; monopsônio,
quando ocorre apenas um comprador; oligopólio, de muitos compradores e vendedores;
oligopsônio, quando ocorre um vendedor e poucos compradores; e monopólio
bilateral, quando ocorre um vendedor e um comprador. Simões (1979:20)
identifica os seguintes tipos de mercado: Competitivo, em que são inúmeros os
compradores e vendedores e nenhum deles exerce influência apreciável sobre o
volume de mercadorias; oligopólio, é um mercado em que a oferta é feita por um
pequeno número de empresas, sendo que cada uma delas está ciente de que suas
ações produzirão um impacto tanto na oferta quanto no preço do produto; e
monopólio, é um mercado em que certa mercadoria é oferecida por um vendedor
exclusivo. O mercado ainda, segundo o próprio Simões, pode apresentar três
aspectos: oferta menor do que a procura, onde a entidade vendedora está com as
rédeas e ditando as condições de venda; oferta e procura equilibrados, onde
vendedores e compradores se situam no mesmo nível; e oferta maior do que a
procura, onde a entidade compradora domina as ações. O século XX marcou a
transformação do comércio de modo geral e não apenas do comércio varejista. O
deslocamento do comércio internacional, determinado, em parte, pela depressão
econômica, levou às doutrinas protecionistas de controle do comércio e ao
aparecimento de empresas multinacionais. O comércio de produtos de base passou
a ser regido por acordos multilaterais, entre produtores e consumidores. Vários
países abdicaram voluntariamente de seu isolamento político-econômico,
ingressando em mercados de que participam dezenas de nações, a exemplo das associações
de livre-comércio, e da organização dos mercados comuns. Se as atividades
econômicas são compreendidas em três etapas principais, ou seja, primária ou de
extração dos recursos da natureza em estado bruto; secundária ou de
transformação; e terciária ou de serviços, o comércio, em si, estará
evidentemente situado na atividade terciária. Sua essencialidade explica porque
os bens que têm a faculdade de satisfazer as necessidades, ainda que elaborados
e beneficiados depois de extraídos da natureza, demandam transporte para os
centros de consumo, e outros tratamentos que os tornam adequados à utilização
final. Para Singer(1994:12) Uma das regras básicas de jogo na economia de
mercado é a de que o vendedor, em geral fixa o preço.(...) Uma outra característica
duma economia de mercado, é que em cada indústria, ou seja, em cada ramo de
produção existe um grande número de vendedores. A concorrência permite aos
consumidores não só escolher qual a mercadoria que desejam, e em que
quantidade, mas de que desejam comprá-la, e isso faz com que os vários
competidores tenham de prestar atenção uns aos outros sobre o que estão
oferecendo e a que preço. O consumo, portanto, é o ato ou processo de
utilização de bens e serviços econômicos para a satisfação direta das
necessidades e desejos humanos. Os bens e serviços utilizados para tal fim
recebem o nome de bens e serviços de
consumo. Para a ciência econômica, o consumo assume também um outro aspecto,
qual seja a aquisição, por parte dos indivíduos ou da coletividade, desses bens
e serviços, muitas vezes não importando se eles serão efetivamente consumidos
ou não. Assim sendo, em economia o termo consumo tanto pode significar o
processo de consumir como pode referir-se aos objetos desse processo, isto é,
aos bens e serviços de consumo e às despesas com esses objetos. Os bens e
serviços de consumo são classificados de diversas maneiras, de acordo com
diferentes critérios. Segundo sua durabilidade, eles se classificam em
duráveis, que se esgotam gradualmente, podendo ser usados, muitas vezes, como
os automóveis e os aparelhos eletrodomésticos; e os não duráveis, compreendendo
os bens e serviços de curta duração, que se esgotam ou são destruídos num único
ato ou em poucos atos de consumo, como, por exemplo, os bens de alimentação ou
uma viagem de ônibus ou trem. Um critério amplamente empregado na classificação
do consumo ou dos bens e serviços de consumo é o que se apóia em sua utilidade
específica, isto é, no tipo de necessidade ou desejo que esses bens e serviços
satisfazem. Tem-se, pois, sua divisão em bens ou gêneros alimentícios, bebidas,
fumo, vestimentas, serviços de transportes, educação, divertimento, etc. Essa
classificação é adotada nos estudos de padrões de consumo e orçamentos
familiares, isto é, nos estudos da
composição das despesas familiares, largamente utilizados para determinar os
níveis de vida das diferentes camadas da população e para fixar as bases dos
chamados índices de custo de vida. Distingue-se, assim, três elementos então na
relação de consumo: o aspecto da satisfação de necessidade de consumo; aumento
no nível de consumo como um todo e a compreensão da escala que se torna, ao
mesmo tempo, mais curta e mais contínua; e menos probabilidade do que as
diferenças no padrão de vida produzirão grupos sociais auto-conscientes e
antagônicos. As pessoas nos dias de hoje compram bens e serviços não apenas
para satisfação de suas necessidades, mas para que possam vir a projetar
imagens favoráveis junto aos demais. E neste caso, alguns fatores podem ser
apontados para auxiliar no comportamento do consumidor, quais sejam, as
influências culturais definidas como o conjunto de valores, crenças,
preferências e gostos que são passados de uma geração à seguinte; as sociais
ligadas ao fato de se pertencer a uma família e unindo-se a outros grupos dos
quais adquirem tanto o "status" quanto os papéis, tanto formais
quanto informais, criando referenciais que influenciam as decisões de compra do
indivíduo, bem como sua participação nas classes sociais ocupadas por líderes
formadores de opinião; e a familiar, esta a mais importante na determinação de
comportamento de consumo devida à estreita e contínua interação entre os seus
membros. E a partir daí deduz-se que o comportamento do consumidor é uma função
tanto de influências interpessoais quanto de influências pessoais. Os
determinantes pessoais do comportamento do consumidor incluem necessidades
