terça-feira, fevereiro 24, 2015

GODARD, DAHL, MILANÉS, CECÍLIA MEIRELES, GUARESCHI, COSTINHA & MUITO MAIS NO PROGRAMA TATARITARITATÁ!!!


O MISTÉRIO DA CONSCIÊNCIA – No livro Psicologia Social crítica como prática de libertação (EdiPucRS, 2009), o filósofo, sociólogo, professor e doutor em Psicologia Social, Pedrinho Guareschi, aborda no segundo capítulo a questão acerca do Mistério da consciência, expressando que: Somos seres limitados, em processo, não apenas imortais, mas eternos, em busca do infinito. O mistério é sempre invisível, intocável, inefável [...] Chega-se a ele através da contemplação, da meditação profunda, onde nossos olhos se fecham, nossos ouvidos se cerram, nossas mãos descansam, onde não necessitamos pronunciar palavras. Quem experimentou, sabe. [...] a consciência é a resposta que conseguimos dar às perguntas: quem sou eu: que são as coisas que me rodeiam? A consciência seria o quanto de resposta conseguimos dar a essas perguntas. Quando mais resposta, mais consciência. A consciência é, portanto, um processo infinito, de busca e de construção de respostas. Vamos crescendo em consciência na medida em que conseguimos respostas. [...] É a consciência que leva à liberdade. Isto é, que só é livre quem tem consciência. Através do processo de descoberta, investigação, reflexão meditação, contemplação, vamos identificando a r5azão de nós sermos o que somos e de por que as coisas que nos rodeiam são do modo que são. Esse seria o caminha para a liberdade, processo também infinito. [...] só é livre quem tem consciência; a consciência é um pressuposto indispensável para que alguém possa ser considerado livre. E a responsabilidade? [...] passa pelo caminho da consciência e da liberdade. Poderíamos então afirmar: a consciência conduz à liberdade; e a consciência e a liberdade conduzem à responsabilidade. O especifico do conceito de responsabilidade é que ele implica uma ação de resposta, um incentivo à ação: responsabilidade vem de resposta [...]. Veja mais aqui e aqui.

PROGRAMA TATARITARITATÁ – O programa Tataritaritatá que vai ao ar todas terças, a partir das 21 (horário de Brasilia), é comandado pela poeta e radialista Meimei Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação desta terça aqui Logo mais, a partir das 21hs, acontecerá mais uma edição do programa Tataritaritatá, com muita festa e a apresentação da querida Meimei Corrêa, com as seguintes atrações na programação: Egberto Gismonti, Duofel, Nando Lauria, Gal Costa & Caetano Veloso, Djavan, Geraldo Azevedo, Chico Buarque, Chico César, Sônia Mello, Roberto Toledo, Mazinho, Julia Crystal & Monica Brandão, Elisete Retter & Edward Brown, Irina Costa & Mácleim, Ricardo Machado, Ely Camargo & Reisado de Alagoas, Frederico Amitrano, Zé Linaldo & Ramanir, Zé Ripe & Paulo Profeta, Tirso Florence de Biasi & Banda Tres, Sóstenes Lima, Jan Cláudio & Eduardo Proffa, Ju Mota, Rusty Young, David Sylvian, Pedro Abrunhosa, Wilson Simonal, Daniel & muito mais! Veja mais aqui.

SERVIÇO:
O que? Programa Tataritaritatá
Quando? Hoje, terça, 24 de fevereiro, a partir das 21hs
Onde? No MCLAM - blog do Programa Domingo Romântico
Apresentação: Meimei Corrêa

Imagem do pintor norueguês Johan Christian Dahl (1788-1857)

Ouvindo Pablo Milanés ao vivo no Brasil (Philips, 1984) do cantor cubano Pablo Milanés.

SE EU FOSSE PINTOR... – No livro Ilusões do mundo (Nova Aguilar, 1976), a escritora, pintora, professora e jornalista Cecília Meireles (1901-1964) traz a crônica Se eu fosse pintor, na qual ela se expressa assim: Se eu fosse pintor começaria a delinear este primeiro plano de trepadeiras entrelaçadas, com pequenos jasmins e grandes campânulas roxas, por onde flutua uma borboleta cor de marfim, com um pouco de ouro nas pontas das asas. Mas logo depois, entre o primeiro plano e a casa fechada, há pombos de cintilante alvura, e pássaros azuis tão rápidos e certeiros que seria impossível deixar de fixa-los, para dar alegria aos olhos dos que jamais os viram ou verão. Mas o quintal da casa abandonada ostenta uma delicada mangueira, ainda com moles folhas cor de bronze sobre a cerrada fronde sombria, uma delicada mangueira repleta de pequenos frutos, de um verde tenro, que se destacam do verde-escuro como se estivessem ali apenas para tornar a árvore um ornamento vivo, entre outros brancos, os pios vermelhos, o jogo das escadas e dos telhados em redor. E que faria eu, pintor, dos inúmeros pardais que pousam nesses muros e nesse telhados, e aí conversam, namoram-se, amam-se, e dizem adeus, cada um com seu destino, entre floresta e os jardins, o vento e a névoa? Mas por detrás estão as velhas casas, pequenas e tortas, pintadas de cores vivas, como desenhos infantis, com seus varais carregados de toalhas de mesa, saias floridas, panos vermelhos e amarelos, combinados harmoniosamente pela lavadeira que ali os colocou. Se eu fosse pintor, como poderia perder esse arranjo, tão simples e natural, e ao mesmo tempo de tão admirável efeito? Mas depois disso, aparecerem várias fachadas, que se vão sobrepondo umas às outras, dispostas entre palmeiras e arbustos vários, pela encosta do morro. Aparecem mesmo dois ou três castelos, azuis e brancos, e um deles tem até, na ponta da torre, um galo de metal verde. Eu, pintor, como deixaria de pintar tão graciosos motivos? Sinto, porém, que tudo isso por onde vão meus olhos, ao subirem do vale à montanha, possui uma riqueza invisível, que a distância abafa e desfaz: por detrás dessas paredes, desses muros, dentro dessas casas pobres e desses castelinhos de brinquedo, há criaturas que falam, discutem, entendem-se e não se entendem, amam, odeiam, desejam, acordam todos os dias com mil perguntas e não sei se chegam à noite com alguma resposta. Se eu fosse pintor, gostaria de pintar esse último plano, esse último recesso da paisagem. Mas houve jamais algum pintor que pudesse fixar esse móvel oceano, inquieto, incerto, constantemente variável que é o pensamento humano? Veja mais aqui.


