VAMOS
APRUMAR A CONVERSA? O PARTORIL DE PONTA DE RUA – Ah! Vocês nem queiram saber! Arreparem
só, que despropósito! Depois de muito cavoucar o ano todo e pelejar demais na
vida, Doro, que não se emenda, teve uma ideia, pode? Ih, isso para mim é bronca
certa! E das grandes! Pode esperar o bafafá que o negócio é fogo na roupa!
Verdade. Nunca vi sujeito de neurônios tão tresloucados: quando pensa, peida;
quando fala, caga. Um meladeiro sem fim. Mas vamos nessa. Aproveitando da
visita que a Marcialita fizera à sua casa materna, deixando o sujeitinho sujo
mais solto que cabrito no roçado, só refinando as habilidades para aprontar
mais uma das suas, ele deu asas à imaginação. E foi mesmo: o negócio se
agigantou no tino dele. E como! Só faltou se estuporar de tão grandiosa. Mas
vamos lá. Como se aproximava dos festejos natalinos, a coisa maquinada tomou
corpo no seu intento. Já via tudo pronto: tablado colorido, pastorinhas
boazudas, Diana gostosa, muita dança, movimento e munganga das boas. Quando o
espetáculo tomou forma dentro do seu gosto troncho e duvidoso, ele saiu
boatando que se prestava a fazer um presépio em homenagem ao nascimento do
nosso senhor Jesusisinho, só faltando as pastorinhas para engalanar seu
projeto. Só faltava isso? Ôxe, num faltou pai de família decente que não
encaminhasse até o recinto da seleção todas as suas filhas para compartilhar de
evento tão sagrado. Verdade, repito, o negócio tomou vulto mesmo. Foi gente de
fugir pelo ladrão. E ele só se deleitando da coisa boa: nunca vira tanta mulher
na vida de uma vez só. E ali, bem pertinho dele, só pro seu reinado. De chapa
ele dispensava todas as barangas, trubufus e mocréias. Nem catraias queria. Só
beldades reboculosas mesmo. E saiu escolhendo a dedo a mestra do cordão
encarnado, a contramestra do cordão azul, a Estrela D´Alva, a Estrela de Belém,
as pastorinhas, nada de anjos ou borboletas que isso, segundo ele, é coisa de
baitola. No meio delas apareceu uma mais espalhafatosa. Doro esbugalhou-se
porque a dita cuja, realmente, chamava atenção: bunduda, jeitosona, pernuda,
espaçosa e com uma língua, nossa, que ela estirava tremulando entre os lábios,
nem camaleão! Animou-se todo Doro e já deu por certo como a Diana. A empolgação
foi tão grande que ele prometeu mundos e fundos e, até, uma apresentação pro
bispo defronte da matriz. Ôxe, aí é que foi a maior das satisfações para toda
banda. E tome ensaio pra cima e pra baixo, ele organizando tudo, adaptando
sutilmente do sagrado para o profano mais cabeludo da paróquia. A cada ensaio,
quanto maior a intimidade se estreitava dele no meio de meio mundo de mulher,
mas ele tornava a coisa mais sem-vergonha, a ponto de conseguir convencê-las a
usarem fio dental, sutiãs menores que o número do busto, saínhas curtíssimas de
deixar tudo de fora, meio mundo de presepada para causar a maior sedução. E
contava com irrestrito apoio: tudo isso capitaneado pela mais corajosa de
todas, que era a Diana, que além de aprovar tudo e aceitar no ato todas as
invencionices dele, já sugeria até, no final, um strip-tease geral fuderoso de
deixar os neguinhos cristãos de queixo caído. E Doro solto na buraqueira e todo
ancho, parecia mais que havia sido eleito presidente da república. Tudo bão
demaiiiiis!!! Às vésperas, tudo nos conformes, estava marcado o ensaio geral,
ao que as participantes convidaram os pais para ver. Doro não sabia e ensaiava
as piadas pornográficas, as cançonetas picantes, o andamento da coisa com
leilão de beijos, abraços, sarros, pegadas, trepadas até, isso no final,
sortear mediante pagamento vultoso, a xoxota de uma, a chupada de outra, o cu
da maior, a trepada na menor e assim por diante. O negócio ia bem, até que
quando chegou a hora do leilão, os pais, até então escondidos atrás do muro do
quintal, partiram pra cima querendo uns participar daquela putaria, enquanto
outros fulos da vida queriam acabar embaixo do maior quebra-pau. Resultado: não
houve entendimento e não sobrou nada em pé ao redor. Não deu outra: era uma
vez. Ao término do buruçu só sobrou de mesmo, a Diana e o Doro. Como para ele
fudido por um, fudido por mil, Doro sapecou converseira macha pra cima da
ditosa. Ôxe, ela se salientando, se ajeitando, se dismilinguindo e ele tome a
sapecar beijos, abraços e apalpadelas. O xambrego pegou fogo. Agarrados na
maior sem-cerimônia. E tome esfregamentos, impados, reboculejos e sassaricados.