individuais, e motivações, percepções, atitudes, auto-conceito, utilizando as
interações desses fatores com as influências interpessoais que determinam o que
se deve ser adquirido. Disso tudo se apreende que a necessidade de um
aperfeiçoamento discernindo no processo de tomada de decisão,
conscientizando-se da importância desta para a criação do hábito de buscar informações prévias e
necessárias que assegurem o melhor atendimento decisório e propiciando uma
reflexão sobre as práticas usadas para tal atitude, identificando aspectos para
aprimorar a iniciativa do cidadão. Por outro lado, com a globalização
transformando a economia dos últimos anos, vem ocorrendo uma maior integração
de mercados, passando do sentido estritamente nacionalista para uma atuação
transnacional. Em vista disso o setor de serviços vem ampliando suas formas de
ação. O setor de serviços são atividades que satisfazem necessidades
individuais ou coletivas, seja pelo consumo de um bem, seja pela simples
utilização do trabalho de alguém, seja pelo uso combinado de um bem e de um
trabalho de outrem, classificando-se no setor terciário da economia, distinguindo-se
assim, esse agrupamento heterogêneo, e quase sempre tão sofisticado, do setor
primário, que compreende a agricultura, a pecuária, a silvicultura; e do setor
secundário, correspondente ao setor industrial. Os serviços podem ser
governamentais, aqueles prestados pelos serviços centrais ou locais, incluídos
os de administração pública; públicos, prestados tanto por organizações de
governo como por entidades privadas; financeiros, prestados pelo poder público
e pelas instituições de crédito; prestados a empresas, comumente chamados de
terceiros; do lazer, agrupando a produção, distribuição e execução para o
entretenimento; de reparação, que se especializam no reparo de indeterminados
objetos e equipamentos; imobiliário, envolvendo aluguéis e arrendamentos de
bens imóveis; aluguel de máquinas, atendendo no aluguel ou arrendamento de
máquinas; e os pessoais, aqueles que geralmente incluem os cuidados dirigidos
ao indivíduos, como os domésticos, restaurantes, hotéis, lavanderias,
cabeleireiros, entre outros.
A GLOBALIZAÇÃO E SEUS DESDOBRAMENTOS - A realidade hoje
passa por transformações em sua base material. Os reflexos dessas alterações
fazem-se sentir nas superestruturas, nas estruturas jurídico-políticas que
conformam a maneira de ser, estar, de sentir, de pensar, de fazer e de saber do
homem de nosso tempo. Esta nova realidade tem provocado crises de paradigmas,
vácuo político, reestruturações econômicas, crise de sistema, começo de um novo
tempo, enfim, muitas são as interpretações que se afirmam para tentar dar conta
do que realmente está ocorrendo. A cada dia está mais claro que está ocorrendo
um profundo processo de transformação sob a hegemonia do capital. Esse processo
de rearticulação do capital mundial, em busca da consolidação de sua hegemonia
impactada pelas crises, submetida à economia, na sociedade, na cultura, na
sociedade. A globalização, como fenômeno do final de século passado,
impulsionada, sobretudo, pela tecnologia, parece determinar, cada vez mais, a
vida de todo ser humano. Como fenômeno e como processo, a globalização
tornou-se irreversível, estabelecendo maior exposição das atividades econômicas
nacionais à competição externa, ao mesmo tempo em que estimula a incorporação
de novos paradigmas tecnológicos e de gestão, poupadores de mão-de-obra,
objetivando a elevação dos padrões de produtividade e rentabilidade do capital.
É no contexto da globalização mundial sobre a hegemonia do grande capital
financeiro, da aliança entre o capital bancário e o capital industrial, que se
testemunha a revolução técnico-científica de base micro eletrônica, instaurando
novos padrões de produzir e de gerir o trabalho. A globalização da produção e
dos mercados não deixa dúvidas sobre esse aspecto: hoje é possível ter acesso a
produtos de várias partes do mundo, cujos componentes são fabricados em países
distintos, o que patenteia ser a produção fruto de um trabalho cada vez mais
coletivo. Há, portanto, uma necessidade de conscientização profunda das
mutações tecnológicas que estão ocorrendo, principalmente porque se desenrola
nas sociedades desenvolvidas e subdesenvolvidas e nos setores por todo este
mundo globalizado a elas. Estas "novidades" na história contemporânea
produziram crescimento econômico, diversificando o mercado, aumentando o número
de concorrentes, dando mais opções ao cliente e oferecendo um sem-número de
oportunidades. (Imparato & Harari, 1997:83) A tecnologia transformando o
mercado: O processo de desenvolvimento tecnológico vem disponibilizando nos
últimos anos inúmeras ferramentas para a utilização mais adequada no
atendimento das mais diversas necessidades humanas. O quadro teórico que se
forma a partir de sua assimilação, desemboca em práticas que sejam capazes de
dispender menor energia para atingir as maiores metas. O seu desenrolar faculta
estratégias as mais amplas no sentido de viabilizar qualquer que seja a vocação
para produzir e, evidentemente, estabelece regras que envolvem todo o
conhecimento humano. Exemplos dessa multiplicidade instrumental foi o surgimento
de nomenclaturas para a condução de qualquer empreitada, tais como
despadronização, competitividade para enfrentar a concorrência, segmentações,
nichos e tantas outras. Despadronização: conceitos e práticas: Para Toffler
(1985:77) ocorreu entre 1950-1970, proporcionando que várias forças
convergissem, durante os anos recentes, para criar o impulso na direção da
despadronização. Isto deve-se ao fato de que quando a população vive abaixo ou
ligeiramente acima do nível de subsistência, seu padrão de necessidades é
relativamente uniforme. Contudo, à medida que a prosperidade aumenta, a
extensão de anseios se amplia., essa mudança radical reflete a transição de uma
economia voltada para o atendimento de umas poucas necessidades fisiológicas
básicas para a que se preocupa em suprir as necessidades interminavelmente
