O PEDANTE NOS ENSAIOS – O jurista, filósofo, escritor e
humanista francês Michel Eyquem de Montaigne (1533-1592) inventou os ensaios pessoais ao conceber suas obras sob a
denominação Ensaios (Abril Cultural,
1987) analisando as opiniões, instituições e costumes, bem como sobre os dogmas
da sua época e observando a generalidade da humanidade como objeto de estudo. Dele
destaco Pedantismo, no capítulo XXXV,
do Livro I dos seus Ensaios: [...] Dionísio
caçoava dos astrólogos que cuidavam de saber das desgraças de Ulisses mas
ignoravam as próprias; dos músicos que afinam suas flautas mas não os seus
costumes; dos oradores que estudam para discutir a justiça mas não a praticam.
Se a sua alma não se aperfeiçoa, se seus juízos não se tornam mais lúcidos,
melhor fora que o estudante gastasse o tempo a jogar péla, pois ao menos o
corpo ele o teria mais ágil. Observai-o de volta após quinze ou dezesseis anos:
nada se fará dele; o que trouxe a mais é o grego e o latim, que o fizeram mais
tolo e presunçoso do que quando deixou a casa paterna. Devia voltar com o
espírito cheio e voltou balofo; incharam-no e continuou vazio. Veja mais
aqui.
Imagem: Erótico, do desenhista, ilustrador, quadrinista, caricaturista, animador e editor do blog Rabisqueira, Luhan Dias.
Curtindo a comédia Lisztomania (1975), roteiro e direção de Ken Russel com músicas de Franz Liszt, Richard Wagner, Rick Wakeman & Roger Daltrey.
O MORTO E ALUA – Uma lenda recolha do gênese africano, recolhida duma seleção de Fernando Correia da Silva, (Maravilhas do conto africano - Cultrix, 1962), narra a relação de um morto com a lua: Um ancião vê um morto banhado pela claridade da lua. Reúne grande número de animais e diz-lhes: - Qual de vós bravos, quer encarregar-se de passar o morto ou a lua para a outra margem do rio? Apresentam-se duas tartarugas: a primeira que tem as patas compridas carrega a lua e chega sã e salva com ela à margem oposta; a outra que tem as patas curtas, carrega o morto e se afoga. Por isso a lua morte reaparece todos os dias e o homem que morre não volta nunca. Veja mais aqui.
MEU POVO, MEU POEMA – Uma das maiores personalidades vivas
da poesia brasileiro é, sem dúvida, o premiado e aplaudidíssimo poeta, crítico
de arte, tradutor e ensaísta maranhense Ferreira Gullar que foi um dos
fundadores do Neoconcretismo e ocupante da cadeira 37 na Academia Brasileira de
Letras. No seu livro Dentro da noite veloz (José Olympio, 1975), destaco Meu
povo, meu poema: Meu povo e meu poema
crescem juntos / como cresce no fruto / a árvore nova / No povo meu poema vai
nascendo / como no canavial / nasce verde o açúcar / No povo meu poema está
maduro / como o sol / na garganta do futuro / Meu povo em meu poema / se reflete
/ como a espiga se funde em terra fértil / Ao povo seu poema aqui devolvo /
menos como quem canta / do que planta. Veja mais aqui e aqui.
A IMPORTÂNCIA DE SER
PRUDENTE – A comédia A importância de ser prudente (1895 - Aguilar,
1975), é a obra prima do escritor e dramaturgo britânico de origem irlandesa, Oscar Wilde (1854-1900), apresentando uma
sátira da sociedade vitoriana nos seus estertores. Foi adaptada diversas vezes
para o cinema, sendo a mais recente transformada em uma comédia romântica de
2002, dirigida por Oliver Parker, com título em português de Armadilhas do
Coração. Do texto destaco os seguintes fragmentos em diálogos: [...] L. BRA. É satisfatório. Entre os deveres que
esperam a gente no transcurso da vida e os deres que exigem da gente depois da
morre, a terra deixou de ser, em todo caso, um benefício ou um prazer. Ela nos
dá posição e nos impede de mantê-la. É tudo quanto se pode dizer a respeito de
terras. JOÃO. Tenho uma casa de campo com algumas terras a ela anexas, é claro,
cerca de mil e quinhentos acres, creio eu. Mas minha verdadeira renda não porém
disto. De fato, pelo que tenho podido comprovar, os caçadores furtivos são as
únicas pessoas que tiram alguma coisa dela. [...] ALGERNON. É um
trabalho terrivelmente duro não fazer nada. Mas não me importo de trabalhar
duramente, contanto que não haja objetivo definido. Veja mais aqui e aqui.
BATE PAPO VESPERTINO – Desde que nos conhecemos no Grupo de Pesquisa de Neurofilosofia e
Neurociência Cognitiva que todas as tardes privo da oportunidade de
estreitar tanto amizade como conhecimentos com o graduando de Psicologia e
pesquisador, Maurício da Silva Gomes.