Na hora do vamos ver, ih, a coisa empenou. Ela se dizendo virgem, não queria
deixar o Doro se enfiar na sua donzelice. Ih, entornou o caldo! Ele foi pra lá,
foi pra cá, enervou-se e, depois de horas confabulando, entraram num acordo: a
moça deixou que ele esfolasse o pingulim no catimbofá dela. Menos mal, quem não
tem cheba azeitada, faz feira geral no caneco da pinica. Foi aí que ele cuspiu
no pau e reparou o alvo da vítima em decúbito ventral, com a popa da bunda
empinada para cima. Um colosso. Quando se apronta para tascar a pontaria na
caçapa dela, Doro sente que algo estranho está ocorrendo. Ele não acredita.
Espreme os olhos e se certifica. Nossa! Aquilo não era um pinguelo, era um
pitocão maior que o dele mesmo. Aí berrou: viado!!! Isso é sacanagem, viado!
Nessa hora Marcialita adentra com a bruguelada e flagra aquela cena indecorosa:
Doro furioso com o seboso na mão se apontando para enfiar-se no pirôbo jeitoso
de quatro. Aí é que ao invés de natal, deu-se, foi no fim de tudo, um
verdadeiro carnaval. Nem queiram saber do frevo. Veja mais aqui e aqui.
Imagem: Druuna, do escritor, artista plástico e ilustrador italiano Paolo
Eleuteri Serpieri.
Curtindo a ópera em quatro atos La bohème (1896 – baseada no livro Scènes de la vie de bohème, de Henri
Murger / EMI, 1997), do compositor italiano Giacomo Puccini (1858-1924), com a cantora lírica estadunidense de
origem grega, Maria Callas – La
Divina (1923-1977), conductor Antonio Votto & Milan Teatro alla Scala
Orchestra & Scala Chorus.
A
GRANDE ORDEM DO MUNDO – O
filósofo grego Leucipo de Mileto
(entre 500-430aC), é considerado o autor da teoria dos átomos e das obras A
grande ordem do mundo e Sobre o Espírito. Tido como o fundador do célebre
sistema atomístico, que se valeu como princípio da pesquisa natural racional.
Foi ele quem distinguiu as qualidades universais dos corpos das coisas
sensíveis, chamando essa qualidade de especulativa, pelo fato de ele ter
determinado o elemento corpóreo através do conceito ou pelo fato de ter
determinado a essência do corpo, efetivamente de modo universal. Em Leucipo
aparece a determinação do ser, do ser-para-si, o positivo como um que é-para-si
e o negativo como vazio. O ser-para-si passa a ser uma determinação essencial e
necessária do pensamento. O um é agora e é sempre e deve aparecer em cada
filosofia lógica, como momento essencial, mas não como último. Assim, o
ser-para-si é um grande princípio. O devir é apenas a passagem do ser para o
nada e do nada para o ser, onde tudo é negado. Para ele o um é ainda o um
abstrato, aparecendo a representação de que os átomos são invisíveis, de que
não se pode vê-los por causa da sua pequenez e da sua corporalidade. O seu
pensamento é expresso pela frase: Nenhuma
coisa se engendra ao acaso, mas todas a partir da razão e por necessidade. Veja
mais aqui e aqui.