diversas da psique também. Segundo ele, a educação também contribuiu para a
despadronização dos anseios. Devido aos níveis crescentes de instrução, os
consumidores passaram a ter um conhecimento maior de como outras pessoas
viviam, em outros tempos e outros lugares. Passaram a ter, na realidade, uma
diversidade de modelos de comportamento e uma noção mais ampla das
possibilidades que lhes são oferecidas numa cultura de elevada prosperidade. A
imaginação do consumidor foi enriquecida ainda mais pelas viagens, que nas duas
últimas décadas puseram milhões de pessoas em contato com estilos, modas,
valores e produtos estrangeiros. Assim o efeito combinado de educação, viagens
e comunicações foi o de ampliar o âmbito e a variedade da demanda do
consumidor. O índice de novidade reflete o novo num sistema. É a relação entre
o novo e o antigo. (Toffler, 1985:85) A pressão para a despadronização aumenta
a complexidade organizacional e os problemas de tomada de decisão. O
considerável aumento simultâneo dos índices de novidade faz o problema crescer
geometricamente. (Toffler, 1985:109) A partir daí vê-se necessário questionar o
desdobramento de tais processos de despadronização, frente a originalidade necessária
tomada pelo setor empresarial e o seu relacionamento com a concorrência que se
tornou muito mais ampla e mais competitiva. A concorrência e suas implicações: No
mundo dos negócios e em economia política, o termo concorrência significa a ação
desenvolvida entre competidores pela disputa de um mercado ou a simples venda
de uma mercadoria. O modo por que se processa a concorrência e o próprio
comportamento dos competidores dependem das características do mercado em que
atuam. As diferentes condições existentes nos mercados podem variar desde uma
relativa liberdade de ação para os competidores até as mais rigorosas
restrições à sua atuação. Em teoria
econômica denominam-se as situações extremas, no primeiro caso, de livre
concorrência ou concorrência perfeita ou concorrência pura; e no segundo caso,
de concorrência imperfeita e concorrência monopolística. Considera-se que a
concorrência desempenha papel de relevo no progresso econômico por constituir
importante estímulo ao aperfeiçoamento da produção, ao progresso tecnológico e
ao aumento da produtividade. A idéia de que a concorrência, quando se processa
dentro de condições de liberdade promove a baixa dos preços está presente em
muitos autores e tem sua comprovação prática no fato de que, com a cessação da
liberdade de concorrência e a vigência de condições monopolísticas, a tendência
dos preços é para a alta. A noção tradicional de concorrência pressupõe a
existência de grande número de competidores atuando livremente no mercado de um
mesmo produto, de modo que tanto a oferta quanto a procura provenham de
compradores ou de vendedores colocados em igualdade de condições e sem que
qualquer deles tenha poderes para influenciar, em caráter permanente ou
duradouro, no preço desse produto. Encarada dessa maneira a concorrência se
exerceria no mercado de um produto em que os consumidores e os produtores
tivessem a possibilidade de livre escolha para fazer a quem desejassem a compra
ou a venda de produto. As mudanças ocorridas na economia mundial a partir da
segunda metade do século XIX, caracterizadas, principalmente, pela formação dos
grandes consórcios nacionais e internacionais e mais tarde pela intervenção
crescente do Estado na vida econômica de cada país, marcaram uma época de
transição entre as economias de concorrência e as economias de monopólio. O
fato encontraria explicação, por um lado, na própria dinâmica da concorrência,
pois, na medida em que se teria exercido em toda a sua plenitude, ela
conduziria à eliminação dos competidores menos capazes, e ao agrupamento, em
cada vez menor número, dos mais capazes, por outro lado. Esse fenômeno, que os
economistas liberais saudaram como um fruto benéfico da "seleção
natural", foi por eles também recriminado como causa da destruição da
própria concorrência. Daí observar-se que a concorrência possui um caráter
objetivamente contraditório: é ao mesmo tempo um estímulo ao progresso e causa
da eliminação de fatores produtivos. Neste
sentido, Michel Porter (1986:42) comenta o tamanho da concorrência nos últimos
anos: Todas as empresas estão competindo, em termos amplos, com empresas que
disponibilizam produtos substitutos. Os substitutos reduzem os retornos
potenciais de uma empresa, colocando um teto nos preços que as empresas podem
fixar com lucro. (...) Como os fatores mudam com o tempo ou em decorrência das
decisões estratégicas de uma companhia, naturalmente o poder do comprador pode
aumentar ou diminuir. A escolha de uma empresa quanto aos grupos de compradores
a quem vender deve ser vista como uma decisão estratégica crucial. Observa ele
que algumas formas de concorrência, notadamente a concorrência de preços, são
altamente instáveis, sendo bastante provável que deixem toda a indústria em
pior situação do ponto de vista da rentabilidade. A rivalidade em algumas
empresas caracteriza-se por expressões como belicosa, amarga ou impiedosa,
enquanto em outras pode ser dita como polida ou cavalheiresca. A rivalidade é
conseqüência da interação de vários fatores estruturais. (Porter, 1986:35) No
tocante à competitividade, Rotschild (1992:7) O pensamento competitivo e sua
informação e análise de apoio devem permear toda a organização. É um trabalho
contínuo e não meramente algo que acontece na primavera ou no outono. (...) A
análise competitiva é decisiva tanto para os vencedores como para os
desafiantes Não se pode separar a
análise competitiva da análise do cliente. Elas se relacionam, e a análise
completa é a única maneira de se prever mudanças. (...) A avaliação competitiva
permitirá que se examine os fatores de capacidade em razão da concorrência e da
demanda, com companhias que tenham fortes relações com seus governos e que
sejam apoiadas pelos mesmos, e suas próprias forças e limitações relativas. O
primeiro passo para Rotschild (1992:276) é esclarecer a questão competitiva.
