BBB: A LÁSTIMA DA IMITAÇÃO
DO PIOR DO RUIM– Claro
que os equívocos da humanidade são lastimáveis, avalie. E que mais? Repetem-se.
Ainda mais: e se acumulam século após século. E o que é pior: num efeito em
cadeia da bôba-torreiro! Quer dizer: somos o equívoco do erro do engano.
Putzgrila!!! Trocando em miúdos: imergimos pras mais profundas funduras da
mediocridade. E sem direito a retorno, nem se aceitando devolução. Pois é. É
aquela do falhou, lascou! E o defeito de fabricação contaminou geral. Estelionato
impune, nem pra recall. Como se não bastasse o que acontece no BBB, se você
quiser saber, deve ir agora mesmo pro Big
Shit Bôbras: todas as horas de todos os dias e de todas as noites duma
forma fidedigna de se esbaldar. Confira mais aqui, aqui, aqui e aqui.
Imagem: Pin Up – The Normal Rockwell of Cheesecake!, de Gil Elvgren
Ouvindo a suíte Sonho de uma noite de verão (1826), do compositor alemão Felix Mendelssohn (1809-1847), com a Orquestra Filarmônica do Espírito Santo (OFES), sob a regência do maestro adjunto Leonardo David e as solistas sopranos Maristela Araujo e Meire Norma, narração de Uriel Oliveira e participação especial do Coro Sinfônico da FAMES, sob a regência de Sanny Souza. Veja mais aqui.
A POESIA DO SOL E DO
NASCIMENTO – O poeta
expressionista austríaco Georg Trakl
(188701914) é autor de uma poesia bastante elogiada por Ludwig Wittgestein,
Martin Heidegger e Klaus Schulze. Trata-se de uma obra que é marcadamente
subjetiva e angustiada com a melancolia do desespero humano, priorizando o
mundo interior. Dele destacamos O Sol: Todos os dias o sol amarelo aparece sobre a colina./ Bela é a floresta, o
animal escuro, / O homem, caçador ou pastor. / Avermelhado, o peixe sobe no
regato verde. / Sob o céu redondo / O pescador segue, silencioso, na canoa
azul. / Lenta a uva amadurece , o grão, / Quando calmo o dia se inclina, / O
mal e o bem estão preparados./ Quando anoitece, / O peregrino ergue suavemente
as pálpebras pesadas; / do desfiladeiro sombrio o sol desponta. E também o
seu belíssimo e festejado poema Nascimento: Montanhas: negridão, silêncio, neve. / Vermelha, a caça sai da
floresta; / Oh! O musgoso olhar do animal. / O silêncio da mãe; debaixo dos
abetos negros / Abrem-se as mãos adormecidas,
/ Quando, decaída, a lua fria aparece. / Oh! O nascimento do Homem.
Nocturna, a água azul / Rumoreja no
fundo do rochedo. / Suspirando, o anjo caído observa o seu rosto. / Uma palidez
acorda no quarto embotado. / Duas luas / Iluminam os olhos da velha
empedernida. / Ó aflição! O grito do parto. Com asas negras / As têmporas do
menino tocam a noite, / Neve que cai suavemente da nuvem purpúrea. Veja
mais aqui, aqui e aqui.
CIDADE DE VIDRO DA TRILOGIA
DE NOVA YORK – O
escritor e cineasta estadunidense Paul
Auster é autor é diversos livros, entre eles A trilogia de Nova York (Planeta De Agostini, 2003), que utiliza o
método de caixa chinesa sucedendo histórias no interior umas das outras. Desse
romance destacamos Cidade de Vidro
(fragmento): “[...] A questão é a
história em si, e não cabe à história dizer se ela significa ou não alguma
coisa. [...] simplesmente deixando-se
levar por suas pernas. Nova York era um espaço inesgotável, um labirinto de
caminhos intermináveis, e por mais longe que ele andasse, por melhor que
conhecesse seus bairros e ruas, a cidade sempre o deixava com a sensação de
estar perdido. Perdido não apenas da cidade, mas também dentro de si mesmo.