CARTAS
A UM JOVEM POETA – No
livro Cartas a um jovem poeta
(L&PM, 2009), do escritor alemão Rainer
Maria Rilke (1875-1926), destaco o trecho: [...] Paris, 17 de fevereiro de 1903 Prezado Senhor, Sua
carta só me alcançou há poucos dias. Quero lhe agradecer por sua grande e
amável confiança. Mas é só isso o que posso fazer. Não posso entrar em
considerações sobre a forma dos seus versos; pois me afasto de qualquer
intenção crítica. Não há nada que toque menos uma obra de arte do que palavras
de crítica: elas não passam de mal-entendidos mais ou menos afortunados. As
coisas em geral não são tão fáceis de apreender e dizer como normalmente nos
querem levar a acreditar; a maioria dos acontecimentos é indizível, realiza-se
em um espaço que nunca uma palavra penetrou, e mais indizíveis do que todos os
acontecimentos são as obras de arte, existências misteriosas, cuja vida perdura
ao lado da nossa, que passa. Feita essa observação prévia, posso lhe dizer
ainda que seus versos não possuem uma forma própria, mas apenas indicações
silenciosas e veladas de personalidade. Sinto esse tipo de indicação de modo
mais claro no último poema, "Minha alma". Ali, algo de próprio quer
ganhar expressão. E no belo poema "A Leopardi" talvez se desenvolva
uma espécie de afinidade com aquele grande solitário. Apesar disso, os poemas
ainda não são independentes, não têm autonomia, mesmo o último e o dedicado a
Leopardi. Sua carta amável que os acompanha não deixou de me esclarecer alguma
insuficiência que senti ao ler seus versos, sem no entanto ser capaz de
designá-la pelo nome. O senhor me pergunta se os seus versos são bons. Pergunta
isso a mim. Já perguntou a mesma coisa a outras pessoas antes. Envia os seus
versos para revistas. Faz comparações entre eles e outros poemas e se inquieta
quando um ou outro redator recusa suas tentativas de publicação. Agora (como me
deu licença de aconselhá-lo) lhe peço para desistir de tudo isso. O senhor olha
para fora, e é isso sobretudo que não devia fazer agora. Ninguém pode
aconselhá-lo e ajudá-lo, ninguém. Há apenas um meio. Volte-se para si mesmo.
Investigue o motivo que o impele a escrever; comprove se ele estende as raízes
até o ponto mais profundo do seu coração, confesse a si mesmo se o senhor
morreria caso fosse proibido de escrever. Sobretudo isto: pergunte a si mesmo
na hora mais silenciosa de sua madrugada: preciso escrever? Desenterre de si
mesmo uma resposta profunda. E, se ela for afirmativa, se o senhor for capaz de
enfrentar essa pergunta grave com um forte e simples "Preciso", então
construa sua vida de acordo com tal necessidade; sua vida tem de se tornar, até
na hora mais indiferente e irrelevante, um sinal e um testemunho desse impulso.
Então se aproxime da natureza. Procure, como o primeiro homem, dizer o que vê e
vivencia e ama e perde. Não escreva poemas de amor; evite a princípio aquelas
formas que são muito usuais e muito comuns: são elas as mais difíceis, pois é
necessária uma força grande e amadurecida para manifestar algo de próprio onde
há uma profusão de tradições boas, algumas brilhantes. Por isso, resguarde-se
dos temas gerais para acolher aqueles que seu próprio cotidiano lhe oferece;
descreva suas tristezas e desejos, os pensamentos passageiros e a crença em
alguma beleza - descreva tudo isso com sinceridade íntima, serena, paciente, e