Isso significa que se deve entender o propósito da análise competitiva. O
propósito é defender-se ou conseguir um ganho em relação aos atuais
concorrentes e a ênfase deve voltar-se para a determinação das diferenças encontradas
nas fontes internas e externas. A investigação competitiva ajuda a determinar o
potencial efetivo de suas estratégias atuais ou novas, chegando em opções
disponíveis. Essa listagem de opções também pode ser muito útil se precisar de
uma mudança rápida. Determinando o seu campo de batalha, o que significa
entender os clientes e suas necessidades e desejos, os concorrentes e os
produtos e serviços competitivos devem satisfazer as necessidades dos clientes
para obterem sucesso. A primeira avaliação deve está no que o cliente está
realmente querendo comprar e no quanto as ofertas existentes estão satisfazendo
as necessidades e desejos dos clientes. Isso possibilitará ao analista
identificar as maneiras de melhorar os produtos e serviços para que estes ganhem
a vantagem competitiva. Um campo de área competitiva é uma visualização de uma
ampla necessidade funcional e de todos os caminhos que satisfaçam essa
necessidade. Abordar através de um exame os concorrentes existentes e
potenciais nos mercados servidos ou não pela empresa, possibilitam uma
avaliação e, conseqüente, vantagem competitiva e a razão para vencer podem
estar no fato da companhia conseguir atrair e reter pessoas-chave ou ser hábil
o bastante para desenvolver pessoas em todos os níveis. (Rotschild, 1992:46) As
variáveis demográficas do concorrente consiste nessa avaliação, agrupando-os em
diferentes tipos, discernindo o tipo nicho que participa atualmente ou planeja
participar, determinado o grau de especialização e o grau de globalidade da
concorrência. Uma revisão em profundidade dos concorrentes-chave existentes e
potenciais, incluindo as estratégias de desenvolvimento, o tipo da
distribuição, as estratégias promocionais, a abordagem de determinação de
preços, a estratégia de apoio à prestação de serviços, a estratégia de
produção, a estratégia financeira, a estratégia de recursos humanos, entre
outras análises. (Rotschild, 1992:12) Há quatro motivos fundamentais para a
integração horizontal, progressiva e regressiva: a insegurança, a economia, a
incapacidade para fazer o serviço melhor; e a mudança de estratégia geral por
causa da necessidade de crescimento diversificado. Neste sentido, é preciso
construir uma matriz própria agrupando todos os concorrentes numa base global;
indicação de que a fatia de mercado que cada um tem e o segmento em que cada um
compete; classificação de cada um como uma campanha especialista; utilização da
matriz demográfica competitiva; classificando as mudanças segundo a intensidade
competitiva e segundo os fatores de sucesso. (Rotschild, 1992:98) A estratégia
competitiva compreende uma análise em profundidade, seletiva, o grau de
complexidade variável, avaliando o concorrente e determinando as suas
prioridades, determinando o port-fólio geográfico; a atratividade relativa
entre as localidades da região; determinando a formação da gerência; o
desempenho passado é um prognóstico; determinando o sistema de tomada de
decisão do concorrente (Rotschild, 1992:122) A estratégia, neste caso, partirá
de produtos únicos, da diferenciação, da padronização. Ou seja, elegendo
orientações para o marketing na criação da demanda, distribuição e vendas;
expansão geográfica; determinação dos preços; serviços; aplicações de produtos
ou serviços. Orientação para a produção voltada para a capacidade, inovação no
processo, produtividade, oferta. Orientações financeiras voltadas para a
avaliação do concorrente, identificando-os nas orientações estratégicas. Quanto
a estratégia do produto enfatiza-se a posição, a seletividade, a liderança, a
imitação, o autodesenvolvimento, o financiamento e o licenciamento. Porter
(1986:24) analisa as forças competitivas atendendo fatias de mercado sob uma
comparação tecnológica: As cinco forças competitivas - entrada, ameaça de
substituição, poder de negociação dos compradores, poder de negociação dos
fornecedores e rivalidade entre os atuais concorrentes, refletem o fato de que
a concorrência não está limitada aos participantes estabelecidos. Clientes,
fornecedores, substitutos e os entrantes potenciais são todos
"concorrentes" para as empresas, podendo ter maior ou menor
importância, dependendo das circunstâncias particulares. Concorrência, neste
sentido mais amplo, poderia ser definida como rivalidade ampliada. Porter
defende uma estratégia competitiva efetiva que assuma uma ação ofensiva ou
defensiva de modo a criar uma posição defensável contra as cinco forças
competitivas. De modo amplo, isto compreende uma série de abordagens possíveis:
posicionar a empresa de modo que suas capacidades proporcionem a melhor defesa
contra o conjunto existente de forças competitivas; influenciar o equilíbrio de
forças através de movimentos estratégicos e, assim, melhorar a posição relativa
da empresa; ou antecipar as mudanças nos fatores básicos das forças e responder
a elas, explorando, assim, a mudança através
da escolha de uma estratégia apropriada ao novo equilíbrio competitivo
antes que os rivais a identifiquem. (Porter, 1986:45) Ao enfrentar as cinco
forças competitivas, existem três abordagens estratégicas genéricas potencialmente
bem sucedidas para superar as outras empresas: liderança no custo total;
diferenciação; e enfoque. A liderança no custo exige a construção agressiva de
instalações em escala eficiente, uma perseguição vigorosa de reduções de custo
pela experiência, um controle rígido do custo e das despesas gerais, que não
seja permitida a formação de contas marginais dos clientes e a minimização do
custo em áreas como P & D, assistência, força de vendas, publicidade, etc.