Toda vez que saía para dar uma volta, tinha a sensação de que estava deixando a
si mesmo para trás e, ao se entregar ao movimento das ruas, ao reduzir-se a um
olhar observador, ele se descobria apto a fugir da obrigação de pensar, e isso,
mais do que qualquer outra coisa, lhe trazia uma certa paz, um saudável vazio
interior. O mundo estava fora dele, em volta, à frente. E a velocidade com que
o mundo se modificava sem parar tornava impossível para Quinn deter-se em
qualquer coisa por muito tempo. O movimento era a chave da questão, o ato de
colocar um pé diante do outro e se abandonar ao fluxo do próprio corpo. Ao
caminhar sem rumo, todos os lugares se tornavam iguais e já não importava mais
onde estava. Em suas melhores caminhadas, chegava a sentir que não estava em
parte alguma. E isso, afinal, era tudo o que sempre pedia das coisas: não estar
em lugar nenhum. Nova York era o lugar nenhum que ele havia construído em torno
de si mesmo, e Quinn se deu conta de que não tinha a menor intenção de um dia
deixá-la outra vez [...]”. Veja mais aqui e aqui.
A ÂNSIA NO TEATRO – A dramaturga inglesa Sarah Kane (1971-1999) é autora de
diversas peças teatrais, entre elas Ânsia
que se caracteriza pela profundidade psicológica dos personagens e pelas
imagens agressivas e chocantes. Desta peça destacamos a passagem: “[...] E quero brincar de esconde-esconde e dar
minhas roupas para você e dizer que eu gosto dos seus sapatos e sentar nos
degraus enquanto você toma banho e massagear seu pescoço e beijar seus pés e
segurar a sua mão e sair para jantar e não me importar quando você comer minha
comida e encontrar você no Rudy e falar sobre o dia e digitar suas cartas e
carregar suas caixas e rir da sua paranoia e te dar fitas que você não vai
ouvir e assistir a belos filmes e assistir a filmes horríveis e reclamar do
rádio e tirar fotos de você quando você estiver dormindo e levantar para te
levar o café e pãezinhos e geleia e ir ao Florent e tomar café à meia-noite e
deixar você roubar meus cigarros e nunca achar os fósforos e contar pra você
sobre o programa de TV que eu vi na noite passada e te levar ao oculista e não
rir das suas piadas e querer você de manhã mas deixar você dormir mais um pouco
e beijar suas costas e acariciar sua pele e dizer quanto eu amo seu cabelo seus
olhos seus lábios seu pescoço seus peitos sua bunda sua... e sentar nos degraus
e fumar até seu vizinho chegar em casa e sentar nos degraus e fumar até você
chegar em casa e me preocupar quando você estiver atrasada e me surpreender quando
você chegar mais cedo e te dar girassóis e ir à sua festa e dançar até não
poder mais e me desculpar quando eu estiver errado e ficar feliz quando você me
perdoar e olhar suas fotos e querer ter te conhecido desde que você nasceu e
ouvir sua voz no meu ouvido e sentir sua pele na minha pele e ficar assustado
quando você estiver zangada e um de seus olhos ficar vermelho e o outro azul e
seu cabelo cair para a esquerda e seu rosto parecer oriental e dizer para você
que você é linda e te abraçar quando você estiver ansiosa e segurar você quando
você se machucar e querer você toda vez que eu te cheirar e te ofender quando
te tocar e choramingar quando estiver do seu lado e choramingar quando não
estiver e babar nos seus seios e cobrir você de noite e sentir frio quando você
tirar meu cobertor e calor quando você não tirar e me derreter quando você
sorrir e me acabar por completo quando você gargalhar e não entender por que
você acha que estou te rejeitando quando eu não estou te rejeitando e pensar
como você pôde achar que alguma vez te rejeitei e pensar em quem você é e te
aceitar de qualquer jeito e te falar sobre o garoto da floresta encantada que
atravessou o oceano porque te amava e escrever poemas para você e pensar por
que você não acredita em mim e sentir tão profundamente que eu não ache
palavras pra expressar esse sentimento e querer te comprar um gatinho do qual
eu teria ciúmes porque ele teria mais atenção do que eu e deixar você ficar na
cama quando você tiver que ir e chorar como um bebê quando você finalmente for
e me livrar das pontas e te comprar presentes que você não queira e levá-los de
volta e pedir para você casar comigo e ouvir você dizer não mais uma vez mas
continuar pedindo porque apesar de você achar que eu não estava falando sério eu
sempre falei sério desde a primeira vez que te pedi em casamento e vagar pela
cidade achando que ela está vazia sem você e querer o que você quer e achar que
estou me perdendo mas saber que estou seguro quando estou com você e te contar
o que eu tenho de pior e tentar te dar o que eu tenho de melhor porque você não
merece nada menos do que isso e responder suas perguntas quando eu preferir não
responder e dizer a você a verdade mesmo quando eu realmente não queira e
tentar ser honesto porque eu sei que você prefere assim e achar que está tudo
acabado mas agüentar por mais dez minutos antes de você me jogar fora de sua
vida e esquecer quem eu sou e tentar ficar mais próximo de você porque é lindo
aprender a te conhecer e vale a pena o esforço e falar mal alemão com você e
falar hebraico pior ainda e fazer amor com você às três da manhã e de alguma
forma de alguma forma de alguma forma expressar um pouco deste esmagador
embaraçoso interminável excessivo insuportável incondicional envolvente
enriquecedor-de-coração ampliador-de-mente progressivo infindável amor que eu
sinto por você”. Veja mais aqui, aqui e aqui.