O PERU DA FESTA COM AS HISTÓRIAS QUE AS NOSSAS BABÁS NÃO CONTAVAM - Entre os humoristas brasileiros que mais apreciei, um deles foi o memorável humorista e ator Lírio Mário da Costa (1923-1995), mais conhecido como Costinha. Tive a oportunidade de adquirir quatro dos sete elepês que ele lançou com o título O Peru da Festa, como tive acesso as duas edições das Proibidas do Costinha, ler os livros As melhores do Costinha e O Humor de Costinha, bem como de assistir uma penca de filmes com participação dele na década de 1970, principalmente o Histórias que as nossas babás não contavam e o impagável Costinha, o Rei das Selvas, entre outros. Uma coisa posso dizer: morria de rir só com a cara dele. Uma maravilha! Daí a minha homenagem. Veja mais aqui.

CONQUISTA DO VOTO FEMININO NO BRASIL – O voto feminino no Brasil passou a ser garantido a partir da edição do Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932. Entretanto, o primeiro direito foi garantido cinco anos antes, quando a professora potiguar Celina Guimarães Viana adquiriu na Comarca de Mossoró (RN), o direito do registro para votar, tornando-a primeira mulher eleitora do país. O movimento tomou corpo por iniciativa da bióloga e ativista Bertha Maria Julia Lutz (1894-1976) que acompanhou os movimentos feministas na Europa e nos Estados Unidos, participando no Brasil da criação da Liga para Emancipação Intelectual da Mulher e representar a Liga das Mulheres Eleitoras, criando a Federação Brasileira Pelo Progresso Feminino, instituindo o movimento sufragista que conseguiu o grande êxito em 1932. Veja mais aqui


JE VOUS SALUE MARIE – Um dos inesquecíveis filmes que assisti foi indubitavelmente o polêmico filme Je vous salue, Marie (1985), do não menos polêmico e provocador cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard que tem um elenco de peso, notadamente a participação das atrizes Juliette Binoche e Myriem Roussel nas duas estórias paralelas narradas na película, a primeira que conta a história de uma estudante Maria que trabalha num posto de gasolina do pai, e de um jovem taxista José que descobre que sua namorada está grávida e ele a acusa de traição exigindo a separação, recendo aconselhamento e convencimento do anjo Gabriel a aceitar os planos divinos dela. Na segunda, envolve um professor de história que se envolve com uma das suas alunas. Ambas histórias mostram a difícil convivência entre o espírito e o corpo. Veja mais aqui

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Pode até ser, mas se não for, nunca será, Lina Cavalieri, Chris Maher & Eloir Amaro Júnior aqui.
A desmedida correria para perder o bom da vida, Heitor Villa Lobos, Francis Bacon & Fúlvio Pennnacchi aqui.
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Quem quer diferente tem que fazer diferente, Cândido Portinari, Xiomara Fortuna, Marcus Garvey & Emmanuel Villanis aqui.
O prazer de amar e de ser amado, Joyce, Bigas Luna, Aitana Sánchez-Gijón & Luciah Lopez aqui.
Todo dia um novo ano, Egberto Gismonti, John Poppleton, Sy Miller & Jill Jackson aqui.
Betinho, Augusto de Campos, SpokFrevo Orquestra, Alan Parker, Graça Carpes, Rinaldo Lima, Bader Burihan Sawaya & Tempo de Morrer aqui.
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Imre Madách & A tragédia humana, Pierre Rode, Robert Joseph Flaherty, Franz West, Vera Ellen, Anne Chevalie & Sarah Clarke aqui.
Adolfo Bécquer, Paulo Moura, Pedro Onofre, Antônio Miranda & Gárgula – Revista de Literatura, Marcos Rey & Marta Moyano, Mihaly von Zick, Associação de Blogs Literários do Nordeste (ABLNE), Virna Teixeira & Programa Tataritaritatá aqui.
Marlos Nobre, André Breton, Nikos Kazantzákis, Toni Morrison, Milos Forman & Natalie Portman, Adolf Ulrik Wertmüller & Tanussi Cardoso aqui.
Nicolau Copérnico, Carson McCullers, Alberto Dines & Observatório da Imprensa, Rogério Tutti, Capinam, István Szabó, Krystyna Janda & Max Klinger aqui.
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HIRONDINA JOSHUA, NNEDI OKORAFOR, ELLIOT ARONSON & MARACATU

  Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Refúgio (2000), Duas Madrugadas (2005), Eyin Okan (2011), Andata e Ritorno (2014), Retalho...