A segunda estratégia é diferenciar o produto ou o serviço oferecido pela
empresa, criando algo que seja considerado único ao âmbito de toda a empresa.
Enfoque é a última estratégia enfocando um determinado grupo comprador, um
segmento da linha de produtos, ou um mercado geográfico; como com a
diferenciação o enfoque pode assumir diversas formas. A empresa que desenvolve
com sucesso a estratégia de enfoque pode também obter potencialmente retornos
acima da média para sua empresa. O enfoque desenvolvido significa que a empresa
tem uma posição de baixo custo com seu alvo estratégico, alta diferenciação, ou
ambas. (Porter, 1986:53) A diferenciação também acarreta uma série de riscos: o
diferencial de custos entre os concorrentes de baixo custo e a empresa
diferenciada torna-se muito grande para que a diferenciação consiga manter a
lealdade à marca. Os compradores sacrificam, assim, algumas características,
serviços, ou imagem da empresa diferenciada em troca de grandes economias de
custos; a necessidade dos compradores em relação ao fator de diferenciação
diminui, isto pode ocorrer à medida que os compradores se tornem mais
sofisticados; e a imitação reduz a diferenciação percebida, numa ocorrência
comum quando a empresa amadurece. (Porter, 1986:59) As estratégias das
companhias para competir em uma empresa podem ser diferenciadas de diversas
maneiras. Entretanto, as seguintes dimensões estratégicas em geral captam as
diferenças possíveis entre as opções estratégicas de uma companhia em uma dada
empresa: 1. Especialização, o grau em que ela concentra seus esforços em termos
da amplitude de sua linha, os segmentos de clientes-alvo e os mercados
geográficos atendidos; 2. Identificação de marcas: o grau em que ela busca a
identificação de marca evitando a competição baseada basicamente em preços ou
em outras variáveis; 3. Política de canal, o grau em que ela busca desenvolver
a identificação de marca diretamente com o consumidor final versus o apoio aos
canais de distribuição na venda de seu produto; seleção do canal, a escolha dos
canais de distribuição variando de canais pertencentes à companhia a pontos de
venda que são especializados em um dado produto até canais que distribuem
amplas linhas de produtos; qualidade do produto, seu nível de qualidade do
produto em termos de matérias-primas, especificações, observância das
tolerâncias, características, etc; liderança tecnológica, o grau em que ela
procura a liderança tecnológica versus um comportamento imitativo; integração
vertical, o montante do valor agregado conforme refletido no nível de
integração para frente e para trás adotado, incluindo o fator de a empresa ter
canal de distribuição cativo, lojas de varejo exclusivas ou de sua propriedade,
uma rede própria de assistência técnica, e assim por diante; posição de custo,
o grau em que ela busca a posição de mais baixo custo na fabricação e na
distribuição através de investimento em instalações ou equipamentos para
minimizar o custo; atendimento, o grau que ela proporciona serviços
auxiliares com sua linha de produto,
como uma rede própria de atendimento, assistência técnica, crédito, assim por
diante; política de preço, sua posição relativa de preço no mercado;
alavancagem, o grau de alavancagem financeira e operacional de que ela dispõe;
relacionamento como matriz, exigências sobre o comportamento de uma unidade
baseadas no relacionamento desta com sua matriz; relacionamento com os governos
do país de origem e anfitriões, em empresas multinacionais, o relacionamento
que a empresa desenvolveu ou a que está sujeita com o governo de seu país de
origem como com governos de países estrangeiros em que esteja operando.
(Porter, 1986:131-32) No mundo dos negócios, há duas grandes forças que
aceleram ainda mais as tendências desestabilizadoras: o aumento da diversidade
e a emergência de desenhos organizacionais não-estruturados. Para dar
estabilidade e segurança, propôs-se um principio organizacional: a diversidade
como uma necessidade estratégica. (Imparato & Harari, 1997:198) Outra
grande força desestabilizadora é a emergência de novas estruturas
organizacionais, acompanhadas de intrigantes adjetivos como horizontal,
virtual, em teia, em espaguete, e trepa-trepa. Essas estruturas tentam
minimizar os perniciosos efeitos da lenta e rígida burocracia e da restrição do
fluxo de informações. (Imparato & Harari, 1997:200) A diversidade traduz a
complexidade e a variedade de pessoas, idéias, tecnologias, mercados e fontes
de informações com as quais os gerentes têm de lidar diariamente. Uma política
de recursos humanos diversificada é um subconjunto importante. (...) na economia
global da atualidade, baseada no conhecimento, a capacidade de atrair e manter
pessoas talentosas torna a vantagem competitiva mais importante que uma empresa
pode Ter. do ponto de vista do
marketing, a adoção de uma política de pessoal diversificada é ainda mais
importante. (Imparato & Harari, 1997:198-9) A diversidade não é apenas uma
questão de reservas de cargos para minorias; é a origem do seu próprio sucesso.
