OS ASSASSINOS
DO FREVO –
Eis que passando por uma penúria das mais gritantes, o Doro resolve rearregimentar
a tropa dos assassinos do frevo. E resolveu isso no maior ânimo de todas as
motivações: - Eles, traveiz. Para
isso está tomando as minuciosas e respectivas providências: tirar o foco da
polícia pra trupe, contê-los para que não façam nada além dos atributos
artísticos (senhoras e senhores, fechem bem suas casas e guardem bem os seus
pertences. Se der por falta, já sabem!). A bronca é que cada um dos membros
dessa patota é pinoteiro demais, tornando a reunião um pouco, digamos, difícil.
É cada um mora em lugar incerto e não sabido. Mas como o Doro é apreciador de
bosta de cigano, logo dará um jeito e vocês verão no carnaval, mais uma edição
da folia nas ruas de qualquer lugarejo desse Brasilzão véio, arrevirado e de
porteira escancarada. Confira como foi a última aparição deles com todos os
detalhes aqui. E mais aqui e aqui.
Imagem do artista plástico pernambucano Gilson Braga
Ouvindo Encanto (2008, Concord Records), o trigésimo sexto álbum do músico e compositor brasileiro Sérgio Mendes.
CADERNOS DE LANZAROTE – Uma leitura que
muito apreciei foi a dos Cadernos de Lanzarote, do escritor, jornalista,
dramaturgo português e Prêmio Nobel de 1998, José Saramago. Trata da reunião de
cinco diários que foram escritos entre os anos 1993/05, narrando episódios do
seu cotidiano, críticas e reflexões literárias e filosóficas, a luta contra o
obscurantismo político e religioso, entre outros assuntos. Em um deles, pude
destacar: “Um dia escrevi que tudo é autobiografia, que a
vida de cada um de nós a estamos contando em tudo quanto fazemos e dizemos, nos
gestos, na maneira como nos sentamos, como andamos e olhamos, como viramos a
cabeça ou apanhamos um objeto no chão. Queria eu dizer então que, vivendo
rodeados de sinais, nós próprios somos um sistema de sinais”. Veja mais aqui, aqui e aqui.
A CONDIÇÃO HUMANA – A vida e a obra da filosofa
política alemã Hannah Arendt
(1906-1975) foram transformadas num drama biográfico teuto-francês por meio do filme
lançado em 2013, com direção de Margarethe Von Trotta, música de Andre
Mergenthaler, roteiro da diretora e de Pam Katz. e com o papel principal
interpretado pela atriz Barbara Sukova. O filme é belíssimo e imperdível. Veja
mais aqui, aqui e aqui.
NA PONTA DA
LÍNGUA – Entre
os poemas do poeta, crítico literário e professor pernambucano radicado em São
Paulo, Frederico Barbosa, destaco Na ponta da Língua: Na ponta da língua: o desejo na ponta da língua / não de
falar-me ter-te / na ponta da língua / não de te falar percorrer-te / na ponta
da língua / ser-te / certeira flecha / o amor (ah, este inconfundível mistério)
/se apronta na ponta da língua / vadia aponta / a língua vazia / e busca na
boca / (alheia) / o gosto que / te recheia / e quer lábios / e se contorce /
dentro da boca / (própria) / como em autobeijo / querendo / penetrar na boca /
(alheia) / e se despede / como quem se despe / como quem pede / ar /sem fôlego
/ sem coragem / só couraça / coração sem. Anos atrás tive a honra de entrevistá-lo pro meu Guia de Poesia, na qual ele fala dos
seus livros, do Recife e das suas perspectivas literárias. Confira aqui e aqui.
BELLE DE JOUR – Um dos filmes mais marcantes na
minha vida foi indubitavelmente na minha adolescência ter assistido ao
belíssimo drama Belle de Jour (A bela
da tarde, 1967), dirigido pelo controvertido cineasta espanhol Luis Buñuel (1900-1983). O filme conta
com roteiro baseado da obra de Joseph Kessel e traz a sempre maravilhosa atriz
francesa Catherine Deneuve no papel
de Séverine, uma burguesa casada com o doutor Pierre, que passa as suas tardes
trabalhando no bordel de Madame Anais. Por sua interpretação no filme, a atriz
tornou-se símbolo sexual, homenageada pelo cantor e compositor Alceu Valença e,
evidentemente, meritória de ser homenageada aqui, afinal, todo dia é dia da
mulher! Veja mais aqui, aqui e aqui.
Veja mais sobre:
A mulher suméria aqui.
E mais:
Na Avenida Jatiúca, Maceió, Gilles Lipovetsky, Slavoj Žižek, Moema
& Victor Meirelles, Quinteto Armorial, Michael Winterbottom, Anna Louise
Friel, Felicien Rops & Juareiz Correya aqui.
Neuroeducação aqui.
Paulo Freire: Pedagogia do Oprimido &
da Autonomia aqui.
Psicopatologia, Vontade, Psicomotricidade
& Direito Autoral aqui.
Erich Fromm & A dialética do concreto
de Karel Kosik aqui.
Os amores de Edneimar, a viúva negra, Iara Rennó, Edward Yang & Elaine Jin,
Norman Lindsay & Tudo quanto pode o sonho pode o amor provar aqui.
Se essa rua fosse minha, Adélia Prado, Chiquinha Gonzaga &
Clara Sverner, Luciah Lopez & Quem sabe a vida o amor que nos faz vivo aqui.
Quem vê cara, não vê coração, Fany Solter, Valmir Singh, Jack
Mitchell, Fabien Clesse & Entre tombos e topadas a gente leva a vida aqui.
Erotismo & pornografia: o tamanho da
hipocrisia, Ferreira Gullar, Thomas
Carlyle, Nadir Afonso, Maria Gadú, Edmund Joseph Sullivan & A
alegria imensa para um, dois ou mais, todos aqui.
A ansiedade, a depressão & a
medicalização, José
Cândido de Carvalho, Maria Clodes Jaguaribe, Shirley Paes Leme, Aldemir Martins & Na festa das vitrines tudo é do umbigo
& o bolso furado no âmago aqui.
Martin Buber, Pier Paolo Pasolin1,
Abelardo & Heloísa, Julio Verne & Rick Wakeman, Gustave Courbert,
Vangelis & Arriete Vilela aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.