TECENDO A VIDA... - Respiro o
silêncio e é lá que mora o sorriso: o que aprendi e superei. Sou pelo amor,
para o amor e por amor e isso me faz vivo, porque sei que o que nos desanima, nos
mortifica. Assim vibro com as pulsações, o que encanta e alegra, porque a Natureza
sou pelas frequências de cada vogal no círculo da vida: o rio pelas minhas
veias: a cachoeira do sangue; a brisa reconfortante pelos pulmões, ah vida! O fogo
sagrado no coração: o chão é a carne do meu corpo e os muitos mundos, o que nos
anima e nos contamina na casa da alma. Tudo reverbera pelo visinvível para me
reencontrar com os seres encantados e o elo perdido da sabedoria ancestral: o
que sou e todas as coisas, seres de luz. Veja mais aqui e aqui.
DITOS &
DESDITOS - Há certas memórias que permanecem invioláveis aos estragos do tempo. E aos do
sofrimento. Não é verdade
que tudo é colorido pelo tempo e pelo sofrimento. Não é verdade
que eles trazem tudo à ruína...
Pensamento da escritora sul-coreana Han Kang, que no livro Human Acts (Hogarth Press, 2014), expressou que: [...] Depois que você morreu, não pude fazer um funeral, E então minha vida se
tornou um funeral.
[...] Algumas memórias nunca curam. Em vez de
desaparecerem com o passar do tempo, essas memórias se tornam as únicas coisas
que ficam para trás quando todo o resto é desgastado. O mundo
escurece, como lâmpadas elétricas se apagando uma a uma. Estou ciente
de que não sou uma pessoa segura.
[...] Silenciosamente, e sem alarde, algo terno lá no fundo de mim se rompeu. Algo que, até
então, eu nem tinha percebido que estava ali. [...], Veja mais aqui e aqui.
ALGUÉM FALOU: Eu
trabalho pela libertação das mulheres, mas não sou feminista. Sou apenas uma
mulher... Pensamento da escritora nigeriana Buchi Emecheta, que no livro Second Class Citizen (Braziller Books, 1983),
expressou que: […] As folhas ainda
estavam nas árvores, mas estavam ficando secas, empoleiradas como pássaros
prontos para voar.
[...] Ele nunca tinha aprendido a amar, mas tinha uma maneira impressionante
de parecer satisfeito com as conquistas de Adah. [...]
Psicologia típica Igbo; os homens
nunca fazem mal, apenas as mulheres; elas têm que
implorar por perdão, porque são compradas, pagas e devem permanecer assim,
escravas silenciosas e obedientes.
[...].
No livro Head Above Water (Heinemann, 1994), ela expressa que: […] Os escritores simplesmente precisam escrever e não se preocupar tanto com o
que as pessoas pensam, porque a opinião pública é um assunto muito difícil de
controlar. [...]. Veja mais
aqui e aqui.
A
HISTÓRIA DO VELHO ESPELHO – A narrativa A
história do velho espelho, de Wang Tu (Maravilhas do Conto Chinês - Cultrix, 1961), faz parte do período
compreendido pela Dinastia Tang chinesa (618-907), estimulou os escritores e
letrados taoístas chineses que lançaram um novo gênero com os tempos áureos de
fausto da corte, quando os poetas galanteavam livremente as damas de linhagem,
os comediantes, dançarinos e trovadores estrangeiros enchiam o ócio da
aristocracia requintada e culta. A narrativa começa: Natural de Fenb-Yin, Heú Seng, que viveu no reinado dos Suei, era um
homem estranho. Durante muito tempo fui seu discípulo e tinha por ele a
veneração que a um tal mestre é devida. Ao morrer, legou-me um espelho,
dizendo: - Com este espelho, verás que todos os maus espíritos se afastarão de
ti. Prometi ao mestre agonizante que guardaria ciosamente seu legado. Era um
espelho de bronze, de oito polegadas de largura, com um suporte traseiro em
forma de unicórnio agachado. [...] na
sua parte fronteira, viam-se vinte e quatro caracteres arcaicos. A caligrafia,
de traços abruptos, parecia, à primeira vista, do estilo Li-Chu. Contudo, ao
examiná-la, constatava-se que fugia de todas as regras caligráficas.
Explicou-me, então, o mestre, que eram sinais correspondentes às vinte e quatro
condições atmosféricas. Ao se colocar o espelho contra a luz, distinguiam-se
nitidamente, contra a superfície metálica, os desenhos do verso. Suspenso como
gongo, produzia, a cada batida, nota de ressonância cristalina, que se
prolongava pelo dia todo. Por tais virtudes, diferia extraordinariamente dos
espelhos comuns. Fazia jus, pois, à admiração sem reservas de Heú Seng, homem
genial, que sempre o considerara um objeto divino. Veja mais aqui e aqui.
AMIGO
É PRESSAS COISAS – Uma das amizades que tenho o dever de manifestar
eternamente a minha gratidão por me sentir premiado na vida é a que tenho o
prazer de manter com o escritor, boêmio, Duque de Jaraguá e agitador cultural
alagoano Carlito Lima. Como diz o meu escritoramigo Luiz Berto: esse é
um desassombrado! E digno da gente ficar cantando e fazendo bis daquela canção
que virou sucesso do MPB-4: Amigo é
pressas coisas. Ele é membro da Academia Alagoana de Letras, Secretaria de
Cultura e criador da Feira Literária de Marechal Deodoro (Flimar), além de ser
um excelente autor de uma obra que tem se tornado o xodó literário dos
alagoanos. Tive a oportunidade de entrevista-lo e publicar uma resenha de uma
de suas obras, Nordeste Independente, no meu Guia de Poesia. Para ter uma ideia
de grandiosa pessoa da minha estima confira aqui, aqui e aqui.