Ainda assim, a diversidade, apesar de todos os chavões que a cerca,
freqüentemente evoca sensações de desorientação e ansiedade no cotidiano dos
gerentes. (Imparato & Harari, 1997:200) Enquanto isso a inovação, por outro
lado, diz respeito à capacidade de as empresas tirarem partido do agitado mundo
no qual vivemos. Não existe inovação sem as noções de qualidade total e de
velocidade turbo. As empresas dependerão da sua capacidade de inovação para
sustentar sua vantagem competitiva nestes tempos caóticos, de mercados
saturados. Precisarão se diferenciar constantemente no mercado. As questões
estratégicas mais importantes da atualidade dizem respeito à capacidade das
empresas inovarem com rapidez de modo continuado, buscando a diferenciação dos
concorrentes, agregar valor aos seus clientes, tentando ser diferente, inovador
e especial no futuro. (Imparato & Harari, 1997:86). Exemplos disso são o
"Kaban", do japonês, cartão, o gerenciamento "just-in-time" num sistema criado
pela Toyota de gerenciamento dos processos de produção com estoques mínimos. É
um sistema simples de controle de produção no qual as pessoas participam
utilizando cartões coloridos para abastecer e repor materiais de produção. (Kay, 1996:404) Baseada na filosofia
"just-in-time" - (JIT) - o objetivo principal do Kaban é combater
qualquer tipo de desperdício existente na empresa, O JIT - aversão aos
desperdícios - desautomatiza o homem e resgata o orgulho pelo trabalho, orgulho
este que o artesão sentia há mais de 200 anos. (Garcia, 1994:172) A expressão
"just in time" (JIT) quer dizer o conjunto de métodos de controle de
produção usados para obter um mínimo nível de inventários para assegurar a
expedição de materiais e componentes justamente quando eles devem ser usados.
Também se refere à filosofia da manufatura que almeja otimizar os processos de
produção reduzindo o desperdício e despesas. Outro exemplo é a expressão
"Kaizen" que quer dizer aperfeiçoamento permanente de tudo o que faz.
É melhorar cada vez mais, para que se transforme verdadeiramente diferente
depois. Trata-se, pois, de um movimento que significa desenvolvimento contínuo
e teve origem no modelo de administração participativa no Japão. Foi o
"Kaizen" que introduziu o conceito de cliente interno, analisando
todas as conseqüências desse relacionamento. Sua teoria é utilizada em todo
processo produtivo e, portanto, válido para qualquer organização. Como existe
um relacionamento de compradores e fornecedores para garantir a sua lealdade ao
produto ou serviço, as relações organizacionais se fazem nesse mesmo sentido,
isto é, um setor compra serviços de outro setor. Num momento ele é comprado a
outro vendedor e logo a seguir a relação se inverte. Tudo o que está
funcionando pode ser otimizado e melhorado continuamente. Seu campo de atuação
é bastante amplo: segurança, desburocratização, qualidade, redução de custos, meio
ambiente, processo de trabalho, produto, equipamento e condições de trabalho.
(Garcia, 1994:184) Já o "toyotismo" trata de um novo modo de
regulamentação baseado na produção flexível, nos mercados de nicho e na
remuneração do trabalho baseada nos resultados. As formas de gestão das
empresas mergulham na onda da qualidade total e nas economias de escopo. As
reduções de custo são obtidas não mais pelo grande volume da produção, mas
pelas combinações mais inteligentes de processos produtivos. Buscam maior
flexibilidade para produzir valores desejados aos clientes e para dar resposta
mais rápidas às mudanças de suas preferências. A grande empresa dá lugar às
redes de pequenas unidades de negócios logisticamente estabelecidos. (Lemos,
1999:36). Iamamoto (2000:31) conceitua o modelo toyotista: Este modelo japonês
trata da acumulação flexível. Busca-se a flexibilidade no processo de trabalho,
em contrapartida à rigidez da linha de produção, da produção em massa e em
série; uma flexibilidade do mercado de trabalho, que vem acompanhada da
desregulamentação dos direitos do trabalho, de estratégia de informatização das
contratações dos trabalhadores; uma flexibilidade de produtos, pois as firmas
hoje não produzem necessariamente em série, mas buscam atender as particularidades
das demandas do mercados consumidores e uma flexibilidade dos padrões de
consumo. Degen (1989) o empreendedor necessita ter criatividade, pois é a
partir da criatividade que ele começa a associação as observações dos mais
diversos tipos e forma de empreendimentos. Segundo este mesmo autor, a riqueza
de um país é medida pela capacidade de produzir, em quantidade suficiente, os
bens e serviços necessários ao bem-estar da população. Esta criatividade
desemboca no discernimento da diversidade para a sedimentação da especialidade,
o que leva a discussão para a segmentação de mercado. Um segmento de mercado,
segundo Simões (1979:91) é um grupo de indivíduos que possuem características
comuns como consumidores. Todo mercado geral consiste em uma série de
submercados menores, porém crescentemente mais homogêneos denominados
segmentos. O segmento de mercado, portanto, é uma parcela do mercado dotada de
uma homogeneidade obtida através de características comuns de demanda. O
conceito segmentar está envolvido com a idéia de setorizar através de critérios
de afinidade, de reunir gamas de características. O conceito de segmentação,
ainda segundo Simões, é relativamente novo e subverte a antiga idéia de um
mercado de massa não diferenciado. À idéia de segmentação corresponde a idéia
de diferenciação de produto e, portanto, a formulação de uma estratégia de
produto. Ela envolve o conhecimento dos interesses e necessidades do consumidor
ao lado de sua quantificação. O produtor, em função dela, deve cessar de pensar
em seus clientes como parte de algum grande mercado maciçamente homogêneo e
deve começar a pensar neles como ilhotas de coisas distintas, cada qual
exigindo suas próprias estratégias singulares em política de produto, em
estratégia promocional, em determinação de preços, em métodos de distribuição,
em técnicas de vendas diretas. (Simões, 1979:92) Para Manzo & Cunto
(1975:35) o mercado de um produto não é constituído de todas as pessoas que
possuem poder de compra e sim de um grupo de pessoas com poder de compra
atraídas para aquele produto ou aquela marca específica. Dentre os
consumidores, entretanto, há um grupo geralmente pequeno, responsável por um
volume maior de consumo daquela categoria de produto. Segundo eles, a necessidade de uma diferenciação