utilize, para se expressar, as coisas de seu ambiente, as imagens de seus
sonhos e os objetos de sua lembrança. Caso o seu cotidiano lhe pareça pobre,
não reclame dele, reclame de si mesmo, diga para si mesmo que não é poeta o
bastante para evocar suas riquezas; pois para o criador não há nenhuma pobreza
e nenhum ambiente pobre, insignificante. Mesmo que estivesse em uma prisão,
cujos muros não permitissem que nenhum dos ruídos do mundo chegasse a seus
ouvidos, o senhor não teria sempre a sua infância, essa riqueza preciosa,
régia, esse tesouro das recordações? Volte para ela a atenção. Procure trazer à
tona as sensações submersas desse passado tão vasto; sua personalidade ganhará
firmeza, sua solidão se ampliará e se tornará uma habitação a meia-luz, da qual
passa longe o burburinho dos outros. E se, desse ato de se voltar para dentro
de si, desse aprofundamento em seu próprio mundo, resultarem versos, o senhor não
pensará em perguntar a alguém se são bons versos. Também não tentará despertar
o interesse de revistas por tais trabalhos, pois verá neles seu querido
patrimônio natural, um pedaço e uma voz de sua vida. Uma obra de arte é boa
quando surge de uma necessidade. É no modo como ela se origina que se encontra
seu valor, não há nenhum outro critério. Por isso, prezado senhor, eu não
saberia dar nenhum conselho senão este: voltar-se para si mesmo e sondar as
profundezas de onde vem a sua vida; nessa fonte o senhor encontrará a resposta
para a questão de saber se precisa criar. Aceite-a como ela for, sem
interpretá-la. Talvez ela revele que o senhor é chamado a ser um artista. Nesse
caso, aceite sua sorte e a suporte, com seu peso e sua grandeza, sem perguntar nunca
pela recompensa que poderia vir de fora. Pois o criador tem de ser um mundo
para si mesmo e encontrar tudo em si mesmo e na natureza, da qual se aproximou.
Mas talvez, depois desse mergulho em si mesmo e em sua solidão, o senhor tenha
de renunciar a ser um poeta (basta, como foi dito, sentir que seria possível
viver sem escrever para não ter mais o direito de fazê-lo). Mesmo assim não
terá sido em vão o exame de consciência que lhe peço. Seja como for, sua vida
encontrará a partir dele caminhos próprios, e que eles sejam bons, ricos e
vastos é o que lhe desejo mais do que posso manifestar. O que ainda devo dizer
ao senhor? Parece-me que tudo foi enfatizado da maneira apropriada; por fim,
gostaria apenas de aconselhá-lo a passar com serenidade e seriedade pelo
período de seu desenvolvimento. Não há meio pior de atrapalhar esse
desenvolvimento do que olhar para fora e esperar que venha de fora uma resposta
para questões que apenas seu sentimento íntimo talvez possa responder, na hora
mais tranqüila. Foi para mim uma alegria encontrar em sua carta o nome do
professor Horacek; guardo uma grande estima por esse amável sábio, e uma
gratidão que se mantém através dos anos. Por favor, mencione a ele o que sinto;
é muita bondade que ainda se recorde de mim, e sei apreciá-la. Devolvo também
os versos que o senhor me confiou amigavelmente. E lhe agradeço mais uma vez
pela grandeza e pela cordialidade de sua confiança, de que procurei me tornar
um pouco mais digno do que realmente sou, como um estranho, por meio desta resposta
sincera, feita da melhor maneira que pude. Com toda devoção e toda simpatia, Rainer
Maria Rilke. [...] Veja mais
aqui e aqui.