MEIA NOITE EM PARIS - A escritora e feminista estadunidense Gertrude Stein (1874-1946) é autora do
livro Autobiografia de Alice B. Toklas,
que se tornou a obra fundamental para a vanguarda das três primeiras décadas do
século XX, identificada como precioso documento sobre as origens da arte
moderna e de seus criadores. A obra é narrada por Alice, companheira da própria
autora, reunindo jovens que se tornaram os maiores nomes das artes, a exemplo
de Picasso, Joyce, Nijinski, Matisse, Hemingway, Cocteau, Pound, Apollinaire,
Eliot e Fitzgerald, todos os que privavaram de convivência com a escritora. Tudo
isso serviu de base para o desenvolvimento do filme Midnight Paris (Meia-Noite em Paris, 2011), uma comedia romântica e
de fantasia, escrita e dirigida por Woody
Allen, estrelado por Owen Wilson, Marion Cotillard e Rachel McAdams, e que
foi o vencedor do Oscar de melhor roteiro original do próprio Woody Allen. Veja mais aqui e aqui.
ADRIANA DA MEIA-NOITE DE
PARIS – Nada mais justo,
então, que incluir na nossa campanha todo dia é dia da mulher, o papel
desempenhado pela atriz Marion Cotillard
na personagem Adriana do filme do Woody Allen, Midnight Paris (Meia-Noite em Paris, 2011). Veja mais aqui.
Veja mais sobre:
A mulher suméria aqui.
E mais:
Na Avenida Jatiúca, Maceió, Gilles Lipovetsky, Slavoj Žižek, Moema
& Victor Meirelles, Quinteto Armorial, Michael Winterbottom, Anna Louise
Friel, Felicien Rops & Juareiz Correya aqui.
Neuroeducação aqui.
Paulo Freire: Pedagogia do Oprimido &
da Autonomia aqui.
Psicopatologia, Vontade, Psicomotricidade
& Direito Autoral aqui.
Erich Fromm & A dialética do concreto
de Karel Kosik aqui.
Os amores de Edneimar, a viúva negra, Iara Rennó, Edward Yang & Elaine Jin,
Norman Lindsay & Tudo quanto pode o sonho pode o amor provar aqui.
Se essa rua fosse minha, Adélia Prado, Chiquinha Gonzaga &
Clara Sverner, Luciah Lopez & Quem sabe a vida o amor que nos faz vivo aqui.
Quem vê cara, não vê coração, Fany Solter, Valmir Singh, Jack
Mitchell, Fabien Clesse & Entre tombos e topadas a gente leva a vida aqui.
Erotismo & pornografia: o tamanho da
hipocrisia, Ferreira Gullar, Thomas
Carlyle, Nadir Afonso, Maria Gadú, Edmund Joseph Sullivan & A
alegria imensa para um, dois ou mais, todos aqui.
A ansiedade, a depressão & a
medicalização, José
Cândido de Carvalho, Maria Clodes Jaguaribe, Shirley Paes Leme, Aldemir Martins & Na festa das vitrines tudo é do umbigo
& o bolso furado no âmago aqui.
Martin Buber, Pier Paolo Pasolin1,
Abelardo & Heloísa, Julio Verne & Rick Wakeman, Gustave Courbert,
Vangelis & Arriete Vilela aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.