de produtos na mente do consumidor tende a tornar-se regra nas práticas de
Marketing: "Quanto mais alta é a
qualidade dos produtos mais os consumidores se desinteressarão pela compra de
qualquer produto". Os consumidores, assim, tornam-se cada vez mais
livres e independentes para aceitar ou recusar uma mercadoria e por isso os
produtos devem perseguir um tipo especial de consumidor, selecionando-o no meio
da população (Manzo & Cunto, 1975:36) Para Simões (1979:93) existem os
seguintes tipos de segmentação: demográfica, quando a empresa diferencia os
diversos grupos através de características demográficas, como faixa etária,
sexo, tamanho da família, etc; geográfica, quando consideram fenômenos como
grau de urbanização, os conglomerados, etc; psicográfica, também conhecida por
segmentação atitudinal, estabelecida a partir do princípio de que as
necessidades dos compradores podem diferir de acordo com seu estilo de vida ou
com seus traços de personalidade; por benefício, quando é estabelecida em
relação aos diversos benefícios que o consumidor deseja encontrar no produto;
por volume, quando o mercado é dividido entre consumidores de porte pequeno,
médio e grande sem outra noção prévia de segmentação; e para bens industriais,
quando é dividida por ramos de consumidores, por utilização do produto e por
sistemas de distribuição. Enquanto isso, Manzo & Cunto (1975:37) defendem
que a maioria da segmentação de mercado é de caráter psicológico, vez que,
acima de tudo, a mais importante diferença entre pessoas é uma diferença
psicológica. Ele afirma que como os produtos tendem a tornar-se cada vez mais
semelhantes ou com igual performance, tenderá a crescer a necessidade de uma
segmentação psicológica. Em conseqüência reitera que a mesma habilidade exigida
para atingir vários segmentos psicológicos é exigida para planejar produtos
destinados aos mesmos segmentos psicológicos. O nicho de mercado: definições: Uma
outra vertente de atendimento criativo das atividades profissionais, o nicho de
mercado apresenta uma grande diversidade de conceitos, como uma estratégia de
opção promissora para as empresas que não são líderes para atendimento de um
segmento de um produto para manutenção no mercado; ou ainda que é baseada na
segmentação e pode ser utilizada em conjunto com a estratégia da própria
segmentação de mercado. Utiliza-se a estratégia do nicho de mercado para evitar
a concorrência direta com os líderes de mercado, como alternativa,
identificando e atendendo um segmento específico. As suas principais características
identificam que o nicho pode ser suficientemente grande e com poder de compra
para gerar lucros; tem sido desprezado ou ignorado pelo líder de mercado;
poderá ser atendido eficientemente e efetivamente pela empresa; poderá ser
defendido contra o líder de mercado e outros competidores, utilizando-se dos
diferenciadores competitivos que a empresa desenvolveu junto aos seus
consumidores. Tem se definido
como a sua principal vantagem a de encontrar um segmento específico de mercado
para que a empresa possa atender com o melhor de suas habilidades. Este
segmento se identifica pelo encontro de um grupo de consumidores cujas
necessidades particulares podem ser melhor atendidas pela empresa que estiver
focada neste segmento do que por qualquer outra empresa. A chave está no
identificação das bases de segmentação para a definição do nicho. Assim, o
nicho precisa ser satisfatório o que leva a empresa poder atingir fortes
posições de produto focando em segmentos específicos de mercado. Weinstein
(1995:222), conceitua: [...] o nicho de mercado pode ser definido como o
posicionamento em pequenos segmentos de mercado homogêneos que têm sido
ignorados ou negligenciados pelos outros. O posicionamento é baseado no
conceito de marketing integrado e competências diferenciadoras possuídas pela
empresa. Essa afirmação endereça para os cinco elementos essenciais de nicho de
marketing: posicionamento, lucratividade, competências diferenciadoras,
pequenos segmentos de marcado; e adesão ao conceito de marketing. Mattar &Aud (1997) levantam que
não existe consenso quanto a conceituação de nicho de mercado, no campo de
Marketing várias outras aparecem constante que se disserta sobre o assunto, a
se ver como uma segmentação de mercado; ou oportunidade de mercado advinda de segmentos
com necessidades/desejos específicos, não-explorados, não atendidos, ignorados
pelos líderes de mercado e que possam ser atendimento de forma eficiente,
eficaz e efetiva pela empresa, através de suas potencialidades e diferenciais
competitivos; nicho como um segmento de mercado; nicho como um produto;
estratégia típica para empresas não-líderes ou pequenas e médias; focalização e
concentração; especialização; posicionamento; utilizado para evitar confronto
e/ou para se defender dos líderes; e ênfase na lucratividade ao invés de vendas
e participação. Em síntese, nicho é um segmento de mercado especial, com
características diferencias, que pode ser explorado pela empresa. Na conclusão dos estudos realizados
por Mattar &Aud (1997), conceituaram da seguinte forma: Nicho de mercado é
um segmento ou uma área específica de mercado onde há uma oportunidade que
passou a ser explorada de forma dominante e muito lucrativa por uma empresa, em
função de dispor de vantagens competitivas originadas de uma estratégia de
marketing, que faz uso de suas potencialidades e cujas bases estão voltadas à
especialização e a um contínuo enfoque de diferenciação, de modo que o
posicionamento de seu produto detenha uma imagem singular, criando um
relacionamento forte com seus clientes, difícil de ser quebrado pela
concorrência. E salientam, a partir desta proposição, que as características de
nicho estão associadas à conceituação e compreendem uma área ou segmento de
mercado; apresentam necessidades específicas; oferecem oportunidades de
mercado; depende da correta atuação da empresa, exige a utilização das
potencialidades da empresa; produto com imagem singular; estabelecimento de
forte relacionamento com o cliente-consumidor que se transforma numa barreira
para entrada de concorrentes; a empresa passa a ser dominante na área ou
segmento de mercado; e passa a auferir grande lucratividade. Necessário se faz
entender que o conceito ainda não se encontra solidificado carecendo de
considerações múltiplas, no entanto, deixando claro que se trata de uma
alternativa viável para empresas de pequeno e médio porte.