O
LIVRO DE HORAS – No
livro Poemas (Companhia das Letras,
2012), do poeta alemão Rainer Maria
Rilke (1875-1926), destaco o poema Do Livro de Horas, traduzido por José
Paulo Paes: A minha vida eu a vivo em
círculos crescentes sobre as coisas, alto no ar. Não completarei o último,
provavelmente, mesmo assim irei tentar. Giro à volta de Deus, a torre das
idades, e giro há milênios, tantos... Não sei ainda o que sou: falcão,
tempestade ou um grande, um grande canto. Se tantas vezes te importuno, ó Deus
meu vizinho, batendo forte à tua porta na noite extensa, é porque te ouço
respirar, da tua presença sei: estás na sala, sozinho. Se de algo precisares,
não há ninguém ali que possa te trazer um gole d’água sequer. Vivo sempre à
escuta. Dá-me um sinal qualquer. Estou bem perto de ti. Entre nós há apenas um
muro, coisa pouca, por mero acaso aliás; bem pode ser que um grito da tua ou
minha boca — e eis que se desfaz sem só rumor ou ruído. Com imagens tuas o muro
foi construído. Diante de ti tuas imagens são como nomes. E quando um dia
dentro de mim esteja acesa a luz com que te conhece minha profundeza, será, nas
molduras, brilho que se esbanja e some. E os meus sentidos, que um torpor
célere consome, estão sem pátria, exilados da tua grandeza. Tu, obscuridade de
onde emana meu ser, amo-te mais do que à chama que o mundo reduz ao círculo da
sua luz: ali dentro, resplandece; fora dali, ser nenhum a reconhece. Mas na
obscuridade tudo se contém: as formas e as chamas, os animais e eu também, nela
que consorcia existências e energias — pode bem ser que uma força sombria se
mova em minhas cercanias. É às noites que minha alma se confia. Obreiros somos
— mestre, aprendizes, serventes — e te construímos, ó grande nave altaneira. Às
vezes chega a nós um peregrino silente; ei-lo que como um clarão cruza as
nossas cem mentes e trêmulo nos traz alguma nova maneira. Galgamos andaimes que
ao nosso passo estremecem; maciços os martelos que nossas mãos sustêm; isso até
aflorar-nos a fronte uma hora que se irisa e fulge como se de tudo soubesse: como
o vento vem do mar, é de ti que ela vem. Ouve-se então um malhar de martelos
inúmeros que, golpe após golpe, pelas montanhas se expande. Só te deixamos
quando a noite cai e no escuro podemos já ver-te os vagos contornos futuros. Deus,
como tu és grande. Veja mais aqui e aqui.
DE
MARIE A POUTPOURIR - A
trajetória da atriz e humorista Katiuscia Canoro começou no teatro em 1992, fazendo peças no colégio e na praia. A
partir de então, ela carrega na bagagem as peças teatrais Marie (1992), Amor de Ciclovia (1992), O
poder da Amizade (1993), Os
Ovos De Pascoa Sumiram (1994), A
Bruxinha Que Era Boa (1995), Festa
do Uirapuru (1995), A Floresta
Sumiu (1996), Anjos e Pecados
(1998), O Auto Da Compadecida (1999),
Estrada do pecado (2004), Medea Material (TCP, 2004) Gatos Musical Rock (2005), Mulheres de Chico (2005), Pânico No Mercado (2005), Contadores de Historias (2005), O Pentáculo (2006), CintaLiga (2006), Humor Com Sabor Picante (2006), Memória (2006), Risorama (2006), D. Graça (2007), Macbeth (2007) e PoutPouRir (2008). Na televisão ela
fez sucesso com a personagem Lady Kate, do programa Zorra Total, afora criar vários
personagens a partir da observação do cotidiano. No cinema participou dos
curtas Vovó Vai Ao Supermercado 2004),
Sem Ana (2005), À Guisa de Orquídeas (2005), Do papel pra tela (2005), E aí...
comeu? (2012) e Divertida mente (2015). Veja mais aqui.
VIVRE SA VIE – O filme Vivre sa Vie (Viver
a Vida, 1962), polêmico e provocador cineasta franco-suíço Jean-Luc
Godard, contém um tom
mais realista e sem muitos dos diálogos icônicos do diretor, contado em 12
capítulos sem nenhuma ligação, Nana é uma jovem que abandona o seu marido e o
seu filho para iniciar sua carreira como atriz. Para financiar sua nova vida
começa a trabalhar numa loja de discos, mas não ganha muito dinheiro. Como não
consegue pagar o aluguel, Nana é expulsa de casa e decide virar prostituta. No
primeiro dia que começa a trabalhar na rua, reencontra Yvette, uma velha amiga
que lhe confessa que também se prostitui por necessidade. Yvette lhe
apresentará a Raoul, que se tornará seu cafetão. A partir desse momento, Nana
irá introduzindo-se progressivamente no mundo da prostituição. O destaque do
filme vai para a atriz dinamarquesa Anna Karina, que começou a carreira
como modelo até se casar com o diretor do filme e se tornar uma das
atrizes-símbolo da Nouvelle vague. Veja mais aqui, aqui e
aqui.
IMAGEM DO DIA
A fotografia de Louis Jean Baptiste Igout (1837-1880).
DEDICATÓRIA
A
edição de hoje é dedicada à belíssima e talentosa cantora Julia Crystal. Veja aqui.