Todas as tarde conversamos e, intermitentemente, contamos com a presença dos
amigos João do curso de Direito e de amigos do curso de Psicologia, a exemplo do
Darnley Tenório que também participa do nosso grupo de pesquisa, entre outros. Ontem
o Maurício me chegou com duas laudas digitadas para ler. Continha o título Um olhar sobre o homem. Li, gostei e destaco um trecho aqui: Outrora pensava outro sábio. — Viver é uma obra de
arte, eu sou uma obra de arte, nós somos obras de arte! E não se equivoque,
pois esta arte não possui criador além da potência, da sua vontade de potência,
da nossa vontade de potência. E quando dizeis: encontrei a dor, porém, viver na
dor é mais vantajoso do que viver no nada. Assim eu te pego niilista, pois
mundo é perfeito! Mas saiba que ele pode te maltratar. E o que o homem deve
fazer? O homem, como tal e qual, deve se superar. Não mais querer o não querer,
querer apenas se superar. Veja o texto completo aqui e mais aqui.
PERDAS E DANOS – Um inesquecível filme, principalmente
pela sempre maravilhosíssima atuação da atriz francesa Juliette Binoche, é o drama britânico-francês Perdas & Danos (Damage,
1992), dirigido pelo cineasta Louis
Malle (1932-1995), com roteiro de David Hare e baseado no romance de Josephine
Hart. A dupla Binoche e Jeremy Irons
vive um envolvimento entre nora e sogro, bem ao gosto do diretor de sempre
trazer temas polêmicos e críticos dos valores burgueses, expressando as
angustias sociais humanas com temática como suicídio, liberação feminina,
pedofilia, incesto, entre outros. Veja mais aqui.
HOMENAGEM ESPECIAL
VIRGINIA LANE
Como todo dia é dia da mulher, hoje é dia
de homenagear a atriz, cantora e vedete brasileira Virginia Lane (1920-2014). Veja mais aqui.
Veja mais sobre:
A vida é uma canção de amor & Milo Manara aqui.
E mais:
Marquês de Sade, Karen Horney, Chico
Buarque, Maria Clara Machado, Günter Grass, Larry Vincent Garrison, Angela
Winkler, Luiz Edmundo Alves, Monica & Monique Justino aqui.
A saga do Padre Bidião aqui.
Proezas do Biritoaldo: Quando a língua dá
no dente do alcaguete, sai de riba que lá vem o enterro voltando aqui.
Pode até ser, mas se não for, nunca será, Lina Cavalieri, Chris Maher & Eloir
Amaro Júnior aqui.
A desmedida correria para perder o bom da
vida, Heitor Villa
Lobos, Francis Bacon & Fúlvio Pennnacchi aqui.
O maravilhoso mistério da vida, Ana Torroja, Rebecca West, Alan
Bridges, Marie-Louise Garnavault & Julie Christie aqui.
Quem quer diferente tem que fazer
diferente, Cândido
Portinari, Xiomara Fortuna, Marcus Garvey & Emmanuel Villanis aqui.
O prazer de amar e de ser amado, Joyce, Bigas Luna, Aitana Sánchez-Gijón
& Luciah Lopez aqui.
Todo dia um novo ano, Egberto Gismonti, John
Poppleton, Sy Miller & Jill Jackson aqui.
Betinho, Augusto de Campos, SpokFrevo
Orquestra, Alan Parker, Graça Carpes, Rinaldo Lima, Bader Burihan Sawaya &
Tempo de Morrer aqui.
Galileu Galilei & Bertolt Brecht,
Nise da Silveira, Egberto Gismonti, Michelangelo Antonioni, Irena Sendler,
Glória Pires, Anna Paquin & Charles André van Loo aqui.
Imre Madách & A
tragédia humana, Pierre
Rode, Robert Joseph Flaherty, Franz West, Vera Ellen, Anne Chevalie & Sarah
Clarke aqui.
Adolfo Bécquer, Paulo Moura, Pedro
Onofre, Antônio Miranda & Gárgula – Revista de Literatura, Marcos Rey &
Marta Moyano, Mihaly von Zick, Associação de Blogs Literários do Nordeste
(ABLNE), Virna Teixeira & Programa Tataritaritatá aqui.
Marlos Nobre, André Breton, Nikos
Kazantzákis, Toni Morrison, Milos Forman & Natalie Portman, Adolf Ulrik
Wertmüller & Tanussi Cardoso aqui.
Nicolau Copérnico, Carson McCullers, Alberto Dines & Observatório da
Imprensa, Rogério Tutti, Capinam, István Szabó,
Krystyna Janda & Max Klinger aqui.
História da mulher: da antiguidade ao
século XXI aqui.
Palestras: Psicologia, Direito &
Educação aqui.
A croniqueta de antemão aqui.
Livros Infantis do Nitolino aqui.
&
Agenda de Eventos aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitora Tataritaritatá!
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
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