CONCLUSÃO - O que podemos trazer à lume como resultado
dos nossos estudos, avaliando a segmentação de mercado na evolução do setor de
serviços no caso alimentar, é que advindo regras implantadas pela modernização
tecnológica devemos encontrar um comportamento organizacional que seja
suficiente para atendimento de nossa clientela e que possua, a partir disso, a
faculdade de alocarmos mais recursos na execução dos nossos serviços. A saber que
a literatura da ciência do comportamento descreve dois tipos de comportamento
organizacional, um, de caráter incremental; outro, empreendedor. A
administração de uma empresa hoje envolve duas atividades complementares: a
estratégica, voltada para o desenvolvimento do potencial futuro da empresa; e a
operacional, que converte o potencial existente em lucros e crescimento. A
administração estratégica exige um comportamento organizacional empreendedor e
a administração operacional funciona bem com um comportamento incremental. O
comportamento empreendedor é observado com freqüência muito menor do que o
comportamento incremental. O
empreendedor envolve uma atitude radicalmente diferente em relação à mudança:
em lugar de suprimi-la e minimizá-la, uma organização empreendedora procura a
mudança. Em vez de reagir a problemas, a organização se antecipa às ameaças e
oportunidades futuras; em vez de soluções locais, há uma busca geral de
alternativas de ação; em lugar de uma única alternativa, geram-se múltiplas
alternativas; em lugar de buscar satisfação, o processo decisório visa a
escolha da melhor dentre as alternativas disponíveis. Em vez de procurar manter
as condições passadas, a organização empreendedora busca a mudança contínua do
status quo (Ansof & McDonnel, 1993:286). Na gestão empreendedora, segundo
Ansof & McDonnel (1993:364) é
acrescentado o seguinte: Projeções da posição corrente de produtos e mercados
de empresa são substituída por uma análise não-extrapolativa das tendências
ambientais e das possíveis ameaças e oportunidades. As análises de tendência e
de ameaças ou oportunidades são combinadas numa estimativa das perspectivas
futuras que estarão disponíveis à empresa. A análise envolve estudos de: forças
sociais e econômicas que determinam a procura dos produtos da empresa; a
natureza das forças competitivas que operam em seus mercados e perspectivas de
mudanças políticas e sociais que afetarão a companhia e o seu ambiente. As
novas organizações vêm se estruturando cada vez mais como: unidades de negócio,
onde os responsáveis pelas unidades são colocados na posição de verdadeiros
empreendedores não mais como simples gerentes; organizações cada vez mais
focalizadas nas suas competências centrais, onde as operações consideradas
secundárias são entregues a funcionários terceirizados que agora assumem a
posição de empreendedores prestando serviços ao antigo empreendedor(daí o nexo
da terceirização); organizações com hierarquias as mais horizontais possíveis
(daí o nexo das medidas como "downsizing") e onde as decisões são cada vez mais delegadas aos
funcionários dos escalões mais baixos, que têm que assumir riscos, que têm que
decidir, que têm que inovar, etc (daí o nexo de medidas como "empowerment");
organizações que se transformam constantemente e que não se organizam como
estruturas cristalizadas, uma vez que elas tenham sido estabelecidas (daí o nexo das
"learning organizations" e de medidas como reengenharia); organizações
onde as relações de trabalho se dão sob uma nova ética - a ética do
compartilhamento de riscos, da flexibilização das relações contratuais entre
empregado e empregador e da co-responsabilidade pela manutenção dos empregos e
pelo desenvolvimento profissional das pessoas, ou seja, a ética da
empregabilidade; organizações em que as várias áreas se enxergam como clientes
e fornecedores, forçando cada área a enxergar o seu trabalho como um negócio em
si mesmo; organizações onde a busca de alternativas extremas para o
fornecimento de serviços que antes eram monopólio de um determinado
departamento ou divisão, é uma opção concreta, recriando internamente as
condições de mercado em que a próprias empresas competem. Ou seja, as
principais características são capacidade de assumir riscos; senso de
oportunidade; liderança; negociador com jogo de cintura; persistência; visão
sistêmica da organização; autodesenvolvimento; organização; inovação;
disposição e iniciativa.A partir desses preceitos pode-se, assim, instituir uma
empresa viável num mercado mutante e renovador.A segmentação do mercado amplia
cada vez mais o atendimento aos nichos, requerendo especialização. Essa
especialização carece que traga um lema: fazer o melhor. Em se fazendo o
melhor, no contexto da especialização, evidentemente que se atenderão aos
requisitos para o êxito do negócio.
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TATARITARITATÁ NO PROJETO PALCO ABERTO – O meu show poético musical Tataritaritatá está entre os selecionados do Projeto Palco Aberto. Este projeto é um conjunto de ações e produtos para a valorização da cultura e, em especial, da música produzida em Alagoas. Possui a visão de ser um centro de referência de capacitação e captação para a cultura alagoana. Tem a missão de promover atividades que permitam capacitar a cadeia produtiva e o mercado alagoano, criando um ambiente favorável para o desenvolvimento da produção artística e, cada vez mais, ampliar a visibilidade dessa produção. O projeto já realizou 4 Edições da Música Alagoana realizadas, com 01 DVD e 03 CDs publicados, mais de 100 shows realizados com 41 artistas que já participaram c/ shows individuais e autorais.
SHOW TATARITARITATÁ – Show autoral poético-musical com 17 músicas de diversos gêneros como xotes, baiões, martelo agalopado, sertanejo de raiz, toada, balada, rock, pop, frevos, poemas e causos. Será realizado entre os dias 29 de abril e 28 de maio, no By Bar, em Maceió
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